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Relatório de Execução
Introdução………………………………………………………………...…………..5
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Índice de Siglas
Índice de Figuras
Índice de Anexos
3
Resumo e Palavras-chave
Resumo: Pretende-se neste relatório final, através de uma metodologia de investigação- Commented [AMDCO1]: Ver comigo….
Abstract:
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Introdução
A elaboração deste Relatório de ExecuçãoFinal de estagio tem como principal foco a Formatted: Highlight
O presente Relatório foi realizado de acordo com a metodologia de investigação-ação Formatted: Highlight
5
As capacidades, as oportunidades, as pessoas, o meio e os objetivos estão sempre
relacionados com a situação ou problema que afeta a qualidade de vida dos indivíduos.
Este documento encontra-se dividido em três grandes capítulos: o primeiro vai do Pré-
diagnóstico ao Diagnóstico, ou seja, pretende fazer um breve enquadramento e
caracterização da organização de estágio, abordando o papel do Serviço Social e de
seguida qual o foco de Diagnóstico. Commented [AMDCO4]: Será que é isto o primeiro
ponto?!
Pretende-se que o trabalho esteja claro e conciso de forma a corresponder aos objetivos
delineados para a sua elaboração.
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1. – DO PRÉ DIAGNÓSTICO AO DIAGNÓSTICO
Nos anos 90 o Grupo Auchan investe no Grupo Pão de Açúcar, um grupo brasileiro que
surgiu em Portugal nos anos 70 e que desde sempre mostrou “uma preocupação
constante com a inovação e as formas de comércio e o pioneirismo das tecnologias
aplicadas”. (Auchan Portugal Hipermercados)
No seguimento das boas páticas levadas a cabo pelo Grupo Auchan, nomeadamente no
que diz respeito a este grupo não utilizar trabalho infantil ou forçado, ter em conta as
condições de higiene, saúde e segurança no trabalho, não discriminar, respeitar os
horários de trabalho, e assumir boas páticas de renumeração, foi em Novembro de 2006
certificado com a Norma SA 8000, em Responsabilidade Social, uma norma que
possibilita gerir riscos sociais, correlacionados com a política de responsabilidade social
da empresa e que afetam sobretudo os colaboradores da mesma. Este reconhecimento
fez do Grupo Auchan o primeiro em Portugal e o segundo no mundo a ser distinguido
no sector da distribuição.
O Grupo Auchan obteve ainda reconhecimento em muitos outros países, estando hoje
presente em 16 países do mundo e empregando, só em Portugal, 7530 colaboradores.
A Fundação Pão de Açúcar – Auchan, local onde se integra o estágio, foi fundada em
1993, por um conjunto de 115 fundadores/ colaboradores do antigo Grupo Pão de
Açúcar. Aquando a sua criação, a então Fundação Pão de Açúcar, detinha como
principais finalidades melhorar as condições socioeconómicas dos colaboradores
efectivos do Grupo, assim como das suas famílias diretas em situações de
vulnerabilidade. A Fundação Pão de Açúcar foi assim fundada com princípios e valores
de cidadania e solidariedade.
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Depois de alguns anos, a agora, Fundação Pão de Açúcar – Auchan, daqui em diante
denominada de Fundação, consolidou-se, iniciando a sua atividade no campo da ação
social no ano 1999/2000, sendo assim assente sobre um estatuto de Instituição Particular
de Solidariedade Social (IPSS). As IPSS são instituições constituídas sem finalidade
lucrativa que, de acordo com o Decreto-Lei n.º 119/83, de 25 de fevereiro, são
instituições “com o propósito de dar expressão organizada ao dever moral de justiça e
de solidariedade, contribuindo para a efetivação dos direitos sociais dos cidadãos,
desde que não sejam administradas pelo Estado ou por outro organismo público”.
(Direção Geral da Segurança Social)
No que respeita aos valores da Fundação, esta pauta-se por ser reconhecida como
instituição de Solidariedade, Ética, Transparência, Confiança e Sustentabilidade.
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A intervenção da Fundação segue critérios rigorosos e específicos, tentando
salvaguardar a equidade e justiça nos apoios prestados, bem como o total cumprimento
de critérios éticos e deontológicos subjacentes à entidade.
Como órgãos não voluntários, a Fundação, conta com três Assistentes Sociais, uma
Psicóloga Clínica, uma coordenadora, também ela Psicóloga, e ainda uma Técnica de
Contabilidade.
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A presença do Serviço Social na Fundação justifica-se pela necessidade de aplicação de
conhecimentos teóricos e técnicos de índole mais científica e específica, que outros
trabalhadores sem esta formação não têm. (Modelo de Intervenção Social (2011),
Fundação Pão de Açúcar – Auchan)
Relativamente trabalho das técnicas no Departamento de Ação Social, cada uma possui
um computador e um telefone.
