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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável


Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

PARECER ÚNICO PROTOCOLO Nº 388180/2008


Indexado ao(s) Processo(s)
Licenciamento Ambiental Nº 22812/2005/002/2008 LP + LI DEFERIMENTO
Outorga Nº -
APEF Nº -
Reserva legal Nº -

Empreendimento: ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO SANITARIO DE PATOS


DE MINAS - ETE
CPF/CNPJ: 18.602.011/0001-07 Município: Patos de Minas / MG

Unidade de Conservação: -
Bacia Hidrográfica: Rio Paranaíba Sub Bacia:

Atividades objeto do licenciamento:


Código DN 74/04 Descrição Classe
E-03-06-9 Tratamento de esgoto sanitário
3

Medidas mitigadoras: SIM NÃO Medidas compensatórias: SIM NÃO


Condicionantes: SIM NÃO Automonitoramento: SIM NÃO

Responsável Técnico pelo empreendimento: Registro de classe

Responsável Técnico pelos Estudos Técnicos Apresentados Registro de classe


Alaor de Almeida Castro- Engº Civil Sanitarista CREA – 14.382/D

Relatório de vistoria/auto de fiscalização: 260/2008 DATA: 26/06/2008

Data: 01/07/2008
Equipe Interdisciplinar: Registro de classe Assinatura
Juber Henrique Amaral MASP: 114.8940-8
José Roberto Venturi CREA/SP:177579/D

Kamila Borges Alves MASP: 115.1726-5


Larissa Machado Moreira MASP: 119.7687-5
Ricardo R. Bello MASP: 1147181-0
Junia Gontijo Cunha – Assessora Jurídica MASP: 1176635-9
Rodrigo Angelis Alvarez – Diretor Técnico MASP: 1191774-7

Rua Nicomedes Alves dos Santos, 136 –


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1. INTRODUÇÃO

O município de Patos de Minas situa-se na Microrregião do Alto Paranaíba, no


Estado de Minas Gerais. Apresenta população total de 133.054 habitantes
(IBGE/2007) e área de 3.198,9 km².
Inserido na bacia hidrográfica do Rio Paranaíba, o município tem o uso do solo
caracterizado pela antropização das áreas ocupadas com atividades agropecuárias. A
temperatura média anual é de 19,9 ºC, com precipitações anuais médias de 1.474,4
mm concentradas principalmente entre dezembro e janeiro.
A área onde se pretende instalar a Estação de Tratamento de Esgoto é ocupada
por pastagens, principalmente o capim brachiária, indicador de grande atuação
antrópica, observando-se ainda algumas áreas utilizadas com atividades agrícolas, tais
como milho e mandioca.
O solo superficial desta área é coluvionar argiloso, pouco arenoso, de cor
variada (vermelho e marron), de consistência muito mole a mole.
A área, também denominada de Pasto das Éguas, situa-se à margem direita do
Rio Paranaíba. Trecho cuja mata ciliar é muito estreita, representada, sobretudo, pelas
espécies angico, pau d’óleo, embira de sapo e jatobá.
O entorno da área de implantação da Estação de Tratamento de Esgoto – ETE
está ocupada por pastagens e por um campo de futebol, separados por uma cerca de
Sansão do Campo.
Verifica-se que as águas do rio Paranaíba em Patos de Minas permanecem com
qualidade preponderantemente ruim, condição decorrente da presença de materiais em
suspensão e da contaminação fecal. Fato que se associa ao uso e manejo inadequado
da terra em regiões suscetíveis à erosão e ao lançamento de esgotos sanitários e
resíduos da criação de animais não tratados, nos termos apresentados pelo PCA.
Ressalte-se ainda, a presença de teores elevados de fosfatos totais, que
provavelmente se encontram em sua forma particulada, integrante dos materiais em
suspensão abundantes nessas águas. De fato, o solo da área de drenagem do Rio
Paranaíba é rico em fósforo, onde, inclusive, é extraído economicamente. Nessa
circunstância, estando em forma particulada, o fósforo presente nas águas tem baixa
capacidade de ser empregado como nutriente pelas algas e vegetais aquáticos.
Por outro lado, são águas muito oxigenadas e com teores plenamente
aceitáveis de materiais orgânicos.

