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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM


PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

Assédio Moral no Ambiente de Trabalho

Eduardo Fonseca Vieira

ORIENTADOR:

Prof. Paulo José

Rio de Janeiro – Rio de Janeiro


2018
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM


PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

Assédio Moral no Ambiente de Trabalho

Apresentação de monografia à AVM como requisito


parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão
de Pessoas
Por: Eduardo Fonseca Vieira

Rio de Janeiro – Rio de Janeiro


2018
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AGRADECIMENTOS

Agradecimentos
Aos meus pais
Agradeço, primeiramente aos meus pais por terem me ajudado
tanto nessa etapa e estarem sempre comigo
Aos meus professores (as)
Agradeço a todos os professores que acompanharam minha
jornada e foram essenciais ao meu aprendizado, e além disso,
minha evolução como pessoa.
Aos meus amigos e amigas
Por fim, agradeço todos os amigos e amigas que estiveram
comigo nessa jornada, vocês com certeza são parte dessa
vitória.
4

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a Deus todo Poderoso, bem como todas


as demais conquistas da minha vida, as minhas duas Mães,
Rosemary ( Biológica ) e Delane ( adotiva ) ambas anjos que
Deus permitiu estarem em minha vida em momentos
diferentes, pra que eu entendesse o significado do amor.
5

RESUMO

O projeto trata através de pesquisa minuciosa as consequências


psicológicas de quem sofre ataques danosos propiciados por assédio moral.

O tema pesquisado, Assédio Moral é todo comportamento que figure


o teor abusivo (comportamentos, posturas, palavras mencionadas) que se ecoe
em reincidência ao bem estar psicológico, ofensa à personalidade ou físico de
um individuo, propiciando transtorno corporativo e deteriorando o
relacionamento interpessoal em um local de trabalho. A gravidade do tema,
culminou na verificação de inúmeros casos de vitimas decorrentes destes
comportamentos que mesmo recebendo apoio psicológicos, carregam os
danos provocados e dificilmente retornam para ambientes corporativos com a
totalidade de cura.

Portanto, é mister nos inteirarmos no assunto e mergulharmos em


conhecimento e não só em um consciência de repudio , propiciando uma
politica de combate, com uma objetivação de uma ambiente de trabalho
saudável.
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METODOLOGIA

Em nosso país , é atual a discussão da exposição dos


trabalhadores e trabalhadoras a pequenos constrangimentos e situações
traumaticas responsáveis por danos psíquicos. No contexto do assédio, o seu
emprego está em em jogo .A pessoa tem um poder sobre você. A reparação do
dano moral transforma-se, então, na contrapartida do princípio da dignidade
humana

A metodologia e procedimentos a serem utilizados na pesquisa


serão basicamente, o comparativo, o prático e posicionamentos atuais das
autoridades e interessados no temas, que para o Brasil ainda é muito
prematuro

Nossa missão consiste na criação um estudo sobre as diferenças


entre a ótica do dano moral e a ótica do assédio moral, pois tudo isso é
contrario os princípios da respeitabilidade e a valorização do ser humanos nas
organizações.

Palavras-chave: Assédio moral. Relações de trabalho. Dano moral


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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

Assédio Moral no ambiente de Trabalho 09

CAPÍTULO II

Assédio Moral e os conflitos relacionados 15

CAPÍTULO III

Consequências do assédio moral 17


CAPÍTULO IV
Definições de Assédio 24
CAPÍTULO V
Como combater o assédio moral 30

CAPÍTULO VI
Consequências para a Organização 33

CONCLUSÃO 35

BIBLIOGRAFIA 39

ÍNDICE 41
8

INTRODUÇÃO
9

Seguindo trechos importantes que fazem uma alusão ao tema, em biografia de


Zanetti, Robson ( Assédio Moral no Trabalho ),mensura que assédio moral
não acontece só no ambiente de trabalho , ele pode estar presente em
todas as relações sociais. Mas o mesmo fica claro e evidente em um
ambiente corporativo. O destacado estudo que será apresentado ,vem
com uma base cientifica que procurou evidenciar a origem do assédio
moral , que decorreu de um estudo no âmbito da psicologia, tendo com
bases referenciais Heiz Leyman, Marie- France Hirigoyene Harald Hege
entre outros , todos referencias indispensáveis para quem quer discutir o
tema.
Com a forte ação e massificação da globalização, que trouxe inovações
técnicas de seleção, e inúmeras ferramentas avaliativas no ambiente de
trabalho, possibilitando uma reestruturação nas relações do trabalho. Mas
este novo enfoque veio carregando consigo alguns comportamentos
danosos, um dele o assédio moral ou seja, um gigantesco numero de
casos de comportamentos abusivos, palavras e atitudes, muitos, por sua
ênfase , ocasionaram e ainda ocasionam lesões à integridade física ou
psíquica de uma pessoa, com a degradação do ambiente de trabalho.
Com base em evidencias, a maioria dos estudiosos do caso, consideram que o
assédio moral pode surgir de inúmeras direções, ou seja, de gestores a
subordinados, de subordinados a gestores e entre pares.
Ficando claro e evidente que o assunto assédio também é uma questão
organizacional, sabe – se que algumas instituições ficam desatentas com
os acordos desencadeadores desse fenômeno, ou seja, caracterizam
que o mesmo ocorra não por que os dirigentes queiram, mas porque eles
se omitem.
É concludente dizer que o assédio moral ocasiona danos à imagem, à honra, à
liberdade do trabalhador (art. 5º, V e X, CF), ficando assim, seu restauro
uma questão de justiça (art. 186, CC).
A vítima de assédio moral pode e precisa procurar a Justiça do Trabalho,
reivindicando a indenização relativa ao dano moral.
10
11

CAPÍTULO I
Assédio Moral no ambiente de trabalho

Assédio Moral tem como embasamento o poder de segregação, uma ação


praticada reiteradamente contra um individuo, uma forma de perturbação
a outrem sem motivos, humilhando e perseguindo com frequência,
causando-lhe consequências físicas e psicológicas, tal ato discriminatório
que muitas vezes passa despercebido, devido a difícil comprovação.
Segundo o Aurélio, “assédio é o ato de assediar”, “assediar é perturbar com
perguntas, propostas, etc.”.
O conceito de Assédio Moral segundo Sérgio Pinto Martins:
Assediar é importunar, molestar, aborrecer, incomodar, perseguir com insistência inoportuna.
Implica cerco, insistência. Assédio quer dizer cerco, limitação, humilhar até quebrar a
sua força, quebrar a sua vontade. Assédio é a insistência impertinente feita por uma
pessoa em relação a outra. A insistência é feita de forma a abalar a moral da pessoa
(MARTINS, 2012, p. 12).

Marie-France Hirigoyen traz o conceito que:


O assédio moral no trabalho é definido como qualquer conduta abusiva (gesto, palavra,
comportamento, atitude...) que atente, por sua repetição ou sistematização, contra a
dignidade ou integridade psíquica ou física de uma pessoa, ameaçando seu emprego ou
degradando o clima de trabalho (HIRIGOYEN, 2002, p. 17).

