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Por,
Bruno Felipe da Silva – 14/0036491
Bernardo Azevedo Felipe – 13/0006572
Marcos Vinícius Sousa Varão – 15/0042124
UNIVERSIDADE DE BRASILIA
FACULDADE DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
i
RESUMO
Todos os cálculos foram feitos utilizando-se como base a norma NBR -8400 de
1984 e mais algumas outras normas e catálogos de fabricantes dos componentes
selecionados.
ii
SUMÁRIO
1 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................ 1
1.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 1
1.2 TIPOS DE PONTES ROLANTES ................................................................... 1
1.2.1 Ponte rolante apoiada uni-viga ................................................................... 1
1.2.2 Ponte rolante apoiada dupla-viga ............................................................... 2
1.2.3 Pórticos e semipórticos ............................................................................... 2
1.3 DEFINIÇÕES NORMA ABNT 8400:1984 ..................................................... 4
1.4 INFORMAÇÕES TÉCNICAS NECESSÁRIAS PARA A CONFIGURAÇÃO
DO EQUIPAMENTO................................................................................................... 4
1.5 CABOS DE AÇO ............................................................................................. 5
1.5.1 Construção e tipos ...................................................................................... 5
1.5.2 Almas de fibras ........................................................................................... 6
1.5.3 Almas de aço .............................................................................................. 6
1.5.4 Recomendações de utilização de cabo de aço para pontes rolante ............. 6
1.6 COMPONENTES DA PONTE ROLANTE .................................................... 7
1.6.1 Ponte ........................................................................................................... 7
1.6.2 Talha ........................................................................................................... 7
1.6.2.1 Talha elétrica de corrente de elos ........................................................ 8
1.6.2.2 Talha elétrica de cabo de aço para ponte dupla-viga .......................... 8
1.6.2.3 Talha elétrica de cabos de aço para ponte uni-viga ............................. 9
1.6.3 Carro guincho ............................................................................................. 9
1.6.4 Viga principal ........................................................................................... 10
1.6.5 Cabeceiras................................................................................................. 10
1.6.6 Trolley ...................................................................................................... 10
1.6.7 Partes de uma ponte rolante ...................................................................... 10
2 DESENVOLVIMENTO ......................................................................................... 12
2.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ...................................................................... 12
2.2 METODOLOGIA CITADA NO DESENVOLVIMENTO DO PROJETO .. 12
2.3 FLUXOGRAMA GERAL DO PROJETO ..................................................... 12
2.3.1 Tipo construtivo e capacidade .................................................................. 12
2.3.2 Estruturas .................................................................................................. 13
2.3.2.1 Classificação das estruturas dos equipamentos ................................. 13
2.3.2.2 Classificação das estruturas em grupos ............................................. 15
2.3.3 Mecanismos .............................................................................................. 16
2.3.3.1 Classificação dos mecanismos .......................................................... 16
2.3.4 Dimensionamento do Sistema de Elevação Principal .............................. 17
iii
2.3.4.1 Seleção Do Moitão ............................................................................ 18
2.3.4.2 Sistema de polias ............................................................................... 19
2.3.4.3 Diâmetro mínimo do cabo de aço ..................................................... 21
2.3.4.4 Determinação do diâmetro das polias ............................................... 22
2.3.4.5 Dimensionamento do tambor ............................................................ 23
2.3.4.5.1 Diâmetro ...................................................................................... 23
2.3.4.5.2 Nervuras e espessuras ................................................................. 23
2.3.4.5.3 Comprimento............................................................................... 24
2.3.4.6 Cálculo da potência de levantamento e seleção do motor ................. 26
2.3.4.7 Escolha do redutor de levantamento ................................................. 26
2.3.4.8 Elementos de conexão Redutor – Tambor ........................................ 28
2.3.4.8.1 Eixo passante ............................................................................... 28
2.3.4.8.2 Tampa de conexão....................................................................... 31
2.3.4.8.3 Pinos de Encaixe .......................................................................... 32
2.3.4.8.4 Acoplamento Redutor – Eixo Passante ..................................... 33
2.3.4.8.5 Mancais de suporte para o tambor............................................ 34
2.3.4.9 Freio de levantamento ....................................................................... 35
2.3.5 Movimento de translação do carro ........................................................... 36
2.3.5.1 Configuração do sistema de translação do carro ............................... 36
2.3.5.2 Mecanismo de translação do carro (direção)..................................... 36
2.3.5.2.1 Peso estimativo total do carro .................................................... 36
2.3.5.2.2 Especificação do diâmetro da roda ........................................... 37
2.3.5.2.3 Seleção dos motores de translação e redutores ........................ 40
2.3.5.2.4 Dimensionamento da viga cabeceira ......................................... 42
2.3.5.2.5 Dimensionamento da viga principal .......................................... 49
2.3.5.2.6 Cálculo da estrutura do carro .................................................... 53
2.3.5.2.7 Cálculo do centro de gravidade do carro .................................. 54
2.3.5.2.8 Rodas/Vão do carro (LAY-OUT) .............................................. 55
2.3.6 Estrutura da ponte rolante ......................................................................... 57
3 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 64
APÊNDICE A – MEMORIAL DE CÁLCULOS .......................................................... 65
APÊNDICE B – DESENHOS TÉCNICOS ................................................................... 79
iv
LISTA DE FIGURAS
v
Figura 30 - Freio de parada. Fonte - ENM, (2019)......................................................... 36
Figura 31 - Bloco de rodas selecionado. Fonte - STAHL, (2019)................................. 39
Figura 32 - trilho roda. (Fonte -
https://www.passeidireto.com/arquivo/47538926/memorial-de-calculo-ponte-
rolante.Acesso em: 02/06/2019). .................................................................................... 39
Figura 33 - Trilho TR 37. Fonte - https://www.trilhos.com.br/trilho-padrao-tr.html.
Acesso em: 02/06/2019. ................................................................................................. 40
Figura 34 - Diagrama de corpo livre da viga cabeceira. Fonte - Oliva, (2005) .............. 43
Figura 35 - Características geométricas da viga caixão. Fonte - Oliva, (2005). ............ 44
Figura 36 - Viga cabeceira. Fonte – Autor, (2019)) ....................................................... 49
Figura 37 - Dcl da viga principal do carro. Fonte - Oliva, (2005).................................. 49
Figura 38 - Viga principal. Fonte - Autor, (2019) .......................................................... 53
Figura 39 - Distância entre as rodas, Fonte – autor, (2019) ........................................... 55
Figura 40 - Planta do carro, modelo sólido. Fonte - Autor, (2019) ................................ 55
Figura 41 - Vista em pespectiva da estrutura do carro. Fonte - Autor, (2019) ............... 56
Figura 42 - Vão do carro. Fonte - Autor, (2019) ............................................................ 56
Figura 43 - Carro final. Fonte - Autor, (2019)................................................................ 57
Figura 44 - Dimensões da viga. (Fonte - https://engiobra.com/calculadoras/momento-
inercia/tubo-retangular/. Acesso em 02/06/2019) .......................................................... 59
Figura 45 - Monento de inércia da viga. (Fonte -
https://engiobra.com/calculadoras/momento-inercia/tubo-retangular/. Acesso em:
02/06/2019) ..................................................................................................................... 60
Figura 46 - Ilustração da secção considerada da viga. Fonte - TAMASAUSKAS,
ARTHUR (1994) ............................................................................................................ 61
Figura 47 - Tempo de acelerações e acelerações. Fonte - NBR 8400, (1984)) .............. 63
vi
LISTA DE TABELAS
vii
1 REVISÃO DE LITERATURA
1.1 INTRODUÇÃO
O grupo de máquinas destinadas as atividades de elevação e transporte de cargas
apresenta uma grande diversidade de equipamentos que podem ser utilizados nas mais
variadas formas para o desempenho de atividades industriais.
1
Figura 1: Ponte rolante apoiada uni-viga. (Fonte: http://www.directindustry.com/pt/prod/abus/product-14275-
543247.html. Acesso em: 14/04/2019).
2
O pórtico (Figura 3), devido a seu tipo de construção, não precisa de nenhum apoio
como o semipórtico (Figura 4), para ser montado, por isso é a solução ideal para o
transporte de materiais em espaços livres ou prédios que não foram dimensionados para
esse fim.
