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PG-TC/RM

Clayton Marques
Clayton Marques
2018/1
TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA
Cabeça e Pescoço
Aula II
Clayton Marques
PRINCIPIOS DO EXAME EM MULTI-SLICE
• A TC Multi-Slice tem por princípio uso dos Raios X para a
obtenção de imagens do corpo humano. Por meio
sistemas computadorizados (algoritmos de reconstrução),
o aparelho produz imagens de fatias milimétricas, de até
0,6 mm de cortes axiais de diversos órgãos do corpo
humano, com ou sem auxilio de MC. Permite examinar
uma região inteira do corpo em apenas alguns segundos.

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PRINCIPIOS DO EXAME EM MULTI-SLICE
• Um feixe de Raios-X, do calibre de um lápis, gira ao redor
do corpo do paciente examinando fatias. São formados
pequenos blocos de tecidos volumétricos (voxels), cada
um com um determinado valor de absorção conforme as
características do tecido (HU). Essas imagens são
reconstruídas em um plano bidimensional (pixels) na tela
do computador e sua profundidade dada em espessura
de corte os voxels.

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PRINCIPIOS DO EXAME EM MULTI-SLICE

Fator de Passo (Pitch)


• Possibilita melhora na projeção sagital e
coronal;
• A interpolação de 180° permite examinar
passos maiores que Um (01);
• A razão do fator de passo espiral, é a
relação entre o movimento da mesa e a
largura do feixe de Raios X;

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PRINCIPIOS DO EXAME EM MULTI-SLICE

Fator de passo
movimento da mesa
Pitch = Largura do feixe

Exemplo: durante uma rotação do tubo de raios X


de 360°, a mesa se movimenta 8mm. A largura
do feixe é de 5mm. Qual o Pitch?
8mm/5mm = 1,6 : 1

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PRINCIPIOS DO EXAME EM MULTI-SLICE
• De acordo com o valor estipulado com o Pitch,
podemos observar:

• Pitch menores que 1 : 1 ocorrerá superposição da


imagem, com maior dose (RX) ao paciente;

• Pitch maiores que 2 : 1 ocorrerá imagens estendidas


com menor dose (RX) de radiação ao paciente;

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PRINCIPIOS DO EXAME EM MULTI-SLICE

• O ajuste do passo (Pitch) maiores que 1:1


aumentará o volume de tecido que precisa ser
examinado e dado tempo;
• Tal vantagem dos tomógrafos multidetectores é a
capacidade de examinar um volume maior de
tecido com um única respiração (apneia);
• Utilização em exames de angiografias por TC,
planejamento de RT, entre outros pacientes não
colaborativos;

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PRINCIPIOS DO EXAME EM MULTI-SLICE
• A relação entre o volume de tecido examinado
e o Pitch é dado por:
Tecido examinado =
(largura do feixe) x (Pitch) x (tempo do exame)

• Quanto tecido pode ser examinado se a largura


do feixe for ajustado para 8mm, o tempo de
exame é de 25s e o Pitch é de 1,5:1?
• Área examinada = 8mm x 25s x 1,5 = 300mm ou
30cm

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PRINCIPIOS DO EXAME EM MULTI-SLICE
• Outra possibilidade de rotação do gantry é que a
rotação pode não ser de 360° em 1s;
• Sendo assim, o volume examinado será:

Tecido examinado=
Largura do feixe x Pitch x tempo de exame
Período de rotação do gantry

• Muitos tomógrafos são tão rápidos que realizam


exames de corpo inteiro com uma única respiração
prendida;

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PRINCIPIOS DO EXAME EM MULTI-SLICE

• Quanto tecido pode ser examinado com um feixe


de 5mm de largura, um passo de 1,6:1 um
exame de 20s de duração e período de rotação
do gantry de 2s?

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PRINCIPIOS DO EXAME EM MULTI-SLICE

• Quanto tecido pode ser examinado com um feixe


de 5mm de largura, um passo de 1,6:1 um
exame de 20s de duração e período de rotação
do gantry de 2s?

Tecido examinado =
5mm x 1,6 x 20s
2s
Resultado = 80mm ou 8cm

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PRINCIPIOS DO EXAME EM MULTI-SLICE
10x30x1,0 = 300mm
30cm

10x30x1,0
0,5
=600mm
60cm

Exemplos de tabelas de tempo fixo (23-3) e tempo modificado (23-4)

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Redução de Dose - Dose Care
• Indica-se habilitar este
recurso para as
reconstruções tridimensionais
Scan
Scanwith
with
constant mA
Reduced
based
based
dose
Reduced
on on
doselevel
level
topogram
topogram
Real-time
Real time angular
angular
dose modulation
volumétricos com a finalidade
constant mA dose modulation de baixar a dose no paciente;
500 mA