Robson Zanetti define o instituto da seguinte forma:


O Assédio Moral se define pela intenção de uma ou mais pessoas praticarem,
por ação ou deixarem de praticar por omissão, de forma reiterada ou
sistemática, atos abusivos ou hostis, de forma expressa ou não, contra
uma ou mais pessoas, no ambiente de trabalho, durante a jornada de
trabalho e no exercício de suas funções, principalmente por superiores
hierárquicos, [...] durante certo período de tempo e com certa frequência,
os quais venham atingir a saúde do trabalhador (ZANETTI, p. 27).
12

É nítido e de enorme ênfase respeitar os conceitos e definições acima


apresentados, a questão de repetição para que se configure o assédio
moral, ou seja, não há em que se questionar em assédio moral situação
vexatória praticada uma só vez.
O mesmo é baseado em situações humilhantes e vexativas que embaraçam
a vitima quando praticadas repetitivamente no decorrer do dia no
ambiente de trabalho, situações que se alongam enquanto o colaborador
executa suas atividades, podendo as mesmas serem de longa duração ou
não, no entanto, quais sejam, desequilibra e envergonha o assediado.
13

Comumente no ambiente corporativo, os assediantes são os empregadores ou


aqueles que exercem o cargo de liderança, pois, dispõem de enorme
influência sobre os liderados e prevalecem da relação hierárquica para
pressionar seu subordinado.
Comportamentos como estes , muitas vezes é utilizado devido a grande
concorrência entre empresas, disputas por posições estratégicas,
gratificações, e também como estopim para dispensa de funcionários.
Os mesmos pressionam de tal forma a vitima , que acabam desenvolvendo um
mal estar psicológico no mesmo, fazendo com que ele trabalhe de forma
excessiva em troca de remunerações, ou até mesmo, forçando sua
demissão, chegando tal nível de stress, ao ponto do trabalhador
simplesmente não aguentar mais o ambiente de trabalho, gerando o
absenteísmo, com isso muitas vezes gerando benefícios econômicos à
empresa.
Porém, além da comportamento do assediante ser repetitivo e constrangedor,
é necessário que o assediado se sinta humilhado perante a situação
colocada.
Em um diapasão orquestrado, conclui-se que o assediante pratica uma conduta
incomum a organização da empresa, através de atos que desmoralizam o
colaborador no local de trabalho, provocando uma luta psicológica,
desenvolvendo – se muitas vezes em um problema de ordem pessoal,
desestabilizando a dignidade física e psicológica, além de tornar um
ambiente de trabalho não propicio a vítima perante aos demais
trabalhadores.
No geral, vale destacar que o assédio moral define-se após uma conduta
discriminatória indesejada, muitas vezes relacionando a escolha sexual
da vítima, religião, deficiência, até mesmo a idade ou nível financeiro do
assediado.

Hirigoyen define o assédio moral como:


14

“Toda e qualquer conduta abusiva manifestando-se, sobretudo, por


comportamentos, palavras, atos, gestos, escritos que possam trazer
danos à personalidade, à dignidade, ou à integridade física, ou psíquica
de uma pessoa, pôr em perigo seu emprego, ou degradar o ambiente de
trabalho” (HIRIGOYEN apud MARQUES JUNIOR, 2009, p. 17).

No que diz respeito as consequências acima que a vitima poderá sofrer, é


possível compreender que elas só continuam mediante a reação da vítima,
podendo as mesmas se manifestar em repudio contra o assédio causado, ou
como na maioria das vezes ficar emudecida.

Podemos notar como o assédio moral tem aumentado atualmente devido a


demanda nas relações jurídicas, visto que sua amplitude é tão violenta, e
podemos dizer que os envolvidos tem manifestado um pouco mais sua
indignação. Esta atitude desestabilizadora, provocadora de depressões, medos ,
situação ainda que os muitos leigos desconheçam, talvez sem conhecimento
dos danos sofridos, ou sem meios de trazer a veracidade a tona, fato que leva o
colaborador a danos irreversíveis e intervêm nas relações trabalhistas.
Define–se então, que o assédio moral é algo que pulveriza psicologicamente a
vítima, possuindo- a de tal forma que ela se sente obrigada a se distanciar do
ambiente de trabalho pelas ações sofridas, provocando o sucesso da pretensão
do assediante.

Conclui – se com a afirmativa, que o assédio moral, firma –se através de


palavras, atitudes, gestos, ações vexatórias por escrito, atitudes que
isolam a vítima ou acertem em cheio sua dignidade e sua autoestima.
15

1.1. Princípios determinantes e causadores de Assédio moral

É constatável que as vítimas do assédio moral nos ambientes e nas relações


de trabalho , geralmente tratam-se de pessoas que desenvolvem
atividades em locais de grande disputa. Muitas são manipuladas de certa
forma por seus gestores, onde através de uma verificação, analisa e
controla o desenvolvimento do trabalho da vitima de um modo geral,
como medir os seus horários e ociosidades no decorrer da jornada de
trabalho.
Destaca –se que o assédio moral se inicia no momento que o assediante
praticar tais atos ilícitos, conforme dispõe o artigo 186 do Código Civil,
também, logo de início o assediado deve se sentir ameaçado.

Considera-se que o envolvido no exercício de suas atividades se empenha de


tal forma que finaliza suas tarefas com excelente sucesso, sendo
utilizado muitas vezes como exemplo dentro da própria empresa, porém,
o assediante ao se sentir em posição de risco, e quem sabe, se
comparando à outrem pela competência desenvolvida das atividades,
podendo se sentir inferior pelo conhecimento demonstrado, recai sobre
ela sua forma agressora, acometendo psicologicamente a destruição do
convívio profissional do assediado.

Hirigoyen também afirma que:


A inveja é um sentimento natural que surge inevitavelmente a partir do
momento em que duas pessoas estão em situação de se comparar uma à
outra ou em posição de rivalidade. Ela pode causar danos consideráveis
ao tornar os indivíduos nocivos, mas é um conceito ignorado pelas
ciências sociais, como se tal sentimento fosse mera ilusão (HIRIGOYEN,
2002, p. 39).
16

Visualiza – se que, através de sentimentos naturais como a inveja, talvez o


ciúme, são causadores de distúrbios prejudiciais a quem sofre. Porém,
tais sentimentos não são facilmente evidenciados, pois não há ser
humano que declame ter ciúme ou o sentimento de inveja pelo fato do
colega de trabalho ser mais ágil, ou se desenvolver melhor nas relações
corporativas na organização.

Com estas evidencias, podemos notar que haverá uma motivação para que
uma forma obscura de expressar tais sentimentos seja praticada, esta,
obviamente através do assédio moral.
Todavia, sabemos que existem outras atitudes praticadas para a
caracterização do assédio moral surgida após uma situação de conflito,
podemos compreender através daquele trabalhador que expõe uma ideia
distinta a ideia do seu superior, e acaba sofrendo danos com o abuso de
poder.

Acontecendo o conflito de ideias é nítido que o superior imediato passará a


perseguir o subordinado por não concordar com suas opiniões, bem como
poderá deliberar o abuso de poder impondo sobre o mesmo exigências
exacerbadas, monitorando cada passo do colaborador dentro da
instituição, podendo caracterizar o assédio moral.
17

Contudo, para que o assédio moral seja caracterizado, é necessário que seja
considerado três elementos importantes, entre eles, a repetição
prolongada das situações vexatórias à vítima, além disso, o mesmo deve
praticar condutas que não sejam rotineiras ao ambiente de trabalho ,
incomuns aos padrões de comportamentos estabelecidos pela empresa.

