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Processo Constitucional.
Prof: Carlos Alberto Gasquez Rufino.
Bibliografia: Direito Constitucional Esquematizado, Pedro Lenza
“Habeas Corpus”
– Partes:
Paciente: É aquele pessoa que tem cerceado (impedido) seu direito de ir e vir. O
paciente poderá ser o impetrante, tudo dependendo do caso concreto
Impetrante: Aquele que impetra, a pessoa que apresenta o hc perante o judiciário. O
impetrante poderá ou não ser o paciente.
Impetrado ou Autoridade Coatora: É aquela pessoa que determina a prisão, que
cerceia a liberdade de outrem. Autoridade policial, juiz de direito, Desembargador, ministro
do STF.
11/03/2019
Tipos/Modalidades de HC.
1 – Preventivo: É a modalidade que deve ser utilizada antes que a prisão ocorra. Ex:
HC a ser expedido ou impetrado, por qualquer pessoa que vai depor em uma CPI;
2 – Liberatório ou Repressivo: Deve ser utilizado quando já se consumou a prisão. O
documento que corporifica (representa) o HC denomina-se salvo-conduto, o qual tem
validade de um ano.
Um HC é cabível contra ato de autoridade, todavia, a doutrina e a jurisprudência tem
permitido a impressão de HC contra ato praticado contra particular (ex: Dono de restaurante,
dono de hospital, etc).
Competência.
18/03/2019.
Mandado de Segurança.
Trata-se de uma ação cuja a P.I. subscrita (assinada por advogado inscrito no quadro
da OAB).
A P.I. do M.S. deve obedecer os requisitos constantes do art. 319 do CPC e art. 7° da
lei 12016/09.
Os doutrinadores entendem que o M.S. é uma ação “sui generis”, ou de natureza
documental e que segue o rito especial.
As ações se dividem em: ações de conhecimento, ações de execução, “lato sensu”.
As ações de conhecimento, se triparte em: ações declaratórias ou meramente declaratórias,
condenatórias e as constitutiva.
O jurista Francisco Cavalcanti Pontes de Miranda criou, na Obra, tratado das ações,
criou a teoria das ações chamadas mandamentais, caracterizadas por carga mandamental,
onde só existiria comando ou ordens judicial.
A crítica que se faz a teoria mandamentais é que, na verdade, todas as ações são
mandamentais, bem como toda ação declaratória.
A maioria dos doutrinadores entendem que o M.S. é uma ação constitucional de
natureza civil.
Partes.
Competência.
Liminar.
01/04/2019.
Liminar (cont…)
É possível a propositura de uma M.S. por vários impetrantes (litisconsórcio ativo), art.
1, pg. da lei n° 12.016/09. No polo passivo; a doutrina e a jurisprudência tem admitido a
propositura / impetração de um M.S. contra dois ou mais impetrante.
Defesa.
Impetrado o M.S., a outra parte será notificada para no prazo de 10 dias, para
prestarem informações.
Intervenção do MP.
Objetivo do M.S.
Proteção do direito líquido e certo (art. 10 da lei de M.S.). Direito líquido e certo é
aquele que é provado documentalmente.
A ação de M.S. é cabível desde que não esteja envolvido o direito de ir e vir
(liberdade). O direito líquido e certo é aquele que deve ser demonstrado de plano, ou seja,
juntamente com a PI. Direito líquido e certo é aquele que se verifica certeza quanto aos fatos,
e que o direito pertence ao impetrante.
O rito especial da ação de M.S. não comporta dilação probatória, as provas a serem
exibidas são apenas documentais. A instrução probatória (produção de prova pericial,
depoimento pessoal das partes, prova e a oitiva de testemunhas: art 351 do CPC), não é
possível no rito especial do M.S.
Se fizer necessário a produção de qualquer outro tipo de prova, além das documentais
não será o caso do M.S., mas sim de uma ação de conhecimento, na modalidade declaratória
ou meramente declaratória.
08/04/2019
Alvos.
Prazos.
O M.S. deve ser impetrado em 120 dias, contados do “dies a quo” (é o dia do início de
contagem do prazo) da data em que o impetrante tomou ciência do fato por parte do
impetrante, é um prazo decadencial, não se interrompe (art. 23 da lei n° 12.016/09).
O juiz não pode se aproximar mais do autor e nem do réu, sob pena de suspeita do
juiz e impedimento, vide art. 144 e 145 do CPC.
O M.S. pode ser preventivo (que é aquele que vem antes que o ato ilegal ou abusivo
ocorra) ou repressivo (que é aquele que vem depois que o ato ilegal e abusivo ocorra).
Competência.
Em regramento geral, a ação deve ser proposta perante o foro do domicílio do réu,
vide art. 46 do CPC. Não quebra a regra do art. supracitado a ação de HD, que será ajuizada
perante o foro da autoridade que possui a informação que se deseja obter, vide art. 20 da lei
9.507/97.