30 mA

Slice position

Minimal Dose, Maximum Quality, and Fully Automated


Fonte: Siemens  CARE Dose4DTM - Highest image quality while saving up
to 66 %* dose with realtime mA adjustment
ORIENTAÇÕES PRÁTICAS
• Segundo Henwood, em seu livro Técnicas e Prática na TC
Clínica, diz:
• É distribuído um folheto simples de instruções gerais, inclui um
diagrama de um tomógrafo comum, mostrando que não é fechado
nem se parece com um túnel;
• Henwood refere ainda que poderá ser utilizado injeção de
contraste por acesso venoso em um dos membros superiores,
sendo ainda mencionada a possibilidade de um tempo de
espera de 30 minutos em virtude de atrasos causados por
emergências;

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PROTOCOLO SUGERIDO - CABEÇA
• Ainda segundo a autora não há um exame dito como “normal”
de cabeça, somente exames considerados normais para a
idade e sexo de certo indivíduo;
• De modo geral aconselha-se métodos de obtenção de
imagens que sejam compatíveis com as modalidades de
Ressonância Magnética;
• Obs.: A maioria dos casos de exames de cabeça em RM, faz
se uso de linhas IOM.

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CABEÇA
• Deste modo e seguindo este conceito, faria exposições
acentuadas de radiação ionizante nas órbitas do indivíduo a
ser examinado em TC, sendo assim opta-se por uso de planos
de cortes axiais que sejam órbito meatal e que expõe o globo
óptico em apenas dois cortes;

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POSICIONAMENTO DO PACIENTE
• Para que se possa obter o máximo de qualidade no que refere
a RSR, RE, RCR algumas observações são de suma
importância para o resultado final. Além, é claro do
planejamento prévio que atende o exame como: Escolha da
matriz, do tamanho do FOV, tipo de filtro utilizado. O
POSICIONAMENTO do paciente além de promover mínimo
retrabalho no pós processamento, viabilizar a otimização na
execução do exame.
PLANEJAMENTO E SIMETRIA

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PLANEJAMENTO E SIMETRIA
SEGUNDO O CBR,
• As sugestões abaixo são para exames de TC de cabeça rotina que
podem ser abrangidos para demais protocolos em virtude de
adequação de exames e equipamentos. (acima de 16CH)
• kV 120
• mAs 300 Algumas indicações onde o uso de
• Corte 5mm contraste pode auxiliar,
• Recon 1mm principalmente em casos de trombose
• Filtro partes moles / ósseo ou lesão expansiva. Sempre, nestes
• MC 1,5ml/kg casos fazer uso de fases pré e pós
• Vel. Inj. 2-3 ml/s 3-5 ml/s contraste.
p/ angioTC
FACE E SEIOS DA FACE
• Segundo o CBR, as técnicas empregadas para realização de
exames de Tomografia Computadorizada tendo como base
equipamentos de no mínimo 16CH são descritas como:
• kV 120
• mAs 300
• Colimação 1mm
• Recon menor espessura possível 0,75mm
• Filtro ósseo/moles
• Sem uso de MC
FACE
• Algumas indicações para este exame:
• Traumas de face
• Traumas de mandíbula
• Massas expansivas
• Tumores
• Dores a esclarecer
• Indicação endócrina
• Indicações para órbitas
• ATM
• Entre muitas outras...
SEIOS PARANASAIS
• Algumas indicações para este exame:
• Sinusopatias a esclarecer
• Deformidade de septo
• Coriza
• Roncos noturnos
• Febre
• Cefaleias
• Dores ao redor dos olhos
• Concha bolhosa
SEIOS PARANASAIS
• Algumas indicações para este exame:
• Curvatura paradoxal do turbinato médio
• Células de Haller
• Desvio do processo uncinato
• Anomalias congênitas
• Encefalocele
• Dermoide e epidermoide nasais
• Atresias das croanas
• Pólipos inflamatórios
• Complicações orbitárias
SEIOS PARANASAIS
• Algumas indicações para este exame:
• Neoplasias benignas
• Papiloma invertido
• Angiofibroma juvenil
• Tumores neurogênicos
• Osteoma
• Fibroma ossificante
• Cisto ósseo aneurismático
• Carcinoma de células escamosas
• Tumores glandulares
• limfomas
SEIOS PARANASAIS
• Limites da área de estudos
• Desde o palato duro em direção a cabeça até o final do seio frontal
• Fazer reconstruções em sagital e coronal
• QUANTO A ANATOMIA RADIOLÓGICA?
RX CRANIO, PERFIL

Osso frontal
Seio frontal
Crista galli
Seio da maxila
Sutura coronal
Sutura lambdóide
Arco zigomático
Palato duro
Espinha nasal anterior
Ramo da mandíbula
Proc condilar da mand
Proc coronóide da mand
Fossa hipofisária
Asa maior do esfenóide
Proc clinóide anterior
Proc clinóide posterior
Dorso da sela
Clivo
MAE
Osso parietal
Osso occipital
Células mastóideas
RX CRANIO, PA

