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Psicologia da Educação II 
 
 
 
Psicopatia 
 
 
 
 
 
Leonardo Luiz de Godoy 
N.USP:9082496 
 
 

Indice  
 
● O que é; 
 
● Diagnósticos e causa; 
 
● Graus da psicopatia; 
 
● Algumas características de um psicopata; 
 
● Psicopatia feminina; 
 
● Assassinos em série (serial killer); 
 
● Tratamento; 
 
● Conclusões; 
 
● Referências; 
 
 
 
 
 
 
 
 
● O que é; 
Psicopatia ou sociopatia é a designação que podemos atribuir a um individuo que 
apresenta um padrão comportamental caracterizado em maior parte por 
comportamentos antissociais, baixa capacidade de empatia/remorso e baixo 
controle comportamental. Ela está diretamente relacionada com o Transtorno de 
Personalidade Antissocial, mas estas condições não podem ser consideradas 
sinônimos visto que este é uma classificação médica e a psicopatia é uma 
classificação de um padrão de comportamental cientifico. Ou seja, um portador de 
Transtorno de Personalidade Antissocial não atende necessariamente os critérios 
de um psicopata.  
Na Classificação Internacional de Doenças, este transtorno é denominado por 
Transtorno de Personalidade Dissocial. As taxas de pessoas que tem esse 
transtorno na população fica em torno de 0,5% a 3%, mas sobe para 45% a 66% 
entre os presidiários. 
Então um sujeito que tem o quadro de psicopatia, tende a praticamente ter ausência 
total de sentimentos. Suas atitudes são por impulso, tendem a ser violentos quando 
confrontados. Essas características acabam relacionando estes a delinquência e 
crimes cometidos por tais. 
 
 
 
 
● Diagnostico e causas: 
Muitos comportamentos associados às relações sociais são controlados pela parte 
do cérebro chamada lobo frontal, que está localizado na parte mais anterior dos 
hemisférios cerebrais. Todos os primatas sociais desenvolveram bastante o 
cérebros frontal, e a espécie humana tem o maior desenvolvimento de todos. 
Auto­controle, planejamento, julgamento, o equilíbrio das necessidades do indivíduo 
versus a necessidade social, e muitas outras funções essenciais são mediadas pela 
parte frontal do cérebro. 
Então, o psicopata apresenta uma estrutura cerebral diferente. Segundo estudos 
além de fisicamente diferentes dos de uma pessoa normal, eles ativam menos 
certas partes do cérebro relacionadas a julgamentos morais. Isso explica a 
incompetência em sentir o que é certo e errado.  
Segundo estudos com ressonância magnética. Imagens com tensor de difusão (ou 
DTI, um tipo de ressonância magnética que obtém imagens de tecidos biológicos a 
partir da difusão da água entre as células) mostraram uma redução da integridade 
estrutural das fibras de substância branca que ligam o vmPFC e a amígdala. 
Imagens feitas com ressonância magnética funcional (fMRI), por sua vez, 
mostraram menos atividade coordenada entre os dois. 
Como podemos ver na imagem abaixo, temos a comparação do cérebro de uma 
pessoa normal com o de um psicopata. 
 

 
 
Uma imagem PET de diminuição na atividade neural (parte superior das imagens) 
do cérebro de um paciente que sofreu trauma cranioencefálico (1A), e que 
desenvolveu mudanças de personalidade. A Figura 1B mostra um cérebro normal 
na mesma área. 
 

 
 
