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O coração se forma a partir de um vaso sanguíneo primitivo (tubo cardíaco), que se dobra e, por fim,
origina as quatro cavidades do coração. Devido à sua origem embriológica, o coração também é constituído de
três túnicas equivalentes às túnicas dos vasos sanguíneos: epicárdio, miocárdio e endocárdio.
1) Constituição:
1. Tecido muscular estriado cardíaco
2. TCPD frouxo
3. TCPD denso (ancoragem de fibras, isolante elétrico, esqueleto fibroso)
4. Sistema de condução
5. Vascularização local dada por artérias coronárias
2) Camadas:
1. Pericárdio fibroso
Une o coração aos demais órgãos
2. Pericárdio seroso parietal
Formara a cavidade pericárdica com o pericárdio seroso visceral. Essa cavidade conterá líquido e
amortecerá o movimento cardíaco
3. Pericárdio seroso visceral (epicárdio)
É também denominado epicárdio
É a primeira camada da parede do coração; é o primeiro folheto a ser visto em lâminas
Há acúmulo de tecido adiposo nessa região (esse tecido se dispõe como um esqueleto róseo
poligonal cujo interior é transparente)
Possui um TER simples pavimentoso denominado mesotélio
Acolherá vasos e seios
4. Miocárdio
Parede muscular do coração
Mais abundante nos ventrículos
Possui capilares contínuos para a irrigação
Ao microscópio, apresenta-se extremamente eosinofílico, estriado e com várias direções de fibras
devido ao arranjo helicoidal das células musculares
Possuirá células musculares estriadas cardíacas com características peculiares
Núcleo: ovoide, com a cromatina pouco condensada e agrupada em grumos,
predominantemente único e central
Formato: cilíndrico, alongado (corte longitudinal); oval/poligonal em transversal
Citoplasma: eosinofílico, com estriações; perto da região nuclear, apresentará uma zona em
branco, denominada “justa nuclear bicônica”, onde há poucas fibras musculares para agrupar as
organelas e evitar que elas sofram alguma deformação no momento em que a célula contrair
Possui um TCPD frouxo que se assemelha ao endomísio, que reveste cada uma dessas células (se
manifesta como fibroblasto)
Em médio/grande aumento, percebe-se a presença do disco intercalar, que limita o início e o fim
de uma célula para a outra. Esses discos intercalares possibilitarão o funcionamento do músculo
cardíaco como um sincício
Zônulas de adesão: responsáveis por manter o formato cilíndrico da célula
Desmossomos: união célula-célula
Junções gap: trocas iônicas
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Células produtoras de fator natriurético atrial: se localizam no átrio; apresentam pequenos grânulos
que produzirão esse hormônio (os grânulos não são visíveis ao MO, impossibilitando a diferenciação
dessas células do miócito clássico)
Músculos papilares: projeções do miocárdio que se diferenciam em constituição; servirá de inserção
para as cordas tendíneas
5. Endocárdio
Reveste o coração por dentro, delimitando as câmaras cardíacas, e, também, as válvulas
Constituído por um TCPD frouxo revestido por uma camada de mesotélio, que está voltado para a
cavidade do coração
Nos ventrículos, apresentará as fibras de Purkinje
3) Sistema de condução
Células com funcionamento de marca-passo. A partir do nodo atrioventricular vão se ramificando e dando
origem ao feixe de Hiss, que, ao chegar no ápice do coração, passa a se chamar feixe de Purkinje.
Características celulares das fibras de Purkinje:
Formato: poligonal (maiores que os miócitos), com ramificações, sem estriações
Citoplasma: citoplasma mais claro devido à presença de glicogênio em seu interior, poucas fibras
contráteis
Circundadas por quantidade abundante de TCPD frouxo
São voltadas para o endocárdio (TCPD frouxo evidente ao redor dessas fibras região, tornando a
região subendocárdica mais desenvolvida)
Eventualmente visíveis em lâminas, e, quando aparecem, apresentam-se em grupos (nunca isoladas)
4) Valvas
As valvas cardíacas possuem esqueleto formado por TCPD denso modelado e são revestidas por mesotélio
apoiado em TCPD frouxo. Seus tendões, denominados “cordas tendíneas”, se inserem nos músculos
papilares.
