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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá

Resistência dos Materiais (RM)

AULA - 29

Prof.: Marcelo Sampaio


UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá

Apresentação

Agenda
 Flambagem de Colunas
Flambagem de Colunas
Introdução: A flambagem é o fenômeno que ocorre quando com um leve
incremento da carga compressiva já existente sobre a estrutura, surgem
deformações laterais muito grandes. Convém salientar que não é a deterioração
estrutural do material da coluna, mas sim, a transformação de um equilíbrio estável
para um equilíbrio instável.

Para colunas longas e esbeltas, a carga crítica de flambagem (Pcr), que é a máxima
carga sob a qual a coluna está em equilíbrio estável, ocorre em nível de tensão
inferior (bem menor!) ao limite de proporcionalidade do material (Tensão de
Escoamento). Portanto, flambagem é um fenômeno elástico.

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Flambagem de Colunas

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Flambagem de Colunas
Carga Crítica:

• Elementos estruturais compridos e esbeltos,


sujeitos a uma força de compressão axial
são denominados colunas.

• A deflexão lateral que ocorre é denominada


flambagem.

• A carga axial máxima que uma coluna pode


suportar quando está na iminência de sofrer
flambagem é denominada carga crítica, Pcr.

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Flambagem de Colunas
Estabilidade de Colunas - (Sistemas Elásticos):

• No projeto de colunas, a área da seção transversal é


escolhida considerando que:
- A tensão admissível não é excedida

P
    adm
A

- As deformações não excedam limites


especificados:

PL
    esp
AE
• Após estas verificações de projeto, pode-se ainda observar que a coluna é instável
sob o carregamento e que ela repentinamente modifica sua geometria inicial. Este é
um fenômeno de instabilidade elástica. Dizemos que a coluna flambou.

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Flambagem de Colunas
Estabilidade de Colunas - (Sistemas Elásticos):

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Flambagem de Colunas
Estabilidade de Colunas - (Sistemas Elásticos):

• Seja o modelo com duas barras rígidas e mola


torcional. Após uma perturbação:

K 2   momento restaurado r


L L
P sen   P   momento desestabil izante
2 2

• A coluna é estável (tende a retornar à sua


orientação alinhada) se:

L
P   K 2 
2
4K
P  Pcr 
L

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Flambagem de Colunas
Estabilidade de Colunas - (Sistemas Elásticos):

Podemos observar que a deflexão lateral, ou flambagem, pode ser iniciado por
excentricidades acidentais devidos a:

1) Desvios de forma perfeitamente retilínea;


2) Desuniformidade na distribuição da tensão dentro do membro, devido à não-
homogeneidade do material ou a tensões residuais;
3) Erro no alinhamento quando a carga é aplicada.

Somente um pequeno acréscimo na carga acima da carga crítica (Pcr) aumentará


significantemente a deflexão inicial, capaz o bastante de induzir ação inelástica no
material sobre o lado côncavo da coluna fletida, com a possibilidade ainda de que
tal ação inelástica seja suficiente para causar o colapso.

Portanto, se a carga P é aumentada acima de (k/L), a posição vertical torna-se


instável e a coluna, à menor perturbação, irá falhar.

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Flambagem de Colunas
Fórmula de Euler para Colunas com Extremidades Articuladas:
• Seja a barra carregada axialmente. Após
uma pequena perturbação, a barra alcança
uma configuração de equilíbrio tal que:

d2 y M P d2 y P
   y  y0
dx 2 EI EI dx 2
EI

• Fazendo:
P
 p2
d2 y
EI
 p 2
y0
dx 2

• Solução Geral: y(x)  A sen(px)  B cos(px)

y(0)  0 e y(L)  0
y(0)  0  B  0
• Condições de contorno: y(L)  0  A sen(pL )  0  A  0 ou sen(pL)  0

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Flambagem de Colunas
Fórmula de Euler para Colunas com Extremidades Articuladas:
A  0  y(x)  0  coluna de eixo reto

sen(pL )  0  pL  n (n  0,1,2...)

P 2 n2 2EI
p L n 
2 2 2 2
  L  n2 2  P
 EI  L2
O menor valor de P corresponde a n=1

2EI Fórmula de Euler


Pcr  2
L Carga crítica de flambagem

Tensão correspondente à carga crítica (Tensão crítica): 2E


 cr 
L r 
2

2EI Pcr 2EAr 2 


Pcr  2  cr  
L A L2 A (L/r)=índice de esbeltez da coluna

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Flambagem de Colunas
Discussões da Fórmula de Euler:

(a) A carga crítica Pcr é diretamente proporcional a rigidez flexional (EI); isto é,
diretamente proporcional a forma da seção, e não da área!

(b) A carga crítica Pcr é inversamente proporcional ao comprimento da coluna;

(c) A carga crítica deve ser calculada para I = Imin pois esta é a situação mais
provável de flambagem. Assim, podemos aumentar o valor de Pcr
simplesmente modificando a geometria da seção transversal (sem mexer com
sua área!)
 2E
(d) A equação  cr  L r 2 só tem interesse se a tensão assim calculada for menor
que a tensão de escoamento (σe), ou tensão de ruptura (σr) senão o
material escoa ou rompe antes de flambar! Então a condição de validade desta
equação será: L E
  
 r  lim e

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Flambagem de Colunas
Discussões da Fórmula de Euler: (Aço Estrutural)

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Flambagem de Colunas
Exercício (1): Uma barra de aço de 15 mm de diâmetro, com 1,5 m de
comprimento é usada como uma coluna bi-articulada. Adotar E = 200 GPa e σe =
250 MPa. Determinar:

(a) O índice de esbeltez da coluna;


(b) A carga crítica de flambagem de Euler;
(c) A tensão normal na barra.

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Flambagem de Colunas
Extra (1): Duas barras rígidas AC e BC são conectadas a uma mola de constante k,
como mostrado. Sabendo-se que a mola pode atuar tanto à tração quanto à
compressão, determinar a carga critica Pcr para o sistema.

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