● Graus da psicopatia: 
Pode ser difícil de identificar um psicopata prontamente, pois geralmente ele não 
demonstra todos os sintomas esperados de uma vez só. Pode muitas vezes ser 
uma pessoa comum que está convivendo diariamente com os demais. Por isso as 
pessoas podem ficar muito surpresas quando cometem um ato inaceitável ou 
violento. Entretanto, um ponto muito comum entre os psicopatas é um ambiente 
familiar conturbado, cheio de constantes discussões e brigas. 
Então podemos encontrar dois níveis de psicopatia: 
● Nível I: Psicopata comunitário ou de grau leve ou Sociopatas: 
São indivíduos carismáticos e muito abertos ao contato social. Conseguem 
passar uma boa impressão de alegria e autoconfiança  Indivíduos desse grupo 
costumam ter um egoísmo moderado e serem patologicamente narcisistas. Em sua 
vida íntima, costumam ser ditadores e egoístas. Passaram por traumas em sua 
infância e desenvolveram problemas comportamentais. 
● Nível II: Psicopata antissocial ou de grau moderado a grave: 
São indivíduos socialmente excluídos que evitam estar em convívio 
exageradamente social. Não são violentos e/ou totalmente isolados, contudo, são 
mais difíceis de serem diagnosticados pois não são notados no ambiente social. 
Geralmente possuem uma inteligência acima da média, são narcisistas, 
dissimulados e manipuladores.  
No ponto de vista infantil, muitas vezes passaram por traumas significativos 
que possam ter sido agravantes para o desenvolvimento do transtorno, o levando de 
um grau leve ao moderado a grave. Mas de forma geral, tiveram uma educação 
aparentemente normal. E na maioria das vezes, exibem características antissociais 
desde a infância. Optam por atividades mais monótonas e que não tenham contato 
com outras crianças, brincadeiras como pega­pega, amarelinha, pique­esconde que 
forçam um contato com outras crianças acabam sendo atividades que eles não 
apresentam afinidade. 
Foram crianças com um grande charme superficial, encantavam facilmente 
adultos com a espontaneidade ou um vocabulário bem desenvolvido, mas já 
apresentavam traços de apatia, crueldade  e autoritarismo. Esses traços podem ser 
percebidos em condutas que exijam contato social como desrespeitar coleguinhas, 
maltratar animais e mentir para os responsáveis ao quebrarem um objeto. 
Eles podem demonstrar descontrole em destruir objetos, ignorar pessoas por 
nenhuma razão aparentemente ou gritar. E possuem uma forte dependência de 
objetos imateriais e sensações para aparentar estabilidade como escutar 
determinado tipo de música, ler e escrever e ingerir bebidas alcoólicas ou 
substâncias ilícitas.  
Por serem muito racionais, geralmente dedicam seu tempo a algum hobby. 
Não sentem culpa e o que as outras pessoas vêem como um empecilho, tal como 
morte, tristeza ou decepção eles são totalmente conformados. E comumente não se 
importam com convenções sociais como serem estereotipados de loucos, estranhos 
e esquisitos.  
 
 
 
 
 
 
 
● Algumas características de um psicopata: 
 
 
 

 
Os psicopatas além de praticamente ter uma ausência total de emoções, eles não 
conseguem no começo de sua vida reconhecer as emoções de outras pessoas que 
nem as pessoas normais, pelo fato que eles não conseguem atingir esses mesmos 
sentimentos que uma pessoa normal então não reconhecem naturalmente esses 
mesmos sentimentos nas pessoas normais. Mas com o passar do tempo, eles 
passam a aprender a ver esses sentimentos por prática, uma necessidade para 
conseguir conviver ao meio da sociedade. 
E pelo fato deles aprenderem a ver esse sentimentos das pessoas normais, eles 
conseguem teatraliza­los muito bem, de forma que conseguem manipular muito bem 
as outras pessoas, e passar por despercebidos na sociedade. Isso principalmente 
os psicopatas de grau leve. 
E devido a junção de todas as suas características, pode se tornar perigoso viver 
próximo a um psicopata, tentar tratá­lo e ainda mais perceber que ele é um 
psicopata, já que a maioria é de grau leve e está misturada ao meio da sociedade. E 
por conta de eles terem o lado racional muito maior que o emocional, eles acabam 
ocupando cargos altos nas empresas. 
 
● Psicopatia Feminina: 
A maioria das mulheres psicopatas tendem a apresentar um grau leve ou moderado. 
As de grau alto da doença são bem raras.  
As que têm um nível moderado a grave de psicopatia podem no começo da 
adolescência ter um crescimento dos sintomas bem acentuado nessa fase, além de 
terem sintomas como um humor deprimido, ou irritado, abusar do álcool e/ou 
drogas, adquirir comportamentos autodestrutivos como auto mutilação, tentativas de 
suicídio fracassadas, abuso de medicamentos, instabilidade emocional e, não é 
raro, o aparecimento de sintomas histéricos (conversivos). Aliás, é muito mais 
frequente nas mulheres psicopatas ocorrer a psicopatia juntamente com 
características conversivas, como por exemplo, paralisias, dores de cabeça 
constantes, náuseas, vômitos, afonia, dores constantes pelo corpo sem motivos 
plausíveis etc. 
 