É importante também, que o assediado se sinta moralmente instável em


comportamento, e evidencie sua fragilidade e como foi afetado pelo
constrangimento.
Contudo, é possível sinalizar que se houver a não constatação de um desses
três elementos, não será caracterizado o assédio moral, pode haver a
identificação de outro dano, acumulando posteriormente danos morais,
mas, não o assédio moral em sua plenitude.

Além dos traços caracterizadores acima mencionados para a configuração do


assédio moral, podemos sinalizar, também, o abuso de poder.

O mesmo ocorre em instituições onde a exigência de produtividade é alta que


o assédio moral é caracterizado com gigante frequência. Tudo ocorre na
maioria das vezes de forma imperceptível, que o assediado não nota que
o abuso trata-se de um assédio, recebe apenas como orientação, até
mesmo como um feedback crítico de uma avaliação de desempenho, até
que, quando nota, ele já se encontra em um grau elevado e prejudicial à
sua saúde, não se libertando mais das agressividades causadas.

Praticas como estas atingem o psicológico da vítima, a ponto dela não


aguentar mais o ambiente de trabalho, a ação negativa do assediante se
torna tão profunda, o abuso de poder sobre ela tão grande, que a vítima
acaba ficando doente e sem animo para reagir contra tudo.

.
18

CAPÍTULO II
Assédio Moral e os conflitos relacionados

No que concerne a assédio moral e aos conflitos relacionados, o ultimo entra


em confusão pelas vertentes parecidas com o primeiro. O primeiro
acontece com frequência no ambiente de trabalho, trata-se de algo
normal do cotidiano, não só no ambiente profissional, mas entre famílias,
reuniões entre amigos.

É importante reforçar que, deve-se evitar que os conflitos se transformem em


assédio moral, através de mediações. As ideias distintas devem ser
analisadas cada uma por sua peculiaridade, podendo através destas
observar o lado positivo do conflito.

2.1. Assédio Moral e Dano Moral

O assédio moral e o dano moral não se distinguem. Porém, é necessário


observarmos que em determinados casos eles se esbarram. Portanto, serão
feitas algumas distinções.

No assédio moral, as agressividades são praticadas frequentemente, devendo ser


repetitivas e de forma humilhante, intencionais a constranger a vítima,
provocando dor e sofrimento, danos à saúde mental e física do assediado.
No dano moral, as agressões não precisam ser repetidas, pois em um único ato
poderá configurar-se o dano. A dor e o sofrimento não são necessários sua
comprovação, presumindo-se que a vítima sofreu o dano, devendo ser
compensado através de uma forma a satisfazer a vítima.
19

Quanto à prescrição dos dois, o assédio moral verifica- se a partir do último ato de
agressão, enquanto o dano moral a partir da ação ocorrida.
De acordo com Robson Zanetti (2012, p. 50), “a finalidade em se fazer estas
distinções é muito importante”. Tamanha é sua importância, que o autor
afirma ainda “[...] que as indenizações por assédio moral devem receber um
valor maior do que muitas indenizações por danos morais”.

Desta maneira, finaliza-se que é de extrema importância a análise das diferenças


do assédio moral e do dano moral para buscar a reparação.

2.2. Assédio moral e outras ferocidades no trabalho

Fica entendido como ferocidade ou violência no trabalho, qualquer agressão


que afeta a dignidade do trabalhador, sendo elas: agressões físicas,
agressões praticadas por clientes da empresa, pressões psicológicas
exigindo produtividade, imposições num estado de nervosismo, más
condições e precariedade do ambiente de trabalho.

Robson Zanetti preleciona:


A violência no trabalho pode ser definida como “todas as situações onde as
pessoas são maltratadas, ameaçadas ou agredidas em circunstâncias
que colocam explicita ou implicitamente a prova de sua segurança, de seu
bem estar, sua saúde” (ZANETTI, 2012, p. 52).

No entanto, ao falar sobre violência no trabalho, o assédio moral não deve ser
confundido, deve-se verificado a repetição, duração e permanência do
ato, pois, a violência realizada por si só, ainda que intencionalmente, não
se corrobora como o assédio, pode haver a configuração de outro dano,
mas não o assédio moral.
20

CAPÍTULO III
Consequências do assédio moral

O assédio moral traz inúmeros problemas ao trabalhador assediado, ao


assediador, ao empregador e ao Estado, visto que os danos graves serão
ocasionados, após sua constatação.

Com extrema facilidade constata- se no decorrer desta pesquisa que, ainda


que inexista uma lei específica que identifique o assédio moral nas
relações de trabalho, as consequências deste, recairão sobre os
envolvidos. .

3.1. Para o assediado


21

O assédio moral no ambiente corporativo pode acompanhar inúmeras


consequências para o trabalhador assediado, vez que os problemas
gerados afetam sua saúde física e psíquica.

Inúmeros são os danos ocasionados a saúde da vítima, visto que através deles
é notório que a vítima fica totalmente dominada pelo assédio provocado.
Além disso, o trabalhador assediado, por viver em um ambiente de trabalho
hostil, acaba desenvolvendo diversos problemas emocionais,
ocasionando reflexos para sua saúde física, como a depressão, o
estresse, distúrbios psicossomáticos, digestivos e endocrinológicos que
refletem visivelmente sob a vítima.

Hirigoyen destaca:
Após um certo tempo de evolução dos procedimentos de assédio, os distúrbios
psicossomáticos passam quase sempre ao primeiro plano. O corpo registra a agressão
antes do cérebro, que se recusa a enxergar o que não entendeu. Mais tarde, o corpo
acusará o traumatismo, e os sintomas correm o risco de prosseguir sob a forma de
estresse pós-traumático. O desenvolvimento dos distúrbios psicossomáticos é
impressionante e grave, e de crescimento muito rápido. Acontece sob a forma de
emagrecimentos intensos ou então rápidos aumentos de peso (quinze a vinte quilos em
alguns meses), distúrbios digestivos (gastrites, colites, úlceras de estômago), distúrbios
endocrinológicos (problemas de tireoide, menstruais), crises de hipertensão arterial
incontroláveis, mesmo sob tratamento, indisposições, vertigens, doenças de pele etc.
(HIRIGOYEN, 2002, p. 161).
22

Da mesma maneira, é obvio que o trabalhador assediado, que anteriormente


tratava-se de um funcionário modelo, que realizava suas funções
rigorosamente, começa a ver o local de trabalho como um lugar
perturbador, não arcando com suas tarefas, não desenvolvendo, faltando
com frequência por não suportar o ambiente perturbador de trabalho.
Com o acumulo de situações negativas, pressões por melhorias e insucesso
em buscas por apoio, o assediado desenvolve um mal que e considerado
um dos maiores do século, o stress.

Stress é o Conjunto das perturbações orgânicas, psíquicas, provocadas por


vários agentes agressores, como o frio, uma doença infecciosa, uma
emoção, um choque cirúrgico, as condições de vida muito ativa e agitada.

