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HISTÓRIA DA FILOSOFIA
Ives Gandra Martins Filho
OS PRÉ-SOCRÁTICOS
A) OS JÔNIOS
B) OS PITAGÓRICOS
C) OS ELEATAS
D) TEORIAS DO CONHECIMENTO
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11) ANAXÁGORAS (500-420 a. C.) – levou a filosofia jônica a Atenas, mas foi
perseguido, tendo de abandonar sua pátria.
o Princípio: o nous (espírito; a Mente que dirige e ordena). Conceitos de ordem
e finalidade: o “nous” é a origem do movimento universal e princípio
ordenador do que existe (teve o mérito de captar a existência de uma causa
final e do Ser como de natureza espiritual e inteligente).
o Homeomerias (“partes semelhantes”) – todas as coisas existentes seriam
compostas de sementes que se dividem infinitamente e se misturam, sendo
que em todas as coisas estariam presentes todas essas sementes em
proporções diferentes, distinguindo-as (nada nasce ou morre, mas tudo se
transforma). Infinidade de elementos (diferença qualitativa entre as coisas).
E) VOLTA AO MONISMO
F) OS SOFISTAS
16) PROTÁGORAS (481- 411 a. C.) – natural de Abdera, participou na vida política
de Atenas, terminando processado e foragido.
o O homem seria a medida de todas as coisas (utilitarismo).
o Preocupação principal: retórica (arte de falar e persuadir).
o Antilogias – “em torno de cada coisa há 2 raciocínios que se contrapõem”.
G) DIREITO NATURAL
19) HÍPIAS (450-400 a. C.) - natural de Élida e constante viajante, desenvolve a arte
da memória (enciclopedismo).
o Lei natural: igualdade entre todos os homens (as leis humanas é que
dividem e separam).
CAPÍTULO III
A FILOSOFIA ÁTICA
A) ORIGEM
B) SOCRÁTICOS MENORES
C) MEDICINA
D) EXPOENTES
d) Arte – distancia da verdade, pois constitui imagem do mundo sensível (que busca
retratar), que já é imagem do mundo das Idéias (seria “imitação da imitação”).
h) Ética – as formas ideais seriam também modelos fixos para os seres individuais (a
verdade das proposições morais é tão imutável quanto das proposições
matemáticas: o “bem” e o “Uno” se confundem).
i) Política:
o classes sociais (projeto ideal de sociedade, desenvolvido em “A República”;
divisão que se assemelha à alma humana; a virtude da justiça seria a
harmonia entre as 3 classes):
i. produtores (prover de bens econômicos): nos quais prevalece o apetite
concupiscível (devendo exercitar especialmente a virtude da temperança).
ii. guardiães (militares encarregados da defesa): nos quais prevalece o apetite
irascível (devendo exercitar especialmente a virtude da fortaleza).
iii. governantes (cidadãos-filósofos): nos quais prevalece a alma racional
(exercitando a prudência ou sabedoria).
30) ARISTÓTELES (384-322 a. C.) – Discípulo de PLATÃO (de cujas idéias foi
divergindo com o passar do tempo), fundador do Peripato (ensino ao ar livre,
caminhando) e mestre de ALEXANDRE MAGNO: enquanto PLATÃO transmitiu seus
ensinamentos através do método dialético (descoberta nos diálogos),
ARISTÓTELES sistematizou o conhecimento filosófico (escritos em forma ordenada
e discursiva). Suas principais obras são: “Organon”, “Ética a Nicômaco”, “Metafísica”
e “Política”. Seus princípios filosóficos nos domínios da metafísica, da lógica e da
teoria do conhecimento têm caráter de perenidade. Porém, como filho de sua época
e dos conhecimentos científicos até então existentes, apresenta uma física e
cosmologia distante da realidade.
b) Metafísica (ou “filosofia primeira”): estudo do ser enquanto ser (as primeiras
causas do ente).
- Ciências: - teoréticas – buscam o saber em si mesmo (livres: não úteis)
- práticas – buscam o saber para a perfeição moral úteis (instru
- poiéticas (produtivas) – o saber em função do fazer mentais)
Quantidade
Qualidade
Relação Aciden
Ação (Agir) tes (Ser
Paixão (Sofrer) Casual
Lugar (Locus) – Ordem das Partes ou
Tempo Formal
Ter (Habitus)
Jazer (Situs) – Externo
- Teoria Hilemórfica (Composição dos Seres) – com ela supera a controvérsia entre
HERÁCLITO e PARMÊNIDES, afirmando simultaneamente o ser e o devir, através
da distinção entre:
Matéria – potencialidade indeterminada
Forma – princípio que determina e concretiza a matéria
- substância Supra-Sensível: Inteligência Divina (1º Motor Imóvel; Ato Puro), que
pensa a si esma e atua como causa final (atração) e não como causa eficiente (o
Universo sempre teria existido).
f) Ciências Práticas:
* Ética – estudo da conduta (ou fim) do homem como indivíduo.
- as ações humanas tendem a fins (bens): fim último (bem supremo) –
felicidade (não consiste no prazer ou na riqueza, mas em aperfeiçoar-se como
homem: vida contemplativa).
- virtudes: hábitos adquiridos (in médio virtus – justo meio entre 2 extremos);
vitória da razão sobre os instintos.
- natureza: princípio de operação dos seres.
- Política – estudo da conduta (ou fim) do homem como partede uma sociedade.
- homem: animal político (ser social por natureza).
- cidadão: apenas aquele que participa do governo da cidade (a escravidão
seria algo natural, decorrente da prisão dos bárbaros em guerras, que seriam
naturalmente inferiores aos gregos).
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- Civitas: sociedade política, que tem por fim não o progresso material, mas
espiritual dos indivíduos (viver em paz e contemplar as coisas belas). Não se faz
uma cidade com 10 homens, mas também não seria possível com mais de 100 mil
(que todos, ao menos se conhecessem de vista; que nas assembleias os oradores
pudessem ser ouvidos por todos sem necessidade de “stentoreios”).
i) Poética – mimese da realidade (não do que existe, mas do que poderia ter
acontecido) e catarse (purificação das paixões, descarregando a emotividade):
prazer estético.