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Responsabilidade Social na Perspectiva do Ecoempreendedorismo

1. Nome Completo: Emanuel Ferreira Leite


2. Grau Académico: Doutor
3. Nome da Instituição: Universidade de Pernambuco
4. E-mail: emanueleite@hotmail.com

A criação do ecoempregos constitui um elemento essencial para vencer o fantasma do


desemprego. Os ecoempreendedores promovem a geração de ecoempreendimentos que
ofertam produtos/serviços, mas também representam um exemplo vivo de que é
possível propiciar aos jovens a alternativa de ser um ecoempreendedor ao invés de ser
empregado. As novas empresas têm sido muito mais eficazes em aproveitar as novas
oportunidades proporcionadas pelo avanço tecnológico onde seus ecoempreendedores
optaram não pelo primeiro emprego e sim por uma ecoempresa. O
ecoempreendedorismo pode promover surgimento de uma cultura ecoempreendedora e
criar um ambiente favorável à implantação de um programa de ecoempresas, como
mecanismo de reforço do potencial espírito empreendedor, fornecer informação
relevante e serviços de apoio, de modo a encorajar a criação e crescimento de start-up.
Para que isso possa realizar é preciso reforçar ações na área da educação e a formação
em empreendedorismo, facilitar a transferência de propriedade, rever a legislação
relativa às falências e melhorar os procedimentos relativos ao cancelamento e
reestruturação das empresas.

O número de indivíduos que desejam criar o seu próprio negócio cresce dia-a-
dia. O fenômeno do ecoempreendedorismo vem se alastrando pelos quatro cantos do
mundo, em ritmo cada vez mais alucinante. O candidato a ecoempreendedor tem que
vencer uma verdadeira corrida de obstáculos para poder concretizar o sonho de ser dono
de seu próprio econegócio.
Ecoempreendedores não nascem. Eles são formados e desenvolvem sua visão
de econegócios, sempre tendo em mente o objetivo de fazer o melhor, gerenciam o seu
negócio de forma simples, eficiente e eficaz, porém, o sucesso é fruto não somente das
práticas de boa gestão e sim de uma postura comportamental fundamentada no espírito
empreendedor. Uma atitude mental positiva, firmeza de propósito, a consciência de que
o objetivo de qualquer negócio é criar, manter e fidelizar clientes permitem ao
empreendedor almejar o sucesso.

Há cada vez maior necessidade de ecoempreendedores capazes de criar


sustentabilidade no desenvolvimento econômico, que trabalhem em prol da qualidade
de vida o que torna o empreendedorismo um instrumento imprescindível que isso seja
alcançado.

Esperamos que a leitura deste texto, ao mesmo tempo em que discorre sobre
ecoempreendedorismo, desperte, no leitor, a força do espírito empreendedor, como
opção de vida. O ecoempreendedorismo será a alternativa profissional para muitos
indivíduos no século XXI. Vivemos a Era do poder da informação, dos negócios on-
line, da força das idéias audaciosas... e da sorte. A idéia é a nova moeda do mundo
empresarial. Quem tem uma idéia, depara-se com duas opções: ou faz o que é
necessário para colocá-la em prática, ou arranja muitas desculpas para não o fazer. Esta
é única alternativa que pode fazer a pessoa se arrepender para o resto da vida. O
ecoempreendedor, criador de ecoempresas, sabe que "tentar e falhar é no mínimo
aprender. Não chegar a tentar é sofrer a perda incalculável do que poderia ter
conseguido.”
Discorrer sobre o ecoempreendedorismo no Brasil solicita uma visita por toda a
história política, econômica e social do país. Fazer uma ponte com as revoluções
econômicas e sociais do mundo também é necessária. Mas, principalmente, é preciso
olhar atentamente para o homem e para a mulher, o ecoempreendedor e a
ecoempreendedora. Para as mudanças, a emancipação, o desenvolvimento e as
transformações por que eles (as) passam.

Falar de ecoempreendedorismo é falar do ser humano e, por conseguinte, da


capacidade nata que ele tem de se moldar, suplantar e transcender os limites impostos a
ele. É encontrar uma saída, e diga-se, dos empreendedores, uma boa saída para os
momentos de crise. É falar de conhecimento, inovação, sabedoria, visão, ousadia,
coragem. É falar de ética, de novas possibilidades e caminhos por desvendar. Inovação,
criação e experiência de novos saberes, desejos. É acima de tudo falar de futuro. É falar
de opções, da possibilidade de se escolher que futuro se quer e que começa a ser
planejado no hoje, no agora.
Como afirma Drucker (1985): “tentar adivinhar que produtos e processos o
futuro exigirá é um exercício fútil”. Mas é possível decidir que idéia se quer ver como
realidade no futuro e construir uma empresa diferente baseada nessa idéia. Fazer o
futuro acontecer significa também criar uma empresa diferente. Mas o que faz o futuro
acontecer é sempre a incorporação a uma empresa da idéia de uma economia, de uma
tecnologia, de uma sociedade diferente. Não precisa ser uma grande idéia; mas tem que
ser diferente da norma vigente no momento. A idéia tem que ser empreendedora – uma
idéia com potencial e capacidade para produzir riquezas, expressa por uma empresa
produtiva, em funcionamento, trabalhando – e levada a efeito por meio das ações e do
comportamento da empresa. Não surge da pergunta: Com o que vai se parecer a
sociedade do futuro? Mas de que grande mudança na economia, no mercado ou no
conhecimento nos capacitaria a conduzir a empresa da maneira que realmente
gostaríamos, da maneira pela qual realmente obteríamos os melhores resultados
econômicos? Como podemos ver na figura 1.

Figura 01–Trilogia dos E’s: Ecompreendedor X Ecoeconomia X


Ecoempreendimento Fonte: Leite (2002).
A trilogia dos E’s – Ecoempreendedor, Ecoeconomia e Ecoempreendimento
constitui a base filosófica do Empreendimento Verde, pois explica onde e como o
ecoempreendedor pode desenvolver o ecoempreendedorismo, identificando suas
características comportamentais para criar um empreendimento com sucesso e que
fenômenos dentro da ecoeconomia (mercado) podem gerar a identificação ou criação da
oportunidade de econegócio.
Urge incentivar o espírito ecoempreendedor entre os trabalhadores do
conhecimento para que se tornem ecoempreendedores, criadores de riquezas. Poucos
estudos se dedicam à analise da transformação de uma idéia em uma oportunidade de
econegócio, em um startup, "as indústrias do conhecimento elevado" (serviços
profissionais, engenharia, consultoria e assim por diante). O desafio é propiciar aos
trabalhadores do conhecimento condições para criarem suas próprias ecoempresas para
que sejam bem-sucedidos.
É o tempo da inovação, criação e experiência de novas necessidades, desejos e
saberes. É acima de tudo falar de futuro. É falar de opções, da possibilidade de se
escolher que futuro se quer e que começa a ser planejado no hoje, no agora. Tentar
adivinhar que produtos e processos o futuro exigirá é um exercício fútil. Mas é possível
decidir que idéia se quer ver como realidade no futuro e construir uma empresa
diferente baseada nessa idéia. Fazer o futuro acontecer significa também criar uma
empresa diferente.
Este trabalho é um estudo, uma reflexão acerca do ecoempreendedor(a) do
século XXI, seu surgimento, a relação emprego x trabalho e finalmente, a
materialização de uma visão, e porque não do sonho, em uma oportunidade de
econegócio: o fenômeno do ecoempreendedorismo.
A proposta de ecoempresa Ajuda a despertar para uma revolução silenciosa que
está a transformar o mundo: a revolução de conectividade, que nos leva a vislumbrar um
mundo em que as pessoas estão no mesmo patamar - graças à utilização da tecnologia,
que nivela as condições de competitividade entre os países e amplia a integração
internacional.
Percebe-se claramente que os empreendedores devem ter uma verdadeira
obsessão por ouvir e entender os desejos e necessidades dos clientes, reagirem
rapidamente visando a atender às exigências dos clientes, terem uma estratégia de
atendimento bem definida e inspirada no cliente. Podemos afirmar que os 5 P’s do
empreendedorismo são:
Figura 02 – Os 5 P’s do Ecompreendedorismo Fonte: Leite (2002)
Ecoempreender é um conceito com múltiplas opções de interpretações,
dependendo do contexto em que se utiliza. A conotação que se dá, por exemplo, para o
âmbito empresarial o empreendedor é muitas vezes confundido com empresário, é às
vezes tratado com um sinônimo de proprietário de uma empresa comercial com fins de
lucro, podemos descrevê-lo como alguém que se aventura em uma nova atividade de
econegócios.