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No que diz respeito ao lugar que o Serviço Social ocupa na Fundação, pode dizer-se que
este se ocupa das necessidades e fragilidades dos colaboradores, no sentido de alcançar
a estabilidade das condições sociais dos mesmos. Desta forma o serviço social no
contexto da Fundação desenvolve um trabalho contínuo com os colaboradores que
revelam insuficiência económica. O Serviço Social na Fundação Pão de Açúcar –
Auchan desenvolve então, uma intervenção individualizada de acordo com as
necessidades de cada colaborador. Commented [AMDCO5]: Creio que isto é uma colagem
de trabalhos anteriores. O que se pretende neste ponto é
situar brevemente o local onde estagiou e dar conta do
levantamento inicial dos problemas e de porque define
como principal problema a carência económica. Assim deve
rever o índice e reescrever desde aqui….
1.4. Responsabilidade Social - O Serviço Social de Empresa
De acordo com Cavalli, uma empresa tem uma dupla intenção. Por um lado, visa a
obtenção de lucro, sendo que paralelamente propõe atividades que promovem o bem-
estar do colaborador, sem se distanciar da obtenção de lucro. É exatamente neste espaço
que nos encontramos o trabalho do assistente social. É precisamente neste contexto que
surge o trabalho do assistente social nas empresas. (Cavalli, s.d:11)
A RSE divide-se em duas dimensões, uma interna, e uma externa. Esta primeira
focaliza-se no âmbito da própria empresa, acabando por se concentrar nos assuntos
internos da mesma, relacionadas aos recursos humanos, como por exemplo, a saúde, e a
segurança.
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finalidade do Serviço Social de Empresa. Para Andrade (1963:53) este ramo do Serviço
Social destina-se a “contribuir para um funcionamento mais perfeito da empresa pela
melhoria da atuação e situação de pessoas no seu conjunto.”
Segundo Cavalli (s/d) o Assistente Social na empresa tem como principais funções,
avaliar a organização da empresa assim como melhorar as condições de trabalho no
sentido de proporcionar um maior e melhor rendimento do colaborador.
Estas práticas são desempenhadas pelo Assistente social nas empresas principalmente
através da mediação. A mediação é um conceito que “(…) está ligado à filosofia do
conhecimento e constitui uma categoria analítica da realidade social.” (Almeida,
2003:53). Pode-se compreender assim, que a mediação é uma estratégia de intervenção,
que conduz o Assistente Social à resolução de conflitos, onde este funciona como um
intermediário, procurando alcançar o bem-estar dos colaboradores e o seu
desenvolvimento social.
Enquanto mediador, o Assistente Social pode ser definido como um profissional que
“(…) intervém por solicitação direta ou indireta de um sistema cliente, e a sua
intervenção resulta do processo de codificação-descodificação da informação
disponível; no entanto, ele é sempre um ator externo cujo papel consiste em facilitar,
construir e operacionalizar as mediações necessárias ao desenvolvimento humano e
social.” (Almeida, 2002:55). Assim, a interposição do Assistente Social constitui uma
forma deste interpretar e de agir sobre a realidade social, sempre através de uma relação
de reciprocidade, com o intuito de ajudar na resolução da situação em causa.
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Segundo Almeida (2003), existem nove tipos de mediação. São elas: mediação-
assistência, mediação-acessibilidade, mediação-sociabilidade, mediação-
consciencialização, mediação-dinamização, mediação-formação, mediação-assessoria,
mediação-representação e a mediação-compromisso. Pode-se destacar a mediação-
acessibilidade como o tipo de mediação que melhor se enquadra no papel que o
Assistente Social executa numa empresa, pois este pretende tornar alcançável e
disponibilizar aos colaboradores os direitos e os recursos que estes têm.
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1.5. Principais Problemas
Através da técnica de entrevista, a aluna pretenderá avaliar a intervenção do DAS da Commented [AMDCO6]: Ver tempos dos verbos
Fundação, assim como ter uma maior percepção da razão que levou os colaboradores à Formatted: Highlight
carência económica.
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colaboradores estão a viver. Esta intervenção pode contribuir para a diminuição das
causas / consequências que advêm numa fase de carência económica de um indivíduo.
O facto das políticas sociais dirigidas à problemática serem insuficientes, torna-se num
problema para a intervenção do serviço social na Fundação Pão de Açúcar – Auchan.
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1.6. Foco do Diagnóstico
A Carência Económica foi a temática que a aluna elegeu para estudar, pois durante o
tempo em que teve oportunidade de estagiar na Fundação, verificou que sejam quais
forem os motivos que levam os colaboradores a solicitarem o apoio da Fundação, estes
revelam por unanimidade indicadores de carência económica. Esta foi a questão que a
aluna considerou pertinente aprofundar para o seu Diagnóstico. No fundo o objetivo foi
perceber quais as razões que levam os colaboradores do Grupo Auchan, que solicitam o
apoio da Fundação, a revelarem por unanimidade indícios de carência económica. Para
isso, tornou-se necessário conhecer a realidade dos próprios colaboradores, assim como
o parecer dos Delegados das lojas, pois devido à sua relação de proximidade com os
colaboradores, são as pessoas que melhor transmitem informação acerca dos mesmos.