Possuem três camadas na direção átrio-ventrículo: (1) esponjosa, primeira e mais escassa; (2) fibrosa,
conjuntivo formando o esqueleto da valva; (3) ventricular, constituída por músculo liso.
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Fibras colágenas são encontradas nas três túnicas:
Tipo I: adventícia
Tipo III: média
Tipo IV: íntima
Substância fundamental e fibroblastos também estão presentes
Os vasos são inervados por fibras amielínicas cujo principal neurotransmissor é a norepinefrina. Além
disso, as artérias aorta e carótida interna apresentam quimiorreceptores, conhecidos como corpos
carotídeos e aórticos. Eles detectam alterações no pH sanguíneo (CO2) e estão localizados no endotélio,
sendo células epiteliais modificadas. Há dois tipos de células nesses quimiorreceptores:
1. Células I: armazenam serotonina, dopamina e epinefrina em grânulos; núcleo lateralizado, citoplasma
granulado
2. Células II: células epiteliais que lembram fibroblastos, citoplasma sem grânulos, sustentação
Os seios aórticos e carotídeos são pequenas dilatações nas artérias aorta e carótida interna. A camada
média da parede arterial é mais delgada nos seios carotídeos; a íntima e a adventícia são muito ricas em
terminações nervosas.
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3. Túnica adventícia: TCPD frouxo ou denso não modelado (mesmos componentes que a de grande
calibre), quantidade razoável de elastina; pode apresentar nervi vascularis e vasa vasorum
Artérias de pequeno calibre
1. Túnica íntima: endotélio, sendo a lâmina elástica interna imperceptível
2. Túnica média: 3-10 camadas de células musculares; sem lâmina elástica externa
3. Túnica adventícia: está em continuidade com o TCPD ao redor
Arteríolas:
1. Túnica íntima: endotélio com e sem lâmina elástica interna
2. Túnica média: 1-3 células musculares; sem lâmina elástica externa
3. Túnica adventícia: está em continuidade com o TCPD ao redor
Metarteríolas: são os ramos das arteríolas que possuem o esfíncter pré-capilar (camada única de
células musculares) antes de sua comunicação com capilares; quando sua comunicação com as
vênulas é direta, formam anastomoses arteriovenosas (dedos e leitos das unhas)
Capilares
1. Túnica íntima: endotélio com 1-3 células e lâmina basal; as células endoteliais se unem umas às
outras por junções de oclusão
2. Túnica média: inexistente
3. Túnica adventícia: inexistente
Classificação:
I. Contínuos/somáticos: glândulas exócrinas, tecido muscular, TCPD frouxo, tecido nervoso; as
trocas são feitas por pinocitose devido ao fato de possuírem parede contínua (junções
oclusivas e lâmina basal contínua)
II. Fenestrado (visceral) com diafragma: orifícios grandes, cujas células são obliteradas por
diafragma (zônulas de oclusão mais pobres); presentes nos rins, intestino, glândulas
endócrinas
III. Fenestrado (visceral) sem diafragma: mais permeável por possuir fendas, e, por isso, não
possui grande seletividade (as trocas são praticamente diretas); localizados no glomérulo
renal
IV. Sinusoide: tortuoso, com grande diâmetro, é todo permeável, apresentando lâmina basal e
endotélio descontínuos; encontram-se no baço
Pericitos:
Função: envolvem os capilares pela sua lâmina basal (prolongamentos citoplasmáticos) para
formarem novos vasos sanguíneos ou para auxiliarem no processo de reparação dos tecidos
Características: vistos na objetiva de grande aumento; possuem núcleo basófilo, na periferia do
capilar, com formato de meia lua
Vênula pós- capilar
1. Túnica íntima: mais de três núcleos de células endoteliais
2. Túnica média: inexistente
3. Túnica adventícia: inexistente
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2. Túnica média: não é proeminente; células musculares lisas em menor quantidade e menores; não
se leva em consideração a quantidade de camadas nessa túnica para a classificação da veia (a
classificação ocorre pelo tamanho do lúmen); fibras reticulares não coradas por HE
3. Túnica adventícia: sem lâmina elástica externa; bem desenvolvida; em vasos de pequeno calibre,
raramente são encontrados vasa vasorum e nervi vascularis
Veia de grande calibre (> 1cm)
1. Túnica íntima: bem desenvolvida; apresenta dobras que formarão as válvulas
2. Túnica média: poucas camadas de células musculares lisas
3. Túnica adventícia: conteúdo muscular em grande quantidade, além de grande quantidade de
fibras colágenas; nervi vascularis e vasa vasorum bem frequentes
4) Vasos linfáticos
Os vasos linfáticos têm uma estrutura semelhante à das veias, a não ser pelas paredes mais finas e por não
apresentarem uma separação clara entre as três túnicas; além disso, seu conteúdo é homogêneo, em tom
rosa claro (não apresentam hemácias).