É possível identificar o ecoempreendedor como uma pessoa que, além de


otimizar os recursos disponíveis e utilizá-los em combinações que maximizam os
resultados factíveis das combinações, “agrega valor” a todo processo ou atividade em
que intervem. O ecoempreendedor é uma pessoa capaz de concentrar sua mente em
certos aspectos do meio que o rodeia e ignorar outros, o que lhes permite aplicar seu
tempo e esforço na busca e materialização de oportunidades. O ecoempreendedor é um
alquimista peculiar que toma um sonho particular próprio e o transforma em algo
esplêndido e real, pelo que tem “dinamismo criativo”.
Particularmente identificamos o empreendedor como uma pessoa capaz de
detectar oportunidades e com as habilidades necessárias para desenvolver, a partir delas,
um novo conceito de negócio. Assim, pois, existem diversas formas de definir e
entender o termo empreendedor, sem dúvidas no que coincidem diversos autores é em
que o termo empreendedor se deriva da palavra entrepreneur, que à sua vez se origina
do verbo francês: “Entreprendre”, que significa encarregar-se de.
Schumpeter (1984), afirma que a inovação se desenvolve a partir da capacidade
para empreender, portanto, os empreendedores não são necessariamente capitalistas,
administradores ou inventores, já que finalmente se trata de pessoas com uma
capacidade para “combinar” os fatores de produção existentes e obter melhores
resultados de forma de utilizá-los, fazer e de inovar.
Figura 03 – O Fenômeno do Ecoempreendedorismo
Fonte: Schumpeter (1934, 1984 e 1988), Leite (2002).
Então, empreender é algo complicado de definir, já que não se trata somente de
uma série de atributos, se não também da forma de utilizá-los para obter o máximo
proveito possível dos mesmos.
Os ecoempreendedores da Era da Econegócio: a) procuram continuamente
ganhar novas competências provenientes do exterior, através de parcerias ou de
aquisições e as empresas de biotecnologia são um excelente exemplo dessa estratégia.
Estas visam capturar conhecimentos, em vez de seguir uma lógica meramente
financeira; b) criam mecanismos de reciclagem do conhecimento interno. Seminários e
jornais internos, redes informais de especialistas são usados para esse fim; c) descartam
rapidamente o conhecimento obsoleto. Com esse objetivo, recrutam permanentemente
gente nova com novas idéias, investem na inovação em várias tecnologias. Exercem a
atitude de curiosidade inovadora permanente; d) em vez de se agarrarem à procura de
certeza, tenta primeiro formular as questões cruciais. Não eliminam a ambigüidade. Pelo
contrário, trabalham no seio dela, procurando descobrir oportunidades. Sabem que
haverá sempre algo novo a descobrir, amanhã; e) ouvem os clientes atuais, mas nem
sempre acreditam neles. Muitas vezes dão mais ouvidos aos que não são clientes. E
sabem que muitas inovações movem-se mais rapidamente do que a capacidade de
encaixe, por parte dos mercados atuais; f) criam um portifólio de inovação. As empresas
deste tipo têm sempre mais projetos e iniciativa em curso do que as empresas
tradicionais. Esse portifólio de inovação equilibra a introdução de produtos
revolucionários com as melhorias incrementais; g) conhecer o negócio da empresa; h)
administrar o presente, enquanto cria o futuro; j) transformar ameaças em
oportunidades; i) criar paixão por resultados.
Os desafios para fazer econegócios no Brasil são bem conhecidos. O maior
obstáculo, entretanto, é a imprevisibilidade. Administrar uma ecoempresa em países é
como dirigir um carro de corrida em uma pista desconhecida e com neblina. Os
ecoempreendedores devem se antecipar e se adaptar a circunstâncias em constante
mutação. Os ecoempreendedores precisam aprender a dominar um conjunto de técnicas
de gestão que tornem suas empresas prontas para se adaptar. Precisam reagir
rapidamente a crises recorrentes, navegar a despeito da visibilidade limitada e encontrar
maneiras de tirar vantagem da turbulência que ameaça os concorrentes menos flexíveis.
Podemos afirmar que as principais qualidades de um ecoempreendedor bem-
sucedido são: a) curiosidade; b atuação junto aos clientes; c) capacidade de trabalho; d)
honestidade e ética; e) delegar, nunca negligenciar na sua formação e de seus
colaboradores; f) flexibilidade; g) monitorar a envolvente ambiental; e i) monitorar a
concorrência, os produtos substitutos e usar a inteligência para analisar as oportunidades
que vão surgindo. Os componentes básicos para uma análise da concorrência são
apresentados na figura 04.

Figura 04: Os Componentes de uma Análise da Concorrência


Fonte: Porter (1991). Montagem e adaptação de inteira responsabilidade do autor
Reconhecer (-se) Ecoempreendedor – Reconhecer (-se) Ecoempreendedora
Mas, afinal, o que significa ser ecoempreendedor? Quais são as características,
ou melhor, como reconhecer(-se) um ecoempreendedor, uma ecoempreendedora? Uma
importante observação de Drucker (1985) sobre o que difere um empreendedor de uma
pessoa qualquer, como podemos observar na figura 4.
Figura 04: Dinâmica de Reconhecer –se Empreendedor (a) Fonte: Drucker
(1985) e Leite (2002).
Ecoempreendedores são ágeis, persistentes e, geralmente, trabalham com um
tipo de capital intangível: boas idéias. Ecoempreendedorismo (espírito empreendedor),
terra, trabalho e capital são os quatro pilares de uma sociedade fundamentada na livre
iniciativa (Leite, 2002).

