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CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR

UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS


DISCIPLINA: FÍSICA I

FORÇA E MOVIMENTO II

Prof. Bruno Farias


Introdução

Neste módulo concentraremos nossa atenção na Física de


três tipos comuns de força:

• A força de atrito;

• A força de arrasto;

• A força centrípeta.
Força de Atrito
O atrito é importante em muitos aspectos de nossa vida
cotidiana.

• O atrito permite que você comece a


caminhar e, uma vez já em movimento, o
atrito permite que você altere tanto sua
rapidez quanto sua orientação.

• O atrito permite que você arranque, dirija


e pare um carro.

• O atrito mantém a porca no parafuso, o


prego na madeira e o nó em um pedaço de
corda.
Força de Atrito

Atrito é a resistência que os corpos em


contato oferecem ao movimento

Em nível microscópico, a força de atrito


decorre de interações intermoleculares
(fundamentalmente de natureza elétrica)
entre duas superfícies rugosas nos
pontos onde elas se tocam.
Força de Atrito Estático

Consideremos que você aplica uma força horizontal F sobre


um corpo que está sobre um piso (Figuras abaixo).

Se o corpo não se move, é porque uma força de atrito


estático fs exercida pelo piso sobre o corpo contrabalança
a força F.

 F  fs 
v 0  v 0 F  fs

 F  F
fe fe
A força de atrito estático fs que se opõe à força aplicada F
sobre o corpo pode variar em magnitude de zero até um valor
máximo que é dado por

f s ,máx  s FN

onde μs é o coeficiente de atrito estático e FN é o módulo da


formal que a superfície exerce sobre o corpo.

A força de atrito estático é máxima quando o corpo está na


eminência de entrar em movimento.
Força de Atrito Cinético

Consideremos que você aplica uma força horizontal F sobre


um corpo que está sobre um piso para fazê-lo deslizar. (Figura
abaixo). 
 v 0
F

fk

Enquanto o corpo escorrega, o piso exerce uma força de


atrito cinético fk que se opõe ao movimento e cujo o módulo
é dado por:

f k  k FN f k  f s ,máx

onde μk é o coeficiente de atrito cinético.


Exemplo

Você está tentando mover um engradado de 500 N sobre um


piso plano. Para iniciar o movimento, você precisa aplicar uma
força horizontal de módulo igual a 230 N. Depois da “quebra do
vínculo” e iniciado o movimento, você necessita apenas de 200
N para manter o movimento com velocidade constante. Qual é
o coeficiente de atrito estático e o coeficiente de atrito cinético?
Exemplo

Um bloco de 2,5 kg está inicialmente em repouso em uma


superfície horizontal. Uma força horizontal F de módulo 6 N e
uma força vertical P são aplicadas ao bloco (Figura abaixo). Os
coeficientes de atrito entre o bloco e superfície são μs = 0,4 e μk
= 0,25. Determine o módulo da força que age sobre o bloco se
o módulo de P é a) 8 N, b) 10 N e c) 12 N.
Exercício
Exemplo
Força de Arrasto e Velocidade Terminal
Um fluido é uma substância, em geral um gás ou um líquido,
que é capaz de escoar. Exemplos: Ar e água.

Quando um objeto se move através de um fluido, o fluido exerce


uma força de arraste D, ou força retardadora, que se opõe ao
movimento do objeto. Exemplos: Aviões, gotas de chuva,
ciclistas e esquiadores sofrem a ação do arraste do ar.
A força de arraste depende da forma do objeto, das
propriedades do fluido e da velocidade do objeto em relação
ao fluido.

Tomando como fluido o ar e considerando corpos que não são


finos nem pontiagudos o módulo da força de arrasto é dada
por:

1
D  CAv2
2
pnde C é o coeficiente de arrasto, ρ é a massa específica do ar
e A é a área da seção reta efetiva do corpo.

arrasto D velocidade V
Quando um corpo rombudo cai a partir do repouso, a força de
arrasto D produzida pela resistência do ar é dirigida para cima e
seu módulo cresce com o aumento da velocidade do corpo. A
força D se opõe à força gravitacional Fg. Aplicando a 2ª lei de
Newton ao eixo vertical, temos que:

D  Fg  ma
Velocidade Terminal

À medida que a velocidade do corpo aumenta, a força de


arrasto também aumenta, até que finalmente D se torna igual à
Fg. Assim, a aceleração se anula a = 0 e a velocidade do corpo
pára de aumentar. A velocidade constante com a qual o corpo
passa a se deslocar é denominada de velocidade terminal que
é obtido a partir da equação:

1
CAvt  Fg  0,
2

2
e logo,

2 Fg
vt 
CA
Exemplo

Uma gota de chuva de raio R = 1,5 mm cai de uma nuvem que


está a uma altura h = 1200 m acima do solo. O coeficiente de
arrasto C da gota é 0,6. Suponha que a gota permanece
esférica durante toda queda. A massa específica da água, ρa, é
1000 kg/m3, e a massa específica do ar, ρar, é 1,2 kg/m3. a)
Qual é a velocidade terminal da gota? b) Qual seria a
velocidade da gota imediatamente antes do impacto com o
chão se não existisse a força de arrasto?
Exemplo
Força de Centrípeta e Movimento Circular
Uniforme
Força de Centrípeta e Movimento Circular
Uniforme
Quando um corpo se move em uma circunferência (ou um arco
de circunferência) com o módulo da velocidade constante,
dizemos que se encontra movimento circular uniforme. O corpo
possui uma aceleração centrípeta (dirigida para o centro da
circunferência) de módulo constante dado por:
2
v
a ,
R

onde R é o raio do círculo.


A força resultante que atua num corpo executando um
movimento circular uniforme também é dirigida para o centro da
circunferência (força centrípeta) e possui módulo dado por:

v2
F m .
R

O tempo gasto para se realizar uma volta completa é


denominado período T que é dado por:

2R
T .
v
Exemplo
Exemplo

Um viciado em movimentos circulares, com 80 kg de massa,


está andando em uma roda-gigante que descreve uma
circunferência vertical de 10 m de raio a uma velocidade
escalar constante de 6,1 m/s. a) Qual é o período do
movimento? b) Qual é o módulo da força normal exercida pelo
assento sobre o viciado quando ambos passam b) pelo ponto
mais alto da trajetória circular? e c) pelo ponto mais baixo?

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