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FERIDAS E COBERTURAS

Profª Roberta Berté

1 Professora Esp. Roberta Berté


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CAMADAS PRINCIPAIS
• EPIDERME:
– Avascular, epitélio estratificado (4 a 5 camadas);
– Fina;
– Resistente;
– Espessura entre 0,007 e 0,12 mm.
– Células mortas em sua composição, exceto em camadas mais
profundas.

• CAMADA BASAL – UMA DAS PRINCIPAIS:


– QUERANÓCITOS (FORÇA E IMPERMEABILIDADE);
– MELANÓCITOS (PIGMENTAÇÃO E PROTEÇÃO SOLAR);
– CÉLULAS TÁTEIS (SENSIBILIDADE) E
– CÉLULAS DE LANGERHANS (PRIMEIRA PROTEÇÃO).

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CAMADAS PRINCIPAIS
• DERME:

– Membrana basal: une a derme e a epiderme.


– É a segunda camada da pele.
– Mais profunda, espessa, vascularizada e forma especialmente por
tecido conjuntivo, como o colágeno e as fibras elásticas.
– Linhas de tensão, garantem o tônus.
– Composta pela camada papilar e a camada reticular (fibras);
– Nervos e terminações nervosas: sensibilidade, tato, dor, prurido,
temperatura.

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CAMADAS PRINCIPAIS
• HIPODERME:
– Tela subcutânea.
– Não é considerada parte da pele/tegumento.
– Células adiposas, isolante térmico, reserva calórica.
– Atua como “amortecedor”.
– A quantidade de tecido adiposo varia.

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CONCEITOS IMPORTANTES
RESOLUÇÃO COFEN Nº 567/2018
REGULAMENTA A COMPETÊNCIA DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NO CUIDADO ÀS FERIDAS E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.

• Ferida – As feridas são modificações da pele ocasionadas por:


traumas, processos inflamatórios, degenerativos,
circulatórios, por distúrbios do metabolismo ou por defeito
de formação. É o rompimento da estrutura e do
funcionamento anatômico normal, resultante de um processo
patológico que se iniciou interna ou externamente no(s)
órgão(s) envolvido(s).
• Ferida aguda – aquela que é resultado de cirurgia ou lesões
ocorridas através de acidentes.
• Ferida contaminada ou suja – ocorrida com tempo maior que
6 horas entre o trauma e o atendimento, sem sinal de
infecção.

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COFEN Nº 567/2018
• Ferida crônica – que têm um tempo de cicatrização maior
que o esperado devido a sua etiologia. São feridas que não
apresentam a fase de regeneração no tempo esperado,
havendo um retardo na cicatrização.
• Ferida infectada – são aquelas em que houve a proliferação
de microrganismos, levando a um processo infeccioso, de
início localizado, mas que pode sob determinadas
condições, estender-se aos tecidos vizinhos, formar novos
focos a distância ou generalizar-se por todo o organismo.
• Ferida limpa – aquela produzida voluntariamente no ato
cirúrgico, em local passível de assepsia ideal e condições
apropriadas, não contendo microrganismos patogênicos.

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COFEN Nº 567/2018
• Ferida ulcerativa – feridas escavadas, circunscritas na
pele (formadas por necrose, sequestração do tecido),
resultantes de traumatismo ou doenças relacionadas
com o impedimento do suprimento sanguíneo. As
úlceras de pele representam uma categoria de feridas
que incluem úlceras por pressão, de estase venosa,
arteriais e diabéticas.
• Fricção – atrito que causa traumatismo mecânico a
pele.
• Granulação – formação de tecido conjuntivo e vários
novos capilares em uma ferida.

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COFEN Nº 567/2018

• Necrose – degeneração de um tecido por morte de suas


células. Apresenta aspecto amarelado ou enegrecido.
• Pus – fluido espesso composto por leucócitos, bactéria e
debris celulares.
• Úlcera por pressão – é uma lesão localizada na pele e/ou
tecido subjacente, normalmente sobre uma proeminência
óssea, em resultado da pressão e cisalhamento, causado
pela fricção.
• Deiscência – Separação das bordas da ferida.
• Escoriação – arranhões lineares na pele.
• Estoma - É a abertura cirúrgica que permite a comunicação
entre um órgão interno e meio exterior

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TIPOS DE TECIDO
• Tecido de Epitelização: tecido novo que é formado
com o processo de cicatrização da ferida.
• Possui coloração rosada.
• A Epiltelização encerra a fase prolifetariva (2ª).

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TIPOS DE TECIDO
• Tecido de Granulação: tecido saudável e brilhante onde há
crescimento de pequenos vasos sanguíneos e de tecido de
conexão com objetivo de nutrir a ferida e proporcionar seu
preenchimento.
• Faz parte da fase de proliferação tecidual.
• A cor esbranquiçada ou rosa pálida demonstra baixo
suprimento de nutrição tecidual.

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TIPOS DE TECIDO
• Esfacelo: tecido desvitalizado (necrose) de consistência macia,
mucoide e com coloração amarelada.
• Formado por bactérias, fibrina, elastina, colágeno, leucócitos
intactos, fragmentos celulares, exsudato e grandes
quantidades DNA.
• Podem estar firmes ou frouxamente aderidos no leito e nas
bordas da ferida.

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TIPOS DE TECIDO
• Necrose: lesão celular irreversível.
• Importante fator de risco para infecções além de dificuldade o
processo de cicatrização.
• Necrose de liquefação: coloração amarelada, tecido delgado.
• Necrose de coagulação: necrose escura.

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TIPOS DE EXSUDATO
TIPO COR CONSISTÊNCIA SIGNIFICADO
SANGUINOLENTO Vermelho Fino Neovascularização
ou ruptura de vaso
sanguíneo
SEROSSANGUÍNEO Vemelho claro ou Fino Neovascularização
rosa ou ruptura de vaso
sanguíneo
SEROSO Clara Fino Neovascularização
ou ruptura de vaso
sanguíneo
SEROPURULENTO Turvo, amarelo ou Fino Pode ser o primeiro
marrom sinal de infecção

PURULENTO Amarelo, marrom ou Espesso Associado a eritema


verde e sinais de
inflamação

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QUANTIDADE DE EXSUDATO
• Ausente: cobertura permanece seca em 24h;
• Pouco: necessária apenas uma troca da cobertura secundária
em 24h;
• Moderado: necessárias duas trocas da cobertura secundária
em 24h;
• Grande: necessárias três trocas da cobertura secundária em
24h;
• Abundante: necessárias mais de três trocas da cobertura
secundária em 24h.

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EXTENSÃO DA LESÃO -
CLASSIFICAÇÃO

• Pequena: menor que 50 cm2;


• Média: maior que 50 cm2 e menor que
150 cm2;
• Grande: maior que 150 cm2 e menor que
250 cm2;
• Extensa: maior que 250 cm2.

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MENSURAÇÃO DA FERIDA
• Técnica de mensuração da área lesada:
• Proceder à limpeza da ferida conforme técnica de soro em jato;
• Colocar parte interna do acetato (plástico estéril do interior das
embalagens) sobre a ferida;
• Desenhar sobre o papel o contorno da ferida com caneta específica
para retroprojetor;
• Traçar uma linha na maior extensão vertical e maior extensão
horizontal formando um ângulo de 90° entre as linhas, respeitando
o sentido céfalo-caudal;
• Anotar medidas das linhas em cm (no impresso de evolução) para
comparações posteriores;
• Multiplicar uma medida pela outra para se obter a área em cm²:
comprimento X largura.

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MENSURAÇÃO DA FERIDA
• Mensuração da Profundidade da Ferida:
• Limpar a ferida;
• Introduzir seringa de insulina, sem agulha, no ponto
mais profundo da ferida;
• Marcar no instrumento o ponto mais próximo da
borda;
• Medir com uma régua o segmento marcado e anotar
resultados em cm para comparação posterior.

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MÉTODO SIMPLES – FERIDAS
REGULARES

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PAPEL ACETATO
• Colocado encima da lesão, se faz o contorno da ferida para
comparar com medidas anteriores.
• Risco de infecção pelo contato do papel com a ferida.
• Imprecisões em relação ao tecidos necrosado, profundidade,
etc.

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PELE AO REDOR DA FERIDA
• Íntegra;
• Sinais de dermatite:
– 1+/4+: presença de hiperemia ou descamação na área
peri-ferida;
– 2+/4+: presença de hiperemia ou descamação que
ultrapassa a área peri-ferida;
– 3+/4+: hiperemia associada a descamação;
– 4+/4+: presença de hiperemia associada com pontos de
exsudação em área além da periferida, podendo ou não
estar associada a descamação;
• Eritema;
• Maceração.

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AVALIAÇÃO DA DOR

http://www.fhemig.mg.go
v.br/index.php/docman/Pr
otocolos_Clinicos-1/155-
035-feridas-hospitalares-
ii-151014/file

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CLASSIFICAÇÃO DO EDEMA

http://www.fhemig.mg.go
v.br/index.php/docman/Pr
otocolos_Clinicos-1/155-
035-feridas-hospitalares-
ii-151014/file

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FASES DE CICATRIZAÇÃO DAS FERIDAS
• Fase Hemostática: considerada por alguns
autores como sendo a primeira fase.
• Fase Inflamatória: 5 sinais de inflamação.
• Fase Proliferativa: reepitelização, síntese da
matriz e neovascularização.
• Fase de Maturação.

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FASE INFLAMATÓRIA
• FASE DE HEMOSTASIA: depende da atividade plaquetária e da
cascata de coagulação, tendo início após o surgimento da ferida.
• FASE INFLAMATÓRIA:
– Prepara para a cicatrização.
– Remoção de restos celulares e tecidos devitalizados.
– Ocorre no momento da lesão.
– Células inflamatórias: mediadores químicos, leucócitos, macrófagos e
linfócitos.
– Migração celular intensificada – aumento do suprimento sanguíneo e
permeabilidade capilar, vasodilatação.
– Fagocitose.
– Dura de 3 a 5 dias.
– Nas feridas limpas esta fase pode durar cerca de 36 horas.
– Nas feridas com necrose, infectadas ou com presença de corpos
estranhos esta resposta pode ser mais longa. (Dealey, 2008)

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FASE INFLAMATÓRIA

MEDIADORES QUÍMICOS: HISTAMINA,


SEROTONINA, PROTAGLANDINAS, LEUCOTRIENOS,
CITOCINAS, NEUROPEPTÍDEOS, CININAS

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FASE PROLIFERATIVA - GRANULATIVA
• Reparação do tecido conjuntivo e do epitélio.
• Na reparação do tecido conjuntivo ocorre a formação do tecido de
granulação, com proliferação endotelial e de fibroblastos.
• FIBROPLASIA: proliferação e fibroblastos+atividade sintética do
colágeno.
• O fibrinogênio do exsudato inflamatório transforma-se em fibrina,
formando uma rede, onde os fibroblastos depositam-se e passam a
multiplicar-se e a secretar os componentes protéicos do tecido
cicatricial (Sarandy, 2007).
• Angiogênese, o tecido conjuntivo é formado, recebendo a
denominação de tecido de granulação, devido a sua aparência
granular, pela presença de inúmeros capilares (Werner & Grose,
2003).

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FASE PROLIFERATIVA
• O tecido de granulação consiste primariamente em vasos
sanguíneos invasores, fibroblastos e seus produtos, como colágeno
fibrilar, elastina, fibronectina, glicosaminoglicanas sulfatadas e não
sulfatadas e proteases.
• Esse tecido é produzido de TRÊS A QUATRO dias após a indução da
lesão, como um processo intermediário entre o desenvolvimento
da malha formada por fibrina e fibronectina e a reestruturação de
colágeno (Berry & Sullins, 2003).
• Duração: 14 A 21 DIAS.
• Contração das paredes marginais da lesão: miofibroblastos.
• Ao final dessa fase ocorre a EPITELIZAÇÃO, etapa que levará ao
fechamento das superfícies da lesão e que é iniciada pela migração
de células epiteliais (queratinócitos) desde as margens da ferida
(Carvalho, 2002).