Os ecoempreendedores estão inseridos em um processo que Schumpeter (1984,


1988) descreveu como “destruição criativa”, ou seja, “romper com velhos hábitos, para
gerar respostas novas às carências e desejos do mercado”.
Eles (os ecoempreendedores) “forçam situações, com o objetivo de mudar as
coisas para melhor. São construtores compulsórios: quando começam, não param mais”.
É importante esclarecer que a ação do ecoempreendedor não está determinada a
um eixo único, ou seja, qualquer pessoa, empregada ou não, pode ser
ecoempreendedora. O ecoempreendedorismo está para a relação subjetiva do ser
humano, o que existe antes de uma ação empreendedora é o espírito empreendedor,
como podemos observar na figura 05.

Figura 05: Habilidade, Atitude e Conhecimentos Fonte: Leite (2002)


“Nada na empresa substitui o risco. Assim como na política, quem não tem
coragem não é estadista, é politiqueiro, na empresa quem não assume risco não é
empreendedor, é burocrata”.
A noção de que o futuro reserva aos empreendedores mais do que um exato
capricho dos deuses é uma idéia revolucionária. Nada mais foi debatido, nos últimos
tempos, do que o traço característico do empreendedorismo, que é sua capacidade de
correr riscos calculados.
A quantificação do risco define as fronteiras entre os tempos modernos e o resto
da história da humanidade.
A velocidade, o poder, a livre movimentação de idéias e capitais e a
comunicação instantânea que caracterizam a era do empreendedor teriam sido
inconcebíveis, antes que a ciência substituísse a superstição como um baluarte contra os
riscos de todos os tipos.
Espírito de empresa e o fenômeno de gostar de assumir riscos - O
ecoempreendedor tem de estar preparado para enfrentar, no seu dia a dia, três
tendências: exposição a uma era de descontinuidades, arrogância de quantificar o que
impossível quantificar e ameaça do crescimento dos riscos, ao invés da sua capacidade
de saber administrá-los.
O que faz a diferença entre um ecoempreendedor de sucesso e outro que acaba
fechando ou se limita a manter seu negócio funcionando, mas sem perspectivas de
crescimento? Mais do que a criatividade ou uma boa idéia, são o trabalho árduo, o
planejamento sistemático e a inovação características marcantes de um empreendedor
de sucesso.
Um dos principais riscos que o empreendedor corre é a falta de objetividade em
relação à idéia: o futuro empreendedor fica como um adolescente apaixonado, disposto
a enfrentar tudo e todos para provar que está certo. Porém este não é o único risco.
Pode-se listar uma série de outros perigos: a) desconhecimento do mercado em que se
pretende atuar. É o caso da padaria ou do posto de gasolina que começa a funcionar
num determinado local porque o empreendedor acha que o ponto é bom. Uma simples
pesquisa por telefone, com clientes em potencial, pode eliminar, ou pelo menos
amenizar, esse problema; b) erros na estimativa das necessidades financeiras - para
mais ou para menos; c) subavaliação de problemas técnicos; d) falta de diferenciação
dos produtos ou serviços em relação aos concorrentes; e) desconhecimento dos aspectos
legais do novo empreendimento; f )escolha equivocada de sócios; e g) localização
inadequada para a atividade.
Os principais intervenientes do processo de concepção de empreendimento são
apresentados na figura 5.
Figura 5: Fatores Intervenientes na Criação de Empreendimentos
Fonte: Leite (2012).
Atualmente, qualquer pessoa que tenha vontade de ganhar a vida e ao mesmo
tempo queira solucionar problemas ambientais, tem inúmeras oportunidades pela frente.
De fato, uma nova geração de ecoempreendedores pode ser uma excelente alternativa
para limparmos o ar, purificarmos a água e a terra dos quais a vida depende. É claro que
apenas um único ecoempreendedor ou um grupo deles não são capazes sozinhos de
anular todos os danos que os habitantes da Terra desde a Revolução Industrial até os
dias de hoje.
É necessário um esforço coordenado de governantes, legisladores e cidadãos
para que em conjunto possam enfrentar a difícil tarefa de tornar o nosso mundo mais
habitável. Entretanto, o ecoempreendedor pode conduzir-nos a um futuro mais verde e,
ao mesmo tempo, desenvolver uma empresa lucrativa, que respeite o meio ambiente.
Cada ecoempreendedor dá uma contribuição pequena, porém, muito importante
para a recuperação do meio ambiente. Se um número suficiente de ecoempreendedores
brasileiros aderir a esse movimento, criando produtos e serviços ambientalmente
seguros, exercendo uma pressão competitiva para que as grandes empresas sigam seu
exemplo, teremos seguramente condições não somente de melhorar a qualidade de vida
do ar, do solo e da água, como também de encontrar alternativas para a ocupação e
exploração desenfreadas da terra, para as perigosas instalações das usinas nucleares e
para os processos de produção que originam a chuva ácida, a redução da camada de
ozônio e o aumento da temperatura do nosso planeta.
Ser um ecoempreendedor significa ter diante de si uma infinita gama de
oportunidade de negócios. Alguns ecoempreendedores conseguem transformar o lixo
em ouro, com empreendimentos que:
 Recolhem materiais recicláveis para fábricas que os transformam em novos
produtos;
 Vendem para empresas e para o público, produtos feitos com materiais
reciclados;
 Transformam óleo usado de motor, que seria jogado nos rios, em
lubrificantes de alta qualidade;
 Usam jornais velhos para fazer papel reciclado;
 Transformam restos de alimentos em fertilizantes.
Muitos ecoempreendedores transformam alguns produtos existentes no mercado
e dão ênfase ao produto natural destacando:
 Alimentos sem pesticidas, isentos de ingredientes químicos, ou sintéticos e
embalados com materiais recicláveis e biodegradáveis;
 Produtos de higiene pessoal sem derivados de petróleo, sem aditivos
potencialmente prejudiciais à saúde e corantes desnecessários e também
embalados de forma responsável;
 Detergentes, ceras e outros produtos de limpeza doméstica não contendo
derivados de petróleo ou ingredientes químicos prejudiciais;
 Tintas, vernizes, colas, adesivas e outros itens produzidos sem componentes
prejudiciais ao meio ambiente ou à saúde, tais como mercúrio e benzeno;
 Produtos para jardins não contendo produtos químicos, amplamente
responsáveis pela poluição da água.
 Lâmpadas que economizam energia elétrica;
 Alternativas adequadas ao meio ambiente para as embalagens de plásticos e
outros materiais não-degradáveis.
Os ecoempreendedores podem introduzir no mercado serviços com forte
conteúdo ecológico como:
 Criando pacotes turísticos que respeitem o meio ambiente e procurar
transmitir aos seus clientes a importância da ecologia;
 Ajudando outros empreendedores na escolha da localização de seus
empreendimentos, medindo e avaliando seus impactos no meio ambiente;
 Prestando consultoria em investimentos ambientalmente saudáveis;
 Criando jogos, publicações e programas de software tanto para educar quanto
para divertir.
Isso representa apenas uma minúscula amostra das inúmeras oportunidades de
negócios que os ecoempreendedores podem criar. As possibilidades de se criar uma
microecoempresa só são limitadas por sua imaginação - o meio ambiente é uma área
muito rica em oportunidades quanto em questões a serem enfrentadas por
ecoempreendedores aptos encontrar nicho de mercados que materializem uma solução
lucrativa tanto para o ecoempreendedor como para o próprio ambiente.
O econegócio é negócio como outro qualquer. Os mesmos princípios gerais de
boa administração lhe são aplicáveis. É preciso organizar bem os recursos humanos e
materiais, reduzir ao máximo os custos, focalizar determinados segmentos de
mercado, manter um fluxo de caixa positivo e controlar o crescimento. As
microecoempresas fracassam pelos mesmos motivos que as empresas ditas
convencionais.
É idealista trabalhar por uma causa nobre, portanto, isso não significa que o