Capilares linfáticos: capilares cegos, sem abertura terminal
1. Túnica íntima: única camada de endotélio e lâmina basal; possui pequena quantidade de TCPD ao
seu redor o qual contém fibras de colágeno III responsáveis por manter seu lúmen aberto
2. Túnica média: inexistente
3. Túnica adventícia: inexistente
Linfático de pequeno calibre
1. Túnica íntima: camada endotelial delgada com projeções
2. Túnica média: inexistente
3. Túnica adventícia: inexistente
Linfático de médio calibre
1. Túnica íntima: um pouco mais proeminente que a de pequeno calibre; apresenta válvulas
2. Túnica média: começam a surgir fibras musculares (pequena quantidade)
3. Túnica adventícia: inexistente
Linfático de grande calibre (ducto torácico e ducto linfático direito)
1. Túnica íntima: endotélio com projeções
2. Túnica média: poucas fibras musculares
3. Túnica adventícia: pouca quantidade de TCPD
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L. ELÁSTICA INTERNA/ PRESENTE AUSENTE AUSENTE Interna: varia AUSENTE AUSENTE
EXTERNA Externa: inexis-
tente
VÁLVULAS AUSENTE PRESENTE PRESENTE AUSENTE AUSENTE AUSENTE
Considerado um tecido conjuntivo de propriedades especiais, visto que derivam da linhagem mieloide
linfoide da medula óssea vermelha. Quando esses tecidos linfoides estão associados às mucosas, podem ser
divididos em três grupos diferentes:
1. Frouxo:
Lâmina basal do trato digestivo, trato respiratório
Células de defesa que se distribuem em um TCPD, apresentando limites mal definidos
Há predominância de linfócitos
2. Denso:
Mais celularizado
Tende a ser mais definido
3. Nodular:
Formação de nódulos linfáticos
Região de maturação de linfócitos T e B, para a produção de anticorpos específicos (baço,
linfonodos, amigdalas)
Esse extenso conjuntivo de tecido linfático das mucosas chama-se MALT, constituído por células
inflamatórias (de defesa), que se alojam na lâmina própria dos distintos órgãos, com o objetivo de fornecer
defesa frente a agressões de uma maneira muito rápida. Nesses tecidos, há pouca maturação de células
linfáticas (já chegam nesses tecidos como células maduras).
Os órgãos linfoides são divididos em dois grupos: órgãos linfoides primários e secundários. Os primários,
representados pelo timo e pela medula óssea vermelha, são responsáveis pela formação e maturação das
células de defesa (leucócitos granulócitos e agranulócitos). Após sua maturação, essas células se dirigem aos
órgãos linfoides secundários, sendo eles os linfonodos e o baço, para que sejam “apresentadas” aos diferentes
antígenos e possam desenvolver suas funções definitivas.
1) Timo:
Órgão bilobado envolto por uma cápsula de TCPD denso que origina septos/trabéculas que, além de
serem uma via para vasos e nervos para o timo, dividirão os lobos em lóbulos (os septos/trabéculas não
dividem a medular). Esses lóbulos, por sua vez, são separados em duas zonas: cortical e medular. A zona
cortical, mais externa, é mais basófila que a medular devido à maior presença de linfócitos T/timócitos
imaturos.