Assim, se as informações desejadas estiverem de posse do PR, da mesa do SG, ou
da CD, bem como TCU ou na PG, a ação será proposta perante o STF.
OBS: (As mesas são pessoas jurídicas de direito público e podem configurar no polo
ativo e polo passivo).
Se as informações desejadas estiver na posse dos governadores ou dos tribunais de
contas estaduais, bem como, nas mesas da Câmara dos Deputados Estaduais a ação de HD
deverá ser proposta perante o STJ.
Se as informações estiverem na posse dos prefeitos, mesas das Câmaras dos
Vereadores, TCM, a ação de HD deverá ser proposta no TJ.
Defesa.
A autoridade coatora “possuidora dos dados desejados será notificada para, no prazo
de 10 dias, prestar informações.
Participação do MP.
Pode ser Custus Legis (fiscal da lei), parte no processo (curador). O membro do MP
será intimado pessoalmente para, no prazo de 5 dias, prestar informações.
Decisão.
A ação de HD será encerrada por meio de sentença (art. 203, parag. 1° do CPC), a
qual enseja / permite a apelação no prazo de 15 dias (art. 1009 do CPC).
Objetivos.
a) Obter informações arquivadas / registradas em banco de dados de entidades
governamentais (ex: ABIN), polícias estaduais que guardam informações sobre nós,
ou órgão privados / particulares que contém informações de natureza pública (ex:
Serviços de proteção ao SPC - privada, SERASA - privada).
b) Retificar as informações, fazendo reafirmar o quanto contido nos autos do processo
arquivado / extinto.
15/04/2019.
Mandado de Injunção.
Art. 5 inc. LXXI da CF e lei n° 13.300/16. Injunção é fazer a “introdução”. É uma ação,
cuja PI deve ser subscrita (assinada) por advogado inscrito na OAB. Trata-se de uma ação
constitucional, de caráter civil que adota rito especial. Essa ação tem por objetivo suprir uma
omissão (dos poderes públicos) executivos, legislativo no que se refere a elaboração da
norma de uma lei viabilizadora do exercício do direito, de uma liberdade e de uma
prerrogativa, sendo esta última relativa a cidadania, soberania ou a nacionalidade (art. 2 da
lei 13.300/16).
Assim, os requisitos para que possa ser utilizado o “writ” são os seguintes:
1) Em razão da falta de uma lei, ou norma regulamentadora, acerca do exercício de um
direito, liberdade ou prerrogativa, sendo a última inerente na soberania, cidadania ou
nacionalidade.
2) Inviabilização do exercício das situações acima mencionadas.
● Legitimidade Ativa.
● Legitimidade Passiva.
É importante salientar que somente entes / entidades públicas que tinham capacidade
de legislar é que podem figurar no polo passivo da demanda.
22/04/2019.
Competência.
Efeitos da Decisão.
06/05/2019.
É aquela modalidade que pode ser usado por uma coletividade, desde que os
membros dessas coletividades que não possam concretizar o exercício de um direito,
liberdade, prerrogativa, sendo esta relacionada a nacionalidade, cidadania e a soberania, em
razão da ausência do legislador, de uma norma regulamentadora.
Assim, as coletividades podem ser: o MP, quando a tutela requerida por
especialmente relevante para a defesa da ordem jurídica, ou ao exercício dos direitos sociais
ou individuais indisponíveis.
Os partidos políticos, desde que devidamente representado no Congresso Nacional.
Na PI cabe ao impetrante demonstrar que um dos interessados do grupo tem inviabilizado o
exercício de um direito, liberdade e prerrogativa por falta de lei.
Entidade Sindicais, Federações e confederações ou Entidades de classe (OAB,
CREA, etc) ou associações, desde que legalmente constituídas e em funcionamento há pelo
menos 1 ano. Os integrantes dessas categorias devem provar na PI que não podem exercer
um direito, nacionalidade ou prerrogativa em razão da falta da lei.
Defensoria Pública quando a tutela requerida for especialmente relevante para a
promoção e defesa dos direitos individuais e sociais coletivos, pertencentes aos necessitados
(art. 5, inc 74, CF).
Pode ser definido como o direito que pertence a uma pessoa de invocar a atenção
dos poderes públicos sobre uma situação ou uma determinada questão, esse direito pode ser
exercido por qualquer pessoa física ou jurídica independentemente de formação jurídica ou
pagamento de taxa.
A petição pode ser utilizada em defesas de direitos amplamente considerados e ainda
contra ilegalidade ou abuso de poder.
A doutrina e a jurisprudência tem admitido o exercício do direito de petição por mais
de uma pessoa, assinando conjuntamente a petição, reclamação ou representação perante
qualquer órgão público.
Legitimidade (condição de ação art. 17, CPC); Ativa - qualquer PF ou PJ / Passiva -
Os poderes públicos, amplamente considerados, Executivo, Legislativo, Judiciário, MP,
sempre que estiver presente uma ilegalidade ou abuso de poder.