A questão central da aluna para o seu diagnóstico foi perceber por que é que os
colaboradores do Grupo Auchan que solicitam o apoio da Fundação revelam indícios de
carência económica. Para obter algumas destas respostas, a aluna equacionou a
elaboração de um questionário para os Delegados das Lojas, uma vez que estes mantêm
uma relação de maior proximidade com os colaboradores, sendo muitas vezes um
ombro amigo para estes.
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2. - DO DIAGNÓSTICO AO PROJETO DE INTERVENÇÃO
2.1. Síntese diagnóstica
2.1.1. Metodologias de Diagnóstico Commented [AMDCO7]: Rever clqaramente o
índice…até este fica com efeito colagem….O que se
pretende neste ponto é dar conta do diagnóstico e de como
O Diagnóstico Social é uma metodologia de investigação-ação que envolve um surge o projecto.
Assim, no diagnóstico realizado pretendeu-se ter a perspetiva dos vários atores que na
sua prática diária têm uma preocupação com o bem-estar profissional dos colaboradores
do Grupo Auchan.
A perspetiva da estagiária foi então centrada nas questões da carência económica e dos
problemas que lhe estão adjacentes, a fim de que fundado nas diferentes visões, se
conseguisse fundamentar todo o diagnóstico realizado, e para que este dê mostra da
realidade vivida pelos colaboradores com dificuldades económicas.
Desta forma os recursos principais pelos quais a estagiária teve acesso à informação
necessária para a construção deste diagnóstico foram a análise de processos (Anexo 5),
onde se adquire toda a informação primária, e a observação de reuniões de equipa,
registada através de grelhas de observação.
A observação por parte da aluna teve duas utilidades sendo a primeira descritiva, uma
vez que pretendeu descrever a reunião e o comportamento das técnicas no decorrer da
mesma. Na segunda utilidade da observação a aluna avaliou de forma qualitativa as
propostas de intervenção.
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No que respeita à observação propriamente dita, a aluna observou as interpretações dos
processos por parte das técnicas, assim como as interações entre si. Foram também
analisadas as suas apreciações relativas aos processos, tendo em conta o que era elegível
ou não elegível para apoio. A observação da aluna foi uma observação não estruturada,
com ausência de registo escrito, e só posteriormente à reunião é que se recorreu à grelha
de observação (Anexo 6). Estas técnicas sustentam e fundamentam este diagnóstico na
sua vertente mais empírica, no sentido de enriquecer o mesmo.
Por outro lado, numa vertente mais teórica, partindo da pesquisa bibliográfica realizada
sobre o tema, realizou-se um aprofundamento teórico sobre as questões relacionadas
com a carência económica. Assim, a aluna adquiriu, a par de uma fundamentação
empírica, fazer um aprofundamento teórico, podendo com base neste cruzamento de
informação fazer um diagnóstico bem estruturado, e centrado na realidade vivida pelos
colaboradores do Grupo Auchan.
Privilegiou-se este tipo de recolha de informação, uma vez que através desta se
consegue um conhecimento que vai de encontro à realidade, e que consequentemente,
de forma equilibrada pode ser aplicada ao contexto em que se integram os
colaboradores do Grupo Auchan. O objetivo foi realizar um aprofundamento do
conhecimento empírico sobre a realidade, para que com base na perspetiva dos
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diferentes atores sobre a problemática, se pudesse realizar um projeto de intervenção,
que coadunasse com o diagnóstico elaborado.
O Serviço Social traz um valor acrescentado ao todo da Fundação Pão de Açúcar – Commented [AMDCO8]: Faz sentido isto aqui….?
Cabe, portanto, ao Serviço Social intervir nos problemas dos colaboradores, através de
uma relação mútua, a fim de os resolver.
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questões sociais. Em simultâneo é promovida a ação do Terceiro Sector, que interligado
ao estado e ao mercado coadjuve no sentido de dar resposta “onde o Welfare State já
não funciona.” (Menegasso, M. E., 2001)
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Figura nº1 – Sistema de ação
Assim, como aspeto central na base deste sistema de ação, no seio de toda a intervenção
concretizada, encontra-se o colaborador (beneficiário), que em caso de real necessidade
de apoio, o terá através do esforço desenvolvido pelas diferentes estruturas que
desenvolvem trabalho no âmbito do que são finalidades da Fundação, desde os
Delegados nas diferentes lojas, outras entidades envolvidas na intervenção realizada em
cada caso, bem como as técnicas e a Comissão Executiva. Este último tem como função
considerar, ou não, como elegível para apoio os diferentes casos que surgem, definir o
tipo de apoio a prestar bem como emitir o parecer final sobre uma situação/ problema,
dando assim o devido acompanhamento às diferentes situações.
O colaborador surge então, neste contexto, como impulsionador de toda a ação a levar a
cabo, uma vez que é em virtude dos problemas, carências ou dificuldades nas quais se
encontra, que se desenrola todo o procedimento e articulação entre as diferentes
entidades patentes no sistema de ação. Esta intervenção tem o objetivo de minimizar ou
até erradicar as condições problemáticas que levam os colaboradores a solicitarem
algum tipo de apoio, bem como a potenciar alguma atitude proactiva, que
consequentemente leve a uma auto-resolução do problema por parte do colaborador/
beneficiário.