Adicionando informações ao tema Zanetti enfatiza que stress estresse (2012, p.


41) “[...] é o conjunto de perturbações biológicas e físicas provocadas por
diversos fatores: excesso de pressão no trabalho, certos estilos de
administração, a deficiência estrutural para o cumprimento de tarefas,
condições ruins de trabalho, etc.”. Conforme Hans Selye (apud HIRIGOYEN,
2002, p. 19), “o estresse é constituído ao mesmo tempo pelo agente
estressante e pela reação do organismo submetido à ação do agente
estressante”.

No que se refere ao estresse, em muitas profissões ele faz parte do dia-a-dia do


trabalho devido às metas que devem ser alcançadas entre os trabalhadores,
produtividade que cada vez mais deve aumentar.

3.2. Danos psicológicos


23

Entende-se, como elemento essencial para caracterizar o assédio moral,


porém, este elemento poderá como não ocorrer na vítima, depende de
como o assediado recebe o ato.

Em princípio, a vítima poderá entender a agressão como uma simples


brincadeira, ao decorrer do tempo e com toda frequência de
constrangimentos, perceberá a intenção do agressor, mas não deixará ser
afetada pelas atitudes. Nesses casos podemos considerar que a vítima
trata-se de pessoa autêntica e segura, que não se deixa manipular por
atitudes negativas, exaurindo toda e qualquer pretensão agressiva do
assediante.

De acordo com Sérgio Pinto Martins (2012, p. 21) “Os danos psíquicos podem
ocorrer no assediado, mas também podem não ocorrer, pois o assediado
é uma pessoa forte, que absorve os ataques do assediador”.
No tocante, é certo que existem pessoas mais frágeis, sem estrutura para
suportar tal agressão, sendo ainda mais fragilizada em razão das
condutas negativas do assediante.

Mediante a situação apresentada, é imprescindível observar que a vítima


acaba demonstrando desequilíbrio, ocorrendo, muitas vezes, mudanças
radicais na qualidade de vida no trabalho, afetando seu desempenho
profissional.
Chegamos a valiosa conclusão que o assédio moral ocasiona danos psíquicos
ao assediado, em virtude das agressões aplicadas pelo assediante, por
meio de seus atos repetitivos e frequentes, como da intencionalidade da
conduta, a vítima acaba sendo atingida psicologicamente.

3.3. Depressão
24

Assédio Moral em nível avançado e se solidificando por mais tempo, se


tornando mais constante, o assediado entra em estado depressão, se
mostrando com tristeza, angustia ou sensação de solidão e diminuição da
capacidade de sentir satisfeito com sentimento de paz .

Para Hirigoyen (2006, p. 160),

“A pessoa assediada apresenta então apatia, tristeza, complexo de culpa, obsessão e


até desinteresse por seus próprios valores”.

Estima-se que a depressão tem uma constatação de doença de nível


neurológico.

E repetidamente nítido perceber que o trabalhador deprimido procura


esconder os sintomas na frente dos mais próximos, inclusive para quem o
acompanha na área de saúde , é quando aparece o pior sintoma em que
a vitima tem em sua mente o sentimento de culpa. É de suma importância
estar ligado aos estados depressivos, pois o risco de suicídio é enorme.

3.4. Doenças Psicossomáticas


25

Repassado um bom tempo com o desenvolvimento continuo do assédio


moral, aparecerão os distúrbios psicossomáticos, haverá uma associação
dos problemas psíquicos aos físicos, quando o organismo do assediado
sofrerá reações.

Hirigoyen (2006, p 161), cita:


“O corpo registra a agressão antes do cérebro, que se recusa a enxergar o que não
entendeu”.

Pelos problemas psicossomáticos, entendem –se as lesões físicas que


advêm de formas de pensar de maneiras pequenas mais ou menos
intensas,.
26

Hirigoyen nos alerta (2006, p 161),:

[...] O desenvolvimento dos distúrbios psicossomáticos é impressionante e


grave, e de crescimento muito rápido. Acontece sob a forma de emagrecimentos
intensos ou então rápidos aumentos de peso (quinze a vinte quilos em alguns
meses), distúrbios digestivos (gastrites, colites, úlceras de estômago), distúrbios
endocrinólogos (problemas de tireóide, menstruais), crises de hipertensão
arteriais incontroláveis, mesmo sob tratamento, indisposições, vertigens,
doenças de pele etc.

Define – se então, que os fatores psicológicos são o gancho percorrido para se


firmar as doenças físicas que o assédio moral em um nível avançado
poderá provocar.

Um autor reafirmou destes danos os mais graves que foram elencados de uma
maneira fria e séria pra falar dos grandes riscos que eles geram:
27

Irritação constante; falta de confiança em si; cansaço exagerado; diminuição da


capacidade para enfrentar o estresse; pensamentos repetitivos;
dificuldades para dormir; pesadelos; interrupções freqüentes de sono;
insônia; amnésia psicógena; diminuição da capacidade de recordar os
acontecimentos; anulação dos pensamentos ou sentimentos que
relembrem a tortura psicológica, como forma de se proteger e resistir;
anulação de atividades ou situações que possam recordar a tortura
psicológica; tristeza profunda; interesse claramente diminuído em manter
atividades consideradas importantes anteriormente; sensação negativa do
futuro; vivência depressiva; mudança de personalidade; passando a
praticar a violência moral; sentimento de culpa; pensamentos suicidas;
tentativa de suicídio; aumento de peso ou emagrecimento exagerado;
distúrbios digestivos; hipertensão arterial; tremores; palpitações; aumento
do consumo de bebidas alcoólicas e outras drogas; diminuição da libido;
agravamento de doenças pré-existentes, como dores de cabeça; stress.

Sobre todas essas tratativas problemáticas, é muito importante que exista


sempre um nexo de causalidade entre o assédio moral e a absorção
desses problemas de saúde do trabalhador, sendo que isso não é um rol
taxativo, mas as várias possibilidades que vítima adquire pelos danos
psicológicos sofridos, sempre trazendo para a vítima o direito de receber
indenização e reparação pelo dano moral sofrido.