● Assassino em série (serial killer): 
Nem sempre o psicopata vai ser um assassino em série. Um psicopata pode ser 
aquela pessoa simpática e sensata, mas não hesitaria na hora de cometer um 
crime. E ao falar sobre seu crime, não vai sentir nem demonstrar culpa pelas suas 
ações.  
Apesar do ainda controverso tema da existência do instinto agressivo em nossa 
espécie, pelo menos entre as teorias psicanalíticas não há dúvidas sobre a natureza 
da compulsão à repetição e características sádicas de suas manifestações descritas 
por Freud no célebre ensaio: Além do princípio do prazer, 1921. 
Características dos assassinos organizados: 
● Não costumam deixar rastros, e se deixados, são pistas falsas; 
● São muito bons com álibis falsos; 
● Crimes planejados com antecedência; 
● Local do crime arrumado sem pressa ou preocupação; 
● Costumam usar instrumentos de tortura; 
● Atraem a vítima conversando com ela antes; 
● Geralmente foram abusados na infância fisicamente ou sexualmente; 
● Aparentam serem normais e até mesmo bem agradáveis; 
● Tem uma estrutura familiar aparentemente; 
● São inteligentes e apreciam os estudos; 
● Preferem o sadismo ao invés do estupro; 
Características dos assassinos desorganizados; 
● Agem por impulso; 
● Não se preocupam com o rastro que deixam para trás; 
● Estupram antes de matar; 
● Não é do costume ter um contato com a vítima antes do crime; 
● Usam qualquer ferramenta a disposição para os crimes; 
● São aptos a necrofilia, canibalismo e mutilação; 
● São considerados inadequados perante a sociedade; 
● Inteligência abaixo da média; 
● Mora ou trabalha próximo aos lugares do crime; 
● Não saem da cidade após o assassinato; 
● Ficam nervosos durante a execução; 
 
● Tratamento; 
As formas mais comuns de medicamentos utilizados em pacientes de transtornos de 
personalidade são os neurolépticos, antidepressivos, lítio, benzodiazepínicos, 
anticonvulsivantes e psicoestimulantes. Porém tratamentos medicamentosos 
revelaram ser ineficazes no tratamento de psicopatia, porém poucos estudos foram 
realizados adequadamente. Mesmo com poucos testes, sais de lítio são usados 
frequentemente no tratamento de pacientes psicopatas, pois podem levar a uma 
redução nos comportamentos impulsivos, explosivos e na instabilidade emocional. 
Seus principais efeitos colaterais são sedação, tremores e problemas motores. 
Mas pelo fato de ser uma disfunção em uma parte bem importante no cérebro, e de 
o cérebro deles serem diferente do de uma pessoa normal, psicoterapia não 
consegue tratar todos os sintomas apresentados, mas é possível diminuir a sua 
impulsividade através de tal. Em psicoterapias aplicadas em pacientes com 
personalidade violenta e em liberdade condicional, foi possível reduzir os índices de 
reincidência para 20 e 30% comparado com 40 a 52% dos grupos de controle. A 
personalidade dos pacientes não muda, mas eles aprendem a controlar melhor os 
seus impulsos e passar a pensar nas consequências dos seus atos. 
 
● Conclusões; 
Psicopatas estão presentes em nossa sociedade todos os dias. Provavelmente são 
nossos superiores ainda por cima no nosso emprego. Ainda mais que psicopatas de 
grau leve podem ser considerados “melhores” que as pessoas normais por serem 
muitas vezes mais competentes em cargos difíceis no mundo dos negócios. Se 
tivesse um dois botões, um que dizimaria metade da população e traria a paz ao 
mundo e o outro que deixa tudo como está, provavelmente quem teria coragem de 
dizimar a população a fim de atingir a paz seria um psicopata, pois é uma solução 
racional para ele, e ele praticamente não tem o lado emocional e não irá sentir 
remorso com essa decisão. 
Realmente, os psicopatas são bem diferentes das pessoas normais, seu cérebro é 
diferente, então não é uma doença, e sim uma deficiência que ele não tem como 
mudar, e por conta disso também não temos como curá­los. Mas provavelmente 
eles não ligaram ou vão querer serem curados. 
Psicopatas realmente podem ser perigosos, temos muitos casos de serial killers 
entre nós, pessoas que até então pareciam normais, mas que do nada cometem 
atrocidades que não conseguimos acreditar praticamente. Então, se um dia 
conhecer um psicopata, corra!!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
● Referências: 
● https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicopata 
● http://www.cerebromente.org.br/n07/doencas/disease.htm 
● http://super.abril.com.br/blogs/como­pessoas­funcionam/entenda­melhor­com
o­funciona­o­cerebro­de­um­psicopata/ 

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