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Prof: Taciane
Introdução
- A comprovação etiológica na infância não é obtida na maioria dos casos pois, na criança a doença é
Paucibacilífera não tendo uma quantidade grande de bacilos, não tem uma expectoração eficaz;
- Criança com tuberculose não é contagiosa, ou seja, ela não passa a tuberculose não precisando ficar em
isolamento;
- Prevenção: vacinação com BCG – previne tuberculose nas suas formas graves;
- Tratamento: altamente eficaz nas crianças menores de 10 anos, porém ele é longo e com a associação
de vários medicamentos não tendo muita adesão ao tratamento;
Epidemiologia
Diagnóstico
História epidemiológica: Investigar possível contato íntimo da criança com adulto tuberculoso bacilífero ou
em tratamento para tuberculose ou sintomático respiratório, em um local fechado por um longo período.
Cuidado também com aqueles adultos que convivem e tem uma doença pulmonar crônica.
História clínica:
Na tuberculose doença: valorizar sintomas gerais com evolução maior que 15 dias;
Quadro pulmonar: tosse seca ou produtiva em escolares por mais de 15 dias (lactentes e pré-escolares a
tosse não é achado comum, mas quando presente é mais tosse seca);
Febre ou sintoma como: tosse, adinamia, expectoração, emagrecimento, sudorese > 2 semanas;
Pneumonia que não melhora após uso de antibióticos para germes comuns;
Pneumonia de evolução lenta ou que não melhora com cobertura ATB para germes comuns;
Quadro Radiológico
- Padrão miliar
- Condensação ou infiltrado (com ou sem escavação ou cavitação) > 2 semanas. Não espere ver
escavação ou cavitação em crianças! É mais comum em adolescente.
O TT com PPD , realizado pela técnica de Mantoux na região de extensão do antebraço direito com
leitura após 48 a 72 horas da inoculação, é o principal demonstrativo de infecção e da resposta de
hipersensibilidade do indivíduo ao M.tuberculosis
≥ 10 mm = reator forte
≥ 15 mm = reator forte
Sistema de Pontuação para Diagnóstico de Tuberculose na Infância
PPD = 10 mm ; BAAR = ++
Pontuação: 15 + 0 + 10 + 15 = 40
Quadro clínico
História de contato
Teste tuberculínico
Pode ser:
Tuberculose pleural
Meningoencefalite tuberculosa
Tuberculose ganglionar periférica (mais comum; faz DDX com adenomegalias que estão cursando
com mais de 4-6 semanas; É caracterizada por um gânglio de consistência emburrachada que
pode fistulizar, pode ser acompanhado de alargamento de mediastino)
- Grande dificuldade de confirmação bacteriológica por ser Paucibacilar e ter Tosse ineficaz;
Situações Especiais (naqueles casos que tem <40 pontos e existe uma dúvida diagnóstica)
- Escarro induzido;
- Lavado brônquico;
- Recomendado a testagem anti-HIV em crianças com forte suspeita de TB. Lembrar que crianças
menores de 18 meses que tiveram transmissão vertical não se pode fazer sorologia pois vai mostrar o Ac
da mãe, se faz apenas a carga viral;
- Indivíduos entre 10 e 18 anos: baciloscopia de escarro e cultura (TB bacilífera, que não é comum em
crianças menores de 10 anos)
- É fundamental enfatizar aos pais necessidade de adesão ao tratamento e uso correto da medicação
A evolução clínica da criança em tratamento regular é o melhor parâmetro para avaliar a cura:
Quimioprofilaxia Primária
Recém nascidos com convívio intradomiciliar com tuberculose ativa, antes de receber BCG, iniciar
isoniazida logo após nascimento, com retornos ambulatoriais para acompanhamento clínico radiológico.
Aos 3 meses realizar PPD, se não reator vacinar, se > 5 mm fazer isoniazida por mais 3 meses
Indicada também em crianças soropositivas para HIV que estejam em contato com indivíduo bacilífero,
usar isoniazida na dose de 10 mgKgdia por um período de 9 meses.
É realizada em indivíduos que entraram em contato c M. tuberculosis e passaram de não reator para
reator forte, sem no entanto apresentarem doença (ILTB)
Em quem fazer?
- Menores de 15 anos, sem clínica, contactante com bacilífero; Não vacinados com PPD> 10mm ou
vacinados com PPD> 15mm; Indivíduos com viragem tuberculínica recente, Imunodeprimidos,
Contactantes intradomiciliares de tuberculose ativa.