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FASE PROLIFERATIVA

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FASE DE MATURAÇÃO -
REMODELAÇÃO
• Essa é a última fase de cicatrização, ocorre no colágeno e na matriz;
dura meses e é responsável pelo aumento da força de tensão e pela
diminuição do tamanho da cicatriz e do eritema.
• É o período no qual os elementos reparativos da cicatrização são
transformados para tecido maduro de características bem
diferenciadas (Neto, 2003).
• Durante a remodelagem ocorre diminuição da atividade celular e
do número de vasos sanguíneos, além de perda do núcleo dos
fibroblastos, levando à maturação da cicatriz (Vieira et al., 2002).
• O número de células diminui, mas aumenta a síntese e a produção
de colágeno do tipo I.
• Lesão torna-se mais resistente após o colágeno ter sofrido
maturação.

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FASE DE MATURAÇÃO -
REMODELAÇÃO

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O QUE AVALIAR NO PACIENTE
PORTADOR DE LESÕES?

Características da Lesão Condições do Paciente


Localização Estado Nutricional
Etiologia Condições sócio-econômicas
Tipo Doenças concomitantes
Extensão Imunidade
Dor/Edema Atividade Física
Exsudato/Odor Idade
Aspecto da pela adjacente

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TIPOS DE CICATRIZES
• Atróficas: perda de estruturas que oferecem apoio e firmeza
à pele, comum após acidentes e em casos de acnes.
• Normotrófica: a pele recupera a aparência de antes do
ferimento.
• Quelóides:
– Excesso de produção de colágeno.
– Ultrapassa os limites iniciais da lesão.
– 5 a 15% das feridas cirúrgicas. Pode sem espontâneos
também (sem lesão prévia).
– Tratamento: infiltração de medicamentos como
triancinolona, bleomicina, 5 fluoracil e novas drogas,
ainda não usuais no país, como INF-alpha, INF-beta e INF-
gama./ Remoção cirúrgica / Silicone (gel ou curativos) /
Compressão mecânica/ Crioterapia / Laser.
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TIPOS DE CICATRIZES
• Hipertrófica:
– Aumento do tecido original.
– Colágeno depositado de forma desorganizada.
– Não ultrapassa o local da lesão.
– Pode melhorar naturalmente.
– Sintomas: prurido, dor, vermelhidão, tonalidade mais
escura.
– Tratamento: corticoide, tratamento cirúrgico.

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TIPOS DE CICATRIZES

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FATORES QUE INTERFEREM NA
CICATRIZAÇÃO
• Locais:
– Tecido necrosado, corpos estranhos, contaminação bacteriana e hipóxia
tecidual.
– Dentre os fatores locais, a infecção é a causa mais importante do retardo
da cicatrização.
• Sistêmicos:
– Estado nutricional, hipovolemia, hipotensão, hipóxia, hipotermia,
infecção, trauma e uso de medicamentos anti-inflamatórios (Neto, 2003).
– Falta de proteínas, vitamina C (essencial para a síntese do colágeno);
– Falta de magnésio e zinco;
– Diminuições na temperatura ambiental exercem uma vasoconstrição
reflexa autonômica, que reduz a microcirculação local, através da
diminuição da oxigenação e nutrição tecidual (Neto, 2003).
– Os anti-inflamatórios esteroidais restringem a fase inflamatória da
cicatrização causando efeito inibitório na taxa e qualidade da cicatrização.

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CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS
• Tempo de Existência da Ferida:
– AGUDAS: cicatrização rápida. Ex. cirurgias e traumas.
– CRÔNICAS: cicatrização lenta, complicações, recorrência.

• Agente Causal:
– Cirúrgicas: instrumento cortante, limpas, bordas ajustáveis.
– Traumáticas: acidentes.
• Mecânicos: lacerantes (rasgo tecidual).
• Perfurantes: predomínio da profundidade sobre o comprimento.
• Contusas: trauma de partes moles, hemorragia, edema.
– Químico: iodo, cosméticos.
– Físico: frio, calor, radiação.
– Ulcerativas: escavadas, traumas, pressão, complicação de Diabetes.

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CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS
LIMPA
LIMPA CONTAMINADA
Risco infec. Risco infec. 10%
1 a 5% (menos se 6
horas do trama,
sem
contaminantes)

CONTAMINADA
(mais de 6 horas
do trauma,
presença de
contaminantes)
Risco infec. 20 a
30%
INFECTADA: sinais
clássicos
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CICATRIZAÇÃO1ª, 2ª E 3ª INTENÇÃO
2ª INTENÇÃO/SECUNDÁRIA
Dias a meses


INTENÇÃO/
PRIMÁRIA
4 a 10 dias


INTENÇÃO/TERCIÁRIA
OU PRIMÁRIA TARDIA

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• Primeira intenção: é o tipo de cicatrização que ocorre
quando as bordas são apostas ou aproximadas, havendo
perda mínima de tecido, ausência de infecção e mínimo
edema. A formação de tecido de granulação não é visível.
Exemplo: ferimento suturado cirurgicamente.
• Segunda intenção: neste tipo de cicatrização ocorre
perda excessiva de tecido com a presença ou não de
infecção. A aproximação primária das bordas não é
possível. As feridas são deixadas abertas e se fecharão
por meio de contração e epitelização.
• Terceira intenção: designa a aproximação das margens
da ferida (pele e subcutâneo) após o tratamento aberto
inicial. Isto ocorre principalmente quando há presença de
infecção na ferida, que deve ser tratada primeiramente,
para então ser suturada posteriormente.
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AVALIAÇÃO - TIME
• A avaliação TIME buscar identificar os parâmetros
fundamentais para melhor intervir e tratar a lesão, sem
esquecer do cuidado integral do paciente.
• T = Tecido inviável, necrótico, precisa desbridar.
• I = Infecção ou inflamação. Limpeza e medicamentos
tópicos, orais, ou Ev.
• M = Manutenção da umidade: ferida limpa e úmida, sem
exsudato.
• E = Epitelização das bordas: progressão da cobertura
epitelial a partir das bordas.

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LESÕES DERMATOLÓGICAS
• Mácula: lesão plana, sem relevo. É identificada por
uma alteração da cor na região.
• Pápula: elevação sólida, circunscrita, de até 1 cm de
diâmetro.
• Placa: lesão palpável, elevada em “platô”. Pode ser
decorrente da confluência de várias pápulas ou não.
• Nódulo: lesão firme, endurada, circunscrita,
podendo ser mais ou menos saliente. Na maioria das
vezes é mais palpável que visível.
• http://www.saudedireta.com.br/docsupload/1402924644Propedêutica%20dermatológica%20e%20lesões%20elementares.pdf

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LESÕES DERMATOLÓGICAS
• Urtica: lesão em relevo, com edema,
coloração vermelho-róseo. Decorrente de
edema dérmico.
• Vesícula: pequena lesão de conteúdo líquido
claro. Em outros termos, é uma bolha de até 1
cm de diâmetro.
• Bolha: lesão elevada de conteúdo líquido
claro. Deve ter mais de 1 cm de diâmetro.
http://www.saudedireta.com.br/docsupload/1402924644Propedêutica%20dermatológica%20e%20lesões%20elementares.pdf

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LESÕES DERMATOLÓGICAS
• Pústula: pequena lesão superficial, elevada,
semelhante à vesícula, mas com conteúdo
amarelado (pus) em seu interior.
• Abcesso: coleção purulenta profunda, que em geral
cursa com sinais flogísticos.
• Úlcera: lesão com perda da continuidade da
epiderme até derme, com evidência de material
cruento.

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PÁPULA X MÁCULA

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Principais alterações
• 1) Maceração: umidade excessiva, aspecto
esbranquiçado.
• 2) Inflamação: dor, calor, rubor.
• 3) Hiperqueratose: espessamento do tecido, comum em
lesões neuropáticas. Aumenta o leito da lesão e deve ser
removido.
1 3
2

https://www.coloplast.com.br/feridas/tratamento-de-feridas/educacao/

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LESÃO POR FRICÇÃO - CONCEITO
• A lesão por fricção (LF) é uma ferida rasa, limitada à derme e
que tem como característica principal a presença de um
retalho de pele em algum momento de sua evolução.

• Incidência da Skin Tears


Antebraços e braços: 80%
Cotovelo: 42%
Pernas 22%
Mãos: 13%

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FATORES DE RISCO
• Idade Avançada;
• Pele clara;
• Ingesta hídrica e nutricional inadequadas;
• Pele seca e descamativa;
• Mobilidade prejudicada;
• Uso prolongado de corticoides;
• Transferências e reposicionamentos;
• Quedas e batidas;
• Curativos adesivos;

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CATEGORIA DESCRIÇÃO IMAGEM

Categoria 1a O retalho cutâneo pode ser


realinhado à posição anatômica normal (sem
tensão excessiva); coloração da pele ou do
retalho não se apresenta pálida opaca ou
escurecida.

Categoria 1b O retalho cutâneo pode ser


realinhado à posição anatômica normal (sem
tensão excessiva); coloração da pele ou do
retalho apresenta - se pálida opaca ou
escurecida.

Categoria 2a O retalho cutâneo não pode ser realinhado à


posição anatômica normal (sem tensão
excessiva); coloração da pele ou do retalho não
se apresenta pálida, opaca ou escurecida.

Categoria 2b O retalho cutâneo não pode ser


realinhado à posição anatômica normal (sem
tensão excessiva); coloração da pele ou do
retalho apresenta-se pálida, opaca ou
escurecida.

Categoria 3 O retalho cutâneo está completamente


ausente

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ALGORITMO CONDUTA E
TRATAMENTO

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CLASSIFIQUE

http://enfermagem-a-arte-de-cuidar.blogspot.com.br/2014/10/feridas-curativos-e-
coberturas.html

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ÚLCERAS ARTERIAS E VENOSAS

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TRATAMENTO VENOSAS
• Controle Clínico: Compressão do Membro Afetado;
• Bota de Unna: Bandagem elástica de viscose e
algodão impregnada com prata de zinco, gelatina,
cloreto de cálcio, glicerol 85% e emulsão
antiespumante de silicone. Melhorar o retorno
venoso!
• Sistema Elástico: Bandagens de Multicamadas ou
Camada única, Meias Elásticas. Melhorar o retorno
venoso!

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SEQUÊNCIA - BOTA DE UNNA

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ARTERIAL - OBSTRUTIVA VENOSA - ESTASE
Mais distal: dedos dos pés, 60% das úlceras dos MMIIs;
calcâneo/lateral da perna; História de TVP.
Terço inferior da perna;
Evolução Rápida; Lenta, Crônica;
Profunda, pálida, margens Superficial ou profunda,
definidas; margens irregulares;
Dermatite ocre;
Geralmente pequena; Médias ou grandes;
Edema: ausente, ou presente Edema presente;
por estase;
Dor Extrema; Pioram com a Dor moderada, piora ao final
elevação do Membro; do dia, alívio quando eleva o
membro;
Diferença de temperatura, Sem sinais de isquemia;
sinais de isquemia;
Pulsos diminuídos ou Pulsos presentes;
ausentes;
ITB <0,90 mmHg. ITB 0,90 – 1,30 mmHg.

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LESÕES POR PRESSÃO

http://www.hc.ufu.br/noticia/hcu-realiza-1a-campanha-prevencao-lesao-pressao

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ESCALA DE BRADEN

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RECOMENDAÇÕES PREVENTIVAS DE
ACORDO COM A ESCALA DE BRADEN

• Risco baixo (15 a 18 pontos na escala de Braden).


– Cronograma de mudança de decúbito;
– Otimização da mobilização;
– Proteção do calcanhar;
– Manejo da umidade, nutrição, fricção e cisalhamento, bem como uso
de superfícies de redistribuição de pressão.

• Risco moderado (13 a 14 pontos na escala de Braden).