ecoempreendedor fique imune aos erros gerenciais, miopia em marketing, fatores que
levam ao fracasso mais de 90% das novas ecoempresas no seu primeiro ano de
atividades.
Os ecoempreendedores enfrentam problemas únicos no desenvolvimento de seus
negócios, pois precisam estar sempre atentos ao que acontece na área ambiental, na
legislação e na evolução da consciência pública. É necessário monitorar o
desenvolvimento tecnológico, as novas legislações, etc.
O ecoempreendimento significa uma nova fronteira no campo dos negócios, que
exige cada vez mais visão, pioneirismos e ação dos ecoempreendedores. Motivados
pela sua paixão, a cura do Planeta Terra, compromisso que lhes proporcionam forças
extras quando perceberem que dificuldades são inerentes a qualquer negócio pioneiro,
inovador. Devem estar atentos as oportunidades de negócios que por certo vão surgir
no seu dia-a-dia.
Tornando um ecoempreendedor: as sutilezas do negócio
Você pode sempre obter o conhecimento técnico necessário para a montagem de
um negócio por meio de livros ou contratando especialistas; pode aprender a fazer
negócios com outras pessoas a partir de literatura, associações de microempresas, ou
contratando consultores e pode (e deve) começar do nada. Mas uma coisa que você
não consegue em parte alguma é a disposição de assumir riscos.
As pessoas que começam um empreendimento devem enfrentar a realidade de
que em algum momento, de alguma maneira, podem falhar. Se o ecoempreendedor
conversar com qualquer empresário, seja de que ramo for, vai ouvi-lo discorrer sobre
uma série de contratempos que inevitavelmente fazem parte do começo de uma
empresa. O fato de você estar lutando por uma boa causa não significa que será
automaticamente bem-sucedido. A abertura de uma ecoempresa ocorre basicamente da
mesma forma que qualquer outro tipo de microempresa, e a maioria fecham as portas
no primeiro ano.
Michael Dell tornou-se um empreendedor enquanto era calouro na Universidade
do Texas. Ele começou a vender peças de computador por correio e logo estava
expedindo peças no valor de milhares de dólares por mês. As perspectivas eram tão
atraentes que ele saiu da escola para se dedicar em tempo integral aos negócios. Em
1985, sua empresa, Dell Computer começou a vender clones de PC IBM criados com
peças em desuso a um preço menor que U$1.000. Por volta de 2000 a Dell tornou-se
um dos gigantes do setor de alta tecnologia, pioneira nas vendas via telefone,
precursora das transações on-line, caracterizando-se mais uma vez, o seu criador,
como um grande empreendedor, um realizador, verdadeiramente inovador.
Dell agia como um empreendedor e isso fica evidente, na sua forma de pensar:
"Eu nunca me imaginei como alguém que fizesse carreira até chegar ao topo. Eu
queria controlar meu próprio destino e basicamente sempre achei que teria sucesso.
Tinha uma forte inclinação para criar um negócio".
A juventude não foi barreira para o sucesso de Dell. Ele era um verdadeiro
empreendedor, um "energizador", que começou do "nada" para criar uma pequena
empresa que cresceu rapidamente e se tornou um negócio muito grande. As
habilidades de Dell como empreendedor são suficientes para tornar a Dell Computer
Corporation - agora uma das maiores montadoras de computadores pessoais nos
Estados Unidos - uma concorrente poderosa no mundo de grandes empresas como a
IBM, Apple e a Compaq? Só nos resta esperar para ver.
Os empreendedores são heróis populares da vida moderna empresarial. Eles
fornecem empregos, introduzem inovações e estimulam o crescimento econômico.
Estão em todos os ramos da economia. Eles são vistos como entusiastas que assumem
riscos calculados, necessários em uma economia em crescimento, cheia de
oportunidades, tanto para o econegócio como o e-business. A cada dia, milhares de
pessoas, com espírito empreendedor, de adolescentes (Dell, Gates e Jobs) e indivíduos
que recém aposentados, criam negócios por conta própria, sendo assim exemplos de
liderança dinâmica que leva ao progresso econômico no mundo todo.
Em nossa opinião, empreendedor é aquele indivíduo que cria, desenvolve um
negócio por conta própria. É um sujeito que adora a inovação e tem uma forte
disposição para assumir riscos.
Oportunidades ilimitadas: ecoempreendimentos
Em um sistema de livre iniciativa, é facultada a qualquer pessoa a possibilidade
de criar sua própria empresa. A todo o instante surgem oportunidades potencialmente
lucrativas para os ecoempreendedores. Mas essas oportunidades devem ser reconhecidas
e agarradas pelos ecoempreendedores, indivíduos com habilidades e desejos
suficientemente fortes para não somente assegurar o sucesso do empreendimento como
respeitar a natureza.
Existem muitos incentivos para que uma pessoa se torne um empreendedor tais
como:
 Lucro: libertação dos limites de pagamento padronizado para trabalho
padronizado;
 Independência: libertação da supervisão e regras de organizações burocráticas;
 Estilo de vida prazeroso: libertação da rotina, monotonia e empregos não-
desafiantes.1
Embora as recompensas advindas do fato de se ser dono de um próprio negócio
sejam de fato tentadoras, também há desvantagens associadas a esse processo.
Gerenciar um empreendimento próprio requer muito trabalho, longas horas e muita
energia emocional. Muitos empreendedores dizem que suas carreiras são excitantes,
mas exigem muita dedicação deles.
A possibilidade de fracasso nos ecoempreendimentos é uma séria ameaça
constante aos ecoempreendimentos. Ninguém estar imune a essa questão. Os
ecoempreendedores devem assumir uma variedade de riscos relacionados ao fracasso
de seus empreendimentos. Ninguém gosta de perder, principalmente os
empreendedores, mas é sempre uma possibilidade para alguém que inicia um negócio.
Portanto, ao decidir sobre uma carreira como empreendedor, o indivíduo deveria
examinar tanto os aspectos positivos quanto os negativos.
Para os ecoempreendedores, a dupla oportunidade de contribuir para o meio
ambiente e dominar o próprio destino ultrapassar os riscos potenciais da criação de um
ecoempreendimento. Mesmo assim, o ecoempreendedor de primeira viagem pode
chegar à conclusão de que os riscos provocam ansiedade demais, e até impedem que
uma idéia saia do papel. Por conseguinte, se você sente a "chamada" por produtos
ecológicos ou “verdes” mais nunca teve um negócio por conta própria, faça a si
mesmo as seguintes perguntas:
 E se eu falhar logo nos primeiros seis meses? Como sobreviverei
economicamente? Tenho um reserva de dinheiro suficiente para me manter
até começar outro negócio ou encontrar outro emprego?
 Se o negócio der pouco lucro no começo, mas apresentar promessas posso
me dar ao luxo de mantê-lo até ele deslanchar?
 Como me sentirei se não der certo? Se o negócio fracassar, me sentirei uma
pessoa fracassada? O que a minha família vai pensar? O que meus amigos
vão dizer?2
Para enfrentar essa situação o ecoempreendedor deve identificar os riscos
aceitáveis, separar o senso de valor próprio do julgamento de seu negócio, encarar o
fracasso como uma lição, ter uma sólida formação na área em que criar seu negócio,
acessar as fontes de informação sobre o ramo de negócio escolhido, procurar apoios
governamentais e inovar, inovar, inovar, pois essa é palavra-chave para se vencer na área
empresarial.
Econegócios no mundo de hoje
O ambiente econômico atualmente é afetado pela globalização, sente cada vez mais
os efeitos do aquecimento global, a recessão que permeia pelos quatro cantos do mundo
provocando enormes impactos nos mercados, fatos que impactam nos negócios que
podem ser vistos sobre o prisma não de ameaças e sim de oportunidades em um novo
paradigma de empreendimentos geridos nos aspectos econômico, social e ambiental de
forma empreendedora politicamente correta.
Temos um grande desafio de empreender de forma ecologicamente correta. Urge
que ecoempreendimentos passem a fazer parte de forma decisiva na vida dos