3
1.3 DEFINIÇÕES NORMA ABNT 8400:1984
A Norma ABNT 8400:1984 tem por objetivo fixar as diretrizes básicas para o
cálculo das partes estruturais e componentes mecânicos dos equipamentos de
levantamento e movimentação de cargas, independente do grau de complexidade ou do
tipo de serviço do equipamento, determinando: solicitações e combinações de solicitações
a serem consideradas; condições de resistência dos diversos componentes do
equipamento em relação às solicitações consideradas; condições de estabilidade a serem
consideradas.
a. Carga útil - carga que é sustentada pelo gancho ou outro elemento de içamento;
b. Carga de serviço – carga útil acrescida da carga dos acessórios de içamento;
c. Carga permanente sobre um elemento – soma das cargas das partes mecânicas,
estruturais e elétricas fixadas ao elemento, devidas ao peso próprio de cada parte.
d. Serviço intermitente – serviço em que o equipamento deve efetuar
deslocamentos da carga com numerosos períodos de parada durante as horas de
trabalho;
e. Serviço intensivo – serviço em que o equipamento é quase que permanentemente
utilizado durante as horas de trabalho, sendo os períodos de repouso muito curtos;
é particularmente o caso dos equipamentos que estão incluídos em um ciclo de
produção, devendo executar um número regular de operações;
f. Turno – Período de 8 h de trabalho;
g. Translação – Deslocamento horizontal de todo o equipamento;
h. Direção - Deslocamento horizontal do carro do equipamento;
i. Orientação – Deslocamento angular horizontal da lança do equipamento.
a. Objetivo do equipamento;
b. Classificação dos mecanismos e estruturas conforme a norma NBR 8400;
c. Tensão de alimentação;
d. Ambiente de trabalho;
e. Sistema de controle de rotação dos motores elétricos;
f. Carga útil;
g. Tipo de comando (cabine, botoeira, etc.);
h. Dispositivo de fixação da carga;
i. Vão (entre centros de trilhos);
j. Altura de elevação;
k. Velocidades;
l. Comprimento do caminho do rolamento;
m. Disponibilidade física e dimensional do local de operação do equipamento;
n. Intermitência (%) e classe de partida para os motores elétricos, conforme NBR
8400.
4
1.5 CABOS DE AÇO
Os cabos de aço são elementos mecânicos utilizados para transmissão entre grandes
distâncias. São empregados também para fins estruturais. É um tipo de transmissão
bastante econômica levando em consideração a relação entre grandes distâncias e altas
potências.
A constituição geral dos cabos de aço (Figura 5) pode ser resumida em:
5
No tipo Filler, a composição possui arames muito finos entre duas camadas. Esta
condição aumenta a área de contato, a flexibilidade, a resistência ao amassamento
e reduz o desgaste entre os arames.
A composição seale é caracterizada por possuir pelo menos duas camas adjacentes
com o mesmo número de arames. Todos os arames da camada externa nesta
composição possuem diâmetro maior para aumentar a resistência ao desgaste
provocado pelo atrito.
A composição mista é formada pela aglutinação de duas das acima citadas, como
por exemplo, a composição Warrington-Seale, que possuem as principais
características de cada composição, proporcionando ao cabo alta resistência à
abrasão conjugado com alta resistência à fadiga de flexão.
As almas de fibras em geral dão maior flexibilidade ao cabo de aço. É o tipo mais
utilizado para cargas não muito pesadas. As fibras podem ser naturais (AF) ou artificiais
(AFA). As fibras naturais utilizadas normalmente são o sisal ou o rami. Já a fibra artificial
mais usada é o polipropileno (plástico).
Para o caso A (Figura 6), pode-se utilizar o cabo de elevação do modelo 6x41
Warrigton-saele, alma de fibra (AF), torção regular, polido, pré-formado, IPS.
Para o caso B (Figura 6), o cabo para levantar cargas quentes indicado é o modelo
6x41 Warrigton-Saele, alma de fibra (AF), torção regular, polido, pré-deformado, IPS.
No caso de uma atmosfera corrosiva, é indicado o tipo de cabo de aço com alma de
aço (AACI). O fator de segurança a ser definido dependerá da aplicação do cabo de aço.
A Tabela 1 mostra os fatores de segurança recomendados pelo fabricante para
algumas utilizações comuns.
6
Figura 6: Esquema de aplicação dos cabos de aço em pontes rolantes. (Fonte: http://www.cimafbrasil.com.br.
Acesso em: 15/04/2019).
Tabela 1: Fatores de segurança para cabos de aço.( Fonte: http://www.cimafbrasil.com.br. Acesso em:15/04/2019).
1.6.1 Ponte
1.6.2 Talha
7
gancho ou dispositivo de elevação. Utiliza-se um motor elétrico com freio
eletromagnético chamado de motofreio para parar o movimento de elevação. A talha
também pode ser montada sob a viga principal da ponte com auxílio de um Trolley para
poder se deslocar na transversal da ponte, não sendo necessário o carro ponte.
Consiste basicamente em uma talha que utiliza cabos de aço para elevar as cargas
utilizando um motor elétrico na qual fica suspensa em dois apoios. Esse tipo de talha
(Figura 8) é utilizado nas pontes rolantes do tipo dupla-viga.
8
Figura 8: Talha elétrica de cabos de aço para ponte dupla-viga.( Fonte: https://www.ciriexabus-
cranes.com.br/produtos/talhas-eletricas-de-cabo/. Acesso em:16/04/2019).
Figura 9: Talha elétrica de cabo de aço para ponte uni-viga. (Fonte: https://www.ciriexabus-
cranes.com.br/produtos/talhas-eletricas-de-cabo/.Acesso em:16/04/2019)
9
1.6.4 Viga principal
É a viga mais importante da estrutura. Quando o projeto utiliza apenas uma viga,
é denominado de uni-viga, quando utiliza duas vigas é chamado de dupla-viga. Sob essa
viga, dependendo do tipo de projeto, desloca-se o carro da talha.
1.6.5 Cabeceiras
1.6.6 Trolley
Na Figura 10, pode ser visto as partes de uma ponte rolante convencional.
10
Figura 11: Sistema de translação do tipo A1. Fonte: TAMASAUSKAS, ARTHUR (2000)
11
2 DESENVOLVIMENTO
As pontes rolantes possuem uma gama muito grande de tipos, as quais podem ser
dividias em de aplicação siderúrgica ou não siderúrgica. No caso do projeto em questão,
será projetada uma ponte para uma aplicação não siderúrgica.
Item Metodologia
Mecanismos NBR 8400
Estruturas NBR 8400
Detalhes construtivos e estruturais NBR 8400 e CMAA 70/83
Motores NBR 8400, SEW Eurodrive e WEG
12
1. Capacidade Nominal (t): 45
2. Curso útil do gancho (m): 10
3. Vão da ponte rolante (m): 15
4. Aproximação máxima do carro (m): 1,5
5. Velocidade de elevação da carga (m/min): 4,0
6. Velocidade de translação do carro (m/min): 12,5
7. Velocidade de translação da ponte (m/min): 25,0
2.3.2 Estruturas
a. Classe de utilização.
b. Estado de carga.
13
Tabela 3 - Classe de utilização. Fonte - NBR 8400 (1984)
Frequência de utilização
Número convencional de
Classe de utilização do movimento de
ciclos de levantamento
levantamento
Utilização ocasional não
A regular, seguida de longos 63.000
períodos de repouso.
Utilização regular em
B 200.000
serviço intermitente.
Utilização regular em
C serviço intensivo. 630.000
Utilização em serviço
intensivo severo, efetuado,
D 2.000.000
por exemplo, em mais de
um turno.
Fração mínima da
Estado de carga Definição
carga máxima
Equipamentos levantando
excepcionalmente a carga
0 (muito leve) P=0
nominal e comumente cargas
muito reduzidas.
Equipamentos que raramente
levantam a carga nominal e
1 (leve) P = 1/3
comumente cargas de ordem
de 1/3 da carga nominal.
Equipamentos que
frequentemente levantam a
2 (médio) carga nominal e comumente P = 2/3
cargas compreendidas entre
1/3 e 2/3 da carga nominal.
Equipamentos regularmente
3 (pesado) carregados com a carga P=1
nominal.
14
Tabela 5 - Estado de tensões de um elemento. Fonte - NBR 8400 (1984)
Tabela 6 - Classificação da estrutura dos equipamentos (ou elementos da estrutura) em grupos. Fonte - NBR 8400
(1984)
Estado de cargas
(ou estado de
A B C D
tensões para um
elemento)
0 (Muito leve) 1 2 3 4
1 (Leve) 2 3 4 5
2 (Médio) 3 4 5 6
3 (Pesado) 4 5 6 6
15
2.3.3 Mecanismos
a. Classe de funcionamento
b. Estado de solicitação
16
Tabela 8 - Estado de solicitação. Fonte - NBR 8400 (1984)
Mecanismos ou elementos de
mecanismos submetidos, durante tempos
P = 1/3
2 sensivelmente iguais, a solicitações
reduzidas, médias e máximas.
Mecanismos ou elementos de
mecanismos submetidos na maioria das
P = 2/3
3 vezes a solicitações próximas à
solicitação máxima.
Dados de entrada
17
o Número de partidas por hora;
o Temperatura ambiente;
o Classe do gancho.
Dados de saída
18
pela necessidade de um fator de segurança para a carga de trabalho (1,32) quanto pelo
diâmetro (740 mm) das polias móveis contidas neste componente, mais seguras para o
enrolamento do cabo.
De posse do tipo de moitão empregado – pelo fato deste possuir 4 polias – foi
estabelecida a escolha de um sistema gêmeo de polias com 8 cabos, como ilustra a (Figura
13), desta forma a carga de trabalho tracionando cada segmento do cabo de aço do sistema
é de apenas 1\8 da carga total.
19
A fabricante CIMAF [6] bem como a NBR 8400 [1] permitem um desvio máximo
de cerca de 3,5º considerando a polia. Assim, chegou-se na distância vertical mínima em
que o moitão poderia se aproximar do carro sem haver desgaste acentuado do cabo devido
à fricção, visto ser a condição mais desfavorável. Distâncias de 3100 mm do centro das
polias fixas ou 4050 mm do centro do tambor (ao centro das polias do moitão) conforme
a Figura 14 e 15 demonstram, atendem ao requisito.