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O Rio Paranaíba é o manancial fornecedor para o sistema de abastecimento de


água em Patos de Minas, operado desde janeiro de 1973 pela COPASA – Companhia
de Saneamento de Minas Gerais.
Segundo informação da Prefeitura Municipal, administradora do sistema, as
redes coletoras existentes encontram-se em bom estado, com condições de integral
aproveitamento futuro e atendem a quase 100% da população.
Entretanto, a falta de tratamento dos esgotos em Patos de Minas constitui um
grave problema do sistema atual, causando uma deterioração acentuada da qualidade
das águas dos corpos receptores, devido a lançamentos de esgoto “in natura” nos
mesmos. Cumpre ressaltar que os lançamentos ocorrem à jusante da Estação de
Tratamento de Água
O alcance do projeto considerado é de 20 anos, em conformidade com os
procedimentos recomendados para empreendimentos desta natureza. Foram
considerados os anos de 2005 e 2006 para os estudos da obra, e o ano de 2007 como
o marco zero da operação. A Prefeitura Municipal de Patos de Minas obteve em
11/10/2006 uma Licença Prévia para o empreendimento em questão. Manteve-se
inerte quanto ao prazo hábil para a obtenção da Licença de Instalação, razão pela qual
novo processo teve de ser formalizado, atrasando assim a previsão de início da
operação. Tal fato prejudicou a análise do alcance do projeto, não sendo possível
determinar com segurança qual o prazo (ano) para o término do plano.
A construção da ETE objeto deste parecer deverá atender, segundo previsão
do projeto, 185.786 habitantes (final de plano, 2027), com relação ao tratamento de
esgotos domésticos gerados, suprindo as necessidades básicas e essenciais atuais e
para os próximos 20 anos. A vazão total média afluente prevista é de 343,14 l/s e a
vazão máxima de 487,64 l/s, implicando em uma carga orgânica diária estimada de
10.032,4 kg/DBO5/dia.
Optou-se por reduzir as unidades a serem implantadas em primeira etapa,
propondo-se uma modulação tal que contemple a construção de 60% do projeto
global, reduzindo-se a possibilidade de se ter unidades de tratamento ociosas em
início de plano. Na mesma linha, foi considerado um incremento gradual na população
do projeto, no que concerne especificamente ao tratamento, posto que, se por um lado
Patos de Minas conta com praticamente 100% de atendimento por redes coletoras de
esgoto, a interligação destas redes ao tratamento depende sempre de um trabalho de
supressão de lançamentos indevidos no sistema de águas pluviais. Não foi

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apresentado cronograma referente à implantação aos 40% restante dos equipamentos


e este será solicitado como condicionante.
Estimou-se as vazões de projeto, provenientes do distrito industrial, a partir do
cálculo da população equivalente, considerando-se que a ocupação desta área será,
em princípio, por indústrias limpas e, quando assim não for, cada unidade industrial
cuidará do tratamento do seu efluente.
O efluente tratado da estação deverá ter a concentração máxima de 32 mg/l de
DBO5. O projeto da ETE conta com tratamento preliminar, reatores UASB (Reatores
Anaeróbios de Fluxo Ascendente), arejadores, filtros biológicos, decantadores e leitos
de secagem.
Cabe ressaltar que não foram apresentados os projetos executivos dos
emissários. Estes não são tratados no escopo deste parecer visto que possuem
Autorização Ambiental de Funcionamento Nº 02707/2008.

2. HISTÓRICO

Em 09/06/2008 foi protocolado no presente órgão ambiental o Formulário


Integrado de Caracterização do Empreendimento – FCEI e em 24/06/2008 foi emitido o
Formulário de Orientação Básica Integrado – FOBI de número 33074/2008. Os
documentos para análise foram protocolados na SUPRAM – TMAP em 24/06/2008.
No dia 26/06/2008 foi realizada uma vistoria para subsidiar a análise da licença,
gerando o Relatório de Vistoria nº 260/2008.
Em 01/07/2008, foram anexados aos autos documentos complementares para
subsidiar análise interdisciplinar do processo.
A responsabilidade técnica pela supervisão do empreendimento é do
Engenheiro Civil/ Sanitarista Alaor de Almeida Castro CREA MG – 14382/D e ART Nº
1-40011218.

3. CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL

Não foi apresentada alternativa para a localização da ETE. O local destinado à


implantação da ETE, com área aproximada de 7,90 ha, encontra-se inserido no
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perímetro urbano do Distrito Sede do Município de Patos de Minas conforme


disposições da Lei Municipal Complementar nº 0200 de 13 de agosto de 2003.
Foi anexado aos autos Decreto Municipal nº 3.110/2008, referente à declaração
de utilidade pública para fins de desapropriação de uma área de 7,90 ha de
propriedade de Jaime Agostinho Marques procedente da Matrícula 7.073. Segundo o
decreto, esta área declarada de utilidade pública destina-se exclusivamente para a
implantação da Estação de Tratamento de Esgoto do município.
Ocorrerá uma pequena intervenção em 0,65 ha na área de preservação
permanente referente à instalação da tubulação que leva o efluente da ETE até o Rio
Paranaíba, cuja autorização foi concedida pelo CODEMA – Conselho Municipal de
Defesa do Meio Ambiente de Patos de Minas, nos termos do artigo 3º, da Resolução
CONAMA nº 369/2006 (documento anexo nos autos).
Esta autorização foi concedida com anuência do Instituto Estadual de Florestas
– IEF Regional Alto Paranaíba, cujo Parecer Técnico, nº 013/2008, foi favorável a futura
intervenção, conforme descrito abaixo:
“(...) Somos de parecer técnico favorável a instalação da ETE no imóvel
proposto, desde que não sejam utilizadas as áreas de preservação
permanente para instalação de depósitos de lodo de esgoto, mas
apenas para a instalação da tubulação que destina os resíduos finais do
tratamento do esgoto até o leito do Rio Paranaíba. Que o restante da
área de preservação permanente do imóvel seja reflorestada com
espécies nativas visando a recomposição da vegetação ciliar do Rio
Paranaíba. Para complementação da área necessária para a instalação
dos depósitos de rejeitos sólidos do esgoto, que a Prefeitura Municipal
disponibilize áreas em outros locais, que não de preservação
permanente.
Fica definido como medida compensatória, além de outras definidas
no PCA, a necessidade de recomposição vegetal, através do
reflorestamento e cercamento de 1 ha de áreas de preservação
permanente ao longo das margens do Rio Paranaíba, evidentemente
onde não exista a cobertura vegetal nos níveis determinados pela Lei
Estadual 14.309/02, art. 10, inciso II ou IV, devendo ser apresentada a
área a ser reflorestada ao IEF / Alto Paranaíba, dentro de 60 dias para a
prévia aprovação e definição de cronograma de implantação.”

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Será condicionada a demonstração do cumprimento das medidas


compensatórias definidas pelo IEF / Alto Paranaíba listadas no parecer supracitado.
Os critérios aplicados na seleção de alternativas corresponderam à preferência
por soluções com menores custos de implantação, com baixo consumo de energia, que
fossem simples do ponto de vista construtivo e operacional e que garantissem o
tratamento a nível secundário com boa eficiência na remoção de DBO. O leque de
opções considerado restringiu-se aos métodos mais conhecidos de tratamento,
especialmente aqueles de eficiência comprovada como as lagoas de estabilização, os
reatores anaeróbios seguidos de lagoas facultativas ou fotossintéticas aeradas ou
filtros biológicos.
O projeto apresentado conta com tratamento preliminar, reatores UASB
(Reatores Anaeróbios de Fluxo Ascendente), arejadores, filtros biológicos,
decantadores e leitos de secagem.
O tratamento preliminar será constituído por grade fina e caixa de areia,
ambas de limpeza mecanizada. A caixa de areia será constituída por dois conjuntos
desarenadores e em um canal de by-pass será instalada uma grade manual que
deverá ser ativada quando da manutenção do canal principal.
Após esta etapa, os efluentes serão direcionados aos reatores anaeróbios de
fluxo ascendente (UASB). A ETE totalizará 5 reatores que serão instalados em 3
etapas: 3 reatores em início de plano; 4 reatores em 2017 e finalmente, 5 reatores em
2027. Os reatores terão formato retangular com 15,00 m de largura e 14,00 m de
comprimento, com uma altura útil de 4,70 m.
Posteriores ao reator anaeróbio, serão empregados filtros biológicos como
unidades de polimento. O efluente, proveniente do tratamento anaeróbio, distribuído
rotativamente sobre o leito de contato do filtro apresentará liberação de gases com
odores desagradáveis. Como forma de contornar este problema e potencializar a
redução da liberação de maus odores propõe-se a execução de um dispositivo análogo
ao arejador de bandeja utilizado no tratamento de água, com a função de remover os
gases originados no tratamento anaeróbio, na saída do UASB. Os arejadores estarão
inseridos numa estrutura hermeticamente fechada e os gases serão succionados por
um exaustor e encaminhados para caixas de serragem para a eliminação dos maus
odores gerados, minimizando a questão.
Após passar pelo dispositivo de remoção de gases, os efluentes serão
encaminhados para os filtros biológicos. O efluente final seguirá para os decantadores