Desta forma, mais que uma prestação de apoio pontual em certos casos, percebe-se que
a intenção da Fundação neste ponto passa por fazer com que o colaborador, ao tomar
consciência da situação problemática na qual se encontra, procure meios e respostas
viáveis para a referida situação.
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Os Delegados são, também eles, colaboradores do Grupo Auchan. Para além da sua
atividade profissional, disponibilizam-se para, de forma voluntária, delegarem as
informações dos colaboradores para a Fundação, e da Fundação para os colaboradores.
Tornam-se desta forma, um intermediário fundamental para o bom desempenho do
DAS.
Assim, o papel dos Delegados da Fundação nas lojas, passa por dar conhecimento da
ação desenvolvida pela Fundação, identificar os diferentes casos, formalizar o pedido de
apoio, e passar a informação às técnicas da Fundação. Trabalham em conjunto com as
mesmas, de forma a conseguir um estudo e um diagnóstico mais aprofundado sobre
cada caso. Importa salientar o papel dos Delegados neste contexto é muito importante,
uma vez que são este que mantêm uma relação de maior proximidade com os casos
identificados, dado que se encontram em contacto diário com os colegas visados,
desenvolvendo assim uma relação de particular proximidade com os mesmos.
Paralelamente são responsáveis pela emissão de um parecer obrigatório, sem caracter
vinculativo, mas que traduza a posição destes perante um possível apoio.
No que concerne ao papel da Fundação nos termos aqui colocados, as técnicas que a
integram, desenvolvem na sua intervenção uma ligação entre a realidade dos
colaboradores, e a Comissão Executiva. Este tem a decisão soberana sobre que
intervenção delinear em cada situação. Assim esta transposição entre a loja e a
Comissão Executiva é feita com base nos problemas apresentados pelo colaborador, nos
dados formalizados pelo delegado da Fundação, sendo também, os diferentes casos,
alvo de um estudo e diagnóstico mais aprofundado por parte das técnicas na Fundação.
Desta forma, para conseguir esta referida ligação, e num sentido de um diagnóstico
aprofundado sobre uma situação, afim de se proceder a uma avaliação com base em
factos verdadeiros, as técnicas da Fundação fazem uso do conjunto de saberes teóricos
próprios da sua formação de base (Serviço Social e Psicologia), a fim de conseguirem
ter uma visão do problema no seu todo e, a partir daí, também a intervenção a realizar
vá de encontro ao que é o diagnóstico.
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informação/ orientação. Quando isto acontece, as técnicas de ação social contactam
estas entidades no sentido de estas auxiliarem o colaborador, quer seja em questões de
saúde, de apoio jurídico, entre outras. Estas entidades têm desta forma um papel
complementar ao apoio dado pela Fundação. Assim, são elas, clinicas privadas com a
qual a Fundação tem protocolos, no sentido de serem feitas avaliações psicológicas por
esta entidade nos casos necessários, podem incluir-se aqui outras instituições como
serviços públicos ou privados com os quais se articule/ encaminhe uma determinada
situação/ problema.
É com base nos diferentes atores que compõem o sistema de ação apresentado, e na
relação estabelecida entre os mesmos que se dá todo o funcionamento e a intervenção da
Fundação, tendo em vista a supressão das carências ou dificuldades, bem como o
desenvolvimento das diferentes ações anteriormente identificadas.
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2.1.4. Análise de causas e consequências
Remetendo aos pontos anteriores, importa referir que a carência económica é uma “ (…)
situação de risco de exclusão social em que o indivíduo/família se encontra, por razões
conjunturais ou estruturais, e que aufere um rendimento per capita inferior ao valor da
pensão social (€ 201,53), atualizado anualmente, por referência ao Indexante dos
Apoios Sociais (IAS).” (ISS, 2015: 5)
De acordo com o Instituto da Segurança Social (ISS), a carência económica pode ser
uma situação momentânea, pela ocorrência de um facto inesperado, ou por outro lado
pode der uma situação persistente, ou seja, quando a carência é uma situação estrutural,
ou geracional.
Importa referir que as diversas causas que levam os colaboradores do Grupo Auchan
que auferem do apoio social da Fundação, devem-se a diversos handicaps que
determinam a sua vulnerabilidade, tais como:
a) Diversos problemas financeiros, dos quais se destacam os baixos rendimentos
familiares, isto é, dos colaboradores do Grupo Auchan. Ora, sendo a média de
remunerações dos colaboradores do Grupo Auchan que trabalham na loja de
Cascais de 552.26 euros, pode perceber-se que este facto contribui em muito
para a dificuldade de gestão orçamental de uma família.
b) Ainda numa vertente financeira, no que respeita aos fatores que contribuem para
situações de carência económica, a aluna destaca também o
sobreendividamento. No entanto importa agora definir e caracterizar esta
problemática do sobreendividamento bastante frequente nos colaboradores do
Grupo Auchan.