Figura 14 - Representação das distâncias entre polias e tambor. Fonte - Autor, (2019)
Figura 15 - Representação da distância entre polias e tambores com os valores. Fonte - Autor, (2019)
20
2.3.4.3 Diâmetro mínimo do cabo de aço
𝑑𝑐 = 𝑄√𝑇𝑐 (2)
O esforço de tração máxima TC que atua sobre o cabo no caso 1 (serviço normal
sem vento) é determinado a partir do esforço estático e do coeficiente de majoração.
𝑺𝑳
𝑻𝒄 = 𝒏 𝟏𝟎−𝟏 (3)
𝑪 𝜼𝑪
𝜼𝑪 = 𝜼𝑷 𝒏𝒑 (4)
Onde:
TC – É o esforço máximo de tração nos cabos (daN)
ηC – Rendimento mecânico do sistema de cabeamento
SL – Carga de serviço (carga útil + peso próprio dos acessórios)
ηP – Rendimento mecânico do mancal da polia (0,99 mancais de rolamento)
np - Número de polias rodando a contar com a equalizadora
O valor de TC encontrado para este projeto foi de 6809,2105 daN, para uma
capacidade nominal de 45 t, como pode ser visto no apêndice A.
GRUPO DE
CABO NORMAL CABO NÃO ROTATIOV
MECANISMOS
1 Bm 0,265 0,280
1 Am 0,280 0,300
2m 0,300 0,335
3m 0,335 0,375
4m 0,375 0,425
5m 0,425 0,475
21
Utilizando-se a equação (1), com base na norma NBR 8400 [1], encontrou-se um
diâmetro de aproximadamente 27,9 mm. Escolheu-se o cabo POWER-PAC, diâmetro 28
mm, com fator de segurança superior a 6 e carga de ruptura de 630 kN.
A escolha do diâmetro das polias, de acordo com a norma NBR 8400 [1], é feito
com base do diâmetro mínimo de enrolamento de um cabo, que é definido pela equação
(5):
𝐷𝑒 = 𝐻1 × 𝐻2 × 𝑑𝑐 (5)
Polias de
Tambores Polias
compensação
Grupo de
Cabo Cabo Cabo
mecanismos Cabo Cabo Cabo
não não não
normal normal normal
rotativo rotativo rotativo
1 Bm 16,000 16,000 16,000 18,000 14,000 16,000
1 Am 16,000 18,000 18,000 20,000 14,000 16,000
2m 18,000 20,000 20,000 22,400 15,000 16,000
3m 20,000 22,400 22,400 25,000 16,000 18,000
4m 22,400 25,000 25,000 28,000 16,000 18,000
5m 25,000 28,000 28,000 31,500 18,000 20,000
Wt H2
≤ 1
6a9 1,12
≥ 10 1,25
22
2.3.4.5 Dimensionamento do tambor
2.3.4.5.1 Diâmetro
Seguindo as considerações a respeito do diâmetro externo primitivo, três requisitos
são pontuados:
Diâmetro de enrolamento recomendável de acordo com a NBR 8400 [1]
Diâmetro de enrolamento mínimo e recomendável de acordo com a
fabricante CIMAF [6]
Respeito à velocidade de elevação de 4m\min do projeto
Tendo sido analisados os dois primeiros pontos acima, o diâmetro final escolhido
de 800 mm se deu após a obtenção da potência do motor do sistema de elevação, seu
torque e rotação e, por fim, após o cálculo da redução necessária atende a:
Valor acima do mínimo explicitado pela CIMAF [6] (560 mm) e NBR
8400 [1] (630 mm);
Valor próximo ao dito recomendável pela CIMAF [6] (860 mm);
Diâmetro normatizado pela NBR 11375 [14];
2.3.4.5.2 Nervuras e espessuras
Tabela 14 - Dimensões recomendáveis para usinagem das nervuras. Fonte - NBR 11375, (1992).
23
Figura 17 - Denominações de diâmetro no tambor. Fonte - NBR 11375, (19920)
2.3.4.5.3 Comprimento
24
Comprimento das duas seções ranhuradas de acordo com o passo ac (Figura 18) e o
número de voltas necessárias para o enrolamento do cabo nrt.
𝐧𝐜 ∙𝐡𝟏
𝐧𝐫𝐮 = +2 (9)
𝛑𝐃𝐞𝐭
𝐏 = 𝐩𝐚𝐬𝐬𝐨 𝟑𝟐 (10)
Onde:
- lt é o comprimento do tambor, em mm
- nrt é o número total de ranhuras do tambor
- ac é o passo de cabo de aço, em mm
- a1 é a distância entre o início do ranhuramento do tambor, em mm
- a2 é a distância entre o clip de fixação do cabo de aço e o flange externo, em mm
- nru é o número de ranhuras úteis
- h1 é a altura de elevação ou curso útil do bloco do gancho, em mm
Obteve-se o valor de lt de 1655 mm, tomando a1 como 100 mm, a2 como 200
mm e o número de voltas na ranhura a partir do curso útil do gancho h1 (10 m) aumentado
25
em 4 vezes (devido ao sistema de polias empregado) dividido pelo comprimento
circunferencial externo do tambor acrescido de 2 voltas extras para segurança do
enrolamento e fixação do cabo, conforme NBR 11375 [14].
(𝑺𝒍 .𝒗𝒍 )
𝑷𝟏 = 𝒌𝑾 (11)
𝜼𝟏 .𝜼𝟐
A potência calculada foi de 32,57 KW, como base nisso, selecionou-se um motor
da fabricante WEG de 37 KW, carcaça 225S,M e rotação de 1180 rpm com 6 pólos.
26
Onde:
𝟏𝟐,𝟓𝟔𝟓∙𝒇𝒓
𝒏𝟏 = 𝟎, 𝟗𝟓 𝑟𝑎𝑑/𝑠 (15)
𝒏𝒑
𝑓𝑟 = Frequência – 60 𝐻𝑧;
𝑛𝑝 = Número de polos do motor elétrico (6 polos).
Admitindo-se 5% de escorregamento para o motor.
𝟑𝟏𝟒𝟏∙𝒏𝒄 ∙𝒗𝒍
𝒏𝒕 = (16)
𝒏𝑪𝑬𝑵 𝝅∙𝑫𝒆𝒕
27
2.3.4.8 Elementos de conexão Redutor – Tambor
Esta conexão basicamente será um flange presa ao eixo do tambor por meio de
estrias. No flange haverá cerca de seis pinos defasados em 60º soldados. Os pinos serão
do tipo – extremidade abaulada e estão conectados ao flange do tambor em buchas
cilíndricas.
O elemento central desta montagem é o eixo tubular. Para seu encaixe fora decidido
por usar a conexão estriada, tanto para o acoplamento quanto para as flanges do tambor,
como ilustra Figura 21. Para tanto, fora dimensionado para fadiga e posteriormente
dimensionados os conjuntos de estrias.
28
Figura 21 - Representação do eixo tubular estriado. Fonte - Autor, (2019)
Tomando a carga de trabalho máxima determinada para o cabo (sem a divisão pelo
número correspondente – 8) mais o peso do tambor estimado com os cabos já enrolados
e o torque do conjunto, os diagramas de esforços foram traçados (Figura 22)
possibilitando visualizar a seção crítica como sendo onde há o ressalto para acomodar a
conexão estriada com os flanges laterais do tambor.
29
Figura 23 - Esforços internos de cortante, torçor e fletor. Fonte - Autor, (2019)
E as tensões de resistência foram obtidas assumindo o material como aço AISI 1140
temperado a banho de óleo e revenido a 315 ºC com tensão de escoamento Sy de 1280
MPa e tensão última Sut de 1460 MPa, segundo Budynas & Nisbett (2008).
Em seguida o fator de segurança mínimo aceito foi o obtido por meio das tabelas
24 e 25 (item 6.6.1) da NBR-8400, onde é especificado o uso do fator q como 1,25 (grupo
de mecanismo 3m) e o fator de segurança mínimo de 2,8 (caso I de solicitação), resultando
em um FS total de 3,5, tendo o obtido um valor de 3,81.
Por fim foram escolhidas estrias de perfil evolvental de forma a se ter maior
resistência ao escoamento estático, reduzir a concentração de tensão e facilitar a usinagem
(fresa tangencial). Foram obtidos por meio da norma DIN 5480 [16], os parâmetros de
número, dimensões e tolerância, conforme Figura 23.
30
Figura 24 - parâmetros para a usinagem das estrias. Fonte – DIM 5480, (1981))
Para o devido encaixe eixo – tambor, este elemento teve de ser devidamente
desenhado. Consiste em uma peça responsável por sustentar o peso do tambor e transmitir
o torque deste por meio das estrias e dos furos para os pinos de encaixe. Assim, para
verificar a validade da não ocorrência de uma falha, considerou-se a verificação de:
Falha na região estriada, já analisada para o eixo (A – Figura 25);
Falha estática devido ao torque transmitido na região de disco, dependente
da espessura da parede (B)
Fadiga por cisalhamento do ponto onde há o filete entre a região de cubo e
a região do disco (utilizada para se apoiar o tambor em si), considerando
tensões cisalhantes média devido ao torque e alternada devido ao cortante
(C).