– Continuar as intervenções do risco baixo;
– Mudança de decúbito com posicionamento a 30°.

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RECOMENDAÇÕES PREVENTIVAS DE
ACORDO COM A ESCALA DE BRADEN
• Risco alto (10 a 12 pontos na escala de Braden).
– Continuar as intervenções do risco moderado;
– Mudança de decúbito frequente;
– Utilização de coxins de espuma para facilitar a lateralização a 30º.

• Risco muito alto (≤ 9 pontos na escala de Braden).


– Continuar as intervenções do risco alto;
– Utilização de superfícies de apoio dinâmico com pequena perda de ar,
se possível;
– Manejo da dor.

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ESCALA DE BRADEN Q - INFANTIL
• A EB-Q é dividida em sete sub-escalas:
mobilidade, grau de atividade física, percepção
sensorial, umidade, fricção e cisalhamento,
nutrição, e perfusão tecidual e oxigenação, que
são pontuadas de um (menos favorável) a quatro
(mais favorável).
• A somatória total indicará os valores entre 7 a 28
pontos.
• Indicada para crianças de 1 a 5 anos de idade.
– Não há consenso.

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ESCALA DE BRADEN Q - INFANTIL
• Ao final da avaliação o risco é interpretado
assim:
• MENOR QUE 22 SIGNIFICA ALTO RISCO.
• MAIOR OU IGUAL QUE 22 BAIXO RISCO.
• Pode-se dizer que quanto menor a pontuação
maior o risco para o desenvolvimento da LP.
• http://www.hcfmb.unesp.br/wp-content/uploads/2015/09/GuiaRapido.pdf

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ESCALA DE NORTON
• A primeira escala a ser desenvolvida foi a escala de Norton no
início dos anos 60.
• Cinco fatores de risco: condição física, estado mental,
atividade, mobilidade e incontinência.
• A soma dos cinco níveis produz um escore que pode variar de
5 a 20, com um baixo escore indicando risco aumentado.

http://www.feridologo.com.br/teseupescalas.htm

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ESCALA DE RYB
• Utilizada para classificar o leito da ferida com
cicatrização por segunda intenção.
Classificação de acordo com a cor dos tecidos:
• R: Red – tecido de granulação e novo epitélio.
• Y: Yellow – tecido de cor amarelado, esfacelo.
• B: Black – necrose tecidual, escara.

65 Professora Esp. Roberta Berté


https://
br.pinte
rest.co
m/pin/
669136
457110
981216
/

66 Professora Esp. Roberta Berté


ESCALA DE PUSH
• Indicada para acompanhar a cicatrização da
lesão.
• Utiliza 3 aspectos:
• 1- Área da ferida;
• 2- Exsudato presente na ferida;
• 3- A parência da ferida (tipo de tecido
envolvido).

67 Professora Esp. Roberta Berté


ETAPAS ESSENCIAIS – LPP (MS, 2013)
• 1ª- Avaliação da lesão na admissão de todos os pacientes –
risco e detecção da existência de LPP (Escala de Braden).
• 2ª - Reavaliação Diária em todos os pacientes.
• 3ª - Inspeção Diária da pele para os pacientes sob risco nas
etapas 1 e 2.
• 4ª - Manejo da umidade – hidratação pelo menos uma vez ao
dia, água morna, sabão neutro, movimentos suaves e
circulares.
– Massagem é contra-indicada!
• 5ª - Otimização da nutrição e da hidratação.
• 6ª- Minimizar a pressão – reposicionamento a cada duas
horas.
68 Professora Esp. Roberta Berté
LESÃO POR PRESSÃO ESTÁGIO 1
• Pele íntegra com área localizada de eritema que não
embranquece e que pode parecer diferente em pele
de cor escura.
• Presença de eritema que embranquece ou mudanças
na sensibilidade, temperatura ou consistência
(endurecimento) podem preceder as mudanças
visuais.
• TRATAMENTO: Ácidos Graxos Essenciais, Filme
transparente para proteção da pele, Hidrocolóide
Extra Fino.

69 Professora Esp. Roberta Berté


LESÃO POR PRESSÃO ESTÁGIO 1

70 Professora Esp. Roberta Berté


LESÃO POR PRESSÃO ESTÁGIO 2
• Perda da pele em sua espessura parcial com exposição da
derme.
• O leito da ferida é viável, de coloração rosa ou vermelha,
úmido e pode também apresentar-se como uma bolha intacta
(preenchida com exsudato seroso) ou rompida.
• O tecido adiposo e tecidos profundos não são visíveis.
• Tecido de granulação, esfacelo e escara não estão presentes.
• TRATAMENTOS VARIAM DE ACORDO COM O TIPO DE
EXSUDATO NOS GRAUS II, III E IV.

71 Professora Esp. Roberta Berté


LESÃO POR PRESSÃO ESTÁGIO 2

72 Professora Esp. Roberta Berté


LESÃO POR PRESSÃO ESTÁGIO 3
• Perda da pele em sua espessura total na qual a gordura é
visível e, frequentemente, tecido de granulação e epíbole
(lesão com bordas enroladas) estão presentes.
• Esfacelo e /ou escara pode estar visível.
• A profundidade do dano tissular varia conforme a localização
anatômica; áreas com adiposidade significativa podem
desenvolver lesões profundas. Podem ocorrer descolamento e
túneis.
• Não há exposição de fáscia, músculo, tendão, ligamento,
cartilagem e/ou osso.

73 Professora Esp. Roberta Berté


LESÃO POR PRESSÃO ESTÁGIO 3

74 Professora Esp. Roberta Berté


LESÃO POR PRESSAO ESTÁGIO 4
• Perda da pele em sua espessura total e perda
tissular com exposição ou palpação direta da
fáscia, músculo, tendão, ligamento, cartilagem
ou osso.
• Esfacelo e /ou escara pode estar visível.
• Epíbole (lesão com bordas enroladas),
descolamento e/ou túneis ocorrem
frequentemente.

75 Professora Esp. Roberta Berté


LESÃO POR PRESSAO ESTÁGIO 4

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LESÃO POR PRESSÃO NÃO
CLASSIFICÁVEL
• Perda da pele em sua espessura total e perda tissular
na qual a extensão do dano não pode ser confirmada
porque está encoberta pelo esfacelo ou escara.
• Ao ser removido (esfacelo ou escara), Lesão por
Pressão em Estágio 3 ou Estágio 4 ficará aparente.
• Escara estável (isto é, seca, aderente, sem eritema ou
flutuação) em membro isquêmico ou no calcâneo
não deve ser removida.

77 Professora Esp. Roberta Berté


LESÃO POR PRESSÃO NÃO
CLASSIFICÁVEL

78 Professora Esp. Roberta Berté


LESÃO POR PRESSÃO
TISSULAR PROFUNDA

• Pele intacta ou não, com área localizada e persistente de


descoloração vermelha escura, marrom ou púrpura que não
embranquece ou separação epidérmica que mostra lesão com
leito escurecido ou bolha com exsudato sanguinolento.
• Dor e mudança na temperatura frequentemente precedem as
alterações de coloração da pele.
• Não se deve utilizar a categoria Lesão por Pressão Tissular
Profunda (LPTP) para descrever condições vasculares,
traumáticas, neuropáticas ou dermatológicas.

79 Professora Esp. Roberta Berté


LESÃO POR PRESSÃO TISSULAR
PROFUNDA

80 Professora Esp. Roberta Berté


LESÃO POR PRESSÃO RELACIONADA A
DISPOSITIVO MÉDICO
• A lesão por pressão resultante geralmente apresenta
o padrão ou forma do dispositivo.
• Essa lesão deve ser categorizada usando o sistema de
classificação de lesões por pressão.

81 Professora Esp. Roberta Berté


LESÃO POR PRESSÃO EM
MEMBRANAS MUCOSAS
• A lesão por pressão em membranas mucosas é
encontrada quando há histórico de uso de
dispositivos médicos no local do dano.
• Devido à anatomia do tecido, essas lesões não
podem ser categorizadas.

82 Professora Esp. Roberta Berté


LESÃO POR PRESSÃO CAUSADA POR
UTENSÍLIOS DOMÉSTICOS?
• Nomenclatura apontada APENAS na bibliografia da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul –
UFRGS.
• NÃO HÁ CONSENSO SOBRE ESSE ESTADIAMENTO.
• CONCEITO: Resulta do contato prolongado com
utensílios usualmente encontrados no domicílio de
pacientes cadeirantes ou restritos ao leito.

83 Professora Esp. Roberta Berté


DESBRIDAMENTO

• Indicação:
– Purulência.
– Infecção local e sistêmica.
– Presença de corpos estranhos.
– Escara de esfacelos.
– Grande área de necrose.

84 Professora Esp. Roberta Berté


DESBRIDAMENTO: TIPOS
• Desbridamento Cirúrgico: método mais eficaz, técnica estéril de
retirada de todo tecido desvitalizado.
• Desbridamento Autolítico (destruição de tecido vivo ou não, por
enzimas e células do próprio organismo): feito através de curativos
como: Hidrogel, Alginato, Hidrocolóide e Hidrofibras.
– A Autólise começa entre 24 a 72 horas após o uso da cobertura
especial.
– MÉTODO SELETIVO.
• Desbridamento Mecânico: por meio de irrigação e lavagem em
jato, hidroterapia. Não fazer fricção no leito da lesão.
• Desbridamento Biológico: utilização de larvas esterilizadas no leito
da ferida.

85 Professora Esp. Roberta Berté


DESBRIDAMENTO: TIPOS
• Desbridamento Enzimático: método menos seletivo
ou não seletivo, feito por: Papaína, Colagenase.
– Dependem de adequado pH da pele e temperatura da ferida, contudo
é uma prática pouco utilizada.
– Desvantagem: dor, sangramento e tempo elevado.
• Desbridamento Instrumental: procedimento
realizado a beira do leito, sem analgesia, para
retirada do tecido necrótico com ausência de
terminações nervosas e vasculares.

86 Professora Esp. Roberta Berté


DESBRIDAMENTO INSTRUMENTAL
• O desbridamento instrumental conservador pode ser realizado à beira do
leito ou ambulatorial, em lesões cuja área de necrose não seja muito
extensa.
• Nestes casos, a analgesia local geralmente não é necessária visto que o
tecido necrótico é desprovido de sensação dolorosa.
• Nos casos de lesões extensas ou úlceras em estágio IV, o paciente deverá
ser encaminhado ao centro cirúrgico.
• Considerar: habilidade, local, situação do paciente, limites do profissional
(não ultrapassar 30 minutos); suspensão do procedimento (stress,
sangramento, estruturas mais profundas visíveis).
• O tecido necrótico é avascular. Logo, não sangra. É desprovido de
terminações nervosas. Logo, não causa dor. Tem odor desagradável e é
fonte de infecção. Sua retirada é um procedimento seguro e sem
complicações, desde que seja realizado por um profissional habilitado.