O sobreendividamento é entendido como a situação em que os indivíduos não
tenham possibilidade de cumprir compromissos financeiros, sem pôr em risco a
sua sustentabilidade e do seu agregado familiar. (Regulamento dos Projetos
Piloto Experimentais de Acão Social, artigo 20.º da Lei n.º 19-A/96, de 29 de
Junho).
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A procura de uma definição para o fenómeno do sobreendividamento deverá
permitir identificar e caracterizar com clareza as situações em que o devedor,
por insuficiência de rendimentos, se encontre impossibilitado de pagar as suas
dívidas de crédito sem pôr em risco a subsistência do agregado familiar. O
crescente endividamento dos indivíduos deve-se em grande parte tanto à procura
de crédito por parte destes e á oferta das instituições de crédito. O mercado do
crédito entrou em concorrência o que levou estas instituições a apostar no
crédito a pessoas singulares, que por norma revelam baixos níveis de
endividamento. Ao analisar os processos, a aluna concluiu que os colaboradores
que estão efectivamente nesta situação de sobreendividamento estão porque
necessitaram de liquidez para resolver alguns problemas, nomeadamente,
problemas de saúde, ou porque um dos membros do agregado familiar ficou
desempregado, ou até pelo tipo de família. Isto é, uma família monoparental, por
exemplo, pode ter dificuldade de gestão orçamental e a partir daí, contrair
dívidas para colmatar esta situação. No que respeita à procura de crédito por
parte dos indivíduos, estes foram seduzidos pelas baixas taxas de juro, e em
grande parte, movidos pela luta contra o desemprego, e com o objectivo de
liquidar despesas relacionadas com os filhos, com os pais, ou mesmo para
colmatar despesas de saúde. (Marques e Frade, C.,2003)
Importa referir que o endividamento e o sobreendividamento são coisas
diferentes. Os indivíduos que possuem um elevado número de créditos
(endividamento) podem correr o risco de ter mudanças na sua capacidade
financeira, que lhes permite liquidar os créditos. Podem, portanto, surgir
alterações como a subida das taxas de juro, o desemprego ou emprego precário,
desagregação da estrutura familiar e consequentemente financeira (divórcio/
falecimento), problemas de saúde, etc. Estas mudanças dão origem a indivíduos
sobre endividados pois tornam-se incapazes dar resposta aos seus compromissos
financeiros por escassez de rendimentos, e torna-se imprescindível que os
indivíduos, que aprenderam a “utilizar as vantagens do crédito (…)” saibam
“(…) gerir com a mesma atenção e disponibilidade os seus eventuais efeitos
negativos” (Marques et al., 2000:303)
c) Como foi mencionado no subponto anterior, o tipo de família/ agregado familiar
dos colaboradores pode influenciar a sua situação financeira. Na loja de Cascais,
os colaboradores que beneficiam do apoio da Fundação apresentam estruturas
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familiares bastante diversas. No entanto, a aluna foca-se no exemplo de uma
família monoparental com dívidas contraídas em atraso, por insuficiência de
rendimentos. Ora, como consequência, esta família enfrenta uma situação de
sobreendividamento, que teve na sua génese a diminuição da estrutura familiar
(separação/ divórcio). Esta diminuição não foi só do número de indivíduos, foi
também no rendimento, pois existiam dois salários, e agora só existe um.
As modificações mais recentes na estrutura familiar, como referido
anteriormente, podem ser também um fator condutor da carência económica. Na
década de 80, apenas entre um quarto e um terço das famílias americanas tinham
uma estrutura tipicamente nuclear, constituída por pai, mãe, e filhos que
coabitem na mesma habitação, o que indica uma redução no peso da família
nuclear em relação ao passado. (Toffler, A. cit. In CARMO, 2000:35). O mesmo
autor indica também que o número de indivíduos a viverem sós quase triplicou
entre os anos 70 e 80. Estes indivíduos eram jovens entre os 14 e os 30 anos que
saiam precocemente de casa dos pais, sem terem ainda casado, ou estavam
divorciados.
Verificou-se também um aumento de casamentos informais, com a duplicação
de casais que optaram por viver juntos sem assinarem um compromisso legal na
década de 70 e um aumento de casais sem filhos. Outra tendência analisada por
Toffler (2000) é o aumento de famílias monoparentais, sendo que em 1980, uma
em cada sete crianças norte- americanas vivia apenas com o pai ou com a mãe.
Da mesma forma, o autor observou famílias reconstruídas, compostas por um
casal, casado em segundas núpcias, que vive com os filhos, de três casamentos.
