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10.20336/rbs.101
REVISTA BRASILEIRA DE SOCIOLOGIA | Vol 03, No. 05 | Jan./Jun./2015
*Doutor em Sociologia pela USP (1992), com pós-doutorado no De- partment of Urban
Studies and Development do Massachusetts Ins- titute of Technology (EUA-2001).
Professor Titular no Departamento de Sociologia da Universidade Federal de São Carlos
(UFSCar) e Pes- quisador do CNPq. Foi Coordenador da Área de Sociologia na CAPES (2011-2014).
Atua em pesquisas nas áreas de Sociologia do Trabalho e Sociologia Econômica, destacando-se as
seguintes temáticas: rees- truturação produtiva, reespacialização da produção, trabalho
flexí- vel, trabalho informal, empreendedorismo, redes sociais e mercados de trabalho urbanos,
trabalho informacional, cooperativas de traba- lho e economia solidária, culturas do trabalho e
mobilidades.
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A profissionalização
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A ciência síntese
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Praticando Sociologia
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A ética na pesquisa
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livro, bastante citado em suas análises, e que era uma referência sobre
o tema, embora com outro recorte empírico. Nunca recebi o livro. Um
tempo mais tarde, recebi a versão final da dissertação e marcamos a
defesa. A dissertação foi defendida e aprovada e o trabalho conside-
rado de certa forma original, dado o recorte empírico escolhido. Pas-
sados aproximadamente seis meses da defesa, fui surpreendido com
um e-mail denunciando a dissertação como plágio de uma pesquisa
de doutorado, publicada em livro. A maior parte do texto da disser-
tação era copiada, embora houvesse referências ao texto original em
algumas análises. Entendi, então, de onde vinha a originalidade do
aluno. Ele nunca tinha feito pesquisa alguma, apenas copiou o que
estava pronto.
O segundo caso, mais grave caso seja possível graduar esse tipo
de fraude, foi em uma tese de doutorado, nesse mesmo fatídico ano.
A doutoranda, uma colega de outra universidade, com mais de 20
anos de academia, depois de certo atraso, apresentou um copião de
sua pesquisa de doutorado. Antes disso tinha se comunicado algumas
vezes, relatando o andamento de sua pesquisa. Considerei a versão
final adequada ao que tinha se proposto fazer como tese. Os protoco-
los da defesa de doutorado foram cumpridos, o texto foi para a ban-
ca. Repetiu-se a situação anterior. Entre seis e dez meses depois da
defesa, recebi a denúncia de uma pesquisadora que me informava a
cópia de extensos trechos de sua dissertação, sem qualquer referên-
cia. Para comprovar a denúncia enviava-me o seu texto. A comissão
organizada pela Universidade, entretanto, encontrou perto de outras
60 páginas de vários autores transcritas sem qualquer referência, con-
firmando o que eram apenas indícios.
Nos dois casos, assim que recebi as denúncias, entrei em conta-
tos com os alunos perguntando por que tinham copiado. O primeiro
respondeu simplesmente que não sabia que não podia copiar. Co-
mentando essa frase posteriormente com colegas, vários deles me res-
ponderam que tinham ouvido a mesma resposta de alunos flagrados
com textos copiados em suas monografias e dissertações. A segunda
afirmou que não tinha feito nada demais (sic), e que o procedimento
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Finalizando
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Referências bibliográficas
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Sites
Associação Americana de Psicologia é acusada de embasar tortura na CIA.
Relatório de profissionais de saúde e ativistas de direitos humanos exa-
minou papel da entidade no programa de interrogatórios, por James Ri-
sin / Do “New York Times” 01/05/2015 http://oglobo.globo.com/mundo/
associacao-americana-de-psicologia-acusada-de-embasar-tortura-na-cia-
-16032430#ixzz3ayhpMVbi
http://www.sbsociologia.com.br/portal/images/docs/codigoetica.pdf
http://www.isa-sociology.org/about/isa_code_of_ethics.htm
http://www.fns-brasil.org.
http://www.homme-moderne.org/images/films/pcarles/socio/cyran.html.