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IG > 20 semanas!
Placenta prévia.
Definição: separação intempestiva da placenta normalmente inserida n corpo uterina antes da expulsão fetal. Implica em
sangramento uterino e redução do aporte de O2 e nutrientes para o feto.
Risco para o feto: prematuridade, baixo peso, sofrimento fetal, óbito perinatal. É a principal causa de óbito perinatal!
Classificação de Sher!
Grau I – leve: sangramento vaginal, sem dor. Vitalidade fetal preservada. Sem repercussões hemodinâmicas ou CID.
Diagnóstico pelo coagulo retroplacentário no pós-parto.
Grau II – intermediário: sintomática e feto vivo. Sangramento vaginal moderado e contrações tetânicas, dor abdominal,
taquicardia materna, PA postural alterada. Feto vivo, mas com sinais de sofrimento fetal.
Grau III – grave: sangramento vaginal importante com hipertonia uterina. IIIA: sem coagulopatia. IIIB: com coagulopatia.
Fatores de risco!
HAS. Hipertensão crônica, pré eclampsia, qualquer hioertensao. É o principal fator de risco! 50% dos casos não traumáticos.
Obs.: ausência de hipertensão no momento da chegada para atendimento não exclui causa hipertensiva porque a paciente já
pode estar em choque.
Brevidade do cordão
Retração uterina intensa (após esvaziamento intempestivo na Polidramnia ou expulsão do primeiro feto em prenhez
mútiplas). Retração uterina súbita. Invólucro do útero, retração do útero muito rápida. Pode ser gatilho para placenta
descolar. Comum na Polidramnia.
Miomatose uterina
Idade > 35 anos!!! Importante porque também é fator de risco para placenta prévia.
Gemelar. O primeiro nasce e rapidamente diminui o tamanho do útero, o segundo gemelar tem risco de DPP.
Placenta circunvalda
Anemia e desnutrição
Corioamnionite
Multiparidade é controverso.
Quadro clínico
Descolamento começa a “babar” = hemorragia decidual hematoma retroplacentário é criado. Hematoma é criado e
depois que começa a descolar não para mais, o processo é contínuo. Hematoma solta mais placenta e sangra mais, cresce
hematoma e solta mais até soltar a placenta toda. É contínuo. Círculo vicioso: progressão e irreversibilidade da DPP.
20% dos DPP tem sangramento oculto!! (perda sanguínea se restringe ao espaço retroplacentário)
Hipertonia (mecanismos: aumento exagerado na frequência de metrossístoles causando hipertoia por taquissistolia; ou
hipertonia autentica pela ação irritativa do sangue)criança está ou vai entrar em sofrimento fetal agudo SFA. (Na prova
não escrever só sofrimento fetal porque ele pode desconsiderar sua resposta).
No esperar sangramento vaginal para marcar DPP. Se a questão falar HIPERTONIA É DPP!!
Evolução do processo intensa infiltração sanguínea desorganização da citoarquitetura hipotonia no pós-parto.
Útero de couvelair ou apoplexia uteroplacentária (útero edemaciado, arroxeado, com sufusões hemorrágicas)
QUANDO PENSAR EM DPP NA QUESTÃO: sangramento escuro na 2ª metade da gestação, associado à hipertonia e
sofrimento fetal.
Diagnóstico
Exame físico:
Laboratório: hemograma completo, ABO Rh, coagulograma, exames de rotina para doença hipertensiva. Avaliação renal (DPP
é importante causa de necrose corticorrenal bilateral aguda)
Coágulo Lise Fibrinogênio
Teste de Weiner ou Teste da observação do coágulo: quando o coagulograma não
Firme Sem > 150
estiver disponível na urgência.
Firme Parcial em 1h 100 – 150
USG tem papel muito limitado. Maior utilidade para localizar placenta e afastar Frouxo Total em 1h 60 a 100
placenta prévia. Na DPP: Bordo placentário sem continuidade (“borda rasgada”) Ausente - < 60
Conduta
Via mais rápida de tirar o bebê!!! Em geral, a via mais rápida é cesariana. Mas paciente com dilatação total, bolsa
protusa, feto + de De Lee, pode tirar pelo parto vaginal. Se parto iminente a via mais rápida é vaginal.
+/-Amniotomia. Sempre que possível é bom romper a bolsa mesmo na cesariana. Vai ter vários benefícios com isso:
descomprime área do hematoma e ganha tempo, diminui a velocidade do descolamento, diminui a infiltração do útero,
diminui tônus, diminui risco de CIVD (porque hematoma joga tromblopastica do feto para a circulação). Vantagens:
Preferencialmente Via vaginal. O óbito fetal aumenta o risco de coagulopatia. Cesariana tem maior risco de hemorragia.