Por último, registou ainda uma crescente diversificação de modelos
convencionais, que integram grupos de um ou mais casais, casais homossexuais,
etc. As principais alterações apontadas por Toffler (2000) dizem respeito à
redução do tamanho da família, à despadronização de papéis parentais, à
democratização das relações intergeracionais e na relação do casal, à redução da
ligação emocional à rede familiar externa e a existência de um ciclo de vida mais
complexo da família e não linear. O autor afirma que a divisão de trabalho e o
sistema de poder no interior tendem a despadronizar-se, observando-se uma
polivalência das funções parentais e uma maior democratização do processo
decisório e que, por outro lado, as relações emocionais com a rede familiar
exterior tendem a enfraquecer.
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d) Há também uma forte relação entre o nível de escolaridade e os rendimentos
verificado nos colaboradores que beneficiam de apoio social da Fundação.
Verifica-se que na loja de Cascais, os colaboradores têm níveis qualificações
baixas ou obsoletas e que isso se reflete nas suas remunerações. Ora com estes
salários reduzidos, estes colaboradores veem-se muitas vezes impossibilitados
de conceder estudos mais avançados aos seus filhos, sendo estes, um dos ciclos
viciosos da pobreza: um indivíduo pobre tem baixos níveis de escolaridade por
ser pobre e é pobre por ter níveis baixos de escolaridade. (Monteiro, A. et al,
2015: 50).
Desta conceção resulta, que a pobreza permaneça não apenas no decorrer da
vida dos indivíduos, mas também que se verifique nos descendentes destes
indivíduos. (Monteiro, A. et al, 2015: 50).
Nos últimos anos, e com a chegada da crise económica a Portugal, os
rendimentos familiares regrediram cerca de 5%, embora este decréscimo não nos
de a perceção do impacto redistributivo, ou seja, não nos de a perceção de quais
foram os grupos mais afetados (Rodrigues, 2016). Ainda assim, quando
analisada, a distribuição de rendimento dos indivíduos portugueses, sejam estes
indivíduos pobres ou ricos, revela que de 2009 a 2014 a desigualdade de
distribuição em Portugal sofreu um agravamento significativo.
e) Em alguns dos casos analisados, a aluna verificou que existindo cônjuge, este,
muitas das vezes encontra-se em situação de trabalho precário ou até em
situação de desemprego. A população desempregada aumentou muito com a
crise, sendo que em 2013, representava cerca de 40,5% da população em risco
de pobreza. Esta situação só por si torna o agregado familiar em situação de
vulnerabilidade económica e financeira. Deve também ser enfatizado que cerca
de 30% da população em risco de pobreza tem como principal fonte o
rendimento de trabalho. (Monteiro A. et al.: 2015:49)
f) Como referido anteriormente, as colaboradoras da loja de Cascais que
beneficiam do apoio social da Fundação são inteiramente mulheres. A
diferenciação dos sexos é, em todas as culturas, um dos princípios
fundamentais de organização sexual. Na sociedade industrial e urbana, a
diferenciação de funções entre os sexos coexiste com uma ideologia igualitária
que sublinha e equivalência dos indivíduos e a aptidão das mulheres para o
desempenho de grande parte das funções tradicionalmente ligadas a homens. No
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entanto de acordo com um estudo realizado pelo Centro de Investigação e
Estudos de Sociologia, a diferença percentual entre as remunerações dos homens
e das mulheres manteve-se praticamente inalterada entre 1988 e 2008. A
diferença mais significativa é entre os trabalhadores com ensino superior: em
1988 os homens auferiam, em média, mais 27% do que as mulheres; em 2008
essa percentagem passou a ser de 32%. Isto significa que em 2008, tal como já
acontecia em 1988, as trabalhadoras portuguesas auferem remunerações médias
substancialmente inferiores às dos homens com níveis de habilitações
equivalentes (anexo 6). (Observatório das desigualdades)
g) Ainda num contexto de desigualdades, pode dizer-se que no Grupo Auchan se
verifica uma grande desigualdade salarial, muitas vezes em colaboradores que
desempenham as mesmas funções. Esta situação não é de todo, um reflexo da
crise em Portugal. O nosso país é de facto um país com níveis salariais baixos
(comparativamente à Europa) e com uma forte disparidade na distribuição dos
ganhos nas remunerações mais elevadas. (Rodrigues, 2016:24). Dos 9 processos
analisados pela aluna, de colaboradores da loja de Cascais, pode concluir-se que
3 destes entraram na empresa antes do ano 2000, e que as suas remunerações
base são de valores compreendidos 632 e 955 euros. As restantes colaboradoras
entraram depois do ano 2002, sendo que a remuneração mais alta destas é de 577
euros. Esta redução das remunerações justifica a queda do rendimento dos
agregados familiares, que se verificou, mais significativamente, em famílias com
menores rendimentos (Rodrigues, 2016: 28).
Importa salientar dois conceitos que poderão ser confundidos com o conceito de
pobreza, tais como, a desigualdade e privação. Esta última está incluída no conceito de
pobreza, uma vez que, para se ser pobre, o individuo está sujeito a diversas privações.
No entanto esta situação não é cíclica, pois a existência de privações não significa
necessariamente que o indivíduo seja pobre, sendo necessário muitos mais elementos
para uma pessoa ou agregado familiar serem considerados pobres. Por exemplo, um
indivíduo pode ser privado de comprar um carro novo, ou uma casa nova, mas isso não
expressa evidentemente que viva uma situação de pobreza.