O parênquima do timo será composto por células T em diferenciação em uma malha extensa de células
reticuloepiteliais (emitem prolongamentos citoplasmáticos que fornecem suporte aos linfócitos, como o
colágeno III na medula óssea vermelha), sendo esta, por sua vez, acompanhada por alguns macrófagos na
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periferia, responsáveis pela fagocitose de linfócitos defeituosos. As células reticuloepiteliais são divididas em
seis tipos:
1. Tipo I: auxiliarão na composição da barreira hematotímica, parecida com a barreira hematoencefálica
(capilar contínuo com lâmina basal e pericitos, macrófagos e células reticuloepiteliais com lâmina
basal) e isolarão timócitos em desenvolvimento; periferia do córtex, logo abaixo da cápsula e das
trabéculas
2. Tipo II: formam compartimentos para a seleção de linfócitos, estão localizadas na parte mais central
do córtex; produção de MHC I e MHC II (verificação das propriedades de reação imunológica dos
linfócitos T)
3. Tipo III: barreira corticomedular, impedindo a passagem de células indesejadas pra medular (fim do
córtex, no limite com a medular)
4. Tipo IV: barreira corticomedular através de prolongamentos e zônulas de oclusão; localizadas no início
da medular, na junção desta com o córtex
5. Tipo V: compartimentalização e seleção de linfócitos, produzindo, também, MHC I e MHC II
(semelhantes às II), e se localizam na medular
6. Tipo VI: corpúsculos de Hassall (agregado de células reticuloepiteliais VI com filamentos de queratina),
que fazem a diferenciação de linfócitos (produzem interleucinas); na medular
Obs: ao microscópio, são vistos apenas os seus núcleos (sendo estes, por sua vez, 4x maiores que os
linfócitos circundantes).
Características nucleares gerais: uninucleadas, núcleo redondo, cromatina pouco condensada, nucléolo
evidente.
Características citoplasmáticas: citoplasma pálido, pouco corado por HE, múltiplos prolongamentos pouco
evidentes.
No córtex, haverá predomínio dos tipos I, II e III, além de linfócitos T imaturos; na medular, estarão em
maior quantidade os tipos IV, V e V e, também, linfócitos T maduros.
A barreira hematotímica, além das células reticuloepiteliais do tipo I, será constituída por endotélio,
lâmina basal do endotélio, lâmina basal do pericito, pericito, macrófagos e lâmina basal da célula
reticuloepitelial. Sua função é evitar que antígenos contidos no sangue penetrem a camada cortical.
1) Linfonodos:
Os linfonodos são pequenos órgãos revestidos uma cápsula de TCPD denso modelado que emite
trabéculas que se destinam até o fim da cortical. Recebem vários vasos linfáticos (vasos aferentes) e enviam
apenas um de retorno pelo seu hilo (vaso eferente).
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Seu estroma será rico em fibras reticulares, que farão a sustentação do parênquima e manterão os seios
abertos.
Seu parênquima é constituído por duas camadas: a cortical e a medular, havendo entre elas, ainda a
cortical profunda (também chamada de paracortical). A cortical não se estende até o hilo.
A cortical é constituída por nódulos/folículos linfoides, que serão agrupamentos de linfócitos B (cortical
superficial), e por tecido linfoide denso, onde estarão os linfócitos T, formando a cortical profunda.
Os folículos linfoides são divididos em duas zonas: (1) zona do manto e (2) centro germinativo, uma região
de clonagem de linfócitos B.
A cortical profunda é constituída por tecido linfoide denso, que são acúmulos de linfócitos T. Toda região
de acúmulos de linfócitos T se denominará zona timodependente.
Os seios dos linfonodos são espaços irregulares delimitados de modo incompleto por células endoteliais,
fibras reticulares e macrófagos e receberão a linfa trazida pelos linfonodos aferentes e a direcionarão para a
medular. Esses seios se localizarão ou abaixo da cápsula, sendo chamados de subcapsulares, ou seguirão
paralelamente às trabéculas/septos, sendo chamados de peritrabeculares.
A medular é constituída pelos cordões medulares e os seios medulares (áreas esbranquiçadas). Os
cordões medulares são acúmulos de linfócitos B, em sua maior parte, enquanto os seios medulares,
histologicamente iguais aos outros seios da cortical, direcionarão a linfa proveniente da cortical para o vaso
eferente.
Os linfócitos chegam aos linfonodos no nível da cortical profunda devido ao fato de nessa região existir
vênulas específicas para o transporte desses linfócitos, chamadas vênulas de endotélio alto (epitélio cúbico),
sendo, posteriormente, acomodadas nas distintas regiões do córtex.
2) Baço:
Responsável pela filtração do sangue e, por isso, atua contra antígenos transportados via sanguínea. Tem a
função de hemocaterese, que é a destruição de hemácias velhas.