31
Figura 25 - Ilustração renderizada do conjunto de transmissão do tambor. Fonte - Autor, (2019)
Onde a tensão de resistência reduzida Seq é dada, conforme Budynas & Nisbett (2008)
como:
𝑆𝑒𝑞 = 𝑆𝑒′ ∗ 𝑘𝑎 𝑘𝑏 𝑘𝑐 𝑘𝑑 𝑘𝑒 𝑘𝑓
= 0,67𝑆𝑢𝑡 ∗ 4,51 ∗ (𝑆𝑢𝑡 −0,265 ) ∗ 1 ∗ 0,59 ∗ 1 ∗ 0,868 ∗ 1
E as tensões de resistência foram obtidas assumindo o mesmo aço AISI 1140 empregado
para o eixo, com o mesmo tipo de tratamento térmico. No fim, tem-se um Fator de
segurança aceitável de 3,52.
Para a falha estática considerou-se a falha por cisalhamento simples em uma área
retangular compreendida pela espessura da parte disco (B) e o diâmetro dos furos para se
acomodar os pinos. Constatou-se segurança visto o material necessário para se prevenir
a fadiga. A tensão máxima encontrada não supera a ordem de grandeza de 100 MPa.
32
a formação de um ressalto para possibilitar a desmontagem ocasional do sistema,
conforme Figura 26 ilustra.
33
Figura 27 - Acoplamento selecionado e seus parâmetros. Fonte – Catálogo NORMEX, (2019)
34
Figura 29 - mancal do tambor. Fonte - catálogo NSK, 2019.
Onde:
Mt1 é o torque mínimo de frenagem para um freio aplicado no sistema de levantamento,
considerando um sistema de controle de rotação do motor não-mecânico, em N.m.
Mc é o torque proveniente da carga no eixo onde é aplicado o freio, isto é, o torque do
motor.
𝟗𝟓𝟒𝟗,𝟐𝟗𝟔𝟓𝟖𝟓𝟒𝟖.𝑷𝒎𝒐𝒕𝒐𝒓
𝑴𝒄 = (22)
𝒏𝒎𝒐𝒕𝒐𝒓
Que será:
Com base no torque encontrado, selecionou-se o freio de acordo com o catálogo de Freios
de parada da EMH, o freio de parada selecionado para o sistema de elevação foi FNN
4050:
35
Figura 30 - Freio de parada. Fonte - ENM, (2019).
O trabalho foi desenvolvido com base na configuração o tipo A-4, com sistema de
motofreio, redutor e rodas individual para cada cabeceira.
Para o cálculo do peso próprio estimado total do carro a ser transladado, deve-se
levar em consideração o peso próprio total do sistema de elevação, o peso próprio
estimado para a estrutura do carro e o peso próprio estimativo do sistema de translação
do carro.
1. Bloco do gancho;
2. Cabo de aço;
3. Polia compensadora;
4. Polias fixas na estrutura (se aplicáveis)
5. Tambor
6. Redutor de levantamento
7. Motor de levantamento
8. Acoplamentos flexíveis e semi-flexíveis, se aplicáveis;
9. Eixos;
10. Pedestal para apoio do mancal do tambor;
11. Freio de para de carga;
12. Sistema de controle de rotação;
13. Conexão especial tambor x redutor;
36
14. Chaves limites fim do curso de levantamento;
15. Fiação, dutos e caixa de passagem;
16. Painéis elétricos;
17. Dispositivos auxiliares de fixação da carga.
Onde:
1. Motor de translação;
2. Redutor de translação;
3. Rodas livres;
4. Eixo das rodas livres;
5. Rodas de tração;
6. Eixos das rodas de tração;
7. Mancais e caixa de mancais das rodas livres;
8. Mancais e caixa de mancais das rodas de tração;
9. Freio de parada do sistema de translação;
10. Acoplamentos flexíveis;
11. Acoplamentos semi-flexíveis;
12. Eixos de transmissão.
Portanto, o peso próprio estimativo total do carro a ser transladado pode ser calculado
utilizando-se a equação (25).
O peso estimativo total do carro, isto é, Ftc, foi de 11,352 t. Os cálculos podem ser
vistos no Apêndice A.
37
No presente projeto, a ponte opera em condições normais, sem estar submetida a
excepcionalidades, portanto, a NBR 8400 [1] recomenda que:
𝐹𝑟𝑐
≤ 𝑃𝑙𝑖𝑚 ∙ 𝑐1 ∙ 𝑐2 [𝑑𝑎𝑁/𝑚𝑚2 ] (26)
𝑏∙𝐷𝑟𝑐
Onde:
Frc é a carga média na roda do carro, em daN
b é a largura útil do boleto do trilho, em mm
Drc é o diâmetro da roda do carro, em mm.
Plim é a pressão limite em função da tensão máxima do material da roda, em daN/mm 2
(valores conforme a NBR 8400 [1], página 64, tabela 30);
c1 é um coeficiente que depende da rotação da roda ou do diâmetro e velocidade de
translação – NBR 8400 [1] – página 65 – tabelas 31 e 32;
c2 é o coeficiente que depende do grupo de classificação do mecanismo de translação –
NBR 8400 [1] – página 65 – tabela 33.
Através da equação (27), é possível obter uma estimativa para a carga máxima na
roda (Fcmáx):
𝐹𝑡𝑐 +𝑊𝑢
𝐹𝑐𝑚á𝑥 = (27)
𝑛𝑟𝑐
Onde:
nrc é o número de rodas do carro;
Fcmáx é a carga máxima na roda do carro, em N
𝐹
𝐹𝑐𝑚í𝑛 = 𝑛𝑡𝑐 [𝑁] (28)
𝑟𝑐
Portanto, a carga média pode estimada nas rodas do carro (NBR 8400[1]), em daN:
2∙𝐹𝑐𝑚á𝑥 +𝐹𝑐𝑚𝑖𝑛
𝐹𝑟𝑐′ = [ ] ∙ 10−1 (29)
3
Selecionou-se rodas com diâmetro de 315 mm, feitas do material ferro fundido
nodular, da fabricante STAHL. Como foi selecionado um conjunto que inclui todoas os
componentes, como: rodas, eixos, rolamentos etc, não há a necessidade do
dimensionamento de tais componentes, apenas da determinação do diâmetro de roda
recomendado para o projeto.
38
O valor encontrado para a reação máxima na roda do carro foi de 14489,3 kgf.
Para calcular a reação mínima (Rmín/R), desconsiderou-se a carga útil de 45 t e utilizou-se
a equação 28, no caso, o valor encontrado foi de 3239,3 kgf.
O valor da reação média foi calculado com base nos valores de R cmáx e Rcmín
através da equação (29):
39
Figura 33 - Trilho TR 37. Fonte - https://www.trilhos.com.br/trilho-padrao-tr.html. Acesso em: 02/06/2019.
Onde:
Q é a carga útil; (45 t)
Q0 é o peso do moitão; (1 t)
Qc é o peso estimado do carro; (11,352 t);
Vdir é a velocidade de direção; (12,5 m/s);
𝜂𝑟𝑒𝑑 é o rendimento (0,9853 = 0,9557);
Wt é a resistência no deslocamento das rodas (8,5).
40
Tabela 15 - Diâmetro da roda/resistência específica ao deslocamento. Fonte - TAMASAUSKAS, ARTHUR (1994)
Dr (mm) 200 250 315 400 500 630 710 800 900 1000 1120 1250
Wt 10,5 9,5 8,5 8,0 7,5 7,0 7,0 6,5 6,5 6,5 6,0 6,0
(N/KN)
𝑉𝑑𝑖𝑟 0,5125
𝑡𝑐𝑒𝑙 = 6,488 ( ) (31)
60
(𝑄+𝑄 +𝑄𝑐 )
𝑃𝑚𝑎𝑑 = 75∙602 ∙𝑔∙𝑡 0 ∙ 𝑉𝑑2 ∙ 𝛽 (32)
𝑐𝑒𝑙 ∙𝜂𝑟𝑒𝑑,𝑑𝑖𝑟 ∙
E por fim, calculou-se a potência final do motor, a partir dos valores de Pmdr e Pmad,
utilizando-se a equação (33).
(𝑃𝑚𝑎𝑑 +𝑃𝑚𝑑𝑟 )
𝑃𝑚𝑑 = ∙ 𝑓1 ∙ 𝑓2 ∙ 𝑓3 (33)
𝑅𝑇 ∙𝑁𝑚𝑑
A redução necessária, que é dada pela razão entre a rotação do motor e a rotação
da roda é de 272,37.
(𝑃𝑚𝑟𝑑 +𝑃𝑚𝑎𝑑 )
𝑃𝑟𝑒𝑑.𝑑𝑖𝑟. = 𝑟𝑡 .𝑁𝑚𝑑
𝑓𝑟𝑒𝑑.𝑑𝑖𝑟 (34)
Onde:
41
fred.dir = fator de serviço (1,575 – conforme o catálogo do redutor SEW)
rt = fator de partida do motor escolhido (1,5)
Nmd = número de motores na direção (2).
75.60.9,8.𝑃𝑟𝑒𝑑.𝑑𝑖𝑟.