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secundários. Até metade dos efluentes gerados nos decantadores poderá ser
recirculado para o filtro biológico. A grande vantagem da recirculação é a flexibilidade
na operação da estação de tratamento. Todo o lodo gerado pelos decantadores será
recirculado para o início do processo.
A parcela de resíduos sólidos retidos na grade, caixa de areia e o lodo
proveniente dos reatores anaeróbios serão enviados aos leitos de secagem que terão
10,00 m x 20,00 m, lâmina d’água de 0,35 m e período entre limpeza de 21 dias. O final
de plano totaliza 30 leitos de secagem. Após a dessecação, todo este material deverá
ser disposto adequadamente na área da ETE. A disposição se fará através de valas
que serão abertas de acordo com a demanda, sendo que de imediato deverá ser
aberta apenas uma vala. O fundo e as paredes das valas deverão ser recobertos por
uma camada de argila compactada , com acompanhamento geotécnico sistemático,
tendo em vista o controle dos parâmetros de compactação (umidade ótima e massa
específica seca máxima) por ensaios realizados in situ e em laboratório, de forma a
obter-se coeficientes de permeabilidade da ordem de 1 x 10-7cm/s.
As valas, em princípio, deverão ser construídas dentro da própria ETE,
podendo, entretanto, os resíduos serem encaminhados ao aterro sanitário em
implantação pela Prefeitura Municipal de Patos de Minas. Vale ressaltar que tal fato
deve ser reportado a SUPRAM – TM AP caso venha a acontecer.

3.1. ESTUDO DE AUTODEPURAÇÃO

O Rio Paranaíba – corpo receptor do efluente da ETE e integrante da Bacia


Federal do Rio Paranaíba apresenta 3.632 Km² de área de drenagem. Para estimar a
qualidade das águas em 2027 com a implantação da ETE Patos de Minas foi
empregado o modelo de qualidade de água QUAL2E WINDOWS, levando-se em
consideração os seguintes valores:

A carga do efluente da ETE de Patos de Minas de acordo com o projeto


resultou nos seguintes valores:

- População = 185.796 hab.

- Vazão = 347,48 l/s

- DBO = 33,42 mg/l


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- Coliformes fecais = 3,71x 104

Com a implantação da ETE, a DBO será reduzida a valores inferiores a 2,0


mg/l e o OD permanecerá superior a 7,3 mg/l, condição esta considerada excelente.

Os coliformes fecais apresentarão contagem máxima de 0,8 x 10³ org./100ml


no ponto de lançamento na vazão média esperada para o mês de setembro (Qset).
Para vazão mais restritiva, média de 7 dias em 10 anos de recorrência (Q7,10) o
máximo será de 1,2x 10³ org./100ml, permanecendo superior a 1x10³ org./100ml,
máximo permitido para a Classe 2 de enquadramento, em um trecho de 10 Km,
condição esta plenamente aceitável, na medida que não é recomendado o contato
primário em águas que receberam lançamentos de esgotos sanitários, mesmo que
tratados, imediatamente a montante.

O efeito do aporte do Rio Pirapetinga no Paranaíba faz com que as contagens


de coliformes fecais permaneçam superiores ao limite da Classe 2 de enquadramento
por um trecho de 18 Km.

Conclui-se que a implantação da ETE de Patos de Minas irá resultar em um


efeito ambiental positivo de elevada magnitude para a qualidade das águas do Rio
Paranaíba.

4. AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

A avaliação dos impactos ambientais do sistema de esgotamento foi feita em


conformidade com os quesitos estabelecidos pelo CONAMA em sua resolução nº
01/86, abordando os reflexos sobre o ambiente, sua natureza, probabilidade,
temporalidade, abrangência, magnitude e reversibilidade.
Em geral, nas obras de saneamento básico, pela própria natureza da
intervenção prevista, os impactos ambientais esperados sobre a população são
predominantemente positivos. Trazem melhorias nas condições de saúde pública a
grande parcela da população, proporcionando um verdadeiro avanço na qualidade de
vida da comunidade, assim como pode ajudar na reversão de alguns processos de
degradação ambiental. A seguir são apresentados os impactos ambientais relativos ao
empreendimento durante a implantação e operação.