3.5. Problemáticas a um longo período.


28

Das situações evidenciadas pelo assediado depois de melhora a fase de


enredamento, originam-se outras, como o Choque: O choque se
manifesta quando as vítimas caem a realidade para a agressão.
A partir do momento que compreendem que foram parte de um jogo de uma
manipulação; Descompensadas : As vítimas, enfraquecidas por ocasião
da fase de controle, sentem-se agora diretamente agredidas, sendo a
capacidade de resistência do indivíduo limitada; Separação: Quando
chega a acontecer é por iniciativa da própria vítima, não dos agressores,
tendo em vista que o objetivo-fim do assédio moral é, muitas vezes,
utilizado para que o agredido peça a demissão; Evolução: É a fase em
que a vítima consegue livrar-se das “garras psicológicas” do agressor, e
enfim travando outra batalha contra as adversidades psicológicas ainda
abertas.
Muitas situações acontecem, ainda, na constância do vínculo empregatício,
quando finalmente a vítima percebe que as situações degradantes
repetitivas são as causas de suas alterações emocionais, e que a única
possibilidade de “livrar-se” das atrocidades é demitir-se do seu serviço.
29

O quadro a seguir, resultado de levantamento realizado por Margarida Maria


Silveira Barreto, médica do trabalho e pesquisadora, com 2.072
trabalhadores, ilustra como homens e mulheres respondem ao assédio
moral no ambiente de trabalho:

Sintomas Mulheres Homens


(%) (%)
Crises de choro 100 -
Dores generalizadas 80 80
Palpitações, tremores 80 40
Sentimento de inutilidade 72 40
Insônia ou sonolência excessiva 69,6 63,6
Depressão 60 70
Diminuição da libido 60 15
Sede de vingança 50 100
Aumento da pressão arterial 40 51,6
Dor de cabeça 40 33,2
Distúrbios digestivos 40 15
Tonturas 22,3 3,2
Idéia de suicídio 16,2 100
Falta de apetite 13,6 2,1
Falta de ar 10 30
Passa a beber 5 63
Tentativa de suicídio - 18,3

Como está evidenciado, há inúmeros sintomas comuns a homens e mulheres,


em maior ou menor proporção, sinalizando todos eles o sofrimento
imposto à vítima de assédio moral.
30

CAPÍTULO IV

Definições de Assédio

4.1 ASSÉDIO MORAL VERTICAL


Este nível de Assédio ocorre de duas maneira. A primeira quando praticado
pelo hierarquicamente superior mirando atingir o seu subordinado,
conhecido como vertical descendente. E a outra, quando praticado pelo
hierarquicamente inferior, com o intuito de atingir o seu superior,
denominado se vertical ascendente.

A primeira forma – assédio vertical descendente - como já comentado


anteriormente, é a mais famosa ( conhecida ). Quando se pensa em
assédio moral, logo vem à mente a figura do chefe ou qualquer superior
hierárquico pressionando o empregado. Muito comum até pelo poder
diretivo, disciplinar, fiscalizatório inerente à empresa que é repassado aos
seus prepostos. O problema é o abuso no uso dessas prerrogativas,
como por exemplo abster um empregado sem trabalho ou sem
equipamentos de trabalho, dar-lhe uma tarefa impossível e procurar os
erros que tenha cometido para depois demiti-lo por essa falha, entre
outras situações.

A segunda forma – assédio vertical ascendente – é bem comum de ocorrer. É,


a título de exemplo, o caso da secretária que sabe de algum fato errado
praticado pelo seu chefe e passa a assediá-lo de forma que ele faça suas
vontades sob pena de ela o entregar. Vale lembrar que esse tipo de
assédio, onde a vítima é o superior hierárquico, pode ocorrer tendo como
agressor não só um, mas vários funcionários ao mesmo tempo.
31

Segundo Hirigoyen:
“É a cumplicidade de todo um grupo para se livrar de um superior hierárquico
que lhe foi imposto e que não é aceito. É o que acontece com frequência
na fusão ou compra de um grupo industrial por outro. Faz-se um acordo
relacionado à direção para ‘misturar’ os executivos vindos de diferentes
empresas, e a distribuição dos cargos é feita unicamente por critérios
políticos ou estratégicos, sem qualquer consulta aos funcionários. Estes,
de um modo puramente instintivo, então se unem para se livrar do
intruso” (HIRIGOYEN, 2002, p. 116).
Assim, tem-se que a agressão psicológica sofrida pela vítima no assédio
vertical ascendente é tão grave quanto a sofrida no assédio vertical
descendente.

4. 2 ASSÉDIO MORAL HORIZONTAL


O assédio horizontal é aquele realizado entre sujeitos que estão no mesmo
nível hierárquico, inexiste relações de subordinação.
Neste caso, a vítima se vê diante de circunstâncias em que seus pares são os
agressores.
Há alguns dos mais variados motivos para esse tipo de assédio: busca de uma
promoção, intolerância religiosa, ética, política, discriminação sexual,
dentre outros.
Essa espécie de assédio familiariza muito a figura do Bullying (no Brasil usado
também como sinônimo de Assédio Moral). Á princípio esse instituto,
muito utilizado na Inglaterra, foi criado para caracterizar o comportamento
hostil e humilhante de uma criança ou grupo de crianças, em relação à
outra ou outras. E sabe-se que entre crianças é muito comum este tipo de
comportamento. Não existe uma hierarquia entre elas, mas pode ocorrer
a agressão como forma de exclusão por motivos muitas vezes de
características pessoais ou de personalidade.
32

E o que se tem notado é que as empresas observam esse tipo de assédio e se


mantêm inertes acreditando que esse tipo de assédio estimula a
produtividade. Mas se esquecem que a empresa também terá
responsabilidade pelo ocorrido, na medida em que o assédio persiste em
razão da omissão, da tolerância ou até mesmo do estímulo da empresa
em busca de competitividade interna.

4.3 ASSÉDIO MORAL MISTO:


O assédio moral misto exige a presença de pelo menos três sujeitos: o
assediador vertical, o assediador horizontal e a vítima. Neste caso, o
assediado é atingido por todos, superior e colegas.

Nesta modalidade a vítima é agredida tanto por superiores (ou


subordinados se for o caso da modalidade vertical ascendente) quanto
por pares hierarquicamente iguais. O Assédio vem de todos os lados.
Comumente há um agressor principal enquanto os demais são levados a
agirem de modo agressivo por força das circunstâncias ou por
começarem a acreditar que o assediado realmente é incapaz ou
despreparado.

Uma das nuances do assédio moral misto é a ideia da pessoa agredida


sucumbir mais rapidamente se comparado às outras modalidades de
assédio. Isso se dá pelo fato que a vítima se sente acuada, atacada por
todos os francos: por seus superiores e por seus colegas.
33

4.4 Assédio Moral Coletivo

O assédio moral no trabalho cometido contra grande parte dos


trabalhadores de uma mesma empresa é chamado de assédio moral
coletivo.
Comumente tem ocorrido a prática de assédio moral de forma coletiva,
principalmente nos casos envolvendo política “motivacional” de vendas ou
de produção, nas quais os empregados que não atingem as metas
determinadas são submetidos as mais diversas situações de psicoterror.
Por exemplo, a submissão a “castigos e prendas”, envolvendo práticas de
fazer flexões, vestir saia de baiana, passar batom, usar capacete com
chifres de boi, usar perucas coloridas, vestir camisetas com escritos
depreciativos, dançar músicas de cunho erótico, dentre outras
humilhações diárias que não passam despercebidas no cotidiano.
34

4.5 TESTEMUNHAS
São as testemunhas do assédio moral todas aquelas pessoas que, de
algum modo, o presenciam, participando dele direta ou
indiretamente.

Podem ser os lideres , colegas de trabalho, encarregados do


departamento de pessoal ou qualquer outra pessoa, desde que
participe diretamente do ato ou observe a ocorrência do assédio
moral no ambiente de trabalho.

As atitudes dos espectadores se divide em três categorias. Há o individuo que,


embora testemunhe o assédio, é indiferente a ele. Há o que, além de
testemunhar o assédio, contribui para a ação do agressor.
E há aquele que, ao testemunhar o assédio, defende a vítima. Esse caso é
denominado espectador inconformista e aqueles outros são os
espectadores conformistas.