𝑇𝑟𝑒𝑑.𝑑𝑖𝑟. = ( ) (35)
2.𝜋.𝑁𝑟𝑐
Dados iniciais
42
Figura 34 - Diagrama de corpo livre da viga cabeceira. Fonte - Oliva, (2005)
Onde:
x1 = 320 mm = 0,32 m é a distância do tambor até a extremidade da viga;
x2 = 1340 mm = 1,34 m é a distância do cento de entrada do retudot até a extremidade
da viga
c = 150 mm = 0,15 m Distância do centro de entrada do redutor até a extremidade da
viga principal
c2 = 480 mm = 0,480 m
Dr = 2680 mm = 2,68 m Distância entre as rodas do carro
Dt = 800 mm = 0,7 m Diâmetro do Tambor elev.
σy = 2530 kgf.cm2 Tensão de escoamento
Na figura (35), pode ser visto às características da seção da viga escolhida para o
projeto, no caso, uma viga em caixão.
43
Figura 35 - Características geométricas da viga caixão. Fonte - Oliva, (2005).
Onde:
b = 347 mm = 34,7 cm
talma = 25,4 mm = 2,54 cm
taba = 8,0 mm = 0,80 cm
d = 249 mm = 24,9 cm
hc = 390 mm = 39 cm
A1 = 27,76 cm2
A2 = 99,06 cm2
At = 253,64 cm2 = 0,025 m²
qcab = 199,11 kgf/m
Gcab = 586,97 kgf = Peso da viga cabeceira
Carregamentos:
Gt1 = 1730 kgf = Peso do tambor
Gr1 = 2300 kgf = Peso do redutor
nc = 8 cabos = Número de cabos
Q = 45 000 kgf = Capacidade de elev.
Qm 1000 kgf = Peso do moitão
ψ = 0 ,15 coeficiente de impacto
44
- Propriedades geométricas da viga cabeceira
𝑏3 . 𝑡𝑎𝑏𝑎
𝑱𝒚𝟏 = = 2785,46 𝑐𝑚4
12
Momento de inércia em relação ao eixo x da alma da viga.
ℎ𝑐 3 . 𝑡𝑎𝑙𝑚𝑎
𝑱𝒙𝟐 = = 12555,86 𝑐𝑚4
12
Momento de inércia em relação ao eixo y da alma da viga.
3
𝑡𝑎𝑙𝑚𝑎 . ℎ𝑐
𝑱𝒙𝟐 = = 53,26 𝑐𝑚4
12
Momento de inércia em relação ao eixo x da viga.
ℎ𝑐+𝑡𝑎𝑏𝑎 2
𝐽𝑥𝑥 = 2 [𝐽𝑥1 + 𝐴1 ( ) + 𝐽𝑥2] = 47101,16 cm4
2
Para o cálculo dos esforços que podem ser vistos na figura (36), utilizou-se as
seguintes equações:
𝑄+𝑄𝑐
𝐹𝑐 = ( ) (1 + 𝜓 ) (36)
𝑛𝑐
Onde:
45
Fc , na equação (16), é a força devido a capacidade nominal e ao moitão;
Qc é o peso do moitão;
Q é a capacidade nominal;
Nc é o número de cabos;
Ψ é o coeficiente de impacto.
Para calcular a força devido ao redutor e ao tambor, utilizou-se a equação (37):
𝐺𝑡1
𝑃1 = + 𝐺𝑟1 + 𝐹𝑐 (37)
2
Onde:
P1 é a resultante devido ao tambor, redutor e Fc;
Gt1 é o peso do tambor;
Gr1 é o peso do redutor;
Fc é a força calculada pela equação (36).
𝑛𝑐 +4
𝑃2 = (𝑄 + 𝑄𝑚 )(1 + 𝜓) (38)
2.𝑛𝑐
2
𝑃3 = (𝑄 + 𝑄𝑚 )(1 + 𝜓) 𝑛 (39)
𝑐
Através da equação (40), calculou-se o momento Mr causado pela força Fc,
𝑀𝑟 = 𝐹𝑐 ∙ 𝐷𝑡 (40)
Em seguida calculou-se a reação máxima gerada na viga através da equação (41), obtida
através do equilíbrio das forças na viga.
2
𝑀𝑦𝑚á𝑥 = 𝑀𝑥𝑚á𝑥 . 𝑎𝑝 . 𝑔 (43)
46
Nos cálculos, vamos considerar que Qy = Rmáx.
𝑀𝑥𝑚á𝑥 𝑀𝑦𝑚á𝑥
𝜎1𝑚á𝑥 = ( + ) (44)
𝑤𝑖𝑥𝑥 𝑤𝑖𝑦𝑦
−𝑀𝑥𝑚á𝑥 −𝑀𝑦𝑚á𝑥 𝑑
𝜎2𝑚á𝑥 = ( + 𝑥 𝑏) (45)
𝑤𝑖𝑥𝑥 𝑤𝑖𝑦𝑦
ℎ 𝑡𝑎𝑏𝑎
𝑀𝑠 = 𝑏. 𝑡𝑎𝑏𝑎 ( 2𝑐 + ) (48)
2
𝑄𝑦 .𝑀𝑠
𝜏3𝑚á𝑥 = 2𝑡 (49)
𝑎𝑏𝑎 .𝐽𝑥𝑥
𝑄𝑦
𝜏4𝑚é𝑑 = 2ℎ𝑐.𝑡 (50)
𝑎𝑙𝑚𝑎
Os cálculos das tensões combinadas podem ser feitos através das equações (51) e
(52):
2 2
𝜎3𝑐𝑜𝑚𝑏 = √𝜎3𝑚á𝑥 + 3𝜏3𝑚á𝑥 (51)
2 2
𝜎4𝑐𝑜𝑚𝑏 = √𝜎4𝑚á𝑥 + 3𝜏4𝑚é𝑑 (52)
47
Verificação a fadiga
Tensão mínima devido ao próprio peso:
𝐺𝑡1
𝑃10 = + 𝐺𝑟1 (53)
2
1,1.𝑞𝑐𝑎𝑏.(𝑥2−𝑐)2
𝑀𝑥0 = 𝑅𝑚á𝑥0 (𝑥2 − 𝑐 ) − 𝑃10 (𝑥2 − 𝑥1 − 𝑐) − [ ] (55)
2
Onde:
qcab é uma propriedade da geometria da viga, em kgf/m.
Verificação da solda
Cálculo do cordão de solda:
5
𝑡𝑠 = 𝑚𝑚 (56)
√2
𝑄𝑦𝑚á𝑥 .𝑀𝑠
𝜏𝑠𝑚á𝑥 = (57)
2𝑡𝑠 .𝐽𝑥𝑥
48
Figura 36 - Viga cabeceira. Fonte – Autor, (2019))
As distribuições dos esforços na viga principal podem ser vistas na Figura (37).
Onde:
Gm é o peso do motor e os outros carregamentos são os mesmos da viga cabeceira.
V = 4250 mm
B = 490/2 = 245 mm
Z1 = 938 mm
C2 = 480 mm
P2 = 14679,75 kgf
P3 = 17616,13 kgf
Peso do motor: 428 kgf
49
Características geométricas da viga principal
A viga principal possui uma geometria idêntica a da viga cabeceira (Figura 36),
onde as dimensões são:
b = 350 mm = 35 cm
talma = 9,5 mm = 0,95 cm
taba = 15,8 mm = 1,58 cm
d = 280 mm = 28 cm
hc = 550 mm = 55 cm
At = 215,1cm2 = 0,02 m2
qviga = 1687 kgf /m
A1 = b x taba = 55,3 cm2
A2 = hc x talma = 52,25 cm2
At = 2 x ( A 1 + A2 ) = 215, 1 cm2
Gv1 = qviga x V x 1,1 = 789,39 kgf – Peso da viga Principal
3
𝑡𝑎𝑏𝑎 .𝑏
𝑱𝒙𝟏 = = 1,48 𝑐𝑚4
12
Momento de inércia em relação ao eixo y da aba da viga.
𝑏3 . 𝑡𝑎𝑏𝑎
𝑱𝒚𝟏 = = 2785,46 𝑐𝑚4
12
Momento de inércia em relação ao eixo x da alma da viga.
ℎ𝑐 3 . 𝑡𝑎𝑙𝑚𝑎
𝑱𝒙𝟐 = = 12555,86 𝑐𝑚4
12
Momento de inércia em relação ao eixo y da alma da viga.
3
𝑡𝑎𝑙𝑚𝑎 . ℎ𝑐
𝑱𝒚𝟐 = = 53,26 𝑐𝑚4
12
Momento de inércia em relação ao eixo x da viga.
ℎ𝑐+𝑡𝑎𝑏𝑎 2
𝐽𝑣𝑥𝑥 = 2 [𝐽𝑥1 + 𝐴1 ( ) + 𝐽𝑥2] = 114881,55 cm4
2
𝑑+𝑡𝑎𝑙𝑚𝑎 2 𝑏3 .𝑡𝑎𝑙𝑚𝑎
𝐽𝑣𝑒𝑥𝑥 = [𝐽𝑥1 + 𝐴2 ( ) +( )]= 52551,22 cm4
2 12
50
𝐽𝑣𝑥𝑥
𝑊1𝑥𝑥 = = 3950,53 𝑐𝑚4
(0,5ℎ𝑐 + 𝑡𝑎𝑏𝑎 )
Pontos de vibra no eixo y da viga.