O conceito de privação reincide sobre necessidades que não são satisfeitas, ao passo que
a pobreza é uma conceção mais universal, e que envolve a insatisfação continuada de
necessidades. A desigualdade pode muitas vezes ser expressa através da pobreza,
28
principalmente nas classes sociais mais baixas e desajudadas. Isto é, a pobreza é
transmissora de desigualdades no acesso aos bens essenciais dos indivíduos que se
encontrem nesta situação. A par destes conceitos, surge ainda o conceito de equidade,
que de acordo com os seus princípios, qualquer indivíduo deve ter o direito a uma
nutrição adequada, acesso à saúde, abrigo, vestuário, educação e sobretudo viver sem
privações relacionadas com os bens essenciais para o bem-estar dos indivíduos (Nunes,
1999).
Depois de 2012 12,6% dos indivíduos estiveram em situação de pobreza pelo período
de um ano, sendo que destes, 8,2% estiverem efetivamente nesta situação durante um
ano inteiro. Estes “novos pobres” encontraram-se nesta situação pela 1ª vez. Este fator
explica que a crise colocou grupos que não eram afetados pela pobreza nessa situação.
29
Figura nº2: Itens de Privação, 2009 – 2014
Fonte: INE, ICOR 2009 e 2014 Cálculo dos autores
30
O facto das qualificações dos colaboradores do Grupo Auchan serem baixas, dá origem
a que o emprego seja de pouca qualidade e consequentemente, as renumerações sejam
baixas. Destas baixas remunerações surge uma outra consequência que assola a grande
maioria dos colaboradores do Grupo Auchan que solicitam o apoio da Fundação. Ora,
com rendimentos incapazes de satisfazer as suas necessidades e as necessidades dos
seus agregados familiares, os colaboradores acabam por recorrer ao crédito e
progressivamente cair em situações de sobreendividamento. Este, por sua vez, põe em
causa o equilíbrio orçamental das famílias, o que pode conduzir a situações de
perturbação emocional, e numa perspetiva mais pessoal, à dissolução de famílias.
31
Forças Fraquezas
- Atendimentos com periocidade alargada
- Existência de Apoio Social a colaboradores do
- Desconhecimento da Fundação por parte dos
Grupo Auchan
colaboradores
- Trabalho em equipa
- Desorganização do Banco de Equipamentos
- Colaboradores (Delegados) como agentes
participativos
- Diversidade de intervenções realizadas pela
Fundação
- Parecerias entre entidades exteriores à Fundação,
nomeadamente ligadas à gestão orçamental
Oportunidades Ameaças
- Risco de situações de pobreza e/ ou exclusão
- Participação dos colaboradores que ultrapassaram social
situações de vulnerabilidade/ carência - Ausência de políticas sociais adequadas a
trabalhadores em situações de vulnerabilidade
Só? - Desigualdade salarial
- Crise social económica
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A primeira prioridade centrou-se na prestação de um maior apoio a colaboradores em
situação de sobreendividamento pois este apoio poderia contribuir para uma melhor
perceção da situação dos colaboradores sobreendividados, assim como arriscaria
prevenir que os colaboradores que não recorreram ao crédito, não o fizessem.
Relacionada com esta primeira prioridade, seria pertinente um maior esclarecimento
sobre gestão orçamental/ familiar, visto que esta medida poderia prevenir situações de
precariedade económica provenientes de situações de sobreendividamento. De facto, a
partilha de conhecimento acerca deste fenómeno do sobreendividamento pode ser um
fator essencial para os colaboradores do Grupo Auchan, centrada na colaboração e na
entreajuda.
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Face à priorização das prioridades de intervenção acima referenciadas, tornou-se
necessário desenvolver algumas hipóteses operacionais, que funcionam como que
hipóteses de causa-efeito no combate às mesmas necessidades priorizadas. Assim
sendo, e tendo em conta o foco de diagnóstico - os fatores que conduzem os
colaboradores do Grupo Auchan a situações de carência económica - definiram-se três
hipóteses operacionais:
Hipótese 3: se forem criados mais recursos para a fundação, haverá manos situações de
carência económica, pois cada vez chegam mais pedidos de apoio à fundação, e torna-se
importante diversificar os recursos que a fundação tem para oferecer aos colaboradores.
Estas hipóteses, mais precisamente a hipótese 3, serviram como ponto de partida para o
projeto de intervenção apresentado no ponto seguinte.
O presente projeto surge através do percurso de estágio realizado pela aluna. O projeto
“Reutilizar” nasceu do cuidado e da preocupação que a instituição, mais concretamente
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a Fundação Pão de Açúcar - Auchan, tem para com todos os seus colaboradores.