87 Professora Esp. Roberta Berté


DESBRIDAMENTO INSTRUMENTAL
• A técnica de desbridamento instrumental não cirúrgico
deverá ser realizada com técnica asséptica.
• Para casos de sangramento inesperado, o profissional
deverá ter à disposição material para hemostasia (Ex.
alginato de cálcio, compressão com gaze).
• Para esta técnica podemos utilizar as técnicas de Cover,
Square e Slice.
• Conclusão do Parecer:
– Para realização do desbridamento instrumental não cirúrgico o
enfermeiro deve ter habilidade técnica, treinamento específico
e deve fazer a escolha da técnica correta de acordo com a
característica da necrose de cada lesão cutânea e com as
necessidades dos usuários atendidos.
– PARECER TÉCNICO Nº 006/2013 - http://www.coren-ro.org.br/parecer-tecnico-no-0062013-referente-a-solicitacao-de-esclarecimentos-sobre-as-competencias-dos-
en_1195.html

88 Professora Esp. Roberta Berté


TÉCNICA DE COVER
• Com uma lâmina de bisturi para descolamento das bordas do
tecido necrótico.
• Após o descolamento completo das bordas e melhor visão da
parte interior do tecido, inicia-se o descolamento desta área
separando-a do tecido íntegro até que toda a necrose seja
retirada.

http://slideplayer.com.br/slid
e/3682522/

89 Professora Esp. Roberta Berté


TÉCNICA DE SQUARE
• Pequenos quadrados (2mm a 0,5cm) que vão sendo
removidos da lesão um a um, sem risco de
comprometimento tecidual mais profundo.

http://slideplayer.com.br/slid
e/3682522/

90 Professora Esp. Roberta Berté


TÉCNICA DE SLICE
• Utiliza uma lâmina de bisturi ou tesoura de Íris a fim
de remover necrose de coagulação ou liquefação que
se apresenta na ferida de forma irregular.

http://slideplayer.com.br/slid
e/3682522/

91 Professora Esp. Roberta Berté


DESBRIDAMENTO OBJETIVO INDICADO OBS.
CIRÚRGICO REMOVER NECROSE, NECROSE DE PROF. MÉDICO.
RÁPIDO, EFETIVO. COAGULAÇÃO OU
LIQUEFAÇÃO
SQUARE/COVER/ REMOÇÃO DA NECROSE HABILIDADE
SLICE NECROSE TECIDUAL PODE FACILITAR A ENFERMEIRO
INSTRUMENTAL COM AUXÍLIO DE PENETRAÇÃO DE QUALIFICADO.
LÂMINA COBERTURAS
MECÂNICO REMOVER NECROSE, LIMPEZA PREJUDICA OS
LIMPEZA. COM SORO TECIDOS VIÁVEIS,
FISIOLÓGICO 0,9% CAUSA DOR,
UTILIZADO PARA
LIMPEZA DA FERIDA.
ENZIMÁTICO ENZIMAS DEPENDE DO TECIDO SÓ APLICAR NO
DESBRIDANTES NA TECIDO NECRÓTICO,
PRÓPRIA COBERTURA NÃO SELETIVO.
AUTOLÍTICO REMOÇÃO NECROSE TODOS OS TIPOS DE RESULTADO LENTO,
ENZIMAS DO NECROSE SELETIVO,
PRÓPRIO CORPO MANTER MEIO
MEIO ÚMIDO FAVORE ÚMIDO.
LEUCÓCITOS,
PROTEASES,
COLAGENASES

92 Professora Esp. Roberta Berté


OSTEOMIELITE – UFRGS, 2017
• Osteomielite é uma complicação frequente em LP infectada,
devendo ser considera principalmente em pacientes com falha
de cicatrização em lesões por pressão adequadamente
tratadas, especialmente quando há exposição óssea ou
articular.
• O diagnóstico é estabelecido por cultura a partir de biópsia do
tecido ósseo.
• Nesses casos, a cultura de material de biópsia orientará a
antibioticoterapia adequada, além disso é recomendado
desbridamento cirúrgico do tecido necrótico.
• Dessa forma está recomendado encaminhamento para
diagnóstico emergencial (na osteomielite aguda) ou
ambulatorial com serviço de ortopedia (osteomielite crônica).

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SOLUÇÕES E CURATIVOS

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IMPORTANTE!
• Sódio: absortivo, especialmente de secreção serosa.
• Cálcio: possui ação absortiva, hemostática.
• Prata: efeito bactericida. Ex: Sulfadiazina de prata.
– Bactericida: quando causa a morte de bactérias (em números até
cerca de 99,99%) através de mecanismos como inibição irreversível da
replicação do DNA.
– Bacteriostático: não destroem diretamente as bactérias,no entanto
eles interferem de maneira negativa no metabolismo bacteriano,
interrompendo ou até mesmo inibindo o seu crescimento e
multiplicação.
– Bacteriolíticos: inibem a síntese da parede celular em bactérias. Ex:
penicilina.

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IODO POVIDINE – PVPI 10%
• Indicação: antissepsia da pela íntegra, antes dos
procedimentos cirúrgicos (tópico ou degermante).
• Pode ser utilizado, segundo a bula do medicamento, em
feridas pequenas e escoriações.
• Efeitos colaterais: intoxicação pelo iodo, alergia à fórmula,
hipertensão e acidose metabólica.
• Contra indicado: gestantes, mulheres durante amamentação,
pessoas com problemas da glândula tireóide, grandes feridas,
queimados, pacientes com problemas renais, recém-nascidos
e lactentes com menos de 6 meses de idade.
• http://www.systagenix.com/media/originals/20120418-171748-9322.pdf

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CLOREXIDINA (EX:RIOHEX 2%)
• Bactericida em concentração alta.
• Bacteriostático residual.
• Alcóolico e degermante.
• Degermante pode ser usado em pacientes queimados.
• Contra indicado: hipersensibilidade, contra indicado em
antissepsia ocular, cuidado com gestantes e mulheres
amamentando.
• Baixa toxicidade.
• Considerado seguro na concentração de 10mg/ml.

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SF 0,9%
• Solução Salina em úlceras por pressão em estágios II,
III e IV para realizar a limpeza uma vez ao dia, até a
cura completa, como técnica prévia a outros
tratamentos.
• Utilizar solução aquecida.
• Temperatura ideal: entre 36,4º e 37,2ºC ou
aproximadamente 35ºC.
• Não esfregar a ferida granulada.
• Anti-sépticos são contra indicados.

98 Professora Esp. Roberta Berté


SF 0,9%

99 Professora Esp. Roberta Berté


GAZE NÃO ADERENTE
• Tecido de malha impregnado com acetato de celulose e
impregnado com pretrolato.
• Queimados e lesão por fricção são muito utilizados.
• Ação: preserva o tecido, protege a ferida, evita aderência.
• Indicação: evitar aderência, como na lesão por fricção,
queimaduras...
• Contra-indicação: feridas com secreção purulenta.
• Troca: 48/72 horas.

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PHMB - POLIHEXAMETILENO BIGUANIDA.

• PHMB – Polihexametileno Biguanida.


• Gel de barreira e adesão: absorve exsudato, o
produto fica aderido à ferida hidratando a pele e
auxiliando na cicatrização.
• Favorece o desbridamento.
• Indicação: feridas diversas, exsudativas, purulentas
ou não, com ou sem infecção e em úlceras crônicas e
lesões por pressão estágio IV.

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PHMB

102 Professora Esp. Roberta Berté


AGE
• AGE – Ácidos Graxos Essenciais.
• Indicado para lesões com pele íntegra ou perda de
tecido superficial/parcial.
• Indicado para as fases de granulação e epitelização.
• Hidrata, acelera a cicatrização/granulação e alivia a
dor.
• Contra Indicado: lesão altamente secretivas.
• USO DIÁRIO.

103 Professora Esp. Roberta Berté


AGE

104 Professora Esp. Roberta Berté


HIDROCOLÓIDE
• Composição: camada externa de espuma de poliuretano e
outra interna composta de gelatina, pectina e
carboximetilcelulose sódica.
• Mecanismo de ação: estimula a angiogênese e o
desbridamento autolítico. Acelera o processo de granulação
tecidual.
• Vantagens: é à prova d'água e lavável, retém odores, tem boa
aparência e formas variadas que possibilitam adequação à
área cruenta, podendo inclusive ser empregado em lesões da
articulações.
• Desvantagens: a pele poderá ficar macerada se a exsudação
se tornar abundante.
105 Professora Esp. Roberta Berté
HIDROCOLÓIDE
TIPO INDICAÇÃO ASPECTO
GEL Lesões tecido necrótico
Preenchimento cavidades
secas
Úlceras por pressão
Úlceras de perna
PASTA Úlceras exsudativas de pele:
por pressão, de perna,
diabéticas. Queimadura 3º
grau.
PLACA Úlceras de pele superficiais
secas/ pouco exsudativas,
feridas cirúrgicas,
proteção/prevenção Úlceras
por pressão (II-IV), exsudativas,
de perna, abrasões, áreas
doadoras, queimaduras 2º grau
e queimadura 3º grau.

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HIDROCOLÓIDE
• Curativo Hidrocolóide em lesões por pressão estágio
I e II, com troca a cada 7 dias, após limpeza com
solução salina, durante 8 semanas.
• Otimiza o processo de recuperação tecidual.
• Permeável a gazes e vapores de água.
• Indicação: ferida com leve exsudação, abrasões ou
lacerações, rachaduras na pele, úlceras de perna,
úlceras diabéticas, prevenção de lesões por pressão,
entre outros.

107 Professora Esp. Roberta Berté


HIDROCOLÓIDE

108 Professora Esp. Roberta Berté


MEMBRACEL
• A Membracel é uma membrana de celulose
bacteriana porosa para uso médico, capaz de
substituir temporariamente a pele humana e
promover a rápida regeneração em lesões
causadas por queimaduras, úlceras de membros
inferiores ou em qualquer outra situação onde
ocorra a falta da epiderme ou da derme.
• Com poros.
• Troca a cada 7 dias.

109 Professora Esp. Roberta Berté


HIDROGEL
• HIDROGEL: estruturas tridimensionais, cadeias
hidrofílicas de homopolímeros, copolímeros ou
macromonômeros interligadas, com matriz insolúvel,
absorve grande quantidade de água.
• HIDROGEL AMORFO: Pode ser a base de glicerina ou
água e ter na sua composição alginatos e
carboximetilcelulose de cloreto de sódio a 20% para
tratar feridas secas ou a 0,9% para processos de
cicatrização e ainda alginato de cálcio.

110 Professora Esp. Roberta Berté


HIDROGEL
• Hidrogel: gel formado por polímeros insolúveis com
alto teor de água.
– Óleos de origem vegetal, umectante, espessante,
emulsificante, neutralizante e água deionizada.
• Indicado para lesões com perda tecidual profunda,
hidratação de feridas e baixa quantidade de
exsudato.
• Contra-indicado em feridas fechadas, excesso de
exsudato e pele íntegra.

111 Professora Esp. Roberta Berté


HIDROGEL
• Promove o desbridamento autolítico, mantém o
meio úmido, facilita a reidratação celular e estimula a
liberação de exsudato.
• Troca:
– feridas infectadas no máximo a cada 24 horas;
– necrose a cada 72 horas;
– esfacelo 1 a 3 dias.

112 Professora Esp. Roberta Berté


HIDROGEL
• Indicado para estimular a cicatrização das feridas secas,
superficiais ou profundas e eliminação do tecido morto,
podendo ser usado:
• Em feridas com tecido de granulação, úlceras venosas,
arteriais e por pressão, queimaduras de segundo grau de
pequena extensão, feridas de perda parcial ou total de
tecidos, áreas pós-trauma.
• O Hidrogel é também ideal para a manutenção da
viabilidade de ossos e tendões expostos em feridas
profundas.

113 Professora Esp. Roberta Berté


HIDROGEL

114 Professora Esp. Roberta Berté


PAPAÍNA
• Composição: A papaína é uma enzima proteolítica retirada do
látex do vegetal mamão papaia (Carica Papaya).
• Desbridamente enzimático (químico): promove a “quebra” do
tecido inviável.
• Remoção de tecido desvitalizado.
• Reduzir risco de infecção e colonização.
• Tem ações bacteriostáticas, bactericidas e anti-inflamatórias e
proporciona alinhamento das fibras de colágeno, promovendo
crescimento tecidual uniforme.

115 Professora Esp. Roberta Berté


PAPAÍNA
• Os efeitos adversos é uma sensação de queimadura.
• O exsudado liquefeito da digestão enzimática pode irritar a
pele.
• Lavagens e limpeza frequente da área ao redor da lesão pode
aliviar o desconforto.
• Evite lavar as lesões com peróxido de hidrogênio em solução,
pois pode inativar a papaína.
• A substituição do curativo está indicada em média, a cada 12
horas.
• Risco de reação em paciente alérgicos ao látex.

