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Índice
I Objetivos......................................................................................................... 3
II História.............................................................................................................. 4
A vida de Euclides.......................................................................................... 4
O método axiomático..................................................................................... 8
As fontes......................................................................................................... 11
O quinto postulado......................................................................................... 13
III Pré requisitos.................................................................................................... 24
Trabalhando com o IGEOM............................................................................ 24
Potência de um ponto..................................................................................... 25
Inverso de um ponto....................................................................................... 26
Circunferências ortogonais............................................................................ 27
IV Modelo do disco de Poincaré.......................................................................... 28
Apresentação, definições e métrica............................................................... 28
Problema 1: Traçado de retas........................................................................ 33
Problema 2: Construção da perpendicular..................................................... 34
Problema 3: Construção da reta mediatriz..................................................... 36
V Comparando as geometrias hiperbólica e euclidiana................................... 38
Figura 1 - Pontos............................................................................................ 38
Figura 2 - Retas.............................................................................................. 38
Figura 3 - Retas paralelas.............................................................................. 38
Figura 4 - Quantidade de retas paralelas por um ponto fora da reta dada.... 38
Figura 5 - Soma das medidas dos ângulos internos de um triângulo............. 39
Figura 6 -Soma das medidas dos ângulos internos de um quadrilátero
convexo.......................................................................................................... 39
Figura 7 – Encontro das mediatrizes de um triângulo: circuncentro............... 39
Figura 8 – Encontro das alturas de um triângulo: ortocentro......................... 39
Figura 9 - Simétrico de um segmento............................................................ 39
Figura 10 – Circunferência hiperbólica........................................................... 39
VI Repercussões.................................................................................................. 41
VII Bibliografia....................................................................................................... 44
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I. Objetivos
Temos como principal objetivo destas notas fornecer aos professores do ensino
médio um material didático que desperte seus alunos para algumas questões
fundamentais do desenvolvimento da Geometria, desde seus primórdios até a
descoberta das chamadas Geometrias não Euclidianas.
Além disso, pretendemos introduzir o mundo não Euclidiano (no caso a Geometria
Hiperbólica) por meio de algumas construções básicas utilizando recursos
computacionais (Software IGEOM), o que nos permite traçar comparações entre
os conceitos e resultados das duas geometrias em questão, Euclidiana e
Hiperbólica.
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II. História
A vida de Euclides
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O Método axiomático
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Postulados:
P1) Traçar uma linha reta de qualquer ponto a qualquer ponto.
P2) Prolongar uma linha reta continuamente em uma linha reta.
P3) Descrever uma circunferência com qualquer centro e qualquer raio.
P4) Todos os ângulos retos são iguais.
P5) Se uma linha reta cortando duas linhas retas faz os ângulos
interiores de um mesmo lado menores que dois ângulos retos, então as duas
retas, se prolongadas indefinidamente, se encontram desse lado em que os
ângulos são menores que dois ângulos retos.
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Sobre os Elementos disse Einstein numa certa ocasião: “Quem não soube
entusiasmar-se por este livro em sua juventude, não nasceu para pesquisador
teórico” ([14] pg29).
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As Fontes
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O Quinto Postulado
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O fato é que por quase dois mil anos os matemáticos tentaram provar o
postulado das paralelas a partir dos demais postulados. Cedo ou tarde foi
apontado erro nas demonstrações que vieram a ser dadas ([7] pg 539).
Damos a seguir uma lista de alguns matemáticos que se empenharam na
busca de uma prova do quinto postulado. Maiores detalhes podem ser
encontrados em [4].
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n m
B A
Embora muito semelhante ao quinto postulado, ele apenas evita dizer que
m e n se encontram. Utilizando este postulado mais a figura de um quadrilátero
(utilizado por Sacheri posteriormente) ele deduziu o quinto postulado e chegou a
fórmula da soma das medidas dos ângulos internos de um triângulo ([3] pg 24).
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XVII com a tradução dos comentários de Proclo impressos pela primeira vez em
Basle (Suíça) em 1533 e depois em Pádua (Itália) em 1560 numa tradução latina
de Barozzi.
Abaixo citamos os matemáticos da Europa que escreveram trabalhos
críticos sobre o quinto postulado, todos eles trabalhando a idéia de retas paralelas
como eqüidistantes que já sabemos traz implicitamente o quinto postulado:
Federico Comandino 1509-1575,Itália.
Chistopher S. Clavio 1537-1612,Alemanha.
Pietro A. Cataldi 1548-1626,Itália.
G.A. Boreli 1608-1679, Itália.
Giordano Vitale 1633-1711, Itália.
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C
D
A B
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C
D
A B
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III. Pré-requisitos
Demonstrações
[18] Filho L.C.S, Encontro com o mundo não Euclidiano, Elementos para
uma abordagem didática, Projeto de Ensino Matemática USP 2004.
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Potência de um ponto
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Inverso de um ponto
Proposição:
Suponhamos P no interior de C1. Se TU é uma corda de C1 perpendicular
ao segmento OP ( O = centro de C1), então P’, inverso de P, é o ponto de
interseção das tangentes t1 e u1 de C1 por T e U.