1
Longenecker, Justin G., Moore. Carlos W., Petty, J. William. Administração de Pequenas
Empresas. Tradução Maria Lucia G. L. Rosa e Sidney Stacatti, São Paulo: Makron Books, 1997.
2
Bennett, Steven. Ecoempreendedor: oportunidades de negócios decorrentes da revolução
ambiental. São Paulo: Makron Books, 1992
empreendedores em um mundo cada vez mais ávido por iniciativas que criem postos de
trabalho que tragam no seu bojo perspectiva de preservação do meio ambiente.
É cada vez mais crescente o número de ecoempreendedor dispostos a investir em
empreendimentos que respeitem o primado do ser humano, a biodiversidade,
contribuindo para minimizar a escassez de alimentos, a erradicação da pobreza e a
desigualdade social.
O desenvolvimento científico e tecnológico, as comunicações, a internet a
biotecnologia, fontes alternativas de energias, nanotecnologia, engenharia genética
tendem ser as mais importantes fontes de inovação tecnológica, estes temas afetam a
economia, mercados, empresa empreendedorismo (espírito empreendedor) +
conhecimento = criação de riquezas.
Fortalecer e inovar em cadeias de valor nos mercados insatisfeitos, que
envolvam novos modelos de negócios que incluam geração de alianças estratégicas que
exigem adaptação aos novos tempos cheios de oportunidades de negócios a todos os
níveis de abrangência que permita atender as tendências fundamentadas na economia,
mudanças sociais sem agredir o meio ambiente.
Empreender com responsabilidade social e ambiental é encontrar oportunidades
e minimizar as ameaças que pairam sobre os empreendimentos nos dias de hoje, de tal
maneira a contribuir a sustentabilidade da empresa, do mercado e do mundo.
É através da inovação, eficácia na gestão empresarial, compromisso e
participação nos fenômenos sociais que afetam os mercados nos quais os
empreendimentos estão inseridos, implementação de uma gestão ambiental responsável
como parte da estratégia de negócio, pois é imprescindível associar valor ambiental,
valor econômico, valor social ao desenvolvimento social sustentável sempre
fundamentado na criação de valor e na inovação.
Eficiência e eficácia na logística, energia, marketing, qualidade, impactar a
experiência e expectativas do consumidor, adaptabilidade a novos modelos de negócios
e alianças não convencionais em busca de novas tecnologias.
Temos claros exemplos no mundo da eficiência, eficácia e inovação: Dell,
Iphone, Google, Toyota. No Brasil podemos observar o caso dos automóveis brasileiros
movidos a mais de um tipo de combustível, os modelos híbridos.
Como resultados das estratégias apresentam resultados visíveis como benefícios
na sustentabilidade econômica da empresa, geração de investimentos, emprego, e a sua
vez, uma contribuição a reduzir os impactos ambientais.
No aspecto social propomos um modelo de gestão de responsabilidade social
corporativa em três passos:
1) Investigar e identificar os fenômenos sociais que afetam a empresa;
2) Estabelecer e gerir objetivos estratégicos que impactem positivamente estes
fenômenos dentro da área de influência da empresa;
3) Manter monitoramento de impactos e geração de valor.
É necessário entender quais são as formas mais eficazes para fazer que os
produtos e serviços sejam acessíveis para o público-alvo que pretendem atender.
No aspecto ambiental o ecoempreendedor:
1) Usa a prática do resíduo zero manejando os impactos na cadeia de valor;
2) Tem balanço positivo de emissão de carbonos;
3) Garante que o produto/serviço cumpra com todas as exigências de qualidade
ambiental através de sua cadeia de valor.
A Natura anunciou que durante 2007 toda a empresa e seus produtos são
carbono neutro. Esta iniciativa se soma a muitas outras práticas sociais e
ambientalmente amigáveis que vem acompanhando a trajetória da Natura desde sua
criação. A Natura foi escolhida várias vezes como uma da empresas mais admiradas no
Brasil.
Existem líderes que veem seus negócios através de uma lente ambiental, buscam
oportunidades para reduzir custos, riscos e melhorar seu valor de marca, construídas
relações profundos entre clientes, empregados, etc..
Os empreendedores em busca da Ecovantagem têm que seguir a risca a
legislação ambiental, pois os que não cumprirem as regras não somente são punidos
pelas leis vigentes bem como pelo mercado. Existem empresas que não cumprem a lei e
minimiza o dano ambiental – se me descobre, pago a multa que é pequena. Essa é uma
postura incompatível com o empreendedor do século XXI.
A transição para o cumprimento das exigências legais faz necessário de
investimentos, requer uma importante mudança cultural em todos os escalões da
empresa.
Construir uma cultura ecoempreendedora integrando linhas de estratégia e
gestão via respeito pelo social e o ambiental, tendo como pano de fundo a educação
empreendedora pautada nos princípios empresariais voltados para o primado do ser
humano, pela construção de credibilidade, reputação e admiração requer que inclua
estratégias que contemplem:
a) Valor ao acionista;
b) Gestão ambiental;
c) Resultados a curto prazo/longo prazo;
d) Gestão de crises;
e) Gestão de temas sociais e ambientais;
f) Trabalhar independentemente;
g) Apresentar informe anual sócio-ambiente sobre a ecoeficiência/eficácia;
h) Apresenta informe anual financeiro;
i) Busca de oportunidades sociais e ambientais;
j) Trabalhar com alianças (multisetoriais) visando à sustentabilidade;
k) Sistema de Administração de Riscos;
l) Identificar impactos e riscos sociais e ambientais; e
m) Manejo ordenado e sistemático de riscos e impactos.
Criar vantagens competitivas como marca diferenciada, inovar via novos
clientes, aproveitar oportunidades geradas pelas mudanças ambientais, eficiência nos
custos através da redução da poluição ambiental e atração e retenção de talentos.
É um processo evolutivo, com uma agenda cheia de desafios ao
ecoempreendedor que muitas vezes tem que montar estratégias para atender os desejos e
necessidades dos clientes cada vez mais exigentes.
A gestão ecoempreendedora é fundamentada na estratégia de criação de valor de
maneira sustentada:
a) Nos resultados econômicos e sociais;
b) Valor ambiental;
c) Valor econômico;
d) Sólido compromisso com o desenvolvimento sustentável;
e) Certificação social, ambiental, de saúde e segurança;
f) Compromisso com a Ecoeficiência – minimizar as emissões poluentes e uso
eficiente/eficaz da biomassa;
g) Atuar em favor da criação de oportunidades de negócios inclusivos,
capacitação e apoio ao portador de necessidades especiais;
h) Gerar novas idéias de impacto para reduzir a emissão de gases e resíduos
sólidos poluentes;
i) Liderança em biodiversidade;
j) Análise sistêmica dos impactos na cadeia de valor;
k) Avaliação constante da eficiência uso da água;
l) Avaliação do consumo de energia; e
m) Utilização de biomassa como estratégia de obter energia a custos reduzidos.
As empresas precisam ver-se como parte da solução dos problemas que
afetam a sociedade, e não somente como parte do problema.
Esta contribuição deve fazer-se dentro do campo de ação e a influência da
empresa. Fortalecer essa visão clara com relevância de longo prazo,
compromisso, criar cultura, e as ferramentas corretas para geri-las.
O risco de não fazer nada, implica ficar relegado ao ostracismo, ou resigna-
se a participar de um mercado pobre e sem atrativo.
As empresas líderes no mundo competitivo de hoje estão totalmente
sintonizadas com o ecoempreendedorismo. Já estão a ser ecologicamente
corretas.
Para ser uma grande empresa, se deve ser uma empresa boa, amiga do
ambiente. Hoje não há distinção entre serem cidadãos responsáveis e empresas
de êxito. É somente uma coisa.
“Para reduzir a menos da metade das emissões de gases poluentes nos
próximos 20 anos temos que imitar a natureza, onde nada se desperdiça e tudo se
transforma e se aproveita”.