Se demorar: cesariana. Paciente está consumindo fator de coagulação, vai chocar e morrer.
SEMPRE amniotomia.
Complicações
Apoplexia úteroplacentaria = útero de couvelaire: vai fazer hipotonia e sangrar ainda mais. Sangrou que infiltra na parede
do útero -> desorganiza as fibras -> útero com atonia
1º massagem uterina + ocitócito (ou dose alta de misoprostol até endorretal) (metergin é bom para contrair, mas NÃO
pode fazer em paciente em hipertensa e dá mais reação alérgica também!)
2º sutura de B-Lynch. Não causa isquemia nem necrose, porque o útero contrai logo que controla é a sutura fica frouxa
4º histerectomia. A mais rápida possível! Na maioria das vezes é subtotal: deixa o colo.
Síndrome de Shehham:
CIVD
Tubo de ensaio: coloca 8ml de sangue segura e não sacode. Fica olhando com a mão fechada.
Se em até 10min o sangue coagular = ótimo sinal -> observa por mais 15min: afasta coagulopatia
O QUE PRECISA SABER PARA AS PROVAS: diagnóstico, DD, via de parto e complicações (acretismo!!!).
Para ser prévia vai estar obstruindo o colo, mas tem que confirmar
Placenta próxima ou sobre orifício interno do colo confirmada após 28 semanas. Se a placentário continuar lá embaixo após 28
semana é placenta prévia.
Definição e conceitos
É a implantação de qualquer parte da placenta no segmento inferior do útero após 28 semanas de gestação. Sobre o orifício
cervical interno, cobrindo-o total ou parcialmente.
Implantação da placenta
Obs.: na gravidez intrauterina, é possível placenta tópica ou heterotópica. Na extrauterina é sempre ectópica.
A placenta muitas vezes migra ao longo da gestação – procura locais mais vascularizados (fundo e parte superposterior). Essa
migração geralmente termina em torno da 28ª semana.
Ocorre em 1 a cada 200 gestações que chegam ao 3º trimestre. Achado no USG frequente entre 16-20 SG, mas até 90% se
normalizam.
Total ou Central total ou completa: obstrui completamente o colo. Placenta prévia total é indicação absoluta de cesariana!!
Inserção baixa ou lateral: não alcança o óstio interno. NÃO é considerada como placenta prévia por alguns,
Fatores de risco
Idade > 35 anos. Probabilidade 3,5x maior que menores de 25 anos. (mais importante
Fatores de risco!
que a paridade) Cesariana prévia
Intervenções uterinas anteriores;
Placentomegalia. Aumento placentário. Ex: Tabagismo (superfície maior para trocar
Multiparidade / intervaço
mais oxigênio); gemelar; hidrópsia fetal; iterpartal curto
Tabagismo
Sobredistensão uterina
(gemelaridade, hidropsia fetal).
Cicatriz uterina. Mulher que tiveram cesarianas. Cesariana prévia é o principal fator de risco.
Abortamento provocado.
Quadro clínico
Sangramento é: (Tem que juntar tudo para diagnosticar.) MORBIDADE DA IVP. NÃO
ESQUECER!!!!
Progressivo. Vai aumentando
Sangramento anteparto: risco 8x
Repetição (obs.: pode ter um sangramento sentinela antes) Hemorragia intraparto: 2,5x
Hemotransfusão: 10x
Espontâneo
Histerectomia puerperal: 33x
Vermelho vivo
Indolor e intermitente
EF: SSVV, palpação BCF, especular cuidadoso. Obs.: toque vaginal NUNCA deve ser realizado na suspeita de PP (risco sangrar)
QUESTÃO DE PROVA: sangramento na 2ª metade da gestação (final do 2º e início do 3º trimestre), vivo, indolor, de início e
cessa súbito, sem outros sintomas.
Diagnóstico
Clínica "prévia". 1º. Anamnese + EF. 2º. Laboratório (Hb, Hct, ABO Rh, Coagulograma). 3º. Confirmação com USG
USG: confirma o diagnóstico e classifica a placenta prévia definindo a exata localização. Com bexiga semicheia. Obs.: Na
prática, a USG transabdominal rotineira de 2º trimestre, entre 20 e 23 semanas, tem como objetivo avaliar a morfologia fetal
e a localização placentária – se suspeitar de placenta baixa, realizar USG transvaginal.
Doppler
Conduta
A termo = interrupção!
Se sangramento discreto = expectante (interna, estabiliza, observa e faz corticoide se estiver 24-34 semanas)
E a via de parto?
Sangramento
Inserção anormal:
Penetração no útero anormal = acretismo placentário! Parte muito fina do útero e penetra mais
Acretismo placentário
Definição
Acreta: adere no endométrio até a camada esponjosa. Está no endométrio, ainda dá para tirar. Há plano de clivagem, mas
defeituoso. A conduta é a retirada manual. Em caso de insucesso, histerectomia.