116 Professora Esp. Roberta Berté


PAPAÍNA
• Deve-se realizar a troca de curativo duas vezes
ao dia, durante 6 a 10 semanas.
• Percentual:
• Papaína 8% e 10%: necrose de coagulação.
• Papaína 4% a 6%: necrose de liquefação.
• Papaína 2%: tecido de granulação.

117 Professora Esp. Roberta Berté


PAPAÍNA EM PÓ
• A papaína é apresentada sob a forma de um pó que varia do branco ao bege
amarelado, com odor característico e leve sabor de pepsina.
• É solúvel em água e glicerol e, praticamente, insolúvel em álcool, éter e
clorofórmio.
• É inativada ao reagir com determinados agentes oxidantes, tais como, o Ferro,
Oxigênio, derivados do Iodo e Água Oxigenada.
• USO: preparar a solução de papaína diluindo no recipiente, a água destilada
com o pó da enzima na seguinte proporção:
– Uma colher de café rasa da enzima para cada 50 cc de água bidestilada.
– Cobrir a lesão com gaze embebida na solução de papaína, preenchendo
com a gaze todos os contornos da lesão.
– Na presença de tecido necrosado, cobrir a área com fina camada da
papaína em pó.
– Retirar em 30 minutos.

118 Professora Esp. Roberta Berté


PAPAÍNA

10 %

119 Professora Esp. Roberta Berté


KOLLAGENASE
• Indicação: tratamento e limpeza de lesões,
independentemente de sua origem e localização: em
ulcerações e necroses (úlcera varicosa, úlcera por decúbito,
gangrenas das extremidades, especialmente gangrena
diabética, congelamentos); em lesões de difícil cura (lesões
pós-operatórias, por irradiação e por acidentes); antes de
transplantes cutâneos e áreas severamente queimadas.
• A Colagenase é uma preparação proteolítica enzimática
obtida a partir de culturas do Clostridium histolyticum, que
após purificação cromatográfica, apresenta-se constituída por
uma série de peptidases, das quais o componente principal é
a colagenase.

120 Professora Esp. Roberta Berté


KOLLAGENASE
• A colagenase é utilizada como agente desbridante em lesões
superficiais, promovendo a limpeza enzimática das áreas
lesadas e retirando ou dissolvendo, enzimaticamente,
necroses e crostas.
• A limpeza completa da lesão ocorre num período de 1 a 14
dias, sendo que na maioria dos casos a ação da pomada
torna-se evidente nos primeiros seis dias de tratamento.
• Contraindicação: Hipersensibilidade aos componentes da
fórmula.
• Aplicar a Kollagenase uniformemente, com espessura de
cerca de 2 mm.

121 Professora Esp. Roberta Berté


KOLLAGENASE
• O curativo deve ser trocado diariamente e a ação pode
ser aumentada repetindo-se a aplicação duas vezes ao
dia.
• A limpeza completa da lesão ocorre num período de 1 a
14 dias, sendo que na maioria dos casos a ação da
pomada torna-se evidente nos primeiros seis dias de
tratamento.
• As reações adversas são mínimas e extremamente raras,
mas há relatos esporádicos de ardência, dor, irritação,
eczema, rubor, reações de hipersensibilidade e hiperemia
local.

122 Professora Esp. Roberta Berté


COLAGENASE - KOLLAGENASE

123 Professora Esp. Roberta Berté


ALGINATOS
• Alginato de Cálcio: extraído de algas marinhas.
• Promove hemostasia, absorve o exsudato, forma um gel que
mantém a umidade, promove a granulação e auxilia o
desbridamento autolítico.
• Indicado para: feridas com ou sem infecção, com moderada a
intensa exsudação, com ou sem tecido necrótico, exceto, em
caso de necrose seca e com ou sem sangramento.
• Troca:
– De acordo com a exsudação da ferida (até 7 dias);
– Feridas infectadas troca a cada 24 horas;
– Feridas sangrantes troca a cada 48 horas.

124 Professora Esp. Roberta Berté


ALGINATOS
• Alginato de Cálcio e Sódio é indicado para
feridas exsudativas, com sangramento, limpas
ou infectadas, agudas ou crônicas, superficiais
ou profundas.
• Alto poder de absorção, promove hemostasia e
remoção integra/atraumática.
• Em contato com o exsudato forma um gel
hidrofílico e não aderente que proporciona um
meio úmido sobre a superfície da ferida,
promovendo o desbridamento autolítico.

125 Professora Esp. Roberta Berté


ALGINATOS
• Não deve ser utilizado em associações com
antibióticos tópicos, pois componentes da
formulação podem inibir o processo de geleificação
do alginato de cálcio.
– (HÁ DIVERGÊNCIA)
• Não é indicado para queimaduras de terceiro grau.
– (HÁ DIVERGÊNCIA).

126 Professora Esp. Roberta Berté


ALGINATOS

127 Professora Esp. Roberta Berté


COLÁGENO (90%) COM ALGINATO
(10%)
• Mantém microambiente fisiológico úmido na
superfície da ferida levando a formação do tecido de
granulação e epitelização, permitindo uma
cicatrização mais rápida.
• Curativo primário de feridas, pode ser cortado no
tamanho exato da ferida, pode ser dobrado para o
tratamento de feridas cavitárias e pode ser utilizado
em combinação com coberturas secundárias semi-
oclusivas ou não oclusivas.

128 Professora Esp. Roberta Berté


COLÁGENO (90%) COM ALGINATO
(10%)
• A associação do colágeno com o alginato fornece a
versatilidade necessária para o tratamento de uma grande
variedade de tipos de ferida e níveis de exsudato (de leve a
alto);
• Mantém um ambiente úmido propício para a formação de
tecido de granulação e de epitelização permitindo que o
reparo tecidual continue de forma otimizada;
• Garante uma redução da atividade de proteases maior do que
o colágeno puro proporciona;
• Melhora as propriedades hemostáticas da cobertura;

129 Professora Esp. Roberta Berté


INDICAÇÕES
• Feridas de espessura total e parcial;
• Úlceras por pressão;
• Úlceras venosas;
• Úlceras causadas por etiologias vasculares mistas;
• Úlceras diabéticas;
• Queimaduras de segundo grau;
• Áreas doadoras e feridas superficiais sangrantes;
• Abrasões;
• Feridas traumáticas que cicatrizam por segunda intenção;
• Deiscências cirúrgicas.

130 Professora Esp. Roberta Berté


CONTRA INDICAÇÕES
• O Curativo de colágeno com alginato não é indicado
para feridas que apresentem vasculite ativa,
queimaduras de terceiro grau ou para pacientes
com sensibilidade ao colágeno ou alginatos.
• Não utiliza em pacientes com sensibilidade ao
colágeno ou alginatos.
• Interrompa o uso se aparecerem sinais de
sensibilidade.

131 Professora Esp. Roberta Berté


TROCA
• Uma ferida altamente exsudativa pode
requerer a troca da cobertura uma ou duas
vezes ao dia.
• Feridas com exsudação mais moderada
necessitarão de trocas menos frequentes (a
cada 2 a 4 dias ou como orientado por um
profissional da saúde).

132 Professora Esp. Roberta Berté


133 Professora Esp. Roberta Berté
CARVÃO ATIVADO
• Carvão Ativado com Prata Recortável é um curativo
primário e/ou secundário composto de tecido de
carvão ativado impregnado com prata, prensado
entre duas camadas de rayon / poliamida.
- Ação bactericida da prata.
- Manutenção da umidade no leito da ferida.
- Maior controle do odor e da infecção.
- Pode ser usado como curativo primário ou
secundário.
- Pode ser recortado.

134 Professora Esp. Roberta Berté


CARVÃO ATIVADO
• Carvão Ativado com Prata Recortável é indicado
para feridas exsudativas, limpas ou infectadas,
crônicas ou agudas, superficiais ou profundas e
com odor desagradável.
• Composição: tecido carbonizado e impregnado
com nitrato de prata a 0,15%, envolto por
camada de tecido sem carvão ativado.
Periodicidade de troca: a cada 1-4 dias,
dependendo da quantidade de exsudação.
• Vantagens: método eficaz para controle do mau
odor e é de fácil aplicação.

135 Professora Esp. Roberta Berté


CARVÃO ATIVADO

136 Professora Esp. Roberta Berté


SULFADIAZINA DE PRATA
• A sulfadiazina de prata trata de feridas principalmente
aquelas com grande potencial de infecção e risco de evolução
para infecção generalizada: queimaduras, úlceras de perna,
lesão por pressão e feridas cirúrgicas, pé diabético.
• É um agente cicatrizante e antimicrobiano tópico na terapia
de queimaduras, feridas cirúrgicas, úlceras e escaras
infectadas.
• Previne infecções nos cateterismos vasculares.
• A ação inicia-se no momento da aplicação.
• Tem potencial nefrotóxico.

137 Professora Esp. Roberta Berté


SULFADIAZINA DE PRATA
• Contraindicação: gestantes no final da gestação, em crianças
prematuras e recém-natos nos dois primeiros meses de vida.
• Por existirem poucos dados sobre a sua passagem pelo leite
materno, também não é recomendado em mulheres que
estejam amamentando.
• A sulfadiazina de prata não deve ser utilizada em pacientes
alérgicos às sulfas e aos demais componentes da formulação.
• Aumentado de leucopenia (diminuição de glóbulos brancos
do sangue) em pacientes em uso de cimetidina, após uso
tópico de sulfadiazina de prata.
• É descrita também a inativação pela sulfadiazina de prata de
agentes desbridantes enzimáticos, como colagenases.

138 Professora Esp. Roberta Berté


SULFADIAZINA DE PRATA
• Aplicar uma vez ao dia.
• Pode ser aplicado duas vezes ao dia no caso de lesões
muito exsudativas (úmidas) ou a critério médico.
• Pode haver escurecimento do produto devido à
oxidação dos sais de prata quando expostos à luz, não
comprometendo a segurança do produto
• Especialmente utilizado em úlceras neuropáticas e
queimaduras.
• A camada não deve ultrapassar 5mm.
• Pode mudar sua cor em contato com a secreção a ferida,
sem que isso signifique piora da infecção.

139 Professora Esp. Roberta Berté


SULFADIAZINA DE PRATA

140 Professora Esp. Roberta Berté


HIDROPOLÍMERO
• Composição: almofada de espuma composta de camadas
sobrepostas de não tecido e hidropolímero e revestida por
poliuretano.
• Mecanismo de ação: proporciona um ambiente úmido e
estimula o desbridamento autolítico.
• Absorve o exsudato e expande-se à medida que a absorção se
faz.
• Indicação: feridas abertas não infectadas com leve a
moderada exsudação.
• Contra indicação: feridas infectadas ou com tecidos
necrosados.

141 Professora Esp. Roberta Berté


HIDROPOLÍMERO
• Modo de usar: posicionar o curativo sobre o local de forma
que a almofada de espuma cubra a ferida e a parte central lisa
fique sobre ela.
• Periodicidade de troca: trocar o curativo sempre que houver
presença de fluído nas bordas da almofada de espuma ou,
no máximo, a cada 7 dias.
• Vantagens: é fácil de aplicar e absorve o exsudato presente.
• Desvantagens: pode aderir quando a exsudação diminuir.

142 Professora Esp. Roberta Berté


143 Professora Esp. Roberta Berté
HIDROFIBRA COM PRATA
• Curativo absorvente composto por fibras de
carboximetilcelulose sódica e prata (Ag).
• Auxiliar o desbridamento osmótico autolítico ao manter o
meio úmido, induz hemostasia, possui alta capacidade de
absorção de exsudato e sua retirada é atraumática
preservando o tecido vitalizado.
• É bactericida e fungicida. Mantém atividade antimicrobiana
através da liberação controlada da prata.
• Indicação: Feridas com exsudato moderado a alto, feridas
cavitárias e altamente colonizadas ou infectadas.
• Contra-Indicação: feridas com pouca exsudação, necrose e
hipersensibilidade a prata.