Através deste projeto pretendeu-se que os colaboradores em situações de
vulnerabilidade económica pudessem sair desta situação, assim como se pretendeu
prevenir futuras situações de carência. Desta forma, o Banco de Equipamentos surgiu
com a finalidade de espelhar o conceito de reaproveitamento, tanto ao nível social,
distribuindo equipamentos/ ajudas técnicas, em estado novo ou passíveis de
reutilização, como ao nível ambiental, pois ao existir reaproveitamento e reutilização
destes bens, estes não são desperdiçados com os custos ambientais que tal processo
exige. De forma a serem reutilizados, os bens doados à Fundação terão que passar por
um processo de avaliação, no sentido de se determinar se o seu estado é digno de ser
reutilizado. Caso o equipamento esteja em condições respeitáveis, pode integrar a base
de dados elaborada pela estagiária. Nesta base de dados constam todas as informações
relativas ao equipamento, bem como informação específica sobre a sua utilidade e a
quem se destina.
Torna-se necessário então, esclarecer a pertinência deste projeto. Para tal, serão de
seguida apresentados os fundamentos do mesmo.
2.2.2. Fundamentação
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As quatro prioridades de intervenção e as três hipóteses operacionais que a aluna
identificou no diagnóstico, através da análise documental, dos questionários, e da
observação, foram expostas no ponto 1.6 deste relatório.
A finalidade do projeto pode ser compreendida entre a razão de ser do mesmo e entre o
contributo que o projeto pode dar na resolução do problema identificado. (Guerra,
2010). No caso concreto do projeto de estágio da aluna, a sua finalidade foi contribuir
para o decréscimo de situações de carência económica dos colaboradores do Grupo
Auchan.
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Finalidade - Contribuir para o decréscimo de situações de carência económica dos colaboradores do
Grupo Auchan
Objetivos Gerais Objetivos Específicos Metas a alcançar
Sensibilizar os colaboradores
Melhor GOF por parte dos
para uma melhor Gestão de
colaboradores sensibilizados
Orçamento Familiar (GOF)
Melhorar a gestão financeira
dos colaboradores Fomentar uma maior
X colaboradores sensibilizados
informação e esclarecimento aos
colaboradores sobre até ao final da intervenção
sobreendividamento
Ativar o Banco de Banco de Equipamentos a ser
Equipamentos utilizado até ao final de outubro
Criar novos recursos de
intervenção para a Fundação Guia de Recursos a ser utilizado
Criar um suporte de informação
pelas técnicas do DAS até ao
à intervenção
final de outubro
2.2.4.2.2.3. Estratégias
Face aos objetivos gerais anteriormente identificados, melhorar a gestão financeira dos
colaboradores e criar novos recursos de intervenção para a Fundação, a aluna
considerou necessário a utilização das seguintes estratégias
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A divulgação é uma estratégia que aliada à comunicação permitirá que aos
colaboradores em situações de carência económica ou de sobreendividamento
fossem informados acerca desta problemática.
É então, assente neste modelo que se desenvolveu a ação planeada no projeto, uma vez
que se considerou que com base no mesmo, se poderia atender às reais necessidades às
quais se tencionou dar resposta com este projeto.
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Relativamente ao segundo objetivo específico, pretendia-se que a aluna entrasse em
contato com instituições que se disponibilizem a participar em sessões de
esclarecimento. Por fim, estas sessões seriam organizadas e de seguida, realizadas.
O Plano de Ação elaborado pela estagiária (Anexo 8) engloba um esboço onde estão
referidas a finalidade, os objetivos que se pretendem alcançar, as ações e atividades
necessárias realizar, as técnicas e recursos necessários, e os responsáveis pelo projeto. O
plano de ação, segundo Isabel Guerra,
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2.2.7.2.2.6. Plano de Avaliação
Desta forma, neste capítulo do trabalho, a aluna irá desenvolve o plano de avaliação
(Anexo 9) onde identifica o tipo e o modelo de avaliação, assim como a sua a
temporalidade, e também os critérios utilizados.
No que diz respeito ao modelo de avaliação, a aluna utilizou a avaliação por objetivos.
Este modelo utiliza como principais elementos, as finalidades e os objetivos do projeto,
pretendendo medir o modo e a intensidade com que os objetivos foram alcançados.
(Guerra, 2010).
A Avaliação por Objetivos é bastante vantajosa no sentido em que obriga a uma forte
clarificação das finalidades e dos objetivos.
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2.2.9.2.2.8. Avaliação Interna e Auto Avaliação
Tal como refere Isabel Guerra (2010) a autoavaliação diz respeito à avaliação que a
própria equipa que a executa realiza, (Guerra, 2010: 176) isto é, diz respeito à
consciência que a própria equipa, neste caso aluna, tem acerca da intervenção realizada.
Foi igualmente realizada uma avaliação interna “ (…) dentro da organização gestora do
projeto, mas com distanciamento da equipa de execução.” (Guerra, 2010: 176), ou seja,
foi realizada uma avaliação pelo DAS da Fundação, que é um ator considerado externo
ao projeto, mas pertencente à instituição.
2.2.10.2.2.9. Temporalidade
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2.2.11.2.2.10. Critérios de Avaliação
Registo de Atendimentos
Observação da Sessão
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