Increta: INvade o útero. já pegou miométrio, já invadiu. Não há plano de clivagem. Indicada histerectomia. Sempre que
possível HTA
Percreta: PERfura a serosa e até outros órgãos. Não há plano de clivagem. Não consegue descolar. Histerectomia.
Fatores de risco
Implantação onde a formação tecidual foi perturbada. (sobre cicatriz, curetagem, etc).
Idade > 35 anos; multipaidade (+ grandes multíparas); defeitos endometriais (síndrome de Asherman); leiomiomas
submucosos.
Clínica
Hemorragia profusa que ocorre na tentativa de descolamento placentário (a implantação anormal impede a separação
normal e completa da placenta durante o parto).
Rotura uterina durante o parto ou antes (quando implantação anormal ocorre sore cicatriz cesariana)
Placenta integralmente acreta fica totalmente retida sem que haja sangramento. Hemorragia só na hora de tentar descolar
Diagnóstico
Pré-natal: USG. Mesmo assim é ruim para diagnóstico. O melhor é a RNM, principalmente na placenta posterior. Não pode
fazer gadolíneo na grávida.
Adelgaçamento do miométrio
Protrusão de tecido placentário para a bexiga (Interface normal entre placenta e bexiga: hipoecoica e vasculatura
normal. Acreta: área hipoecoica perdida- aparece contígua).
Fluxo lacunar placentário intraparenquimatoso focal e difuso; hipervascularização da bexiga (e uterina) e perda de
sinais vasculares subplacentários.
Conduta na dequitação
Pré-operatório
Vaga na UTI
Cirurgia:
Paciente anestesiada
Increta: histerectomia
Percreta: histerectomia. Se houver invasão de órgãos, a placenta não deve ser retirada para evitar sangramento maciço
Conservador: para placenta acreta focal (só alguns autores). Oclusão arterial seletiva, curetagem ou ressecção em cunha do
miométrio seguida de reparo do defeito miometrial.
ROTURAS
Definição: Seio marginal é a extrema periferia do espaço interviloso (local da placenta voltado para o útero que recebe o
sangue materno para realização das trocas. O seio marginal é a área em que a face fetal e a face materna na placenta se
juntam)
Sangramento indolor, vermelho vivo, espontâneo, no periparto (trabalho de parto às vezes é o fator para soltar), tônus
uterino normal, sem sofrimento fetal. O sangramento é de origem MATERNA – bom prognóstico fetal
Quando acha que é placenta prévia, mas na USG tem placenta normoinserida!
Diagnóstico
Conduta
Sangramento discreto
Definição: Vaso entre apresentação fetal e colo. Vasos prévios correspondem a uma anomalia de inserção do funículo
umbilical na placenta. Ficam na frente. Compressão com o dedo aumenta a FC fetal. Os vasos podem ser visualizados
diretamente ou por doppler.
Placentas bilobadas. Dois lobos (parece um coração). Placenta em dois lobos com veias e artérias distintas para cada um.
Placentas suscenturiadas. Placenta com uma placentinha acessória do lado. Lobos adicionais a um lobo principal com as
mesmas artérias e veias.
Inserção velamentosa. Quando o cordão umbilical não está protegido pela geleia de Wharton e os vasos correm entre os
folhetos da membrana amniótica. No meio da membrana tem um vaso grosso que pode romper. É o principal fator de
risco!!
Quadro clínico
Sangramento vaginal intenso após aminiorrexe (ruptura espontânea da membrana) ou amniotomia (ruptura artificial)
Diagnóstico: clínico. Uma conduta rápida: colocar sangue na lâmina e avaliar se tem hemácias nucleadas (só tem no sangue
do cordão). OU USG no pré-natal para mulheres com placenta baixa, bilobada, suscenturiada, reprodução assistida.
Definição: rompimento parcial ou total do miométrio durante a gravidez ou o trabalho de parto, comunicando a cavidade
uterina à cavidade abdominal. É grave.
Etiologia
Etiologia na gestação:
Etiologia no parto:
Classificação
Síndrome de Bandl: forma anel no segmento do útero no ponto que vai romper. "Banda" onde vai romper. Distensão
do segmeto inferior, formando uma depressão em faixa infraumbilical = útero em ampulheta.
Sinal/Sindrome de Frommel: ligamento redondo distendido, desviando o útero anteriormente! Palpa dois cordões
fibrosos na lateral do útero. Ligamento redondo veio pra "fronte" (frente) em Frommel.
Rotura consumada
Se já tiver rompido -> conduta ráfia. Histerorrafia. Às vezes é necessário fazer histerectomia.