144 Professora Esp. Roberta Berté


HIDROFIBRA COM PRATA
• Troca: A placa de hidrofibra poderá permanecer
na ferida por até 7 dias.
• Nos casos de queimadura 2º grau a hidrofibra
com AG pode permanecer até 14 dias na ferida.
– Nestes casos recortar a hidrofibra que se desprende
da pele ao redor da ferida conforme a epitelização do
tecido.
• O curativo pode ser usado sob compressão e se
necessário pode ser previamente umedecido com
SF 0,9%.

145 Professora Esp. Roberta Berté


BOTA DE UNNA
• Bandagem de algodão puro ou misto impregnada com
óxido de zinco, glicerina, óleo de castor ou mineral.
• Pode servir como cobertura primária ou secundária.
• Indicada: Úlceras Venosas em MMIIs.
• Aplicar preferencialmente no período da manhã.
• Avaliar a ferida e se existe a necessidade do uso de outra
cobertura.
• Troca:
– Após 1ª colocação, avaliação clínica em 24hs ou 48hs e 1ª troca
em 4 dias.
– Após controle do exsudato deve permanecer até 7 dias.
– Trocar a cobertura secundária sempre que saturada

146 Professora Esp. Roberta Berté


BOTA DE UNNA

147 Professora Esp. Roberta Berté


ARNICA 5%
• Cobertura Primária.
• Indicado em pele íntegra.
• As propriedades anti-inflamatórias e analgésicas
da arnica se explicam pela diminuição da
atividade enzimática no processo inflamatório.
• Indicação: equimoses, hematomas e contusões
em geral.
• Aplicação: 2 a 3 vezes ao dia.
• Contraindicada em lesões abertas.

148 Professora Esp. Roberta Berté


CALÊNDULA 5% GEL OU CREME
• Cobertura Primária. Utilizar uma fina camada.
• Necessita cobertura secundária.
• Uso com cautela em: lesão profunda e/ou extensa (maior
que 1/3 do segmento), lesões disseminadas, infecção local
grave, lesão de pele crônica sem diagnóstico.
• Possui atividade cicatrizante e reepitelizante: os
triterpenos, mucilagem, carotenos e flavonóides
(quercitina) são os responsáveis por essa ação. Ativam o
metabolismo das glicoproteínas, nucleoproteínas e tecido
colágeno levando a melhor regeneração do tecido tissular.
• Indicação: ferimentos abertos infectados ou não.
• Troca: 1 a 3 vezes por dia.

149 Professora Esp. Roberta Berté


BABOSA (ALOE E VERA) 25% GEL OU
CREME
• Cobertura Primária.
• Queimaduras: uso com cautela em feridas de
3º grau.
• Ação: Possui atividade cicatrizante e
reepitelizante. Além de antiinflamatória
Analgésico; Antisséptico; Emoliente.
• Indicação: Queimaduras (1º e 2º graus);
Dermatites; Erisipela; Celulite.
• Troca: 1 a 3 vezes por dia.
150 Professora Esp. Roberta Berté
TILÁPIA-DO-NILO (OREOCHROMIS
NICOTICUS)
• A Tilápia funciona como um curativo biológico. Isso faz com que haja
uma redução tremenda no risco de infecção, mas sobretudo uma
grande redução da dor que é bem característica no tratamento das
queimaduras.
• As características microscópicas da pele da tilápia são semelhantes à
estrutura morfológica da pele humana, apresentando derme
composta por feixes de colágeno compactados, longos e organizados,
em disposição paralela/horizontal e transversal/vertical,
predominantemente, do tipo I.
• A pele também demonstrou elevada resistência e extensão à tração
em quebra.
• Uso especial em queimaduras.

151 Professora Esp. Roberta Berté


TILÁPIA-DO-NILO (OREOCHROMIS
NICOTICUS)

152 Professora Esp. Roberta Berté


153 Professora Esp. Roberta Berté
TERAPIA POR PRESSÃO NEGATIVA
• Método de sucção para facilitar a drenagem e influenciar no
crescimento de tecido de granulação.
• O exsudato da ferida é coletado em um reservatório adaptado ao
aparelho.
• Normalmente utiliza-se de 90 a 125 mmHg de pressão negativa,
continuamente ou em ciclos.
• Indicação: Lesões extensivas em tecidos moles, fraturas expostas,
incisões de fasciotomia, áreas receptoras de enxerto, preparo do
leito para reparações cirúrgicas, feridas exsudativas e infectadas.
• Contra-Indicações: Exposição de estruturas vitais (órgãos ou vasos),
infecção sistêmica, tecidos necróticos, feridas neoplásicas, pele
frágil, alergias a adesivos, sangramento ativo, uso de
anticoagulantes ou dificuldade de hemostasia

154 Professora Esp. Roberta Berté


TERAPIA POR PRESSÃO NEGATIVA
• Ação: Manutenção do ambiente úmido da ferida, aumento do fluxo
sanguíneo local, remoção de exsudato da ferida, promoção da
formação do tecido de granulação, redução da infecção e pressão
mecânica do enxerto.
• O curativo é acoplado a um dispositivo portátil, provido de bateria,
que é responsável pela manutenção da pressão subatmosférica.
• Troca: Dois a cinco dias e quando saturar a esponja / gaze com
concomitante descolamento do filme.
– 48/72 horas.
• Vantagens: Velocidade e boa eficiência no manuseio de feridas
profundas, extensas ou complexas.
• Desvantagens: Custo elevado e necessidade de se manter
conectado à bomba de vácuo.

155 Professora Esp. Roberta Berté


Figura 1. Paciente masculino, 58 anos, paraplégico. A) Úlcera por pressão na região lombar esquerda, com leito da ferida repleto de tecidos desvitalizados. B)
Aplicação da TPN após desbridamento cirúrgico. C) Aspecto após TPN, com melhora do tecido de granulação no leito da ferida, antes da enxertia de pele. D) Pós-
operatório com cobertura cutânea da ferida, após integração satisfatória do enxerto de pele.
http://www.revistadocbc.org.br/detalhes/200/terapia-por-pressao-negativa-no-tratamento-de-feridas-complexas

156 Professora Esp. Roberta Berté


OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA
• Método terapêutico no qual o paciente é submetido a uma pressão
maior que a atmosférica dentro de um equipamento chamado
câmara hiperbárica.
• Indicação: Gangrena gasosa; Síndrome de Fournier; Celulites,
fasceítes e miosites; Lesões por radiação: Lesões de mucosas;
Isquemias traumáticas agudas: Queimaduras térmicas ou elétricas;
Lesões por pressão, pé diabético; Deiscências de sutura;
Osteomielite; Retalhos ou enxertos.
• Contra-Indicações: Pneumotórax; Tratamento quimioterápico;
Gestação; Enfisema pulmonar; infecções virais agudas.
• Frequência: sessões diárias (2 horas aproximadamente).
– 2 a 3 vezes ao dia, de acordo com a gravidade.
• Risco: toxicidade, alterações pulmonares, sensação de ouvido

tampado.
http://www.unimed.coop.br/portalunimed/flipbook/federacao_pr/manual_prevencao_tratamento_de_lesoes_pele/files/assets/common/downloads/publication.pdf

157 Professora Esp. Roberta Berté


OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA

158 Professora Esp. Roberta Berté


BIZU
TECIDO OBJETIVO COBERTURA
NECROSE SECA – DESBRIDAMENTO HIDROGEL,
COAGULAÇÃO AUMENTO DA UMIDADE COLAGENASE, PAPAÍNA.

NECROSE ÚMIDA E DESBRIDAMENTO HIDROGEL, HIDROFIBRA


ESFACELOS CONTROLE DE UMIDADE COM PRATA, ALGINATO
MANEJO BACTERIANO DE CÁLCIO/SÓDIO COM
CONTROLE DO ODOR PRATA, CARVÃO ATIVADO
COM PRATA,
SULFADIAZINA DE PRATA.

159 Professora Esp. Roberta Berté


BIZU
TECIDO OBJETIVO COBERTURAS
GRANULAÇÃO SEM EXSUDATO PROTEÇÃO E MANUTENÇÃO AGE; HIDROGEL;
DA UMIDADE HIDROCOLÓIDE, SILICONE

GRANULAÇÃO COM EXSUDATO CONTROLE DO EXSUDATO ALGINATOS; HIDROFIBRA E


SEROSO MANUTENÇÃO DA UMIDADE ESPUMAS

EPITELIZAÇÃO PROTEÇÃO E MANUTENÇÃO AGE (ÁCIDOS GRAXOS


DA HIDRATAÇÃO ESSENCIAIS; - FILMES; -
HIDROCOLÓIDES; - GAZES NÃO
ADERENTES; - SILICONES; -
MEMBRANAS
REGENERADORAS

160 Professora Esp. Roberta Berté


BIZU
TECIDO OBJETIVO COBERTURAS
GRANULAÇÃO COM EXSUDATO CONTROLE E ABSORÇÃO DE ALGINATOS; HIDROFIBRAS
PURULENTO, EXSUDATO, REDUÇÃO E COM OU SEM PRATA;
SEROPURULENTO, MANEJO DE CARGA ESPUMAS;
SANGUINOLENTO E BACTERIANA E CONTROLE DE
SEROSSANGUINOLENTO ODORES
SEM ODOR
GRANULAÇÃO COM EXSUDATO CONTROLE E ABSORÇÃO DE CARVÃO ATIVADO COM PRATA;
PURULENTO, EXSUDATO, REDUÇÃO E ANTIMICROBIANOS
SEROPURULENTO, MANEJO DE CARGA ASSOCIADOS COM PRATA
SANGUINOLENTO E BACTERIANA E CONTROLE DE ALGINATOS COM PRATA
SEROSSANGUINOLENTO ODORES SULFADIAZINA DE PRATA
COM ODOR ONCOLOGIA: METRONIZADOL

161 Professora Esp. Roberta Berté


LESÕES ONCOLÓGICAS
• As feridas neoplásicas são formadas pela infiltração das
células malignas do tumor nas estruturas da pele.
• Ocorre quebra da integridade do tegumento e, em
decorrência da proliferação celular descontrolada que o
processo de oncogênese induz, ocorre a formação de uma
ferida evolutivamente exofítica.
• As denominações mais comuns que estas feridas recebem são
"feridas neoplásicas" ou "feridas tumorais".

162 Professora Esp. Roberta Berté


LESÕES ONCOLÓGICAS
• O aumento progressivo da ferida neoplásica, onde o
tecido necrótico se prolifera e o uso dos antissépticos,
considerados citotóxicos para o tecido de granulação,
passa a ser útil porque a cicatrização não é a meta.
• O objetivo é alcançar o controle da secreção e do odor,
sangramento, dor e prurido, e a meta é o curativo
confortável, funcional e estético.
• PRINCIPAIS SINAIS: DOR, ODOR, EXSUDATO E
HEMORRAGIA.
• SINAIS PSICOLÓGICOS: ISOLAMENTO SOCIAL, PERDAS,
EXPRESSÃO SEXUAL (VERGONHA, ESTIGMA, CULPA).
• UTILIZAR ESCALA DE TIME.

163 Professora Esp. Roberta Berté


FERIDAS MALIGNAS
https://repositorio.ucp.pt/bitstream/10400.14/18285/1/Disserta%C3%A7%C3%A3o.pdf

• As feridas malignas são lesões fungoides que surgem quando


ocorre a infiltração das células cancerígenas ao nível da
epiderme, derme e tecidos adjacentes, podendo mesmo
alcançar o sistema vascular e linfático, ulcerando, assim, a
superfície do corpo (DEALEY, 2006).
• Estas feridas podem advir de um cancro primário, de uma
metástase na pele de um tumor local ou de um tumor localiz
• Nestas feridas, a fase inflamatória está continuamente a ser
reiniciada, devido à presença das células cancerígenas que
são reconhecidas como corpos estranhos (SHEPERD, 2003 e
DRAPER, 2005 cit. LLOYD, 2008).

