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Não se pode duvidar de que todos os nossos conhecimentos começam com a

experiência, porque, com efeito, como haveria de exercitar-se a faculdade de se


conhecer, se não fosse pelos objetos que:

Excitando os nossos sentidos (i) produzem por si mesmos representações, e (ii)


impulsionam a nossa inteligência a compará-los entre si, (iii) a reuni-los ou separá-los,
(iv) à elaboração das impressões sensíveis para esse conhecimento das coisas que se
denomina experiência?

Mas no tempo nenhum conhecimento precede a experiência, tudo que aprendemos


começaria por ela. Mas se o conhecimento deriva da experiência, nem sempre essa
origem exclusiva, pois o conhecimento empírico, sejam impressões e a capacidade
humana de conhecer e aprender sobre as coisas que observamos; seja pela própria
prática e diga-se longa prática, que nos capacite a separar esses dois elementos.

Surge desse modo uma questão que não se pode resolver à primeira vista: será possível
um conhecimento verdadeiro independente da própria experiência e das impressões
dos sentidos?

Conhecimento à priori/puro

 A priori é o conhecimento ou justificação independente da experiência, não


cabendo examinar a forma como o objeto ou fenômeno no mundo físico de dão,
não cabendo qualquer investigação científica. Ou seja, caberia para algumas
afirmações mais simples, mas não caberia a determinadas fenomenologias
complexas.

Conhecimento à posteriori/empírico

 A posteriori é o conhecimento ou justificação dependente de experiência ou


evidência empírica ou seja, depende do objeto ou fenomenologia do qual serão
extraídas evidências disposto à interpretação dos sentidos e à luz da consciência,
assim o indivíduo precisa ver, sentir, tocar, para começar a codificar estes sinais
e associa-los cognitivamente.
 O filósofo do século XIII Tomás de Aquino, na Summa Theologica, escreveu: "A
demonstração pode ser feita de duas maneiras: uma é através da causa, é
chamada de "a priori", é argumentar apenas sobre o que está antes. A outra
maneira é através do efeito, e é chamada de demonstração "a posteriori"; é
argumentar a partir do que é anterior relativamente apenas a nós. Quando um
efeito é mais conhecido para nós do que sua causa, a partir do efeito passamos
ao conhecimento da causa. Assim todos os efeitos da existência e sua causa
podem ser demonstrados, desde que os seus efeitos são mais conhecidos para
nós, porque uma vez que cada efeito depende de sua causa, se o efeito existe, a
causa deve pré-existir".[6]

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