Empregos Verdes

O Brasil precisa cada vez mais de postos de trabalho. O investimento na criação


de empregos verdes fortalece a economia com o desenvolvimento de fontes renováveis
de energia. Desta forma, rapidamente vão surgir muitas novas ocupações em setores
como o da indústria de energia renovável, dentre outras que podemos denominar de
energia limpas. A crise global vai acelerar o processo de conscientização em relação à
substituição do consumo de petróleo.

Qualidades de ecoempreendedor não faltam aos indivíduos. O que chama


atenção quando se contabilizam os desafios enfrentados por um ecoempreendedor,
muitos deles autodidata nos negócios. Convencer parceiros a entrar em econegócio é
algo ainda complicado. O ecoempreendedor muitas vezes traz na bagagem experiências
bem-sucedidas. Tornar-se um ecoempreendedor é acreditar em um modelo de negócios
totalmente inovador onde as empresas virtuais estão cada vez mais a ocupar os espaços
no mundo dos negócios.

Vejamos o negócio das flores. Superar as barreiras de entrada normal em


qualquer empreendimento, ainda falta vencer a principal - os consumidores. Como
convencê-los a comprar flores sem agrotóxicos se o uso de pesticidas nesse caso não
afeta a saúde? O mercado de produtos orgânicos está em franca expansão, crescendo
mais de 20% ao ano. Isso se deve à existência de um tipo de consumidor que não se
importa em pagar mais caro para tirar os agrotóxicos da dieta.

No caso das flores, o apelo é bem menos consistente. O benefício direto não é do
consumidor. Quem está em perigo são trabalhadores rurais em países que podem não
significar muito para o cliente. O uso intensivo de agrotóxicos em plantações de rosas
causa elevados danos à saúde dos trabalhadores - muitos deles queixam-se de dor de
cabeça, tremor nas mãos e visão embaçada.

Diante dessas constatações a estratégia é seduzir o consumidor consciente,


aquele que prestigia práticas de empresas que se preocupam com o bem da coletividade.
Na busca dos consumidores conscientes, o ecoempreendedor precisa fazer
convênios com várias entidades ambientalistas, oferecer as organizações de proteção
aos animais, descontos na compra de flores ou transformam uma porcentagem da
compra em donativos às entidades. "Não se pode esperar que o consumidor dê a um
item de decoração o mesmo valor que confere a um alimento". Mas muitos eram céticos
sobre o crescimento do mercado dos alimentos orgânicos e ele vem superando todas as
expectativas do especialista.
O problema é o preço

Poucos se lembram bem de um anúncio que vimos tempos atrás na televisão, em


que um fabricante de sabão em pó prometia plantar uma árvore para cada caixa vendida
do produto. Embora muitos tenham ficado entusiasmados com o apelo ecológico, nem
sempre os que assistiram à peça publicitária optaram por levar para casa aquele sabão
em pó - ou qualquer outro produto menos agressivo ao meio ambiente. Boa parte dos
clientes, quando vai fazer compras, leva em consideração o aspecto ambiental, mas é
preciso que o produto tenha qualidade e o preço seja honesto.

Este é o típico consumidor verde "pragmático", que se considera consumidor


preocupado com questões ambientais. Acha que produtos com apelo ecológico
influenciam sua decisão de compra. Apesar das boas intenções, porém desistem de
comprar produtos com selo ambiental caso eles custem mais do que similares sem a
certificação verde.

Os consumidores não deixam de comprar um produto mesmo sabendo que ele é


prejudicial à natureza. A consciência ambiental é fortemente influenciada pelo fator
preço. O preço é um fator inibidor, claro, mas não o suficiente para uma pessoa decidir
se leva ou não para casa determinada marca. Os consumidores se declararam
preocupados com os impactos ambientais e sociais dos produtos que compram.

Barreira econômica

No Brasil a disseminação do consumo consciente depende, sobretudo, do


aumento do poder aquisitivo da classe C. Essa camada da população está encantada com
o poder de consumo recém-adquirido. Esse público apresenta certa indiferença em
relação ao consumo orientado por valores responsáveis.

Não surte efeito algum falar em sustentabilidade quando o que essas pessoas
querem, no momento, é realizar o sonho de ter um carro na garagem. Apesar da barreira
econômica, seria arriscado para qualquer empresa ignorar a parcela de consumidores
que seguem a cartilha do consumo responsável.
Os consumidores quando optam pela compra de produtos com apelo ecológico
estão à preservação da natureza e a preocupação com o futuro da próxima geração. A
tendência é que o número de pessoas dispostas a assumir tais valores.

Os consumidores brasileiros são conscientes - têm um bom grau de percepção


dos impactos coletivos ou de longo prazo em suas decisões de consumo e não se atêm
aos aspectos econômicos ou aos benefícios pessoais imediatos. De olho nesse tipo de
consumidor, muitas empresas têm se esforçado para colocar nas prateleiras produtos
ecologicamente correto. É o caso de empresa ecologicamente correta, que pretende
transformar sua linha de marcas próprias em modelo de sustentabilidade. Já é possível,
por exemplo, encontrar nas gôndolas do varejista cereais matinais com embalagens que
levam o selo FSC, Certificado Ambiental do Conselho Brasileiro de Manejo Florestal, e
cobertores produzidos com fio de poliéster feito 100% de fibra de PET.