2 . 𝐽𝑥𝑥
𝑊𝑣𝑦𝑦 = = 1896,78 𝑐𝑚4
𝑏
Onde também:
h0 = hc + taba = 56,58 cm
b0 = c + talma = 16,95 cm
Wt = 2.h0.b0.taba = 2851,75 cm3
𝑉 𝑉 𝑧1 𝑉
𝑀𝑥𝑣𝑖𝑔𝑎 = 𝑃2 ( 2 − 𝐵) + 𝑃3 (4 ) + 𝐺𝑚1 ( 2 ) + 𝐺𝑣1 ( 8 ) (57)
Onde:
V é o comprimento da viga;
B é a distância entre os carregamentos mostrados na figura (37);
Z1 é a distância entre o peso do motor e a extremidade da viga.
A força que leva em consideração P2, P3 e Gm1 pode ser encontrada através da
equação (59):
𝑧1
𝑄𝑦 = 𝑃2 + (0,5. 𝑃3 ) + 𝐺𝑚1 ( 𝑉 ) (59)
𝑀𝑡 = 𝑃3. 𝑐2 (60)
Na verificação do limite elástico para flambagem, o cálculo das tensões, ocorreu
de maneira semelhante aos cálculos feitos para a viga cabeceira.
𝑀𝑥𝑣𝑖𝑔𝑎 𝑀𝑦𝑣𝑖𝑔𝑎
𝜎1𝑚á𝑥 = ( + ) (61)
𝑤𝑣𝑥𝑥 𝑤𝑣𝑦𝑦
−𝑀𝑥𝑣𝑖𝑔𝑎 −𝑀𝑦𝑣𝑖𝑔𝑎 𝑑
𝜎2𝑚á𝑥 = ( + 𝑥 𝑏) (62)
𝑤𝑣𝑥𝑥 𝑤𝑣𝑦𝑦
51
Para o cálculo da tensão de cisalhamento, necessitou-se calcular, inicialmente, o momento
estático na aba da viga de acordo com a equação (65):
ℎ 𝑡𝑎𝑏𝑎
𝑀𝑠 = 𝑏. 𝑡𝑎𝑏𝑎 ( 2𝑐 + ) (65)
2
𝑄𝑦 𝑀𝑡
𝜏3𝑚á𝑥 = 2𝑡 + 𝑊𝑡 (66)
𝑎𝑏𝑎 .𝐽𝑣𝑥𝑥
𝑄𝑦 𝑀𝑡
𝜏4𝑚é𝑑 = 2ℎ𝑐.𝑡 + 𝑊𝑡 (67)
𝑎𝑙𝑚𝑎
Os cálculos das tensões combinadas podem ser feitos através das equações (68) e
(69):
2 2
𝜎3𝑐𝑜𝑚𝑏 = √𝜎3𝑚á𝑥 + 3𝜏3𝑚á𝑥 (68)
2 2
𝜎4𝑐𝑜𝑚𝑏 = √𝜎4𝑚á𝑥 + 3𝜏4𝑚é𝑑 (69)
𝑉−𝑧1 𝑉 𝑉
𝑀𝑥0𝑣𝑖𝑔𝑎 = 𝐺𝑚1 ( ) (2 ) + 𝐺𝑣1 (8 ) (70)
𝑉
−𝜎1𝑚á𝑥
𝜎𝐹𝑚á𝑥 = ( ) (71)
𝑀𝑥
Verificação da solda
Cálculo do cordão de solda:
5
𝑡𝑠 = 𝑚𝑚 (72)
√3
8
𝑡𝑠 = 𝑚𝑚 (73)
√2
𝑄𝑦𝑚á𝑥 .𝑀𝑠 𝑀𝑡
𝜏𝑠𝑚á𝑥 = + 2.𝑡𝑠.(𝑏.ℎ𝑐) (74)
2𝑡𝑠 .𝐽𝑣𝑥𝑥
52
𝑄𝑦𝑚á𝑥 .𝑀𝑠𝑒𝑥 𝑀𝑡
𝜏𝑠𝑚á𝑥 = + 2.𝑡𝑠𝑒𝑥.𝑏.ℎ𝑐𝑎𝑏 (75)
2𝑡𝑠𝑒𝑥 .𝐽𝑣𝑥𝑥
53
2.3.5.2.7 Cálculo do centro de gravidade do carro
MASSA
EQUIPAMENTO X(CM) Y(CM) M*X M*Y
(KG)
MOTOR DE ELEVAÇÃO 428 93,8 134 40146,4 57352
REDUTOR DE ELEVAÇÃO 1400 -8,5 202,2 -11900 283080
FREIO DE ELEVAÇÃO 100 37,7 118 3770 11800
ACOPLAMENTO DO MOTOR 162 45,5 134 7371 21708
MOTOFREIO + REDUTOR
118 42,5 0 5015 0
ESQ.
MOTOFREIO + REDUTOR
118 382,25 0 45105,5 0
DIR.
RODA LIVRE ESQ. 110 0 268 0 29480
RODA LIVRE DIR. 110 425 268 46750 29480
ESTRUTURA DO CARRO 1963,33 216,8 134 425649,9 263086,2
CONJUNTO POLIAS 800 216,8 134 173440 107200
BALANCIM 100 216,8 86 21680 8600
TAMBOR + CABOS 1730 2016,8 236 3489064 408280
RODA MOTORA ESQ. 110 0 0 0 0
RODA MOTORA DIR. 110 425 0 46750 0
SOMATÓRIA 7359,33 4292842 1220066
X(CM) 583,319656
Y(CM) 165,784959
54
2.3.5.2.8 Rodas/Vão do carro (LAY-OUT)
2680
55
Na Figura 41 temos a vista em perspectiva do carro.
Figura 41 - Vista em pespectiva da estrutura do carro. Fonte - Autor, (2019)
2700
56
Figura 43 - Carro final. Fonte - Autor, (2019).
A flecha na viga não deve exceder o valor do vão (entre linha de centro de trilhos)
dividido por 800, de acordo com a CMAA # 70 [02] - Revisão 1983 - página 33 - item
3.5.6.1:
𝐥𝐩
𝐟𝐚𝐜 ≤ 𝟖𝟎𝟎 [𝐦𝐦] (76)
Onde:
𝑙𝑝 = vão da ponte, 15000 mm;
𝑓𝑎𝑐 = flecha total nas vigas principais, em mm.
Logo,
𝑓𝑎𝑐 ≤ 18,75 [𝑚𝑚]
𝐖𝐮 +𝐅𝐭𝐜
𝐅𝐜𝐦á𝐱 = (77)
𝐧𝐫𝐜
Onde:
𝑊𝑢 = carga útil a ser levantada, 441 450 N;
𝐹𝑡𝑐 = peso próprio total do carro, 97 020,9 N;
𝑛𝑟𝑐 = número de rodas do carro, 4.
Logo,
𝐹𝑐𝑚á𝑥 = 134 617,725 𝑁
57
Impor a condição de flecha máxima admissível, ou seja, flecha devida ao peso
𝑙𝑝
próprio total do carro e carga útil a ser levantada, igual a 800.
E, sabendo-se que:
𝟐
𝐅𝐜𝐦á𝐱 ∗(𝐥𝐩 − 𝐚𝐫 )∗[𝟑𝐥𝟐𝐩 −(𝐥𝐩 −𝐚𝐫 ) ]
𝐟𝐜 = (78)
𝟒𝟖∗𝐄∗𝐈𝐱
Onde:
𝑓𝑐 é a flecha, devido ao peso próprio do carro e carga,em mm.
𝑙𝑝 é o vão da ponte rolante, 15000 mm.
𝑎𝑟 é a distância entre rodas do carro, 2680 mm.
𝐸 é o módulo de elasticidade do aço, 200 000 MPa.
𝐼𝑥 é o momento de inércia para a viga da ponte, em mm4.
Considerando 𝑓𝑐 = 𝑓𝑎𝑐 , temos que:
Onde:
𝐼𝑥𝑠 = momento de inércia estimativo para seleção da viga da ponte.
Logo,
𝐼𝑥𝑠 = 7,23. 109 𝑚𝑚4
Definindo as dimensões da viga caixão (Figura 43), temos o seguinte valor de
momento de inércia (Figura 44):
58
Figura 44 - Dimensões da viga. (Fonte - https://engiobra.com/calculadoras/momento-inercia/tubo-retangular/.
Acesso em 02/06/2019)
59
Figura 45 - Monento de inércia da viga. (Fonte - https://engiobra.com/calculadoras/momento-inercia/tubo-
retangular/. Acesso em: 02/06/2019)
Logo,
𝐼𝑥𝑣 = 18,4572 ∗ 109 𝑚𝑚4
Com a seleção preliminar da viga, podemos então verificar a flecha total, como segue:
𝑓𝑐𝑡 = 𝑓𝑐1 + 𝑓𝑐2 + 𝑓𝑐3 (80)
Onde:
𝑓𝑐𝑡 é a flecha total estimativa na viga principal, em mm;
𝑓𝑐1 é a flecha devida ao carro e à carga, considerando-se a viga selecionada, em mm;
𝑓𝑐2 é a flecha devida ao peso próprio da viga, em mm;
𝑓𝑐3 é a flecha devida à cabine de comando, em mm.
