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FIG - UNIMESP - CENTRO UNIVERSITÁRIO METROPOLITANO DE SÃO PAULO

TRABALHO DE CIVILIZAÇÃO EUROPEIA

FERNANDO GIORGETTI DE SOUZA – 1108 - HISTÓRIA

GUARULHOS/2010.
FERNANDO GIORGETTI DE SOUZA - 1108 - HISTÓRIA

A FALTA DE PROFISSIONAIS QUALIFICADOS

E A CRISE EUROPÉIA NO SÉCULO XIX

Trabalho solicitado para averiguação de


aprendizagem da disciplina Civilização Europeia,
ministrada pelo prof. Marcelo Lambert.

Guarulhos-SP - 2010
Um ensino profissional renovado - Cultura, educação e juventude - 09/06/2010.
Comissão procura revalorizar e tornar mais
populares o ensino e a formação profissional.

A Comissão Europeia apresentou hoje um plano


com o objectivo de motivar mais estudantes a
optarem pelo ensino profissional e melhorar a
qualidade da formação prestada.

Este plano será submetido a debate numa reunião


prevista para Dezembro, em que ministros
europeus da educação, empregadores e sindicatos
irão estabelecer uma agenda para o ensino
profissional no horizonte de dez anos.

As propostas apresentadas assentam na nova estratégia europeia de crescimento económico e de criação de


emprego para a próxima década. Um dos objectivos principais da estratégia «‘Europa 2020 » é aumentar o
nível das habilitações para satisfazer a procura de novas qualificações.

O mercado do trabalho europeu encontra-se em rápida mutação para se adaptar à globalização, ao progresso
tecnológico, às alterações climáticas e à pressão sobre os recursos. Porém, a Europa tem tido dificuldades
para manter um ritmo adequado, em parte devido à falta de qualificação de muitos dos seus trabalhadores.

Hoje em dia, mesmo para os trabalhos mais elementares exigem-se bons conhecimentos técnicos. Contudo,
perto de um terço da população na Europa, na casa dos 25 a 64 anos, carece de qualificações ou tem
qualificações de baixo nível, uma percentagem bastante mais alta do que nos Estados Unidos, Canadá,
Japão e Coreia do Sul.

Há muito que os empregadores europeus se queixam da escassez de mão-de-obra qualificada no mercado.


Embora se tenha registado um aumento do desemprego na sequência da recessão, a falta de mão-de-obra
qualificada mantém-se. A crise económica veio mesmo acentuar a necessidade de trabalhadores altamente
qualificados. Acresce ainda a pressão exercida sobre os trabalhadores para que aumentem a sua
produtividade devido ao número crescente de reformados.

A Comissária da Educação Androulla Vassiliou declarou que a Europa tem de «mudar a imagem» do ensino
profissional, tornando-o «mais adequado à realidade de hoje».

O plano propõe várias opções para que as pessoas tenham oportunidade de aprender independentemente da
idade e para lhes permitir adquirir experiência noutros países no quadro da sua formação profissional.
Também propõe medidas para incentivar a criatividade e o espírito empresarial, travar o abandono escolar e
apoiar os desempregados, os trabalhadores migrantes e as pessoas com deficiência.

O ensino profissional dá um maior peso aos conhecimentos técnicos e à experiência prática do que aos
conhecimentos teóricos. É especialmente interessante para aqueles que preferem aprender um ofício ou
adquirir uma qualificação técnica a seguir, por exemplo, um curso universitário.

Os sistemas de ensino profissional da UE variam consoante os países. Embora os níveis de participação


sejam diferentes, a sua média é superior à de outras economias rivais.

http://ec.europa.eu/news/culture/100609_pt.htm

“Até produzir seus próprios técnicos, o continente foi obrigado a depender da capacidade
britânica... Mas é fora de dúvida que uma escassez inicial de especialistas nacionais retardou a
expansão industrial no continente.” (BURNS, 2005, p. 522-523).
A falta de capacitação profissional não é um assunto recente como se pode observar. No
século XIX, já assinalava na história europeia esse problema tão sério. A população crescia, e
houve a necessidade de construção de estradas e canais. Por conta da revolução industrial, a
malha ferroviária foi aumentada e aumentou o comércio entre as cidades. Novos métodos de
manufatura de produtos surgiram e a indústria e o comércio prosperaram aceleradamente. Os
processos de inovações tecnológicas gradualmente sofriam resistências dos trabalhadores.
A revolução industrial revolucionou toda a Europa e alcançou também os outros
continentes. O sistema fabril recebeu muitos trabalhadores do campo no chamado êxodo rural,
onde milhares de trabalhadores migraram do interior para a cidade em busca de uma nova vida.
Houve um aumento populacional muito rápido que somado com a industrialização, causou o
crescimento e desenvolvimento das cidades. É certo que os trabalhadores tiveram que se
adaptarem ao processo industrial e aprenderem a utilizar os maquinários fabris.
Os operários trabalhavam de doze a catorze horas diariamente, tendo que acostumar-se
e serem dominados pelo apito fabril da produção em alta escala e sobreviverem nos cortiços.
Sem contar que em momentos de crise e depressões econômicas eram despedidos. Nesse ritmo
acelerado dava-se a industrialização e a urbanização. E com elas a consciência de classes.
A tecnologia das máquinas, praticamente dizimou os artesões manuais. O homem
tornou-se escravo das máquinas. Era necessário aprender a manuseá-la e dar a ela a
manutenção devida. O desemprego tomava conta das cidades europeias.
Observa-se o quadro triste e miserável na comunidade europeia:
“Metade dos trabalhadores das cidades industriais da Inglaterra estavam
desempregados nos primeiros anos da década de 1840.” (BURNS, 2005, p. 533).
Esse quadro do século XX foi observado não só nas cidades europeias, mas no mundo
inteiro. As máquinas mecânicas e hidráulicas tomaram o lugar do homem, que teve de adaptar-
se a uma nova realidade. Hoje dão lugar aos cérebros eletrônicos. Em pleno século XXI, a falta de
profissionais qualificados para operarem as “máquinas do progresso”, ainda é uma necessidade.

BIBLIOGRAFIA:

BURNS, Edward McNall. História da Civilização Ocidental / Edward McNall Burns; tradução de
Donaldson M.Garschagen. – São Paulo: Editora Globo, 2005.

http://ec.europa.eu/news/culture/100609_pt.htm

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