O consumidor verde é, necessariamente, mais crítico e seu comportamento tende


a influenciar cada vez mais o modo de produção das empresas. Contribuir para o
desenvolvimento sustentável não é mais uma questão de escolha da companhia, e sim
obrigação. A HP, uma das maiores fabricantes de equipamentos eletrônicos do mundo,
percebeu isso há muito tempo.

Na década de 90, o trabalho de recolhimento e reciclagem de cartuchos da


empresa virou referência no setor. Agora, a HP se prepara para dar um passo adiante:
em vez de doar os cartuchos coletados a uma empresa de reciclagem, a própria
companhia deve começar a reciclar o material.

Após passar por um processo de limpeza e moagem, o material plástico


produzido será usado na fabricação de novos cartuchos. É uma cadeia produtiva auto-
renovável, À medida que aumenta a conscientização, o consumidor leva em conta essas
iniciativas na sua decisão de compra.

Uma das crises mais agudas de todos os tempos aqueceu o debate sobre como o
desastre atual poderia ter sido evitado. As empresas deveriam ter investido
pesadamente em novas fontes de energia. Ainda a tempo de iniciar uma revolução
verde. Além de livrar o mundo dos efeitos do aquecimento global, essa busca poderia
servir como uma nova visão dos negócios. Num planeta cada vez mais quente, plano e
superpovoado.

O mundo - a despeito de todas as suas mazelas, ainda possível sensibilizar os


empreendedores para liderarem uma revolução verde. A terra seria um dos maiores
beneficiados com a adoção da causa. Além de evitar os efeitos catastróficos do
aquecimento global, essa bandeira pode mudar padrões indesejados de relações
econômicas e geopolíticas ao longo das próximas décadas.

Para tornar o mundo verde possível, a lógica é fazer investimentos em novas


tecnologias. Seriam canalizados recursos para institutos de pesquisa, universidades e
empreendedores privados envolvidos com pesquisa de ponta em energia solar, eólica,
motores elétricos e biocombustíveis. Com essas medidas, os ecoempreendedores
dariam um sinal exemplar ao mercado, incentivando a adoção maciça de fontes limpas
de energia e ao mesmo tempo penalizando os combustíveis fósseis, os maiores
responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa.

Num sistema capitalista, não cabe ao governo decidir quais serão as novas
tecnologias vencedoras. Tal tarefa caberia às próprias lideranças científicas e ao setor
produtivo, capazes de selecionar os projetos de novas fontes de energias mais
promissoras. Condenável a distorção gerada pela concessão de subsídios aos
produtores de qualquer natureza. Tais subsídios que muitas das vezes seguem critérios
políticos - e acabaram afetando negativamente o mercado. Para um país como o Brasil,
que tem uma quantidade tremenda de terra e grandes plantações de cana, os
biocombustíveis fazem sentido. Além da eficácia do etanol brasileiro, o agronegócio
no Centro-Oeste e na Amazônia.

Todo mundo quer ser verde

Para aumentar as vendas de seguros de automóveis e residências, recentemente


uma empresa do ramo resolveu adotar uma tática inédita. A instituição lançou o Seguro
Carbono Neutro, seu primeiro produto "ambientalmente correto". A iniciativa prevê que
todos os clientes que comprarem apólices recebam um certificado de neutralização de
gás carbônico. Detalhe: é a própria empresa que se encarrega de fazer o serviço. A
compensação das emissões de gases é feita por meio da preservação de áreas de mata
nativa, que foram calculadas com base no prejuízo médio que os clientes causam ao
meio ambiente.

Para fechar contratos com os proprietários dessas matas, o investimento inicial


da seguradora foi de 3,5 milhões de reais. O dobro desse valor - 7 milhões de reais - foi
investido na divulgação do novo produto. Entre as peças desenvolvidas para a
campanha estão uma mala-direta com um pote de sementes, ações de conscientização
em estacionamentos, um site especial, anúncios na mídia impressa e comerciais para
televisão e rádio. Só na primeira semana de comercialização o novo produto aumentou
em 25% as vendas de seguros do banco. Os bons negócios acontecem na medida em que
o cliente percebe que esse banco pensa de um jeito diferente.

A crescente preocupação com o aquecimento global gerou uma verdadeira febre


de produtos e serviços sustentáveis - e muitas empresas que estão pegando carona na
onda verde para aumentar suas vendas.

Ocupar esse espaço nas mentes dos consumidores é uma tarefa árdua, sobretudo
para empresas cuja natureza do negócio não é nada sustentável, como as petroquímicas.
Alvo de críticas ferozes dos ambientalistas, as multinacionais do setor resolveram adotar
uma estratégia baseada em entretenimento para se aproximar dos consumidores e
melhorar a própria imagem. É o caso da americana Chevron, que em setembro lançou
um jogo online chamado Energyville. Trata-se de uma cidade virtual onde os
participantes devem montar uma matriz energética que garanta o abastecimento do
local.

Antes de escolher entre as diversas fontes - como energia solar, eólica,


hidrelétrica, termelétrica e nuclear, os internautas podem se informar sobre os impactos
ambientais e econômicos envolvidos em cada opção. A partir daí, os jogadores podem
avançar até 2030 e conferir - com base em projeções reais - quais as consequências de
suas escolhas. A mensagem é clara, desde que exista equilíbrio com outras fontes de
energia, o uso do petróleo não é tão prejudicial assim.
Discurso vazio

Nessa corrida para tentar associar suas marcas às questões ambientais, muitas
empresas acabam escorregando. Em 2003, a FedEx, maior empresa de entregas do
mundo, tomou uma atitude considerada ambientalmente pioneira: anunciou que
começaria a substituir seus 30 000 caminhões a diesel por veículos híbridos. A mudança
evitaria que 250 000 toneladas de gases poluentes fossem lançados na atmosfera por
ano. O plano - amplamente alardeado pela empresa - parecia perfeito. O problema é que
ele praticamente não saiu do papel. Passados quatro anos, a FedEx tem hoje apenas 93
caminhões híbridos, o equivalente a 0,3% de sua frota. Em outras palavras, apesar do
marketing intensivo, muito pouco foi feito.

A iniciativa da FedEx é um exemplo do fenômeno batizado nos Estados Unidos


de greenwash. O termo se refere a empresas que alardeiam fervorosamente um
engajamento ambiental - mas não conseguem transformar o discurso em prática. A rede
de cafeterias Starbucks, que considera o aquecimento global uma questão central e até
possui um dia nacional para discutir o assunto em suas lojas, consome atualmente 20%
mais energia do que há cinco anos.

A americana Johnson & Johnson declarou que desde 1990 diminuiu suas
emissões de poluentes em 17% - mas levou em conta no cálculo os créditos de carbono
comprados. Se eles não fossem contabilizados, o saldo teria sido bem diferente: um
aumento de 24% nas emissões no período. No início desta década, a GE deu a largada
no Ecomagination, programa liderado pelo próprio presidente mundial da empresa, Jeff
Immelt, que deveria transformá-la num modelo de sustentabilidade. Apesar disso,
menos de 8% das vendas do grupo são atualmente geradas por produtos e serviços
verdes. Adaptar-se a esses novos tempos não tem sido uma tarefa fácil. O desafio cresce
na mesma proporção das exigências de uma sociedade cada vez mais informada e
preocupada. Ainda que as empresas avancem, elas terão de se acostumar com vozes
críticas, amplificadas pela internet e pelos demais meios de comunicação.