Apresenta uma cápsula com um componente de TER, chamado mesotélio, seguido por TCPD denso
modelado. Essa cápsula é cortada pelos vasos esplênicos que se ramificam no nível dessa cápsula e dão origem
aos vasos capsulares. A cápsula emite trabéculas que se apresentarão de forma descontínua e, no seu interior,
possuirão os vasos trabeculares (artéria e veia), originados pelos vasos citados anteriormente. As veias
trabeculares não exibem a túnicas média e adventícia; as artérias possuem as três túnicas. Essas veias e
artérias trabeculares, por sua vez, abandonam esses septos e se dirigem para o interior do órgão.
O parênquima do baço possui duas divisões, a polpa branca e a polpa vermelha, que se distribuem
aleatoriamente.
A polpa branca se denomina assim por ser uma região de acúmulo de leucócitos (linfócitos T e B). Ela
geralmente fica disposta ao redor dos ramos dos vasos trabeculares. Os linfócitos se arranjarão de maneiras
distintas nessa polpa branca: os linfócitos B formarão os folículos linfoides, enquanto os T irão se rearranjar em
uma estrutura chamada bainha periarteriolar.
Além do componente celular, os folículos apresentarão uma arteríola, chamada artéria central (uma
arteríola periférica), ramo das artérias trabeculares. Essa arteríola passa tangenciando os folículos,
apresentando-se no centro deles em cortes transversais. Essa artéria central dará ramos chamados arteríolas
penicilares, ao redor das quais os linfócitos T formarão a bainha periarteriolar. As arteríolas penicilares atingem
a polpa vermelha e dão origem a capilares altamente permeáveis, sendo estes fenestrados sem diafragma com
lâmina basal descontínua.
O sangue, ao atingir os capilares, precisa retornar à circulação sistêmica através de vênulas e veias. Para
explicar esse retorno venoso, foram elaboradas duas teorias:
1. Os capilares se comunicam com as vênulas (circulação fechada)
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2. Capilares não se comunicam com as vênulas (circulação aberta): capilares possuem uma terminação
aberta que libera o sangue para a polpa vermelha (hemorragia fisiológica), sendo o sangue recaptado
pelos seios venosos
Os seios venosos possuem células endoteliais bem proeminentes e apresentam um citoplasma “cortado”,
por serem fenestrados descontínuos. Dos seios venosos, o sangue parte para as veias trabeculares, que
passam a ser veias capsulares e, posteriormente, esplênicas.
A polpa vermelha possui esse nome por estar relacionada com a circulação sanguínea propriamente dita
(grande quantidade de hemácias) e será a região em torno da polpa branca. Será constituída por capilares
sinusoides fenestrados sem diafragma e com lâmina basal descontínua, seios venosos esplênicos, vênulas e
cordões de macrófagos (quando esses macrófagos estão em grande concentração ao redor de um capilar
formam os chamados capilares elipsoides).
2) Fossas nasais:
Possuem três regiões: vestíbulo, área respiratória e área olfatória
1. Vestíbulo: sua mucosa é a continuação da pele do nariz; entretanto, o epitélio estratificado
pavimentoso da pele logo perde a sua camada de queratina e o TCPD da derme dá origem à lâmina
própria da mucosa. A secreção de glândulas sebáceas e sudoríparas do vestíbulo, junto com seus pelos
curtos, formam uma barreira à penetração de substâncias grosseiras.
2. Área respiratória: a mucosa dessa região é recoberta por epitélio pseudoestratificado colunar ciliado,
com muitas células caliciformes; sua lâmina própria apresenta glândulas mistas (acinares e mucosas).
3. Área olfatória: neuroepitélio colunar pseudoestratificado, constituído por três tipos celulares
1. Células de sustentação: prismáticas, largas no ápice e estreitas na base, sendo sua superfície
coberta por microvilos; dão cor à mucosa olfatória
2. Células basais: pequenas, arredondadas, situam-se na base do epitélio; são as células-tronco do
epitélio olfatório
3. Células olfatórias: neurônios bipolares com núcleos situados na porção basal da célula; suas
extremidades apresentam 6 a 8 cílios, sem mobilidade, que são quimiorreceptores (os cílios
aumentam a superfície de contato)
A lâmina própria dessa mucosa apresenta glândulas acinares ramificadas simples, chamadas
glândulas de Bowman
3) Seios paranasais:
Cavidades nos ossos frontal, maxilar, etmoide e esfenoide revestidas por epitélio do tipo respiratório com
poucas células caliciformes. A lâmina própria apresenta algumas glândulas.