60
Podemos desconsiderar a flecha devida à cabine de comando, pois a cabine
utilizada no projeto é de comando aberta e seu peso é desprezível.
𝑓𝑐1 = 5,89 𝑚𝑚
𝑓𝑐2 = 2,07
𝑓𝑐3 = 0 𝑚𝑚
𝑓𝑐𝑡 = 7,96 𝑚𝑚
Verificação das Tensões na Viga Principal, localização da Seção Crítica das Vigas
Principais, Devido a Flexão, com Secção Constante e sem Singularidades de uma
Ponte Rolante
𝐹𝑡𝑐1∗𝑎𝑟 1
𝑎4 = [ + 𝑆𝐿 . 𝑏1 ] . (𝐹 ) 𝑚𝑚 (84)
2 𝑡𝑐1 + 𝑆𝐿
1
𝑥 = . (𝑙𝑝 − 𝑎4 ) 𝑚𝑚 (85)
2
Onde:
𝑎4 = é a distância da linha de centro da ação da resultante no carro à roda mais próxima
do carro, em mm;
𝑥 = é a distância do ponto de apoio até a seção crítica;
𝑏1 =Distância entre a linha de centro da carga e a roda mais próxima, ou máxima
aproximação do gancho em relação às laterais.
Como,
𝐹𝑡𝑐1=134 617,725 𝑁;
𝑎𝑟 =2680 mm;
𝑆𝐿 =441450 N;
𝑏1 =1500 mm;
61
Logo,
𝑎4 = 1462,61 𝑚𝑚
𝑥 = 6768,7 𝑚𝑚
𝑀𝐺2 = 𝑀𝐹𝑡𝑐1
𝐒𝐋 𝐥𝐩 −𝐱−𝐛𝟏
𝐌𝐋 = ∗ .𝐱 (89)
𝟐 𝐥𝐩
6
𝑀𝐿 = 670,45 ∗ 10 𝑁. 𝑚𝑚
62
Figura 47 - Tempo de acelerações e acelerações. Fonte - NBR 8400, (1984))
𝑀𝐻 = 5,32 ∗ 1010
𝜑∗𝑀𝐿+𝑀𝐺𝑡 𝑀𝐻
𝜎𝐼 = 𝑀𝑥 ∗ ( + ) 𝑀𝑃𝑎 (90)
𝑊𝑥 𝑊𝑦
Onde:
𝑀𝑥 = 1;
𝜑 = 1,15;
𝑊𝑥 = 3,44*10^12
𝑊𝑦 = 2,65 ∗ 10^14
Logo,
𝜎𝐼 = 227,1
Temos:
𝜎1 = 94.81 𝑀𝑃𝑎
Como,
𝜎𝑒
𝜎𝑎𝑑𝑚 =
1,5
Temos:
250
𝜎𝑎𝑑𝑚 = = 166,67 𝑀𝑃𝑎
1,5
Assim, temos:
𝜎𝐼 < 𝜎𝑎𝑑𝑚 (94,81 < 166,67)
63
3 REFERÊNCIAS
[01] NBR 8400, Cálculo de Equipamentos para Levantamento e Movimentação de
Cargas, ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, São Paulo, 1984.
[02] CMAA 70/83, Specification for Eletric Overhead Traveling Cranes, Association
of Iron and Steel Engineers, Pittsburg, 1983.
[6] CIMAF. Manual técnico de cabos. Belgo Bekaert Arames. Osasco – SP., 2019.
[8] REGAL. Catálogo de Acoplamentos para Produtos Industriais. São Paulo – SP.,
2019
[14] NBR 11375, Tambor para cabo de aço – Padronização, ABNT – Associação
Brasileira de Normas Técnicas, São Paulo, 1992.
[15] Rudenko, N. Material Handling Equipment, Peace Publishers, Moscow, s.d.
64
APÊNDICE A – MEMORIAL DE CÁLCULOS
Classe de funcionamento: V3
Estado de solicitação: 2
Grupo do mecanismo: 3 m
Gabricante: CIMAF
Cabo de aço PowerPac
Constução: 8xK31+EPAACI Warrington-Seale 1+6+(6+6)+12
Carga de ruptura mínima: 630 kN.
Capacidade nominal: 45 t
Nº de cabos do moitão: 8 cabos
Grupo do mecanismo de elevação: 3m
Moitão: Modelo: MTL-6370314 (ALTA Industrial)
Carga de serviço: 57925 Kgf
FORÇA NO CABO
(1.15×45000)+0
𝑇𝐶 = = 6809.2105 daN
0.95×8
65
𝐶𝑅𝑀 630
Coeficiente de segurança (FS): 𝐹𝑆 = = 68,09 = 9,25
𝑇𝐶
FS > 6, portanto o cabo escolhido atende as necessidades do projeto.
De ≥ H1 ∙ H2 ∙ dc
Polias fixas/móveis
H1 = 22,4
H2 = 1,12
dc = 28 mm
De ≥ 702 5 mm
Polias compensadoras
H1 = 16
H2 = 1
dc = 28 mm
De ≥ 448 mm
DIMENSIONAMENTO DO TAMBOR
Adicional de 10 mm (recomendável)
𝑚𝑟𝑔 = 9,5 mm (margem de segurança)
𝑒𝑇𝐴𝑀𝐵 = 46 mm (espessura final)
Comprimento:
𝐥𝐭 = 𝐧𝐫𝐭 ∙ 𝐚𝐜 + 𝐚𝟏 ∙ 𝟐𝐚𝟐
66
𝐧𝐫𝐭 = 𝐧𝐫𝐮 + 𝟒
𝐧𝐜 ∙𝐡𝟏
𝐧𝐫𝐮 = 𝛑𝐃𝐞𝐭
+2
Onde:
EIXO PASSANTE
Verificação da fadiga com o uso de certos diâmetros internos (o final, de 190 mm):
Concentração de tensão:
Kf = 1,3
Kt = 1,1
𝜎𝑎 = 29,74 𝑀𝑃𝑎
𝜎𝑚 = 0
𝜏𝑎 = 29,52
𝜏𝑚 = 27,33
Sy = 1260;
67
Sut = 1460;
Critério ASME-Elíptico:
2 2
𝜎𝑎 𝜎𝑚 1
( ) +( ) =
𝑆𝑒𝑞 𝑆𝑦 𝐹𝑆2
FS = 3,81
Tampas:
Com:
𝑑𝐶𝑈𝐵𝑂 = 270 𝑚𝑚
𝐷𝐶𝑈𝐵𝑂 = 370 𝑚𝑚
68
Tensões médias e alternadas:
𝜎 = √3(𝐾𝑡 𝜏𝑥𝑦 )2
Concentração de tensão:
Kt = 1,4
𝜏𝑎 = 30,5 𝑀𝑃𝑎
𝜏𝑚 = 10,40 𝑀𝑃𝑎
Sy = 1260;
Sut = 1460;
𝜎𝑎 𝜎𝑚 1
+ =
𝑆𝑒𝑞 𝑆𝑦 𝐹𝑆
Critério Soderberg:
𝜎𝑎 𝜎𝑚 1
+ =
𝑆𝑒𝑞 𝑆𝑦 𝐹𝑆
FS = 3,52
Pinos:
Sl = 441299,25 N
Vl = 0,0667 m/s
ne = 3 (número de engrenagens)
η1 = 0,97ne = 0,973 = 0,912673
η2 = 0,99 (mancais de rolamento)
Portanto:
69
𝑆𝑙 ∙ 𝑉1 441299,25 ∙ 0,0667
𝑃1 = = = 32,57 𝐾𝑤
𝜂1 ∙ 𝜂2 ∙ 1000 0,912673 ∙ 0,99 ∙ 1000
𝟏𝟐,𝟓𝟔𝟓∙𝒇𝒓
𝒏𝟏 = 𝟎, 𝟗𝟓 𝑟𝑎𝑑/𝑠 (13)
𝒏𝒑
𝑓𝑟 = Frequência – 60 𝐻𝑧;
𝑛𝑝 = Número de polos do motor elétrico (6 polos).
Admitindo-se 5% de escorregamento para o motor.
𝟑𝟏𝟒𝟏∙𝒏𝒄 ∙𝒗𝒍
𝒏𝒕 = 𝒏 (14)
𝑪𝑬𝑵 𝝅∙𝑫𝒆𝒕
𝑛1 = 119,367 𝑟𝑎𝑑/𝑠
𝑛𝑡 = 0,66657
𝑅𝑖𝑙 = 179,076
𝑛1 119,367
𝑅𝑖𝑙 = = 0,66657 = 176,08
𝑛𝑡
70
O redutor selecionado foi da fabricante SEW-EURODRIVER, com uma redução
exata de 177,5, com 4 níveis, peso aproximado de 1300Kg, eixo maciço na saída de
140mm, rotação máxima de 1500 RPM e torque máximo de 58kNm, código XF180S
(pág. 90 do catálogo).
P. 9550. FS 37.9550.1,5
T= = = 450 N. m
n 1180
9549,29658548. Pmotor
Tmotor =
nmotor
De acordo com o catálogo da fabricante do WEG, onde foi escolhido o motor W22 IR4
Super Premium VI Polos 37 kW, temos:
Pmotor = 37 kW;
nmotor = 1185 rpm.