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4.1 IMPACTOS DECORRENTES DA IMPLANTAÇÃO

Os impactos decorrentes da implantação da Estação de Tratamento de Esgotos


podem ser classificados como de média magnitude e abrangência local (pois estão
circunscritos às áreas de intervenções) e temporários, restringindo-se à época da
execução das obras. Os impactos são citados resumidamente a seguir:

1) Área diretamente afetada pela implantação da ETE:

Encontra-se bastante descaracterizada, sendo ocupada por pastagens, indicando


forte ação antrópica.

2) Conforme projeto básico, foram realizados furos de sondagem para


reconhecimento do subsolo:

A camada superior é constituída de solo coluvionar argiloso pouco arenoso de cor


variada (vermelho e marrom, de consistência muito mole a mole, sendo que na
porção superior da área apresenta uma espessura média de 4 a 8 metros e a
medida que se aproxima do curso d’água, no fundo do talvegue, nota-se uma
diminuição em sua espessura de 2 a 4 metros. Abaixo desta camada argilosa tem-
se uma camada de silte arenoso de cor variada (marrom, amarelo escuro e cinza)
pouco compacto a muito compacto, com veios de filito pouco alterado a muito
alterado à medida que se aproxima do topo rochoso.

O nível de água não foi observado na parte superior da área estudada e mesmo na
faixa inferior apresenta-se com profundidade de 10 a 11 metros (Sp-07 a Sp-10),
não tendo a princípio a necessidade de execução de obras para rebaixamento do
lençol ou de drenagem para proteção do material e dos diques.

3) Os impactos negativos decorrentes desta implantação são:

• Desapropriação da área destinada à implantação da ETE;

• Possível relocação de uma família da área da ETE;

• Aumento do nível de ruídos e emissão de poeira;

• Aumento do tráfego de maquinário pesado na região, especialmente


os caminhões que serão utilizados para volume de terra excedente
(trajeto da ETE e local do bota fora);
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• Expressivo volume de terra a ser disposto em área de bota-fora


aproximadamente 102.775 m³.

4.2 IMPACTOS DECORRENTES DA OPERAÇÃO

A operação da ETE trará uma melhora significativa das condições sanitárias


locais sendo o impacto positivo de grande importância.
Impactos negativos:

• extravasamentos das estações elevatórias de recirculação de lodos


causados pelas paradas dos conjuntos moto-bombas;

• aumento do nível de ruídos provenientes dos conjuntos moto-bombas;

• geração de maus odores;

• resíduos sólidos gerados na caixa de areia, gradeamento, leito de secagem;

• gás proveniente dos reatores UASB;

5. MEDIDAS MITIGADORAS

As medidas mitigadoras propostas no PCA para a implantação/operação da


ETE e dos interceptores são sintetizadas a seguir:

Fase de implantação:
• Comunicação à população atingida sobre as obras a serem realizadas.
• Instalação de tapumes de proteção, passarelas.
• Recomposição dos pavimentos das vias.
• Limpeza e remoção constante de resíduos não aproveitáveis no canteiro de obras
destinando-os corretamente.
• Sinalização preventiva e de segurança por meio de cavaletes, placas cones, faixas,
dentre outros, observando as exigências municipais e/ou órgãos competentes.
• Observância do horário diurno para uso de equipamentos emissores de ruído.
• Aspersão de água visando minimizar partículas em suspensão em decorrência dos
trabalhos de máquinas, equipamentos e veículos.
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• Recuperação das áreas degradadas.


• Disposição adequada do material (terra). Parte do material (53.009 m³) será aterrado
na própria área da ETE, e o restante (49.776 m³), será encaminhado ao Aterro
Controlado de Patos de Minas/MG, localizado a cerca de 12 Km da área da ETE,
onde ajudará nas atividades de recuperação.
• Execução dos programas ambientais conforme relatório (Programa de Comunicação
Social, Programa de disposição final dos resíduos gerados no sistema de
tratamento, Projeto Paisagístico da área da ETE, Programa de negociação da área
destinada à Estação de Tratamento de Esgotos –ETE , Programa de Educação
Ambiental conforme cronograma especificado no relatório).

