Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Premissa 1
• Os sons tendem a ser modificados pelo ambiente em que
se encontram.
Exemplo:
→ Na Região Sudeste uma vogal tônica é
obrigatoriamente nasalizada quanto seguida de
consoante nasal – “c[ã]ma”.
→ Contudo, se a vogal seguida de consoante nasal, ocorre
em posição pretônica a nasalidade é opcional:
“c[a]mareira” ou “c[ã]mareira”.
→ Já em São Paulo, nenhuma vogal seguida de consoante
é nasalizada.
Premissa 2: Os sistemas sonoros tendem a ser foneticamente
simétricos.
• Por simetria espera - se que para cada som de uma língua
seja encontrado outro som correspondente.
Exemplo:
→ O sistema vocálico tem sete vogais. Observa – se que
para cada vogal anterior (não arredondadas), há uma
vogal posterior (arredondadas) correspondente.
→ Refletindo a tendência dos sistemas vocálicos das
línguas naturais.
Premissa 3: Os sons tendem a flutuar.
• Cada som no português é representado por símbolos
distintos no sistema escrito para caracterizarmos.
Exemplo:
→ [t] e [d] que não podem ser confundidos em termos de
vozeamento.
→ O segmento [t] “tato” é desvozeado e o segmento [d]
“dado” é vozeado.
→ Já na língua krenak (falada em MG: nação Krenak), o
vozeamento é previsível por contexto, portanto não
tem caráter distintivo, sendo adequado apenas o
emprego de um símbolo no sistema escrito para
caracterizar os segmentos que foneticamente ocorrem
[t e d] (e suas variantes semivozeadas), uma vez que o
vozeamento não é fonemicamente relevante em
krenak.
Premissa 4: Sequências características de sons exercem
pressão estrutural na interpretação fonêmica de segmentos
suspeitos ou sequências de segmentos suspeitos.
Exemplo:
→ [ts] refere – se a uma interpretação de sequências
suspeitas quando se interpreta a sequência consonantal
no exemplo [tsa] “dez”, pois temos uma sequência (t e
s).