As testemunhas inconformistas são aquelas que não se conformam com os


atos de violência praticados pelo agressor. Eles procuram o chefe, o
departamento de pessoal ou os colegas de trabalho para mobilizá-los a
fim de impedir que o agressor permaneça agredindo a vítima. Muitas
vezes essas pessoas também sofrem algum tipo de agressão, pois se
tornam um obstáculo para que o agressor alcance seus objetivos.

As testemunhas conformistas são todas aqueles não envolvidas diretamente


no evento, mas que têm sua quota de responsabilidade na medida em
que nada fazem para impedir a violência ou muitas vezes atuam
ativamente, favorecendo a ação do agressor.
35

Os espectadores conformistas passivos são aqueles que se conformam com as


agressões e nada fazem para minimizá-las. Tudo se passa à sua frente e
eles fingem que não veem, que não está acontecendo nada. Eles nunca
sabem de nada, não ajudam a vítima nem o agressor: eles simplesmente
deixam tudo acontecer. Sua responsabilidade é enorme, pois contribuem
para a continuidade da violência contra essa vítima e para o aparecimento
de novos casos contra outras pessoas.

Os espectadores conformistas ativos são aquele que, indiretamente, auxiliam a


ação perversa do agressor. É o co-autor ou participe da conduta
agressiva. São aquelas pessoas, por exemplo, com conhecimentos de
informática que se infiltram no computador da vítima para que o agressor
modifique alguns arquivos ou obtenha informações para assediá-la. Não
são adversários diretos da vítima, apenas atuam indiretamente a fim de
favorecer a conduta do agressor.
36

4.6 NOMENCLATURAS DE ASSÉDIO MORAL PELO MUNDO.


O assédio moral, em muitos lugares, vem recebendo nomenclaturas diferentes
e traz sutis diferenças, sendo que, no Brasil, tem-se entendido como
sendo uma espécie de violência, sinônimo de “assédio psicológico” e
“terror psicológico”.
Algumas nomenclaturas destacadas:
O mobbing – Do inglês to mob, cuja tradução é maltratar, perseguir e sitiar, o
termo foi utilizado presumivelmente pela primeira vez pelo etnólogo
Konrad Lorenz, destacando a violência de grupos infantis dentro das
escolas alemãs, especificamente contra determinadas crianças.
Na década de 1980, o psicólogo Hienz Leymann, de origem alemã, erradicado
na Suécia, introduziu o conceito mobbing para descrever as formas
severas do assédio dentro das organizações “em manobras hostis
frequentes e repetidas no local de trabalho, visando sistematicamente a
mesma pessoa” (HIRIGOYEN, 2005, p. 77).
Segundo o autor, o termo “relaciona-se mais a perseguições coletivas e à
violência ligada à organização, mas que pode incluir desvios que,
progressivamente, transformam-se em violência física” (HIRIGOYEN,
2005, p. 78).
O bullying – Do inglês to bully, que significa tratar com desumanidade e
grosseria, bully é uma pessoa tirana que ataca os mais fracos. O
vocábulo bullying, divulgado mais amplamente a partir de 1992, também
começou a ser utilizado para caracterizar o comportamento de grupos
infantis ingleses, estendendo-se a comportamentos similares em outros
segmentos, até chegar ao campo do trabalho.

O harassment – Estudado desde 1976 pelo psiquiatra americano Carroll


Brodsky, o termo harassment somente em 1990 foi introduzido e
popularizado pelo artigo de Heinz Lumann, nos Estados Unidos,
caracterizado como o assédio de uma pessoa contra a outra para
provocá-la, atormentá-la, miná-la (HIRIGOYEN, 2005, p.81).
37

Os whistleblowes – Referindo-se àquele que acaba perseguido por ser quem


“aperta a campainha ou que desfaz o estopim”, o whistleblowes são, na
prática, “aqueles que denunciam os problemas de funcionamento de um
sistema” (HIRIGOYEN, 2005, p.81).

O ijime - Apareceu, como fenômeno em 1972, como um instrumento de


controle social e de adaptação dos trabalhadores aos múltiplos
regulamentos impostos, da década de 1990 ele passa a ser amplamente
relacionado ao ambiente escolar e às pressões psicológicas feitas pelos
professores para adaptar os alunos ao sistema educativo japonês,
tornando-se uma chaga social, com expressivos casos de suicídio dos
estudantes e de evasão escolar.
Nessa mesma década, no âmbito do trabalho, o ijime dá lugar ao
madogiwazoku, uma espécie de assédio moral mais cruel, que visa a
levar o trabalhador mais velho e menos útil para a organização a deixar a
empresa (HIRIGOYEN, 2005, p. 85).

Os pensadores do brasil avaliam que no assunto assédio moral não veem


necessidade de incorporar tais vocábulos ao nosso léxico, quando há
expressões forasteiras reflete o significado do fenômeno em estudo de
maneira mais eficaz que os designativos pátrios. Ao leigo, qualquer das
expressões citadas em português poder levar à noção, ainda que
precária, do instituto examinado – diferentemente do que ocorre com os
termos estrangeiros.

CAPÍTULO V
Como combater o Assédio Moral
38

É preciso definir quem seja o autor do assédio, procurando encontrar seu


objetivo para saber o porquê do assédio. Realizado levantamento da
situação, é possível visualizar o que está ocorrendo e quais atitudes
devem ser tomadas. Como por exemplo a ruptura do contrato de
trabalho, como última saída. Deste modo, diagnosticado o assédio moral,
a etapa seguinte é a procura de uma solução correta que pode se
começar lançando um programa de intervenção para que tome uma
providência antes que o ato se instale. Evidenciar aos indivíduos que o
individualismo não caminha junto às empresas, pois o objetivo no trabalho
é que ocorra em grupo, onde todos se ajudam para gerar o objetivo final.

Uma alternativa paliativa que costuma ser vislumbrada é a transferência


de local de trabalho de um dos protagonistas do assédio. Porém, ainda
que isso seja possível, trata-se, geralmente, de transferência da vítima.

Mas é de suma importância a integração dos órgãos públicos nas campanhas


junto aos veículos de comunicação onde seja informada a população
sobre o que é o assédio moral e quais as formas de prevenção e quem
procurar para se ter um apoio psicológico e providências jurídicas sobre
esse dano, levando a vitima a sua possível defesa diante da esfera civil,
trabalhista, administrativa e criminal.
Após todos os movimentos realizados será construida uma rede de resistência
e solidariedade com os trabalhadores o que diminuirá conseqüentemente
os possíveis agressores. O assediado precisa contar também com as
testemunhas, pessoas que não devem se intimidar diante da situação
para ajudar a vítima a provar que o agressor comete o assedio e ser
solidário com o colega na busca de soluções para o problema, pois hoje a
testemunha vai ajudar um colega e em outra ocasião pode estar na
situação de vítima do assédio, quando precisará contar com o apoio dos
colegas de trabalho.
39

Dentro do ambiente corporativo e até na convivência com a familia possuímos


nossas recompensas após nossas atitudes e maneiras de respeitar os
outros seres humanos sempre se colocando no lugar oposto, a fim de
perceber onde anda seu senso de justiça e suas atitudes.