Objetivo / Finalidade.
Dar notícia, ciência do fato ilegal ou abusivo do poder público, para que este
providencie as medidas adequadas.
Competência.
Vai depender do órgão público que cometeu uma ilegalidade ou abuso de poder.
Resposta.
Natureza Jurídica.
13/05/2019.
Cont…
Finalidade.
Legitimidade.
Legitimidade Ativa: Qualquer cidadão, ou seja, qualquer pessoa que esteja no uso e
gozo de seus direitos políticos.
Cidadania liga-se a participação no processo político eleitoral, após a entrada em vigor
da atual carta, a cidadania passou a ser por modalidades:
1) Ativa - Implica em participar do processo político eleitoral, votando; ex: Analfabeto.
2) Passiva - Além de participar do processo político eleitoral, votando, o cidadão passivo
pode ser votado.
A ação popular pode ser ajuizado contra as PJ, públicas ou privadas, de onde se
originaram os atos ilegais, imorais ou abusivos.
Essa medida judicial pode ser proposta contra os funcionários ou administradores que
houverem aprovado, ratificado ou praticado o ato ou ainda se omitido, impedindo que a lesão
ao patrimônio pública ocorressem.
O parag. 2 do art. 6 da lei n° 4.717/65 determina que as pessoas jurídicas públicas,
tanto da administração direta e indireta, as empresas públicas e ainda as sociedades de
economia mista em nome dos quais foram praticados os atos serão citadas, para que possam
promover sua defesa.
Os funcionários e administradores das PJ acima mencionadas que houverem
autorizado, ratificado ou praticado os atos também devem fazer parte o polo passivo da ação.
Liminar.
Defesa.
O réu poderá defender-se por meio de contestação (art. 335, CPC), 15 dias.
Duplicidade - Durante a tramitação processual, oferecida as defesas cabíveis
pertinentes, o gestor público constata que qualquer um dos réus é que praticou ato ilegal ou
abusivo, lesiva ou prejudicial ao patrimônio público e, em face do caráter dúplice da ação
popular popular, poderá colocar-se ao lado do autor, requerendo ressarcimento do cofre
público.
Participação MP.
20/05/2019.
Cont...
Prolatada a sentença, todos aqueles que figuram na ação da petição inicial serão
atingidos pela decisão, devendo ressarcir os prejuízos e as perdas e danos causados ao
patrimônio público.
O ato ilegal praticado pelo gestor público, além de ser ilegal também deve ser abusivo
e ainda deve causar danos ao patrimônio público. Muitas vezes o ato é legal mas acaba sendo
praticado como desvio de finalidade.
Controle de Constitucionalidade.
O controle de constitucionalidade implica na verificação da constitucionalidade (ADC)
ou da inconstitucionalidade (ADI) das leis (artigo, parágrafo, inciso) ou dos atos informativos,
em face da continuação federal, assegurando-se a supremacia desta última.
A violação da carta magna pode ocorrer por ação ou por omissão.
Será por Ação quando a lei ou o ato normativo for produzido em desconformidade
com a lei maior.
Sera por Omissão quando a CF determinar a elaboração de alguma lei de uma norma
e esta deixar de ser elaborada, uma vez que os poderes executivos e legislativo
permaneceram inertes.
OBS: art. 59 CF.
A formal estará caracterizada toda vez que se descumprir qualquer dos requisitos
previstos no processo de elaboração legislativa. Toda e qualquer lei deve obedecer um
determinado procedimento legislativo (As fases / Etapas / Degraus do processo legislativo
são as seguintes: iniciativa, discussão entre os parlamentares, votação, sanção, veto,
promulgação, publicação), existem requisitos subjetivos (iniciativas) e objetivo (diz respeito a
fase constitutiva e complementar do processo legislativo; ex: "quorum" números de
parlamentares necessários para as votações)
Bloco de Constitucionalidade.
27/05/2019.
Espécies de Controle.
Há duas subdivisões da maior relevância:
a) Quanto ao momento do controle.
A - Preventivo – posto antes que a lei ou ato normativo adentre/passe a fazer parte do
ordenamento jurídico.
- CCJ’s – comissões de constituição e justiça (permanentes) que atuam junto ao
legislativo, nas 3 esferas, federal, estadual e municipal;
- Veto – aposto pelos chefes dos poderes executivos não deixa que entre em vigor
(veto jurídico). 5570 municípios.
O artigo 27 da Lei 9.868/99, permite que o STF proceda a modulação dos efeitos da
sentença/decisão, alterando os efeitos de “ex tunc” para “ex nunc” e vice e versa.
A modulação dos efeitos da decisão somente será possível desde que presentes:
a) Insegurança jurídica – ocorre com frequência;
b) Excepcional interesse social.
A modulação somente é possível por maioria dos votos de 2/3 dos ministros (8 ministros de
11).