4) Nasofaringe:
Primeira parte da faringe, contínua caudalmente com a orofaringe e é separada incompletamente desta
pelo palato mole. Apresenta epitélio respiratório.
5) Orofaringe:
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Revestida por epitélio estratificado pavimentoso.
6) Laringe:
Suas paredes contêm peças cartilaginosas irregulares unidas entre si por tecido conjuntivo fibroelástico.
As peças cartilaginosas maiores (tireoide, cricoide e a maior parte das aritenoides) são hialinas, e as demais,
elásticas.
A mucosa forma dois pares de pregas. O primeiro par constitui as falsas cordas vocais (pregas
vestibulares), possuindo lâmina própria frouxa com glândulas. O segundo par, inferior, constitui as cordas
vocais verdadeiras, com eixo de tecido conjuntivo muito elástico.
Na face ventral e parte da face dorsal da epiglote, bem como nas cordas vocais verdadeiras, o epitélio é
estratificado pavimentoso não queratinizado; nas demais regiões, é do tipo respiratório. A lamina própria é
rica em fibras elásticas e contém glândulas mistas.
7) Traqueia:
Continuação da laringe e termina dividindo-se nos brônquios principais. É um tubo revestido
internamente por epitélio respiratório.
A lâmina própria é de TCPD frouxo, rico em fibras elásticas, e contém glândulas mistas. A traqueia contém
uma barreira linfocitária em suas paredes, a qual compreende tanto linfócitos isolados quanto acúmulos
linfocitários ricos em plasmócitos.
Apresenta número variável de cartilagens hialina, em formato de C, cujas extremidades livres estão
voltadas para a região posterior. Possui músculo liso e é revestida externamente por um tecido conjuntivo
frouxo, chamado “camada adventícia”, que liga o órgão aos tecidos adjacentes.
8) Árvore Brônquica
1. Brônquios (primários, secundários e terciários):
Mucosa idêntica à da traqueia (epitélio respiratório), por mais que os seus ramos menores
possuam epitélio cilíndrico simples ciliado. Após o TER, há uma lâmina própria rica em fibras elásticas.
Segue-se à mucosa uma camada muscular lisa, formada por feixes dispostos em espiral. As peças
cartilaginosas são envolvidas por tecido conjuntivo rico em fibras elásticas. Essa capa conjuntiva é
chamada “camada adventícia”; tanto na adventícia quanto na mucosa são frequentes os acúmulos de
linfócitos.
2. Bronquíolos:
Não apresentam cartilagem hialina, glândulas ou nódulos linfáticos. O epitélio, nas porções iniciais, é
cilíndrico simples ciliado, passando a cúbico simples, ciliado ou não, na porção final.
A lâmina própria dos bronquíolos é delgada e rica em fibras elásticas. Segue-se à mucosa uma
camada muscular lisa, sendo que esta camada é mais desenvolvida nos bronquíolos que nos brônquios
(crises asmáticas estão envolvidas com a contração da musculatura bronquiolar).
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9) Alvéolos:
A parede alveolar é comum a dois alvéolos adjacentes, formando um septo interalveolar. Esse septo é
constituído por duas camadas de pneumócitos, principalmente o tipo I, separadas pelo interstício de TCPD
com fibras reticulares e elásticas, substância fundamental e células do conjuntivo. A parede interalveolar
possui três tipos celulares:
1. Células endoteliais, formando endotélio contínuo
2. Pneumócito I: chamado também de célula alveolar pavimentosa, tem núcleo achatado e formato
celular mais alongado; constituem uma barreira de espessura mínima para as trocas gasosas
3. Pneumócito II: sinônimo de células septais, apresentam formato arredondado, ficam sempre sobre a
membrana basal do epitélio alveolar; produzem o surfactante
No interior dos septos interalveolares, são encontrados macrófagos denominados “células de poeira”
(limpam a superfície do epitélio alveolar)
10) Pleura:
Constituída por dois folhetos, um parietal e outro visceral, ambos formados por mesotélio e uma fina
camada de tecido conjuntivo.
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