Fase de operação:
• Proteção acústica dos conjuntos moto-bombas , caso seja necessário;
• Plantio da cortina arbórea em toda a periferia da estação de tratamento;
• Fornecimento de EPI’s necessários para os funcionários;
• Vigilância quanto a vazamentos e interrupções na rede interceptora de esgotos;
• Manutenção adequada das Estações Elevatórias de Recirculação;
• Manutenção adequada do sistema de tratamento de esgotos;
• Programa de monitoramento da ETE e do Rio Paranaíba conforme descrito no
relatório;
• Programa de disposição final dos resíduos gerados no sistema de tratamento
conforme especificado no relatório.

Visando minimizar os impactos decorrentes da implantação/operação da ETE,


considera-se ainda fundamental que, dentre outras, sejam observadas as seguintes
medidas de controle:
• Cuidados relativos à segurança dos funcionários por meio de cartazes, palestras e
utilização de EPI, além de sua devida vacinação;
• Implantação de dispositivo de proteção das margens do corpo receptor no ponto de
lançamento do efluente tratado;
• Capacitação de funcionário(s) para o controle operacional da unidade, tendo em
vista, principalmente, a garantia da qualidade do efluente a ser lançado no curso
d’água, dentro dos padrões da DN COPAM 010/86.
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6. ESTUDOS / PROJETOS AMBIENTAIS PROPOSTOS

6.1 Projeto paisagístico

O projeto paisagístico da Estação de Tratamento de Esgotos – ETE visa a


recomposição da paisagem local, com o plantio de espécies entre a área da ETE e o
Rio Paranaíba. A área da ETE já possui uma cerca viva de Sansão do Campo que será
mantida.

A concepção do projeto paisagístico consiste de cobertura vegetal de


gramíneas (grama batatais) nos taludes. Para recomposição da mata ciliar,
compreendida entre a ETE e o rio Paranaíba, procurar-se-á diversificar ao máximo as
espécies a serem plantadas.

Ressalta-se a importância da implementação do paisagismo como medida de


integração do empreendimento à paisagem local. Consta do projeto paisagístico a
seleção de espécies nativas da região, identificação científica das espécies,
quantitativo de mudas, os procedimentos necessários para o plantio e manutenção
futura das mudas e o cronograma de implantação. A relação das espécies são
apresentadas no quadro abaixo:

RELAÇÃO DAS ESPÉCIES VEGETAIS TREPADEIRAS A SEREM UTILIZADAS


NA CERCA EM TORNO DA ÁREA DA ETE

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RELAÇÃO DAS ESPÉCIES VEGETAIS ARBÓREAS A SEREM UTILIZADAS NA


RECOMPOSIÇÃO DA MATA CILIAR DO RIO PARANAÍBA

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RELAÇÃO DAS ESPÉCIES VEGETAIS ARBÓREAS A SEREM UTILIZADAS NA


RECOMPOSIÇÃO DA MATA CILIAR DO RIO PARANAÍBA

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6.2. PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

O programa de Comunicação Social apresentado objetiva o esclarecimento da


população diretamente afetada sobre o conjunto das obras, aumentando o grau de
compreensão e cooperação por parte desta, quanto aos transtornos provocados pela
implantação do sistema proposto em função dos seus benefícios para a comunidade.

6.3. PROGRAMA DE DISPOSIÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS GERADOS NO


SISTEMA DE TRATAMENTO

O projeto executivo contemplará a operação da Estação de Tratamentos de


Esgotos – ETE, sendo os resíduos sólidos retidos na grade e caixa de areia, assim
como o lodo gerado no reator serão removidos e dispostos adequadamente.

6.4. PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA ETE E DO RIO PARANAÍBA

Neste programa é proposto a caracterização do Efluente final da Estação de


Tratamento de Esgotos e do corpo receptor a jusante e montante do mesmo, além de
um ponto de monitoramento a montante do tratamento preliminar.

Procedimentos Metodológicos
Monitoramento das Águas do Rio Paranaíba

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Deverão ser coletadas amostras simples em dois pontos distintos no rio


Paranaíba, dentre eles, um ponto à aproximadamente cem metros a montante, ponto
A, e outro, o ponto B, cem metros a jusante do ponto de lançamento da ETE.
Os parâmetros a serem monitorados são:
pH in “locu”;
turbidez;
temperatura do ar e da água;
oxigênio dissolvido (OD);
DBO;
DQO;
sólidos em suspensão;
óleo e graxas;
coliformes fecais;
coliformes totais.