5.1. O Papel Importante da Organização

Cabe as relações sindicais realizar o marketing social, ou seja, promover


campanhas informando os trabalhadores sobre o assédio moral. Esta
prática é indispensável como forma de prevenir, pois ajuda na
conscientização e na luta contra o assédio moral.
Todavia é premissa que os mesmos consigam lidar e identificar os casos de
assédio, observando os problemas que ocorreram e a convivência entre
os trabalhadores e trabalhadoras no ambiente de trabalho, sendo que,
nessas situações deverá obrigar a direção da organização a adotar
outras técnicas de gestão.
Em contra partida, cabe às organizações sindicais solicitar respostas ao
empregador e se for possível, registrar reclamação à Justiça do Trabalho..

HIRIGOYEN (2002, p. 291) sabiamente cita:


[...] “os delegados sindicais deverão aceitar sua reciclagem sem negar os
elementos psicológicos, pois, mesmo que não tenham sido preparados
para a intervenção, são frequentemente solicitados pelas organizações
para ajudar na resolução de conflitos individuais. Terão de aprender a não
negar o indivíduo em nome do interesse superior do coletivo. Acontece
que alguns sindicalistas, quando solicitados para intervir em um problema
de assédio moral, querem tratá-lo, de imediato, como um conflito de
estrutura.
É papel dos sindicatos examinar os casos de gestão pelo estresse que podem
abrir caminho para o assédio moral. “
A fiscalização trabalhista através da pericia efetiva , também possui papel
importante no combate e prevenção do assédio moral que ocorre no
ambiente de trabalho.
40

O representante Fiscal através de denuncia registrada à prática do assédio,


deve exigir que o empregador adote medidas que garantem a saúde do
trabalhador.

Toda atuação de Fiscalização do MTE ocorre por meio de ato conciliatório, em


que o assédio moral praticado numa empresa pode ser solucionado por
meio de mesas redondas, visando o fim do assédio moral ocorrido no
ambiente de trabalho.

Nessa teia de retalhos, os advogados devem agir preventivamente no combate


ao assédio moral, orientando as vítimas, seja como estas devem
denunciar a prática do mal, seja como devem colher provas a fim de
montar um dossiê.
Acontece que , em inúmeros casos, a atuação deste profissional somente se
dá depois de já rescindido o contrato de trabalho, quando a vítima está
tentando obter uma reparação, nos casos em que esta encontra forças
para lutar contra o mal sofrido.
Hirigoyen (2002, p. 308) ensina que:
“Na maior parte das situações, os advogados intervêm tarde demais, só depois
da rescisão do contrato de trabalho, no momento em que a vítima
assediada tenta obter uma reparação pelo prejuízo sofrido. Entretanto,
poderiam exercer um papel preventivo simplesmente orientando os
empregados desde suas primeiras reações, para tentar fazer cessar o
assédio moral.”
A prevenção e luta contra o assédio moral no ambiente de trabalho pode
acontecer por inciativa da própria empresa, o que raramente acontece,
mesmo que fique claramente demonstrado que o assédio traz
consequências tanto para o trabalhador como para a empresa, esta é
relutante ao adotar medidas preventivas.
41

Agindo assim, a empresa, os advogados, os psicólogos, os psiquiatras, as


associações, os sindicatos etc., exercem um papel fundamental na
implementação de medida preventivas que visem coibir a prática do
assédio moral. Porém é o trabalhador assediado o responsável em
adotar medidas para prevenir o assédio moral, como também para
combater de forma repressiva a sua prática.

O assédio moral como evidenciado causa consequências inigualáveis, sendo o


principal câncer à saúde do trabalhador. E também, fere os princípios
constitucionais garantidos, especialmente, o princípio da dignidade da
pessoa humana.
O local de trabalho laboral deve ser protegido por normas e politicas que
garantam a realização do contrato de trabalho. Vale sinalizar, que
empregado tem a faculdade de rescindir o contrato de trabalho por justa
causa do empregador, em consonância com o artigo 483 da Consolidação
das Leis
Trabalhistas. Porém é sabido que o medo do desemprego e a não garantia da
solução do assédio faz com que isto, na atualidade, se torne medida
ineficaz.

CAPÍTULO VI
Consequências para a Organização

Todo o assédio moral que acontece no âmbito da relação de emprego,


conforme dito, caracteriza o inadimplemento de contrato, somando a
violação ao “dever jurídico” traçado pelo ordenamento, a empresa viola as
normas de proteção descritas na CLT, bem como quebra as garantias
fundamentais do trabalhador, de acordo com as normas internacionais e
na CF/88, assumindo o gesto, atitude ou comportamento assediante, a
feição de ato ilícito que macula a relação jurídico-trabalhista,
42

No entanto, não haja procedimento jurídico específico para o assédio moral,


como se trata de um caso concreto e onipresente no mundo do trabalho,
é obrigatório aplicar o ordenamento jurídico preexistente, fazendo lembrar
do sentido de que a aplicação do Direito implica em enquadrar um caso
concreto em a norma jurídica adequada. Submetemos às prescrições da
lei uma relação de realidade. Visando à aplicação do Direito, no próximo
tópico caímos sobre o enquadramento do assédio moral na dispensa
indireta (CLT, art. 483) pelo descumprimento por parte do empregador ou
superior hierárquico dos deveres legais e contratuais; rescisão por justa
causa do colega de serviço, gerente, supervisor, diretor responsável pela
conduta do assediante (CLT, art. 482); além de prejuízos morais e
materiais oriundos desse ilícito e o consequente dever de reparação do
dano, sem embargo das consequências penais.

6.1 Rescisão Indireta


O assédio moral se define em atitude degradante e humilhante, atingindo a
dignidade do colaborador, impedindo um meio ambiente de trabalho sadio
ser e equilibrado. O mesmo é capaz de tornar insuportável a
continuidade da relação de emprego, em razão da grave violação pelo
empregador ou pelo preposto deste das obrigações contratuais
trabalhistas.
Sob um ótica das obrigações contratuais, todas as atitudes, gestos,
comportamentos, palavras caracterizadoras do assédio moral se
enquadram nas hipóteses tipificadas no art. 483 da CLT,
consubstanciando violação grave.
43

A rescisão indireta do contrato de trabalho é o ato que põe fim a relação


trabalhista, resolve o contrato de trabalho, caracterizada pela culpa
exclusiva do empregador, ou seja, a “[...] rescisão indireta ou dispensa
indireta é a forma de cessação do contrato de trabalho por decisão do
empregado em virtude da justa causa praticada pelo empregador (art.483
da CLT)”
Um ato grave causado pelo empregador enseja a rescisão do contrato de
trabalho de forma indireta. Assim, não existe dispensa do empregado,
pois este é que decide por termo ao contrato de trabalho, em virtude da
falta cometida por empregador contra si, vindo a ajuizar ação na Justiça
do Trabalho para ter seu direito atendido, pois qualquer irregularidade
cometida pelo empregador deve ser de tal monta que abale ou torne
impossível a continuidade do contrato.

