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Nome: Janine Huguenin Meirelles de Souza

Matrícula: 19216080146 Email: janinemeirelles@gmail.com

Polo: Cantagalo Cidade em que reside: Cantagalo

QUESTÃO 1
Não obstante a Psicologia tenha encontrado na Educação um terreno fértil para seu
desenvolvimento como ciência, e o diálogo entre os dois saberes tenha se tornado estreito
ao longo dos tempos, pode-se dizer que ainda há um longo caminho a percorrer, tendo-se
notado, na trajetória destas relações, mudanças frequentes que mostram que não há ainda
um consenso e que os maiores progressos ocorreram no campo teórico e não no prático,
de modo que há profundas discrepâncias na aplicação do saber psicológico ao exercício
do ato educativo. Discrepâncias estas que se manifestam sobretudo na utilização dos
resultados obtidos pelas pesquisas psicológicas no campo prático educativo, como por
exemplo, se a Educação seria meramente o campo da aplicação das teorias psicológicas
ou se não se deveria restringi-la somente a este papel, mas levando-se em conta também
a sua experiência histórica e teórica e a prática cotidiana na sala de aula, provocar uma
reflexão crítica e um diálogo a fim de encontrar soluções. A submissão da prática
educativa sem esta crítica gerou o surgimento de práticas tecnicistas com resultados
insatisfatórios e graves de práticas desvinculados das necessidades educacionais.
A partir da década de 50 do século passado, uma conscientização mais aguda das
contrariedades do processo de aproximação entre Psicologia e Educação faz surgir teorias
explicativas que questionam com mais ênfase e propriedade a validade dos métodos
explicativos no processo educativo, além do surgimento de outras disciplinas que
estudam, como a Psicologia da Educação, o fenômeno educativo (Educação Comparada,
Sociologia da Educação e outras) e colocaram em questão o papel de protagonista da
Psicologia, evidenciando seus limites para explicar o processo educativo.

QUESTÃO 2
Inatismo é uma doutrina filosófica que afirma a condição inata das ideias em estado
latente. O processo de conhecimento seria o acionamento e a recordação destas mesmas
ideias, ou seja, os traços de hereditariedade que trazemos são acionados, melhorados e
reproduzidos. Por exemplo, quando os pais dizem que seus filhos ou são inteligentes ou
são “bagunceiros” porque “puxaram” esse ou aquele membro da família, manifesta uma
concepção inatista. Ou quando dizemos que uma pessoa nasceu com o dom de escrever
ou desenhar. O inatismo teve origem em Platão.
O Método Experimental, criado por Claude Bernard surge da necessidade de, no
tratamento de pacientes, obter mais controle e precisão. Bernard não aceitava mais
submeter os enfermos ao método de tentativa e erro e, em vez de experiências com pouco
critério, propunha através da observação, análise e comparação de tratamentos e
controles, a criação de regras de experimentação. Assim nasce o Método Experimental,
de caráter científico, adotado pelas diversas áreas de tratamento, também pela Psicologia,
que assim entra na fase experimentalista, modelo hegemônico até o fim do século
passado. Um exemplo de aplicação do método experimental pode ser o estudo se o uso
de determinados aplicativos de celular ajudam ou não o processo de aprendizagem dos
alunos.
Aprendizagem é o processo através do qual se adquire novos conhecimentos, se
desenvolve potenciais e competências e se modifica condutas e valores, pela experiência,
estudo e contemplação da realidade através das mais variadas formas. A aprendizagem
caracteriza-se por ser um processo contínuo e dinâmico, que não tende à estagnação.
Nunca deixamos de aprender, ainda que não estejamos em ambientes propriamente
educativos ou executando atividades específicas de aquirição de conhecimento. Um
simples passeio por um parque permite-nos aprender muitas coisas, apenas observando
as árvores e os animais. E a aprendizagem é contínua porque até mesmo nas experiências
muitas vezes limitantes da idade mais avançadas, os idosos seguem aprendendo. A
aprendizagem e um processo gradativo e cumulativo. Um exemplo de aprendizagem se
dá quando um estudante passa um tempo em intercâmbio em um país estrangeiro para,
convivendo com a cultura, o cotidiano e a realidade deste outro país, aprender a sua língua
com mais facilidade.

