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A primeira fase modernista também é marcada pelos manifestos nacionalistas: do Pau-Brasil, da

Antropofagia, do Verde-Amarelismo e o da Escola da Anta. Podemos destacá-los da seguinte forma:


1• Manifesto Pau-Brasil: escrito por Oswald de Andrade, publicado no jornal “Correio da Manhã”, em 18
de março de 1924, apresentou uma proposta de literatura vinculada à realidade brasileira e às características
culturais do povo brasileiro, com a intenção de causar um sentimento nacionalista, uma retomada de
consciência nacional.
2• Antropofagia: publicado entre os meses de maio de 1928 e fevereiro de 1929, sob direção de Antônio de
Alcântara Machado, surgiu como nova etapa do nacionalismo “Pau-Brasil” e resposta ao “Verde-
Amarelismo”. Sua origem se dá a partir de uma tela feita por Tarsila do Amaral, em janeiro de 1928,
batizada de Abaporu ( aba= homem e poru = que come). Assinado por Oswald de Andrade, tinha, como
diz Antônio Cândido, “uma atitude brasileira de devoração ritual dos valores europeus, a fim de superar a
civilização patriarcal e capitalista, com suas normas rígidas no plano social e os seus recalques impostos,
no plano psicológico”
3• Verde-Amarelismo: este movimento surgiu como resposta ao “nacionalismo afrancesado” do Pau-Brasil,
em 1926, apresentado, principalmente, por Oswald de Andrade, liderado por Plínio Salgado. O principal
objetivo era o de propor um nacionalismo puro, primitivo, sem qualquer tipo de influência.
4• Anta: parte do movimento Verde-Amarelismo, representa a proposta do nacionalismo primitivo elegendo
como símbolo nacional a “anta”, além de vangloriar a língua indígena “tupi”.
Através das características desses manifestos, temos por análise a identificação de duas posturas
nacionalistas distintas: de um lado o nacionalismo consciente, crítico da realidade brasileira, e de outro um
nacionalismo ufanista, utópico, exacerbado.

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