164 Professora Esp. Roberta Berté


FERIDAS MALIGNAS
https://repositorio.ucp.pt/bitstream/10400.14/18285/1/Disserta%C3%A7%C3%A3o.pdf

• As feridas tumorais têm uma larga deficiência de contração


tecidular, o que também dificulta a cicatrização das mesmas
(GOMES & CAMARGO, 2004). Essa deficiência deve-se à baixa
produção de fibroblastos, consequência direta do défice
nutricional que os doentes oncológicos geralmente
apresentam (GOMES & CAMARGO, 2004).
• Regra geral, a menos que o tumor esteja controlado por
tratamentos anticancerígenos isolados ou combinados, a
ferida continua a desenvolver-se, podendo causar destruição
maciça (GROCOTT, 2001).

165 Professora Esp. Roberta Berté


CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO
ASPECTO

FERIDA ULCERATIVA MALIGNA FERIDAS FUNGOSAS MALIGNAS FERIDAS FUNGOSAS MALIGNAS


ULCERADAS
ULCERADAS COM CRATERAS SEMELHANTES A UM COUVE- UNIÃO DO ASPECTO
RASAS FLOR VEGETATIVO E PARTES
ULCERADAS

166 Professora Esp. Roberta Berté


CLASSIFICAÇÃO - ESTADIAMENTO
• No que concerne ao estadiamento, a classificação das feridas malignas
foi proposta por HAISFIELD-WOLFE & BAXENDALE-COX em 1999, tendo
elaborado um estadiamento classificatório com base nas LPPs.
• Estádio 1 – Ferida fechada/ pele íntegra.
• Estádio 1N – Ferida fechada/ abertura superficial/ dura e fibrosa.
• Estádio 2 – Ferida aberta/ envolvimento da derme e da epiderme.
• Estádio 3 – Ferida aberta/ perda da espessura completa do tecido
celular subcutâneo.
• Estádio 4 – Ferida aberta/ invasão de estruturas anatómicas
profundas.
• (HAISFIELD-WOLFE, 1999 cit. GROCOTT et al., 2001, p. 22).

167 Professora Esp. Roberta Berté


ESTADIAMENTO 1
HTTPS://PT.SLIDESHARE.NET/ENFERMON/FERIDAS-ONCOLOGICAS FIGURAS E DEFINIÇÕES.

Estágio 1 Estágio 1 N
• Pele íntegra, nódulo visível • Fechada ou com abertura
ou delimitável. superficial por orifícios de
drenagem; secreção
• Assintomático. límpida, amarela ou
purulenta. Tecido
vermelho ou violáceo; por
haver dor e prurido, sem
odor.

168 Professora Esp. Roberta Berté


ESTADIAMENTO 2 E 3
Estágio 2 Estágio 3
• Ferida aberta; derme e • Derme, epiderme e
epiderme; ulceração subcutâneo; profundidade e
superficial, friável, sensível, formação irregular; friáveis,
secreção ausente ou em tecido necrótico, fétidas,
pequena quantidade. secretivas, leito da lesão
Intenso processo predominantemente
inflamatório. Pode haver amarelado.
dor e odor.

169 Professora Esp. Roberta Berté


ESTÁGIO 4
• Feridas profundas; profundidade expressiva;
dificuldade para visualizar seus limites;
secreção abundante, odor fétido e dor.
• Tecido avermelhado ou violáceo.
• Leito da lesão predominantemente
amarelado.

170 Professora Esp. Roberta Berté


FERIDA SANGRANTE
• Para o controle do sangramento espontâneo, pode-se usar
antifibrinolíticos orais além de medidas como: cuidado na
aplicação e remoção do curativo por meio da utilização de
técnicas suaves de limpeza;
• E uso de solução de soro fisiológico (frio), objetivando uma
diminuição na probabilidade de trauma, principalmente
quando os curativos estão aderidos ao leito da ferida.
• Outras medidas incluem a aplicação de pressão direta
durante 10 a 15 minutos, o uso de gelo local e gaze
saturada com vasoconstritores tópicos, como adrenalina.
• Se essas ações forem ineficazes, agentes hemostáticos
locais como gelatina de colágeno e outros curativos de
alginato podem ser aplicados sob um curativo compressivo.

171 Professora Esp. Roberta Berté


FERIDA EXSUDATIVA
• Permeabilidade capilar anormal causada pela desorganização da
vasculatura tumoral, pela secreção de fator de permeabilidade
vascular pelas células tumorais e também decorrente da autólise do
tecido necrótico por proteases bacterianas.
• Esse sinal causa desconforto ao paciente, irritação da pele ao
redor da lesão e aumento do risco de infecção.
• O uso de coberturas modernas, como espumas de ALGINATO E
HIDROFIBRA, é recomendado para lesões que apresentam grande
quantidade de exsudato.
• Para feridas que apresentam exsudato leve, indica-se a utilização de
HIDROGÉIS E HIDROCOLOIDES, os quais o contêm e mantêm um
ambiente úmido e são responsáveis pelo desbridamento autolítico.

172 Professora Esp. Roberta Berté


FERIDA INFECTADA/ODOR
• A utilização de barreira protetora, como, por exemplo, Cavilon®
deve ser utilizado para a proteção da pele na região perilesional.
• A presença de tecido necrótico e grande quantidade de exsudato,
fornecem um ambiente ideal para o crescimento de
microrganismos anaeróbicos, contribuindo para a presença de odor
fétido.
• O manejo desse sinal inclui ações como o uso de METRONIDAZOL
SISTÊMICO, METRONIDAZOL TÓPICO E/OU AGENTES
ANTIMICROBIANOS ALÉM DE UTILIZAR CURATIVO DE CARVÃO
ATIVADO.
– Preferência: Metronidazol tópico 0,8% aplicado diretamente na
ferida uma a duas vezes por dia;
– Sulfadiazina de Prata: pouca evidência científica.

173 Professora Esp. Roberta Berté


ODOR (INCA, 2009)
• Odor Grau I: sentido ao abrir o curativo.
– Limpeza + antissepsia (clorexedina degermante). Sugestão:
sulfadiazina, hidróxido de alumínio, carvão ativado.
• Odor Grau II: sentido sem abrir o curativo.
– Limpeza + antissepsia (clorexedina degermante). Sugestão:
sulfadiazina, hidróxido de alumínio, carvão ativado.
– Irrigar com metronidazol gel 0,8%.
– Escarotomia? Necrose?
– Oclusão com gaze embebida em vaselina líquida.
• Odor Grau III: fétido/nauseante.
– Emergência dermatológica.
– Passos anteriores + metronizadol EV e tópico.

174 Professora Esp. Roberta Berté


CONDUTA DE ACORDO COM O ODOR
Revista Brasileira de Cancerologia, 2013
• ODOR GRAU I:

– Proceder à limpeza com soro fisiológico a 0,9%;


– Realizar antissepsia iodo (PVPI) ou clorohexidina
degermante;
– Retirar o antisséptico e manter gazes embebidas de
hidróxido de alumínio no leito da ferida;
– Outras opções de tratamento são: aplicação de
sulfadiazina de prata e/ou carvão ativado envolto de gaze
umedecida com soro fisiológico a 0,9% e oclusão da ferida
com gaze embebida em vaselina líquida;
– Se as medidas acima forem ineficazes, considerar o uso de
metronidazol tópico (gel a 0,8%).

175 Professora Esp. Roberta Berté


CONDUTA DE ACORDO COM O ODOR
Revista Brasileira de Cancerologia, 2013

• ODOR GRAU II:

– Proceder à limpeza da ferida e realizar antissepsia e irrigá-la com


solução de metronidazol (1 comprimido de 250 mg diluído para 250 ml
de soro fisiológico a 0,9%).
– Se o tecido necrótico estiver endurecido, realizar escarotomia e aplicar
comprimidos secos e macerados sobre a ferida, ocluindo com gaze
embebida em vaselina líquida.
– A solução pode ser substituída pela pomada vaginal de metronidazol,
gel a 0,8%, ou solução injetável diluída na proporção 1/1 (100 ml da
droga diluída em 100 ml de soro fisiológico a 0,9%).

176 Professora Esp. Roberta Berté


CONDUTA DE ACORDO COM O ODOR
Revista Brasileira de Cancerologia, 2013
• ODOR GRAU III:

– No odor grau III (fétido e nauseante), deve-se considerar


emergência dermatológica.
– Seguir os passos no controle de odor graus I e II e
considerar, junto com a equipe médica, a possibilidade de
associar o uso de metronidazol sistêmico endovenoso ao
uso tópico.
– Posteriormente, pode-se seguir com o uso sistêmico via
oral; porém mantendo o uso tópico.

177 Professora Esp. Roberta Berté


FERIDA NECROSE
• Avaliar necessidade de desbridamento.
• Considerar o estado geral do paciente.
• Sangramento a menos de 7 dias: não realizar
desbridamento.
• Escolher a melhor forma: autolítico, enzimático,
instrumental, cirúrgico.
• Sugestão: hidrogel, hidrocolóide (baixa secreção).
• De acordo com a secreção optar pela cobertura mais
indicada.

178 Professora Esp. Roberta Berté


OUTROS
MEDICAMENTOS/COBERTURAS
• Hioscina / Buscopan (fístulas com baixa drenagem): alívio da
dor.
• Hidróxido de alumínio (controle da dor em queimação e do
odor): hiperacidez gástrica.
• Gel anestésico (controle da dor).
• Óxido de zinco (proteção das bordas): pó para proteção a
pele. Pode ser utilizado Cavylon.
• Dexametasona (prurido); anti-inflamatório; antialérgico;
corticoide.

179 Professora Esp. Roberta Berté


CURATIVO IDEAL - GERAL
• Limpar a ferida.
– Remover tecido desvitalizado, excesso de
exsudato, resíduos de agentes tópicos e
microorganismos.
• Proteger a ferida de traumatismo mecânico.
• Manter o meio úmido.
• Prevenir contaminação exógena.
• Absorver secreções.
• Imobilizar o membro afetado.
• Promover a cicatrização.
180 Professora Esp. Roberta Berté
CURATIVO IDEAL - GERAL
• Promover o conforto físico e psicológico do paciente.
• Realizar o desbridamento da ferida.
– Reduzir o risco de infecção, manter o tecido viável.
• Promover o isolamento térmico.
• Facilitar a cicatrização trabalhando a favor da
natureza.
• Permitir a troca gasosa.
• Permitir sua remoção sem causas traumas na ferida e
pele ao redor.

181 Professora Esp. Roberta Berté


VANTAGENS DO MEIO ÚMIDO
• Previne o ressecamento.
• Evita a formação de crosta.
• Aumenta a reepitalização.
• Aumenta o reparo tecidual.
• Diminui a inflamação.
• Promove o desbridamento autolítico.
• Diminui a dor.
• Barreira contra bactéria.
• Fácil uso e custo.
182 Professora Esp. Roberta Berté
TIPOS DE CURATIVO
• Aberto: Eliminar as condições necessárias para o crescimento
de micoorganismos (calor, umidade, ausência de luz solar,
etc).
– Permite observação direta; facilita a limpeza; evitar
reações alérgicas ao esparadrapo.
– Feridas cirúrgicas limpas, após 24 horas.
– Cortes pequenos, suturas, escoriações.

• Semi-oclusivo: absorvente, usado em feridas cirúrgicas,


exsudativas, isola a secreção da pela adjacente.

183 Professora Esp. Roberta Berté


TIPOS DE CURATIVO
• Compressivo: reduzir sangramentos, hemostase,
aproxima as bordas da lesão.

• Fechado/Oclusivo: absorve a drenagem de


secreções; protege o ferimento de lesões mecânicas;
promove hemostasia (compressivo); impede
contaminação (fezes, vômitos); promove conforte
psicológico ao paciente.

184 Professora Esp. Roberta Berté


TIPOS DE CURATIVO
• Curativo seco: curativo fechado que não se usa nada
na gaze.
– Ex: feito no sítio de inserção dos cateteres.