Controle Operacional Da Estação De Tratamento De Esgotos – ETE

Referem-se ao esgoto bruto Ponto (C), a ser coletado no tratamento


preliminar e ao efluente tratado Ponto (D) a ser coletado na calha de recolhimento do
efluente tratado nos decantadores.
Os parâmetros físico-químicos e biológicos e freqüência das análises estão
relacionadas no Quadro apresentado a seguir:

FREQÜÊNCIA DE AMOSTRAGEM – ETE

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Destaca-se que o responsável por ambas as análises deverá preencher uma


ficha de coleta a ser entregue ao laboratório, que deverá conter no mínimo as
seguintes informações:
• ponto de coleta;
• data;
• hora da coleta;
• temperatura do ar;
• temperatura da amostra;
• condições do tempo;
• coletada por.

Ressalte-se que a Prefeitura Municipal deverá divulgar o resultado do plano


de monitoramento proposto, de tal forma a manter a população regularmente informada
sobre as condições sanitárias das águas do Rio Paranaíba e da Estação de
Tratamento de Esgotos.

7. CONTROLE PROCESSUAL

O processo encontra-se formalizado e instruído corretamente no tocante à


legalidade processual, haja vista a apresentação dos documentos necessários e
exigidos pela legislação ambiental em vigor, conforme enquadramento no disposto da
Deliberação Normativa nº 74/2004.
Da mesma forma, o local e o tipo de atividade desenvolvida estão em
conformidade com as leis e regulamentos administrativos municipais, nos termos da
declaração emitida pela Prefeitura Municipal de Patos de Minas/MG.

8. CONCLUSÃO

A equipe interdisciplinar de análise deste processo, sob o ponto de vista


técnico e jurídico, considera que a implantação da ETE PATOS DE MINAS viabilizará a
melhoria das condições sanitárias locais pela redução do aporte de carga orgânica e de
sólidos em suspensão no corpo receptor, contribuindo para a melhoria das águas do
Rio Paranaíba com reflexos positivos sobre o meio ambiente e saúde da população da
região.
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De acordo com a análise técnica e jurídica, esta equipe opina pelo deferimento
da concessão da Licença Prévia e de Instalação, com prazo de validade de 03 (três)
anos, desde que sejam atendidas as medidas mitigadoras de impactos ambientais
descritas no PCA apresentado, aliadas às condicionantes listadas no anexo único,
ouvida a Unidade Regional Colegiada do Conselho Estadual de Política Ambiental do
Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.
Ressalta-se que a Licença Ambiental em apreço não dispensa nem
substitui a obtenção pelo requerente de outras licenças legalmente exigíveis.
Cabe esclarecer que a SUPRAM TM AP não possui responsabilidade técnica
sobre os projetos de sistemas de controle ambiental e programas de treinamento
aprovados para implantação, sendo a execução, operação, comprovação de eficiência
e/ou gerenciamento dos mesmos de inteira responsabilidade da própria empresa, seu
projetista e/ou prepostos.

9. PARECER CONCLUSIVO:
Favorável: ( ) Não ( x ) Sim

10. VALIDADE DA LICENÇA:


3 (três) anos

Data: 01/07/2008
Equipe Interdisciplinar: Registro de classe Assinatura
Juber Henrique Amaral MASP: 114.8940-8
José Roberto Venturi CREA/SP:177579/D
Kamila Borges Alves MASP: 115.1726-5
Larissa Machado Moreira MASP: 119.7687-5
Ricardo R. Bello MASP: 1147181-0
Junia Gontijo Cunha – Assessora Jurídica MASP: 1176635-9
Rodrigo Angelis Alvarez – Diretor Técnico MASP: 1191774-7