QUESTÃO 3
John Locke usou o conceito de “tabula rasa” para demonstrar que todo conhecimento
provém da experiência e que nascemos sem ‘registros’ em nossa mente – somos seres
passivos e é a experiência que faz o registro da aprendizagem. Há nessa concepção de
Locke uma espécie de contradição: se por um lado aprendemos tudo pela aprendizagem,
por outro lado o nosso intelecto tem algo de ativo, porque recebe a estimulação empírica
a transforma em conhecimento. Para a produção do conhecimento há a necessidade uma
resposta da mente à experiência.
Influência importante do empirismo de Locke na Educação é a necessidade de, desde a
tenra idade, começar a “treinar as crianças” ao aprendizado, uma vez que elas são mais
maleáveis e o desempenho é melhor. Praticar, repetir as atividades desde cedo, melhora
a aprendizagem. Quanto mais cedo, mais repostas positivas. Hoje, percebe-se por,
exemplo, na relação crianças com a tecnologia, no uso de aplicativos e no manejo da
internet ou no aprendizado de idiomas, o quanto se aprende com rapidez e o quanto, nessa
fase, a absorção é melhor.
Outro aspecto importante da influência do pensamento Locke é que, em meio à uma
mentalidade absolutista autoritária, própria de seu tempo, ele se contrapôs, opondo-se ao
uso do castigo no processo educacional. Locke opõe-se ao sistema de castigos e
recompensas. Castigos porque estes podem criar aversão e não prazer, na aprendizagem.
E recompensas porque podem desviar o afeto da criança, fazendo com ela se interesse,
não pelo conhecimento em si, mas para o seu substituto (um prêmio, um doce), que é a
recompensa.

QUESTÃO 4
ABORDAGEM SÓCIO-HISTÓRICA
A concepção da abordagem histórico-social, diferente das abordagens anteriores, que
diziam que o homem nasce com ideias ou que é produto do meio, aqui se privilegia a
importância da interação social para o desenvolvimento do indivíduo. Não faz sentido o
homem só possuir uma bagagem hereditária ou só sofrer a influência do meio se ele não
interage com a sociedade. O homem é um sujeito que se constitui socialmente: seu
desenvolvimento compreende sua cultura, seus valores, o que recebe do ambiente
familiar, em contraste com a cultura dominante e as determinações do meio social. Toda
essa teia de relações, conjugações e contrastes constituem a formação do homem.
A abordagem sócio-histórico tem base marxista e perspectiva dialética. O comportamento
humano não é meramente reativo, mas fruto da interação social que se manifesta de
atividades que correspondem à cultura e ao momento histórico. Por exemplo, o ministro
das relações exteriores, Ernesto Araújo, escreveu em um texto, que o Brasil precisa
descobrir o seu lugar no Ocidente. Mas o que ele chama de Ocidente temi uma concepção
de base europeia, que não se conjuga com o Brasil atual. Um jovem europeu, por exemplo,
não tem a mesma concepção cultural que um jovem brasileiro. São valores e visões de
mundo totalmente diferentes. Ou quando comparamos a infância das gerações anteriores,
que viveram em outro contexto histórico, com a nossa. Era uma infância bem diferente,
com outra noção de liberdade, de segurança, e outros recursos tecnológicos. Essa
abordagem é histórica e social. O homem se constitui como indivíduo se relacionando
com o mundo material e com a cultura que recebeu dos antepassados em conexão com a
sociedade atual.
A abordagem sócio-historica permite que se faça essas reflexões, contemplando a
sociedade enquanto interage com ela, atuando como sujeito a partir do próprio contexto
familiar e cultural.

QUESTÃO 5
O conjunto da teorização, e Jean Piaget, ficou conhecido como Epistemologia Genética.
Ele distingue três elementos ou conjuntos: o sujeito, o objeto e o conjunto de estruturas.
Para Penna (1978, p:299-302), o sujeito destacado pelo grande psicólogo é o sujeito
epistêmico, entidade teórica que responde pelo conjunto de aquisições cognitivas comuns
a todos os sujeitos numa mesma faixa etária e que difere do sujeito individual. O objeto
não é construído pelo sujeito, mas resultado tanto da condição de permanência quanto da
de conservação, respondendo pela entrada no estágio do pensamento concreto. Dele
deriva o conhecimento, expressão do esforço construtivo sobre os objetos, mas não de
objetos, estes sempre inalcançáveis. O conjunto de estruturas são as pertencentes a cada
um dos períodos. As estruturas são construídas através de processamentos, interações, daí
o nome construtivista atribuída à sua teoria.

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