Alguns ambientalistas já se levantam para dizer que o novo produto não gera
mudança de postura por parte dos clientes. Em vez de incentivar a redução das
emissões, afirmam eles, o projeto foca a compensação da poluição. Uma forma real de
incentivar o consumidor a poluir menos seria cobrar o seguro do automóvel conforme a
quilometragem rodada, em vez de fazer contratos mensais ou anuais. Além de reduzir o
impacto ambiental, a medida traria outros benefícios, como redução no preço do seguro
e no trânsito das cidades.

Para não perder a credibilidade, o marketing sustentável deve ser baseado num
princípio básico: a transparência. O ecoempreendedor tem que conviver diariamente
com ações para conscientizar a população para o não desmatamento das matas.

Os consumidores estão cada vez mais atentos ao que as empresas fazem quando
o assunto é sustentabilidade. Julgam que separar lixo é uma obrigação da sociedade,
porém o número de pessoas que exercem essa prática é muito reduzido. Acreditam que
os fabricantes têm obrigação de prevenir os problemas que podem causar ao meio
ambiente, e estão plenamente convencidos de que os problemas que envolvem o meio
ambiente tendem a piorar ou ficar iguais à situação atual se as empresas não assumirem
o seu papel de guardião da natureza. Acreditam que as empresas que fazem algo ao
meio ambiente não deviam usar essas ações como marketing.

Conclusão
Este texto mostra que o ambiente é uma excelente oportunidade de negócio. No
futuro as empresas vão vender cada vez mais soluções para os problemas ambientais.
Um dos exemplos brasileiros de empresa ecosocial é a AmazonLife, produtora
de uma espécie de couro vegetal à base de látex natural, usado na confecção de itens
como bolsas, malas, pastas e chapéus. Os produtores das peças são co-proprietários da
patente do produto.
A revolução ambiental demorou quase três décadas para acontecer e mudou para
sempre a forma como as empresas empreendem os seus negócios. Mas o percurso
trilhado parecerá pequeno quando, daqui a 30 anos, olharmos para os anos 90. Além das
preocupações ecológicas, existe um enorme desafio — e uma enorme oportunidade. O
desafio consiste em desenvolver uma economia global sustentável: uma economia que o
Planeta seja capaz de suportar indefinidamente.
Apesar de podermos estar nos aproximando da recuperação ecológica no mundo
desenvolvido, o Planeta enquanto um todo se mantém num rumo insustentável. Para
satisfazer as nossas necessidades, estamos a destruir a capacidade de as gerações futuras
satisfazerem a suas.
Cada vez mais, as pilhagens do fim do século XX - solos agrícolas esgotados,
pescas, florestas, poluição urbana, pobreza, doenças infecciosas e migrações - estão a
ultrapassar as fronteiras geopolíticas. As raízes do problema - crescimento populacional
explosivo e rápido desenvolvimento das economias emergentes - são questões políticas
e sociais que ultrapassam a competência e as capacidades de qualquer empresa. Ao
mesmo tempo, as empresas são as únicas organizações que têm recursos, tecnologia,
alcance global e, em última instância, motivação para alcançar a sustentabilidade.
Até hoje, a lógica empresarial a favor da via ecológica foi em grande medida de
ordem operacional ou técnica: programas de prevenção da poluição fizeram com que se
poupassem milhares de reais. No entanto, poucos empreendedores compreenderam que
as oportunidades ambientais se podem tornar numa importante fonte de crescimento das
receitas. A via ecológica foi confinada à redução de riscos, reengenharia ou corte de
custos. Raramente é associada à estratégia ou ao desenvolvimento tecnológico e por isso
a maioria das empresas deixa escapar grandes oportunidades potenciais.
Alcançar a sustentabilidade significará milhares de reais em produtos, serviços e
tecnologias atualmente quase inexistentes. Enquanto os negócios de ontem muitas vezes
ignoravam o seu impacto negativo sobre o ambiente e os negócios responsáveis de hoje
se esforçam para alcançar um grau zero de impacto ambiental. Os negócios de amanhã
têm de aprender a provocar um impacto ambiental positivo. Cada vez mais, as empresas
vão vender soluções para os problemas ambientais do mundo.
Sustentabilidade significa que temos de refletir para não tornar o mundo um
lugar insuportável de viver. É uma tarefa muito abrangente, porque envolve pensar em
cada passo do que fazemos em nossas empresas. Temos de pensar em como reduzir
materiais, como reduzir o consumo de energia, até como facilitar o acesso dos clientes a
informações para que eles saibam escolher os produtos e descartá-los da maneira
correta.
Os clientes estão cada vez mais preocupados com o meio ambiente. A estratégia
das empresas é não cobrar mais por produtos ambientalmente eficientes. Esses produtos
muitas vezes geram redução de custos no longo prazo.
Racionando a longo prazo, como todo ecoempreendedor tem que pensar no seu
negócio. O econegócio é uma rara oportunidade para que possamos desenvolver
empreendimentos ecologicamente corretos, que respeitem o meio ambiente, exigindo
dos fornecedores além das certificações que normalmente são solicitadas dos parceiros
de negócios, solicitar que informem suas emissões de carbono. O ecoempreendedor
pode usar esse indicador como parte da avaliação do fornecedor, da mesma maneira que
avaliam aspectos como cumprimento de prazo e qualidade do produto.
Bibliografia
 BENNETT, Steven. Ecoempreendedor: oportunidades de negócios decorrentes
da revolução ambiental. São Paulo: Makron Books, 1992
 DRUCKER, Peter F. Inovação e Espírito Empreendedor - Entrepreneurship -
Práticas e Princípios: São Paulo: Editora Pioneira, 1985.
 LEITE, Emanuel F. O Fenômeno do Empreendedorismo. São Paulo: Saraiva,
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 ·LEITE, Emanuel F. O Fenômeno do Empreendedorismo - Criando Riquezas. 3ª


edição. Recife: Bagaço, 2003, 557 p.
 LEITE, Emanuel F. Empreendedorismo, Inovação, Incubação de Empresas e a
Lei de Inovação. Bagaço, 2006, 400p.
 LONGENECKER, Justin G., Moore. Carlos W., Petty, J. William.
Administração de Pequenas Empresas. Tradução Maria Lucia G. L. Rosa e
Sidney Stacatti, São Paulo: Makron Books, 1997.
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 SCHUMPETER, J. Alois (1984). Capitalismo, Socialismo e Democracia,
Tradução Sérgio Gós de Paula, Rio de Janeiro, Zahar, pp. 98-211.
 SCHUMPETER, Joseph Alois (1988). Teoria do desenvolvimento econômico:
uma investigação sobre lucros, capital, crédito, juro e o ciclo econômico.
Tradução de Maria Sílvia Possas. São Paulo: Nova Cultura, 340 p.

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