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ANEXO I
Processo COPAM Nº: 22812/2005/002/2008 Classe/Porte: 3/M
Empreendimento: Estação de Tratamento de Esgotos Sanitários de Patos de Minas
CPF/CNPJ: 18.602.011/0001-07
Atividade: E-03-06-9: Tratamento de esgoto sanitário.
Endereço: Av.Getúlio Vargas nº 230
Município: Patos de Minas/ MG
Referência: CONDICIONANTES DA LICENÇA
ITEM DESCRIÇÃO PRAZO
Balanço de massa da quantidade de solo revolvido,
assim como projeto de drenagem pluvial na área onde
1 este material será armazenado e medidas de controle 6 meses
erosivo para que não haja possibilidade de
assoreamento do Rio Paranaíba.
Projeto executivo e memorial de cálculo referente ao
2 lançamento do efluente tratado e do lançamento da 6 meses
drenagem pluvial.
Implantação do projeto de recomposição de Área de
Preservação Permanente (APP) e projeto paisagístico
3 apresentado no PCA com relatório fotográfico e Na formalização
cumprimento do plano de monitoramento de recuperação da LO.
de área de Preservação Permanente presente no
ANEXO II.
Apresentar Manual de Operação e Manutenção da ETE.
4 Na formalização
da LO.
Apresentar semestralmente plano de monitoramento de Durante a
5 resíduos sólidos nos moldes dispostos no ANEXO II. vigência da
licença
Designar o técnico responsável pela operação e pelo
6 acompanhamento dos programas de monitoramento da Na formalização
da LO.
ETE, apresentando a respectiva ART.
Apresentar relatório técnico fotográfico da aspersão de
água nas vias de acesso e no canteiro de obras com
7 objetivo de diminuir emissão de particulados Trimestral
provenientes da movimentação de máquinas, veículos e
equipamentos
Apresentar cronograma físico das obras relativas aos
8 40% restantes referentes ao final de plano. Na formalização
da LO
Apresentar programa de monitoramento do lodo gerado,
9 estabelecendo os contaminantes a serem pesquisados, a Na formalização
freqüência e a destinação final dos mesmos. da LO.
Apresentar laudo de avaliação de ruídos, visando
10 comprovar o atendimento a Lei Estadual 10.100 de 1990,
Na formalização
CONAMA 01/90 e NBR 10.151/2000 da LO.

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Apresentar relatório referente à impermeabilização do


fundo e das paredes das valas que serão recobertas por
uma camada de argila compactada, tendo em vista o
11 controle dos parâmetros de compactação (umidade ótima
Na formalização
da LO.
e massa específica seca máxima) por ensaios realizados
in situ e em laboratório, de forma a obter-se coeficientes
de permeabilidade da ordem de 1 x 10-7cm/s.
Apresentar autorização prévia ou posse da área de
12 terceiro para a implantação do empreendimento. Antes do início
das obras.
Programa de supressão de lançamentos indevidos no
13 sistema de água pluvial. Na formalização
da L.O.
Demonstração do cumprimento das medidas
14 compensatórias definidas pelo IEF / Alto Paranaíba 6 meses
listadas no parecer.

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ANEXO II

1. PLANO DE MONITORAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS


Enviar semestralmente a SUPRAM TM/AP, até o dia 10 do mês subseqüente,
os relatórios de controle e disposição dos resíduos sólidos gerados, contendo, no
mínimo, os dados do modelo abaixo, bem como a identificação, registro profissional e a
assinatura do responsável técnico pelas informações.

RESÍDUO TRANSPORTADOR DISPOSIÇÃO FINAL


Taxa de Empresa
geração Razão Endereço Forma responsável OBS.
Denominação Origem Classe (kg/mês) social completo (*) Razão Endereço
social completo

(*)1– Reutilização 6 – Co-processamento


2 – Reciclagem 7 – Aplicação no solo
3 – Aterro sanitário 8 – Estocagem temporária (informar quantidade estocada)
4 – Aterro industrial 9 – Outras (especificar)
5 – Incineração

Os resíduos devem ser destinados somente para empreendimentos


ambientalmente regularizados junto à administração pública.
Em caso de alterações na forma de disposição final de resíduos, a empresa
deverá comunicar previamente a SUPRAM TM/AP, para verificação da necessidade de
licenciamento específico;
As doações de resíduos deverão ser devidamente identificadas e
documentadas pelo empreendimento;
As notas fiscais de vendas e/ou movimentação e os documentos identificando
as doações de resíduos, que poderão ser solicitadas a qualquer momento para fins de
fiscalização, deverão ser mantidos disponíveis pelo empreendedor.

2. PLANO DE MONITORAMENTO DA RECUPERAÇÃO DAS ÁREAS


PRESERVAÇÃO PERMANENTES.

O empreendedor deverá enviar anualmente á SUPRAM TMAP documentos


contemplando relatório fotográfico e indicação por coordenadas geográficas
demonstrando evolução da regeneração e o estado de conservação das referidas
áreas.

Obs: O primeiro relatório deverá ser enviado em até 180 dias após o início do
próximo período chuvoso.

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