CONCLUSÃO

Ao longo deste trabalho, bem como as ponderações apresentadas neste


estudo, levaram à conclusão que o assédio moral tão antigo como as
relações de trabalho, sempre causou grande sofrimento de um modo
geral.
No entanto, observa-se que somente nos dias atuais, devido a grande
demanda dos casos de assédio, o fenômeno assédio moral tem ganhado
grande destaque.
44

As Empresas para caminharem no mercado, jogam suas cartas numa maior


competitividade, produtividade e eficiência deixando de lado as políticas
de gestão e organização funcional e direcional. Esta junção de fatores
leva a destruição das condições do trabalho humano, além de um
ambiente de inseguranças e confusões dentro das organizações,
recaindo em conseqüências jurídicas,

No âmbito social todos são atingidos, pois contribui em pagamentos de


impostos e a vítima que precisa de acompanhamento piscológico na
maioria dos casos por uma depressão profunda, desencadeando para
outros males como vários tipos de doenças, dinheiro esse que poderia ser
aproveitado em tratamentos de casos gerados por doenças do corpo e
não da mente, Evitando a entrada desses agressores nas empresas, é
possível diminuir a incidência desse mal no ambiente de trabalho. O
social está ligado diretamente ao lado humano, pois o trabalhador perde
sua alta estima, pois passar a não ter confiança em si próprio falta-lhe
competência qualidade profissional.

Assim constata-se ainda, que a grande maioria dos colaboradores tem se


submetido a enfrentar situações humilhantes, devido ao aumento da taxa
de desemprego, vez que, se colocam a mercê do empregador, sujeitando
-se as agressões físicas e psíquicas, devido a necessidade de manter o
emprego para sua sobrevivência
45

.
As organizações que cada vez mais visam somente a competitividade e o
crescimento, buscando sempre um trabalhador que cada vez mais
produza, acabam forçando o ritmo de trabalho de seus empregados e se
esquecendo de um ambiente de trabalho sadio, propiciando danos físicos
e psicológicos em seus funcionários.

Vale a pena conferir minuciosamente, a distinção do assédio moral com outros


problemas decorrentes da pressão profissional que acaba muitas vezes
sendo confundida com o assédio. Porém os funcionários que se colocam
de forma negativa ao assédio sofrido acabam enfrentando uma sequência
de perseguições e constrangimentos, vez que a intenção do agressor
através do assédio moral é afastar o empregado do ambiente de trabalho,
tendo como resultado o sucesso de sua intenção e redução de suas
despesas através de uma demissão forçada que, na grande maioria por
iniciativa do empregado, pois, não suporta mais os sofrimentos no
ambiente profissional.

Contudo, essa demissão poderá causar algumas consequências e prejuízos ao


assediante, bem como ao empregador e ao Estado. Somando aos danos
que a vítima poderá sofrer, poderá incidir sobre o empregador a rescisão
indireta do empregado, tendo em vista o pagamento das verbas
trabalhistas bem como, a busca por indenizações dos danos sofridos no
ambiente de trabalho, além de que, a demissão por justa causa do
assediador e as despesas pagas pelo Estado, como os benefícios de
auxílio doença.

Os danos trazidas pelo assédio moral, não para somente na vítima


assediada, visto que se estende ao empregador de forma direta ou
indiretamente e ainda, claramente causa prejuízos maiores ao Estado.
Com vasta certeza, podemos observar que o objetivo principal do assédio
moral, é desnortear a vítima através de condutas negativas e
humilhantes.
46

Verificado também, que o assédio moral além de se tratar de uma conduta


ilícita e ter como base a discriminação.
Porém, ainda que de difícil comprovação, o assediado não fica totalmente
desprotegido legalmente, podendo buscar através do Direito Civil a sua
reparação, bem como no Direito do Trabalho possíveis consequências
trabalhistas.

O empregador deverá ser responsabilizado tanto pela ação que enseja a


rescisão indireta do empregado, como pela atitude praticada por seus
prepostos, tendo em vista que o empregador é responsável por quem o
represente.
É necessário que o empregador esteja atento a tudo que ocorre no ambiente
de trabalho, podendo agir de forma rápida às divergências, tentando
impedir um dano causado por um funcionário, onde consequentemente
poderá responder de forma indireta.

Podemos considerar de grande valia à comunicação entre o empregado e o


empregador, afim de que, levar ao conhecimento as condutas ilícitas
praticadas por funcionários da empresa, poderá servir de tentativa para
diminuir e evitas as consequências causadas pelo assédio moral, bem
como deixar o empregador ciente de sua responsabilidade, caso não
tome nenhuma atitude.

Essa é uma realidade da qual não podemos fugir. Primeiro, porque conforme
relatado, é cada vez maior o atingimento de metas e resultados, levando
pessoas despreparadas a assediarem moralmente seus subordinados.
Segundo, porque é cada vez maior o numero de lides quase aventureiras,
que beiram as tentativas de enriquecimento ilícito.
Por isso, é fundamental que os empresários, industriais, comerciantes e
empregadores em geral, orientem seus empregados e prepostos a, acima
de tudo, agir com ética, respeito e educação.
47

Agindo assim, com absoluta convicção, podemos afirmar que serão


extremamente minimizados os riscos de uma condenação à reparação de
danos morais causados pelo assédio moral. Ou seja, a boa educação
ainda é o melhor remédio para a prevenção ao assédio moral.

A tensão psicológica sofrida pelo assediado não é materializável, ou seja, é


impossível mensurar a extensão do dano causado pelo assédio moral
sofrido. Meramente visíveis são as consequências físicas e psíquicas
sobre a mente e o corpo da vítima que sofreu tal prática.

A exibição de informações e conscientização sobre o assédio moral podem ser


o “início do fim” dessa ação devastadora no ambiente de trabalho.
48

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NASCIMENTO, Sônia A.C. Mascaro. Assédio moral no ambiente de trabalho.


Disponível em: . Acesso em 11 de setembro de 2009
50

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMENTOS 03
DEDICATÓRIA 04
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMÁRIO 07
INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I
Assédio Moral no Ambiente de Trabalho 09
1.1. Princípios determinantes e causadores de Assédio moral 12

CAPÍTULO II
Assédio Moral e os conflitos relacionados 15
2.1. Assédio Moral e Dano Moral 15
2.2. Assédio Moral e outras ferocidades no Trabalho 16

CAPÍTULO III
Consequências do Assédio Moral 17

3.1. Para o Assediado 17


3.2. Danos Psicológicos 19
3.3 . Depressão 19
3.4. Doenças Psicossomáticas 20
3.5 . Problemáticas a um longo Período

CAPÍTULO IV
Definições de Assédio 24

4.1 Assédio Moral Vertical 24


4.2 Assédio Moral Horizontal 25
4.3 Assédio Moral Misto 26
4.4 Assédio Moral Coletivo l 26
4.5 Testemunhas 27
4.6 Nomenclatura de Assédio Moral Pelo Mundo 28
51

CAPÍTULO V
Como combater o assédio Moral 30

5.1. Papel Importante da Organização 31

CAPÍTULO VI
Consequências para a Organização 33

6.1. Rescisão indireta 35

CONCLUSÃO 36
BIBLIOGRAFIA 39

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