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Circunferências ortogonais
Definição:
Duas circunferências C1 e C2, são ortogonais se seus raios são
perpendiculares no ponto de intersecção.
Na figura abaixo temos:
- as circunferências C1 e C2
- o segmento OB é raio de C1
- o segmento MB raio de C2
- o ponto B de intersecção entre C1 e C2
C1 e C2 são ortogonais se e somente se o ângulo OBM é reto.
Proposição :
Seja P um ponto no interior de C1, de modo que P é diferente do centro e
seja C2 uma circunferência passando por P. Então C1 e C2 são ortogonais se e
somente se C2 passa pelo inverso P’ de P em relação a C1.
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Definições e métrica
- (OP1) ou OP1 significa o segmento que vai do ponto O até o ponto
P1. Quando nos referirmos a sua medida será explicitado.
- Ângulo P2Q1Q2 é o ângulo referente ao vértice Q1.
- Todos os arcos que nos interessam estão contidos no disco C1 que
será nosso disco de Poincaré. Portanto nos referiremos a eles somente com duas
letras, por exemplo: arco AB é o arco contido no disco C1.
Definições
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c) Retas:
Dada a circunferência C1 abaixo consideremos como retas:
- arcos de circunferência ortogonais a circunferência C1
- cordas que passam pelo centro ( diâmetros de C1 ).
Na figura abaixo
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AP1 BP2
distância ( A, B ) = ln
AP2 BP1
Note, “AP1” é a
distância euclidiana do
ponto A até o ponto P1
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Figura Prb1
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Figura Prb2
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Construção e Figura
Para ser a mediatriz (prova na bibliografia [18]) esta reta M1M2 deve:
• estar contida numa circunferência C3 ortogonal a C1.
• fazer com que B seja inverso de A, e K inverso de L em relação a C3.
Conclusão:
• Centro de C3 deve estar no encontro das retas euclidianas AB e LK.
Temos assim o centro P de C3, para determinar M1M2 precisamos do raio.
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Figura Prb3
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Critérios:
• Ao lado esquerdo ficará a construção na geometria euclidiana.
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Observações:
Figura 4: Pelo ponto C passam infinitas paralelas a reta Hiperbólica PQ.
Figura 5: Triângulo Hiperbólico N-L-Centro , soma dos ângulos internos < 180º.
Figura 6: Quadrilátero Hiperbólico Centro-A-B-C, soma dos ângulos internos<360º.
Figura 7: As mediatrizes do triângulo Hiperbólico A-B-C não se encontram (caso
particular).
Figura 8: Ortocentro: o encontro das alturas pode ocorrer dentro do triângulo, no
triângulo, fora do triângulo ou não ocorrer.
Figura 9: Reta hiperbólica XY é mediatriz da reta hiperbólica AP, P é inverso de A
e B’é inverso de B ambos em relação a C3. Medida de AB = Medida de PB’.
Inversão no modelo do disco de Poincaré equivale a uma reflexão na geometria
hiperbólica.
Figura 10: A imagem da circunferência hiperbólica é a mesma da circunferência
euclidiana, porém o centro é deslocado em relação ao mesmo centro euclidiano.
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VI. Repercussões
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VII. Bibliografia
[1] Aaboe A., Episódios da história Antiga da Matemática, Editora da
SBM, 2002.
[2] Ávila G., “Legendre e o Postulado das Paralelas”, Revista do Professor
de Matemática,22 (1992), 16-28.
[3] Barbosa J. L. M., Geometria Hiperbólica, Editora da UFG, 2002.
[4] Bonola R., Non-Euclidean Geometry, Editora Dover, 1955.
[5] Boyer C. B., História da Matemática, Editora Edgard Blucher, 1974.
[6] Coutinho L., Convite às Geometrias não Euclidianas, Editora
Interciência, 2001.
[7] Eves H., Introdução a História da Matemática, Editora da Unicamp,
1995.
[8] Eves H., Tópicos de História da Geometria, Editora Atual,1992.
[9] Franco H., Evolução dos Conceitos da Física, Editora IFUSP,1998.
[10] Goldfarb A. M, O que é História da Ciência,Editora Brasiliense,1994.
[11] Greenberg M., Euclidean and Non-Euclidean Geometries, Editora W.H.
Freeman and Company, 1972.
[12] Heath T. L., Euclid The Thirteen Books of the Elements, Editora Dover,
1956.
[13] Kuhn T. S.,A estrutura das Revoluções Cientificas,Editora
Perspectiva,1982.
[14] Oliva W. M., “A independência do axiomas das paralelas e as
Geometrias Não- Euclidianas”, Revista do Professor de Matemática,02
(1983), 28-31.
[15] Petit J. P., As Aventuras de Anselmo Curioso, Editora Dom Quixote,
1982.
[16] Providência N. B., Matemática ou Mesas Cadeiras e Canecas de
Cerveja, 1º Ed., Editora Gradiva, 2000.
[17] Singh S., O Último Teorema de Fermat, Editora Record, 2001.
[18] Filho L.C.S, Encontro com o mundo não Euclidiano, Elementos para
uma abordagem didática, Projeto de Ensino Matemática USP 2004.
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