71
𝐹 ′′ = 1,33 ∙ 𝑊𝑈0,26 ∙ ℎ1−0,14 ∙ 𝑎1,14
𝑟 ∙ 𝑎𝑣0,75 ∙ 10−3
= 1,33. 450,26126. 10−0,14295 . 4,250,75459 . 2,681,13894 = 4,65 t
F’’’ = peso próprio estimativo do sistema de translação do carro, em N, que será composto
de:
𝐹 ′′′ = 0,08(𝐹 ′ + 𝐹 ′′ ) [𝑁]
𝐹 ′′′ = 0,08(4,728 + 4,65) = 0,9378 𝑡
o peso próprio estimativo total do carro a ser transladado será:
𝐹𝑡𝑐 = 𝐹 ′ + 𝐹 ′′ + 𝐹 ′′′ [𝑁]
Ftc = 5,67+4,65+0,9338 = 11,2578 t
Onde:
nrc é o número de rodas do carro;
Fcmáx é a carga máxima na roda do carro, em N
𝐹𝑡𝑐 11257,8
𝐹𝑐𝑚í𝑛 = = = 3239,3 𝑘𝑔𝑓
𝑛𝑟𝑐 4
Carga média:
2∙𝐹𝑐𝑚á𝑥 +𝐹𝑐𝑚𝑖𝑛
𝐹𝑟𝑐′ = [ ] ∙ 10−1 = 10739,3 kgf
3
72
0,64 ≤ 0,72 → 𝑜𝑘
Potência de aceleração
Tempo de aceleração:
(𝑄 + 𝑄0 + 𝑄𝑐 )
𝑃𝑚𝑎𝑑 = 2
∙ 𝑉𝑑2 ∙ 𝛽
75 ∙ 60 ∙ 𝑔 ∙ 𝑡𝑐𝑒𝑙 ∙ 𝜂𝑟𝑒𝑑,𝑑𝑖𝑟 ∙
(45000 + 1000 + 11352)
= 2
∙ 12,52 ∙ 1,1 = 1,34 𝑐𝑣
75 ∙ 60 ∙ 9,8 ∙ 2,9 ∙ 0,9557
𝐕𝐝𝐢𝐫 𝟏𝟐, 𝟓
𝐧𝐫𝐜 = = = 𝟏𝟐, 𝟔𝟑 𝐫𝐩𝐦
𝐃𝐫𝐜 . 𝛑 𝟎, 𝟑𝟏𝟓. 𝛑
𝐧𝐦.𝐝𝐢𝐫 𝟑𝟒𝟒𝟎
𝐈𝐫𝐞𝐝/𝐝 = = = 𝟐𝟕𝟐, 𝟑𝟕
𝐧𝐫𝐜 𝟏𝟐, 𝟔𝟑
73
POTÊNCIA NECESSÁRIA NA ENTRADA DO REDUTOR DE TRANSLAÇÃO
(𝟕𝟓.𝟔𝟎.𝟗,𝟖.𝐏𝐦𝐫𝐝 ) (𝟕𝟓.𝟔𝟎.𝟗,𝟖.𝟏,𝟒𝟒𝟗)
𝐓𝐫𝐞𝐝/𝐝𝐢𝐫 = = = 𝟖𝟎𝟓, 𝟐𝟒 𝐍. 𝐦
𝟐.𝛑.𝐧𝐫𝐜 𝟐.𝛑.𝟏𝟐,𝟔𝟑
Fabricante: SEW
Potência/Torque/Redução/Modelo → 1.1KW/1640 N.m/1:270,68/FA87 DRE 80M4
𝑄 + 𝑄𝑐 45000 + 1000
𝐹𝑐 = ( ) (1 + 𝜓 ) = ( ) (1 + 0,15) = 6612,5 𝑘𝑔𝑓
𝑛𝑐 8
𝑀𝑟 = 𝐹𝑐 . 𝐷𝑡 = 6612,5 . 80 = 52900 kgf.cm
𝐺𝑡1 17300
𝑃1 = + 𝐺𝑟1 + 𝐹𝑐 = + 1400 + 6612,5 = 8877,5 𝑘𝑔𝑓
2 2
nc +4 8−4
𝑃2 = (𝑄 + 𝑄𝑚 )(1 + 𝜓) = (45000 + 1000)(1 + 0,15) = 12484,69 kgf
2.nc 2.8
2 2
𝑃3 = (𝑄 + 𝑄𝑚 )(1 + 𝜓) = (45000 + 1000)(1 + 0,15) = 13225 𝑘𝑔𝑓
𝑛𝑐 8
Reação máxima:
𝑥 𝑀𝑟 𝑥 𝐷𝑟 +𝑥2 𝐺𝑐𝑎𝑏 𝑥2 +𝐶2
𝑅𝑚á𝑥 = 𝑃1 (1 − 𝐷1 ) − + 𝑃2 (1 − 𝐷2 ) + 𝐺𝑣1 + + (1 − )
𝑟 𝐷𝑟 𝑟 2.𝐷𝑟 2. 𝐷𝑟
32 52900 134 268+134 149
=8877,5 (1 − 280) − + 12484,95 (1 − 268) + 563 + +
268 2.268 2.
13225 134+48
(1 − )
2 268
Rmáx = 14698,69 kgf
74
Mxmáx = 1514172,5 kgf.cm
Cálculo do momento máxima nessa viga na direção y:
2 2
𝑀𝑦𝑚á𝑥 = 𝑀𝑥𝑚á𝑥 . 𝑎𝑝 . = 1514172,5.0,1. = 30901,5 𝑘𝑔𝑓. 𝑐𝑚
𝑔 9,8
Considerando Qy = Rmáx.
𝛔𝟑𝐦á𝐱 = 𝛔𝟐𝐦á𝐱
𝛔𝟒𝐦á𝐱 = 𝛔𝟐𝐦á𝐱
h taba 39 0,8
Ms = b. taba ( 2c + ) = 34,7.0,8 ( 2 + ) = 552,42 cm3
2 2
Qy .Ms 14698,69.552,42
τ3máx = 2t = = 107,74 kgf/cm2
aba .Jxx 2.0,8.47101,16
Qy 14698,69
τ4méd = 2hc.t = = 74,2 kgf/cm2
alma 2.39.2,54
𝐺𝑡1
𝑃10 = + 𝐺𝑟1 = 2265 kgf
2
75
Cálculo do momento devido a reação máxima e ao peso próprio:
1,1.qcab.(x2−c)2
Mx0 = Rmáx0 (x2 − c) − P10 (x2 − x1 − c) − [ ] = 83156,088 kgf.cm
2
𝑉 𝑉 𝑧1 𝑉
𝑀𝑥𝑣𝑖𝑔𝑎 = 𝑃2 ( 2 − 𝐵) + 𝑃3 (4 ) + 𝐺𝑚1 ( 2 ) + 𝐺𝑣1 ( 8 ) = 3814287,514 kgf.cm
Momento Mt devido a P3 é:
Mxviga Myviga
σ1máx = ( w + ) = 994,24 kgf/cm2
vxx wvyy
−Mxviga −Myviga d
σ2máx = ( + x ) = -988,49 kgf/cm2
wvxx wvyy b
76
σ3máx = σ2máx
σ4máx = σ2máx
h taba
Ms = b. taba ( 2c + ) = 1564,44 cm3
2
𝑄𝑦 𝑀𝑡
𝜏3𝑚á𝑥 = 2𝑡 + 𝑊𝑡 = 222,7 kgf/cm2
𝑎𝑏𝑎 .𝐽𝑣𝑥𝑥
𝑄𝑦 𝑀𝑡
𝜏4𝑚é𝑑 = 2ℎ𝑐.𝑡 + 𝑊𝑡 = 406,55 kgf/cm2
𝑎𝑙𝑚𝑎
2 2
𝜎4𝑐𝑜𝑚𝑏 = √𝜎4𝑚á𝑥 + 3𝜏4𝑚é𝑑 = 1213,66 kgf/cm2
𝑉−𝑧1 𝑉 𝑉
𝑀𝑥0𝑣𝑖𝑔𝑎 = 𝐺𝑚1 ( ) (2 ) + 𝐺𝑣1 (8 ) = 112813,1439 kgf.cm
𝑉
−𝑀𝑥0𝑣𝑖𝑔𝑎
𝜎𝐹𝑚í𝑛 = ( ) = -28,56 kgf/cm2
𝑊𝑣𝑥𝑥
−𝜎1𝑚á𝑥
𝜎𝐹𝑚á𝑥 = ( ) = -994,24 kgf/cm2
𝑀𝑥
O cálculo da solda
Verificação da solda
Cálculo do cordão de solda:
5
𝑡𝑠 = 𝑚𝑚
√3
8
𝑡𝑠 = 𝑚𝑚
√2
77
Cálculo da tensão de cisalhamento máxima na viga principal:
Qymáx .Ms Mt
τsmáx = + 2.ts.(b.hc) = 837,27 kgf/cm2
2ts .Jvxx
Qymáx .Msex Mt
τsmáx = + 2.tsex.b.hcab = 924,22 kgf/cm2
2tsex .Jvxx
78
APÊNDICE B – DESENHOS TÉCNICOS
79