• Curativo úmido: curativo fechado com cobertura


primária úmida, pomadas, géis, coberturas ou
soluções.
– Ex: hidrogel.

185 Professora Esp. Roberta Berté


TAMANHO DOS CURATIVOS - FERIDAS
• Curativo pequeno: feridas de aproximadamente 16
cm2.

• Curativo médio: curativo realizado em ferida média,


variando de 16,5 a 36 cm2.

• Curativo grande: curativo realizado em ferida


grande, com mais de 80 cm2.

186 Professora Esp. Roberta Berté


INFECÇÃO, CONTAMINAÇÃO E COLONIZAÇÃO

• COLONIZAÇÃO: crescimento e multiplicação e um microorganismo


no epitélio, sem expressão clínica ou imunológica, não há doença
ou patologia, poderá ou não ser precursora de uma infecção.
Formação de colônias.
– Ex.: microbiota normal do homem.
• CONTAMINAÇÃO: presença de um microorganismo sobre a
superfício epitelial, sem invasação tecidual sem reação fisiológica
ou dependência metabólica.
– Ex: mãos contaminadas após um procedimento, curativo com
presença de infecção.
• INFECÇÃO: transmissão de um microorganismo a um hospedeiro
causando danos decorrente da invasão, onde há multiplicação ou
ação de toxinas. Há resposta imunológica/inflatória do hospedeiro.

187 Professora Esp. Roberta Berté


INFECÇÃO – AGENTES E TRATAMENTO

• As 2 bactérias mais comuns que causam infecções de pele são:

•Staphylococcus (S.aureus): gram positivos.


• Teste Catalase Positivo.
• Tratamento: vancomicina, linezolida, trimetoprima-sulfametoxazol,
clindamicina, minociclina ou doxiciclina.

• Streptococcus: gram positivos.


• Teste Catalase Negativo.
• Tratamento: penicilina, eritromicina, claritromicina
ou clindamicina, azitromicina.

• Infecções mais comuns na pele: celulite, escarlatina, foliculite, furúnculo, fasceíte


necrosante...

188 Professora Esp. Roberta Berté


COLETA DE CULTURA
• A escarificação das bordas é o material adequado para
cultura.
• Swabs são menos recomendados.
• Coletar o material da parte mais profunda da lesão após
limpeza com SF 0,9%.
• Não coletar pus emergente.
• Fragmento de tecido asséptico.
• 2 amostras de hemocultura (no mínimio), idealmente 3
amostras.

189 Professora Esp. Roberta Berté


CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DE INFECÇÃO DE PELE E
TECIDOS MOLES ANVISA, 2017

• INFECÇÃO SUPERFICIAL E PROFUNDA DE LESÃO POR


PRESSÃO

– Paciente apresenta pelo menos DOIS dos seguintes sinais e sintomas:


– Eritema, dor ou edema dos bordos da úlcera por pressão.
– E microrganismos identificados em fluido aspirado por agulha ou
biopsia de tecido da margem da úlcera por cultura ou método
microbiológico não baseado em cultura realizado para fins de
diagnóstico ou tratamento clínico.

– http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/3507912/Caderno+2+-
+Crit%C3%A9rios+Diagn%C3%B3sticos+de+Infec%C3%A7%C3%A3o+Relacionada+%C3%A0+Assist%C3%AAncia+%C3%A0+Sa%C3%BAde/7485b45a-074f-
4b34-8868-61f1e5724501
– http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/3507912/Caderno+4+-
+Medidas+de+Preven%C3%A7%C3%A3o+de+Infec%C3%A7%C3%A3o+Relacionada+%C3%A0+Assist%C3%AAncia+%C3%A0+Sa%C3%BAde/a3f23dfb-2c54-
4e64-881c-fccf9220c373

190 Professora Esp. Roberta Berté


INFECÇÃO DE PELE OU TECIDO
SUBCUTÂNEO
• Deve atender pelo menos UM dos seguintes critérios:
– Paciente apresenta pelo menos UM dos seguintes: drenagem purulenta; pústulas;
vesículas; furúnculos (excluindo acne).
– Paciente apresenta pelo menos DOIS dos seguintes sinais e sintomas localizados sem
outra causa reconhecida: dor ou sensibilidade, edema, eritema ou calor;
– E pelo menos UM dos seguintes:
• a. Microrganismos identificados em aspirados de lesão, por cultura ou método não
baseado em cultura realizado para fins de diagnóstico e tratamento clínico;
• b. Para valorizar um microrganismo que faz parte da microbiota normal (ex.:
difteróide [ Corynebacterium spp], Bacillus [não B anthracis ] spp,
Propionibacterium spp, Staphylococcus coagulase negativa [incluindo S epidermidis
], Streptococcus viridans , Aerococcus spp, Micrococcus spp), ele deve o único
isolado nas culturas;
• c. Célula gigante multinucleada visualizada em exame microscópico do tecido
afetado;
• d. Diagnóstico através de um único título elevado de anticorpos IgM ou aumento de
pelo menos 4 vezes em soros pareados de IgG para patógenos.

191 Professora Esp. Roberta Berté


INFECÇÃO EM TECIDOS MOLES –
MÚSCULO E FÁSCIA
• Deve atender pelo menos UM dos seguintes critérios:
• Paciente tem microrganismo identificado em tecido ou
aspirado do sítio afetado obtido por cultura ou outros
métodos microbiológicos, realizados para fins de diagnóstico
clínico e tratamento;
• Paciente apesenta drenagem purulenta no local afetado;
• Paciente apresenta abscesso ou outra evidência de infecção
na visualização macroscópica ou em exame histopatológico.

192 Professora Esp. Roberta Berté


ABSCESSO MAMÁRIO OU MASTITE
• Deve atender pelo menos UM dos seguintes critérios:
• Paciente com uma cultura positiva do tecido mamário afetado
ou fluido obtido por incisão e drenagem ou aspiração por
agulha;
• Paciente tem abscesso mamário ou outra evidencia de
infecção vista durante o ato cirúrgico, exame histopatológico
ou através de imagem (ecografia ou tomografia
computadorizada da mama);
• Paciente tem febre (temperatura: > 38ºC) e sinais de
inflamação local da mama E o médico assistente inicia terapia
antibiótica nos primeiros 2 dias após a piora dos sintomas.

193 Professora Esp. Roberta Berté


INFECÇÃO EM PACIENTE VÍTIMA DE
QUEIMADURA
• Deve atender os seguintes critérios:
• Paciente com mudança na aparência da queimadura (abrupta
separação do tecido necrosado, mudança na coloração para
marrom escuro, preto ou descoloração violácea do tecido
necrosado)
• E microrganismo identificado a partir de hemocultura ou
outro método microbiológico com finalidade diagnóstica ou
terapêutica.

194 Professora Esp. Roberta Berté


COMPETÊNCIA DO ENFERMEIRO
• NOVA RESOLULÃO 0567/2018.
• Regulamenta a atuação da Equipe de Enfermagem no Cuidado aos
pacientes com feridas.
• Art. 2º O Enfermeiro tem autonomia para abertura de
Clínica/Consultório de Prevenção e Cuidado de pessoas com feridas,
respeitadas as competências técnicas e legais.
• Art. 3º Cabe ao Enfermeiro da área a participação na avaliação,
elaboração de protocolos, seleção e indicação de novas tecnologias
em prevenção e tratamento de pessoas com feridas.
• Art. 4º Cabe aos Conselhos Regionais de Enfermagem adotar as
medidas necessárias para acompanhar/fiscalizar o cumprimento
deste regulamento, visando a segurança do paciente e a dos
profissionais envolvidos.

195 Professora Esp. Roberta Berté


RESOLUÇÃO Nº 0567/2018
• GERAL:
– Avaliar, prescrever e executar curativos em todos os tipos de
feridas em pacientes sob seus cuidados, além de coordenar e
supervisionar a equipe de enfermagem na prevenção e cuidado
de pessoas com feridas.

• ESPECÍFICOS:
• Abrir consultórios/clínica de Enfermagem;
• Prevenção e cuidados de pessoas com feridas;
• Prescrever coberturas e medicamentos utilizados na
prevenção e cuidados às pessoas com feridas, estabelecidas
em programas de saúde e/ou protocolos institucionais.

196 Professora Esp. Roberta Berté


RESOLUÇÃO Nº 0567/2018
• Específicos:
– Realizar curativos em todos os tipos de feridas, independente do grau
de comprometimento tecidual.
– Executar o desbridamento autolítico, instrumental, mecânico e
enzimático (químico);
– Realizar terapia de compressão elástica e inelástica de alta e baixa
compressão, de acordo com o diagnóstico médico (venosa, mista e
linfedemas).
– Participar da escolha de medicamentos, materiais e equipamentos.
– Avaliação por meio de escalas ou ferramentas validadas.
– Plano de intervenção para o indivíduo com risco de LPP.
– Avaliar o estado nutricional, IMC, exames como hemoglobina,
glicemia, albumina sérica, vitaminas B12...
– Utilizar novas técnicas como: laser e LED, terapia por pressão negativa,
eletroterapia...

197 Professora Esp. Roberta Berté


REFERÊNCIAS
• https://souenfermagem.com.br/artigo/curativos-e-coberturas-no-tratamento-de-feridas
• http://www.npuap.org/resources/educational-and-clinical-resources/pressure-injury-prevention-
points/
• http://sbqueimaduras.org.br/wp/wp-content/uploads/2012/06/cartilha.pdf
• https://www.sbp.com.br/departamentos-cientificos/queimaduras/
• http://www.sbd.org.br/cuidado/funcoes-da-pele/
• https://proqualis.net/sites/proqualis.net/files/Webinar%20Les%C3%A3o%20por%20Press%C3%A3
o-PDF.pdf
• http://www.ebserh.gov.br/documents/214336/1110036/PRO.NUSEP.005+-
+PROTOCOLO+DE+PREVEN%C3%87%C3%83O+DE+LES%C3%83O+POR+PRESS%C3%83O.pdf/f70014
13-ed33-4033-8259-d0e3b5ba926b
• http://www.actafisiatrica.org.br/detalhe_artigo.asp?id=506
• http://www2.eerp.usp.br/site/grupos/feridascronicas/index.php?option=com_content&view=articl
e&id=24&Itemid=33
• http://enfermagem-a-arte-de-cuidar.blogspot.com.br/2014/10/feridas-curativos-e-coberturas.html
• http://www.hemorio.rj.gov.br/html/pdf/protocolo_ulcera.pdf
• http://www.saude.campinas.sp.gov.br/enfermagem/2016/Manual_de_Curativos_2016.pdf
• http://aps.bvs.br/aps/qual-o-mecanismo-de-acao-da-papaina-e-a-concentracao-ideal-para-uso-em-
uma-escara-com-necrose/

198 Professora Esp. Roberta Berté


REFERÊNCIAS
• http://www2.unifesp.br/denf/NIEn/PEDIABETICO/mestradositecopia/pages/desbrida.htm
• http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2015/12/ANEXO-Resolu%C3%A7%C3%A3o501-
2015.pdf
• https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/109731/000950948.pdf?sequence=1
• http://www.saude.campinas.sp.gov.br/enfermagem/2016/Manual_de_Curativos_2016.pdf
• http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=331
• http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2018/02/ANEXO-RESOLU%C3%87%C3%83O-567-
2018.pdf
• Protocolo Ministério da Saúde para Prevenção de Ulcera por Pressão, 2013.
• https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/34755/000790228.pdf
• http://sobest.org.br/arquivos/CBEAULAS/dia2/09H00%20-%20SIMONE%20YEDE.pdf
• http://www.inca.gov.br/rbc/n_59/v01/pdf/16-cuidados-paliativos-ao-paciente-portador-de-ferida-
neoplasica.pdf
• https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/telecondutas/tc_lesaopressao.pdf
• http://aps.bvs.br/aps/qual-o-mecanismo-de-acao-da-papaina-e-a-concentracao-ideal-para-uso-em-
uma-escara-com-necrose/

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