O museu de SantAna, localizado em Tiradentes/MG faz parte da cena
cultural da cidade, sendo um dos principais museus de arte sacra de Minas Gerais. Outra característica importantíssima é o valor histórico que o edifício possui como patrimônio. O prédio foi construído em meados de 1730 para abrigar a cadeia municipal. O prédio foi um lugar representativo das forças controladoras e repressoras da época, sendo uns dos pilares do regime colonial. Segundo a Carta de Nara de 1994, o patrimônio cultural de cada um é o patrimônio cultural de todos, o que nos leva ao entendimento que a importância da cadeia de Tiradentes ultrapassa os limites regionais e se perpetua como história da humanidade. A importância da profundidade e autenticidade da pesquisa, que também é enfatizado na Carta de Nara, é o que garante a preservação adequada do bem cultural, garantindo que se tenha acesso a todos os aspectos da sua autenticidade. Considerando que todo edifício interfere na paisagem urbana, a Carta de Petrópolis traz o conceito de SHU – Sítio Histórico Urbano, que é parte de um contexto amplo que comporta toda a paisagem natural e construída, assim como a vivência de seus habitantes. Sendo assim, essa perspectiva de reapropriação do espaço urbano tem a função de preservação, que concede qualidade de vida ao cidadão. O museu de Santana traz um novo uso para o prédio sem apagar sua bagagem histórica, assim deixando perceptível a revitalização realizada no espaço. Com intervenções móveis que não prejudicam a estrutura ou os elementos originais ela se mantém desde setembro de 2014 quando foi concluída a obra de revitalização.