Sutura lambdóide
Sutura sagital
Seio frontal
Crista galli
Margem supra orbital
O esfenóide
Margem infra orbital
Parte petrosa do osso temporal
MAE
Seio da maxila
Soalho do seio maxilar
Osso zigomático
Palato duro
Espinha nasal anterior
Septo do nariz
Concha nasal inferior
Ramo da mandíbula
Ângulo da mandíbula
Corpo da mandíbula
Osso parietal
Processo mastóideo
RX CRANIO, TOWNE AP

Sutura sagital
Sutura lambdóide
Sutura coronal
Osso parietal
Osso occipital
Meato acústico interno
Margem do occipital
Forame magno
Dorso da sela
Dente do axis
Parte petrosa do osso temporal
Arco zigomático
Proc condilar da mandíbula
Ramo da madíbula
RX CRANIO, HIRTZ

Dentes:
Incisivos centrais, laterais
Caninos
1º, 2º pré molares
1º, 2º, 3º molar

LPOE
Corpo da mandíbula
Cabeça da mandíbula
Margem posterior da órbita
Osso zigomático
Arco zigomático
Forame lácero
Tuba auditiva
Seio esfenoidal
Parte petrosa do osso temporal
Arco anterior do atlas
Dente do axis
Côndilo occipital
Margem do occipital
FACE / SEIOS PARANASAIS (diferenças)
FACE / SEIOS PARANASAIS (diferenças)

Face Seios da Face


PROTOCOLO SUGERIDO
SEIOS DA FACE/FACE
• FOV 150mm • RECON 3x3mm janela moles [W350L50]
• KV 120 • RECON 0,75x0,5mm detalhes [W2500L50]
• mA 130 (Dose Care) • RECON 3x3mm janela óssea [W2500L500]
• SLICE 3mm
• GAP 3mm
• DIREÇÃO Cranio caudal

MC não é sugerido para Seios da Face/ SN em Face


Sinusopatias
Sinusopatias
• A) espessamento mucoso nos
seios maxilares
• B) cisto/pólipo no seio maxilar D e
espessamento mucoso em E
• C) espessamento mucoso no seio
esfenoide nas paredes ósseas
• D) secreção na sinusite crônica de
seio frontal com hiperdensidade
Sinusopatias
• A) nível hidroaéreo em seios maxilares, janela partes
moles
• B) recon filtro bone parte óssea
• C, D) Proptose E por abscesso subperiosteal,
deslocamento inferior do músculo reto superior
MUCOCELE
• A) abaulamento com erosão por
remodelamento das paredes do seio
frontal D
• B) preenchimento por conteúdo que não
apresenta realce por MC
• C) deslocamento da órbita D para inferior
decorrente a lesão
• A) pneumatização incompleta do seio
esfenoide D
• B) foco de atenuação de gordura em seu
interior
• C) sem efeito expansivo ou impregnação
aos MC
• A, B) Polipose nasossinusal, formação
polipoides nas fossas nasais e nos
seios etimoidais. Associadas a
obliteração dos meatos nasais e
alargamento dos infundíbulos, com
extensão para os seios maxilares.
• A, B) Polipose antrocoanal com
formação hipoatenuante no seio
maxilar E estendendo-se para a fossa
nasal E, acometimento em rinofaringe
obliterando sua luz.
• A) Granulomatose de Wegener, erosão de septo nasal, dos septos
etmoidais e das paredes mediais dos seios maxilares
• B) espessamento e esclerose das paredes ósseas dos seios
maxilares, mais acentuados a D
• A, B) área hiperdensas
representando depósitos de
minerais. Espessamento da parede
lateral do seio maxilar D.
A B
• C, D) calcificação extensa do
tecido mole dentro dos dois seios
C D
maxilares resultante de sinusite
crônica de Aspergillus (fungica).
• Fibroma ossificante. Grande massa de partes moles no interior da
cavidade nasal, estendendo-se através da placa etmoide.
• [F] Uma concha de cálcio e osso circunda a massa. Apresenta
abcessos múltiplos dentro do fibroma demonstra ainda massa
isointensa de densidade mal definida.

Imagens Dr. José C. Martins


• Carcinoma epidermoide do seio maxilar
• Massa sólida no seio maxilar D com extensão aos espaços
mastigatórios e bucal com erosão das paredes e invaginação
na cavidade orbital D
Curiosidades Possibilidades da patologia de Nestor Cerveró:
• Ptose de pálpebra
• Exoftalmia
• Craniossinostose coronal unilateral (CCU)
• Distopia do globo ocular - trauma
Nestor Cerveró

Paris Hilton Fernando Caruso

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