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FABRA UAL ML RRS hE arene seme kucegso «Se CASTRO, MEI? DonsSiade 2 o duds wo Site a Limgevong gon Coanprcos Upaicame, 1956 i rT O QUE £0 DADO EMAQUISIGAO DA LINGUAGEM? Maria Ce Departamento de a de-vinte anos apés essa afirma- juagao ja nfo ¢ maisa mesm: = Considerando os dis atunis, cerca porler-sc-ia dizer que tal Seria possivel apontar progressos sensiveis com rel esta ‘questiio? Pat 3 considerados apenas aqucles que cu mente sclecionados por sua rele) que foram até mesmo remodelados para garanti-la, com 2 res judicata proveritate habetur A discussio sobre a con itar responcler a essas indagagdes, propon! ial a respeita dos pressupostos di na a existén Sube-se que escolas(teori quese convencionou chamar de fato. Do ponto de vista doen (e6rica, portanto, \ogiio de recorte, sex mo “evidének los, 0 que significa que ser ‘os de reconhesimento independdenter base nese press inte (Pete as em que a metodologia se desdobra, westigador sobre a sele: ngdo do comportamento pretendido, 0 s 16 WW existéncia) serve como matéria para a ciéncia, ou se afi ladosamente foram previ incia dentro de uma teoria, ou Assim, levando cm conta o ponte de vista de que Come ji apontada por Bennett-Kastor (1988), I s0 jo terpretagao que dele faz 0 pesqui © todos os, a orem avaliadas e mesmo lidas. Nos estudos sobre aquisigiio d: Finguagem, o desenvolvimento pros6dico, por ex sistomaticamente deixado de lado, conforme mostra Searpa (neste volume). Apesar disso, a maioria dos pesquisadores aa rea tom tratado como “evidéncia empiriea” 0 quo se conven- cionou chamar de “dado”, fazendo uso deles para comprovat ou rofitarteorias. ‘O consenso explicita sobre uma mstodologia, inex‘ na érea, 6 compensado na prat vide fi meto implicitamente aceita, nos periddicos especi zados como oJournal of Child Language ¢ 0 Co seja, o método experimental. ‘Nun breve levantamento da histéria da metodologia n rca, lembre-se de que no a dos pesquisadores cra cons rentemente experimental. Privilegi ingiisticas pola crianga, ot seja, 0 objeto de esti jente strut competéncia cenfoque na gramatica deu origem aos: de sujeitos, ambiente controlado e uso de catego} priori. Ja na metade da década de 1970, come cestudos naturalistas, pouco control 73), que ci na teoria performance no caso de criangas pequenas” (1973, p. 56). Essas palavras de Brown ilustram bem a preocupagao daqueles sicolingiiistas em justificar 0 uso de dados da “mera perfor- lance” para se chegar & competéncia da crianga. Uma comparagdo mais deta nye as métodos ex- perimental, de um lado, e naturalista/observacional, de outro, com relagiio a natureza dos chamados dados, talvez possa ajudar ‘a mostrar como diferem eles. ‘© método experimental tem sido criticado recentemente, por mutitos como uma das formas de distoreer o tema da inves ‘gagdo, antes mesmo de a propria comegar (ef. também Corréa, noste volume). As supostas vantagens de tal método tém sido identificadas como a possibilidade de obtengio de informagoes que, apenas pela observagao, no seria neces ledeos dores com sujcitos diferentes ¢, de de examinar 20 método, Em primeiro lugar, se 0 enfoque é igo? Além disso, como funcionati tica da erianca? ia da igo do a segundo lugar, con ce busea de homogencizacdo dos desejado de prod exatamente como a realizou adequadam: mente 5 Bsquece-se, nvestigador © podem no servir pa ‘antes uma criagio do i rnonhuma erianga em particular. Em torceiro lugar, com rel ase esta nos estudas experimentais através Satoruando-se 30 méximo 0 papel dos niimeros, das pores f Cabo entio perguntar; Qual Fungo das Seriael desenvol i s 7 no método experimental, o objet mente 0 desenvolvimento. Baseada num ccausas estas que 1.0 dado assim coll abstrago. Existem dois problemas adicionais a fro, consiste na ausénel ‘er interpratada como auséncia ferpreta ndequauamen ‘que, teimo: festacdi Jingo competene x pero prim cestrutura buscads aque o mesmo ainda nio dispSe do cone ‘que, sem divida, pode se (0 sogund que a crianga deveria seguir, 0 sMeonheeido, de que nfo se pode realmente saber cor o responde. Conforme ficil compreender uma er cede também no yeoe que as erianca 5). Com efito. a ida, nfio havendo cv Quanto a0 método naturalista/observacional, adotado em estudos iniciados jé na década de 1970, deve-se reconhecer que, de acordo com a posigio teérica subjacente, podem fo cora'a produgio da erianea, isolada d: relacio entre a produgio da crian Exemplo do primeito tipo é o trab: tinha por objetivo descrever a e através de dados da sua producdo. No segundo gi 80.08 estudos mais recentes, que procuram dar conta da relagio entre a produgio da crianga ea de locator, como os desonvalvidos sob inspiragao do soci “ionismo. ‘As vantagens potenciais dos estudos observacionais deste segundo tipo so muitas. Em primeiro lugar, a qualidade ‘de provocar ho de Brown (1973) que peténcia daquelas criangas, do des: a anilise detalhada ¢ mais comple! volvimento, em vez de descrever aper mitem também que as categor dos dados. Ao recuperar a his do suas condigdes de predugao, podem pe ;envolvimento como um pracesso d tentando dar conta da continuidai entre estiigios. Por outro lado, o.no-cont permitir uma aproximiagdo maior ds queo dado é 0 que acontece, niio o que dever que esté faltando. As vantagens desse a citadaant reconhecer suas observacional é mui questo da busca da interpretagio ade fa de controle pretendida. O obser contexto com iodo que o dado pode vo, estando sujcito aot paradoxo do observ: no termos de Labov (1971, p. 461): "We want to observe how people talk when they are not being observed.” Uma outra limitagao dos estudos observacionais pode ser encontrada no momento dois da metodologia, ot seja, da selegio dentro toda o materi ak 0s dados para posterior andi cli aguilo que tem enchido a lata de lixo da psicoling’ décadas, Mas fagdes que desvantagem dos estudos obscrvacionais naturalistas é antes de ordem pritica e esti no tempo consumido e mio~le-obra reque- rida para obtengio e sele¢o dos dados. Conforme relatado por Schieffelin (1979) em seu estudo sobre a aquisi¢ao do Kaluli para cada hora de coleta consomem muito tempo com o trabalho bragat de ti selegio dos dados (conforme podem atestar os n Projetos de Aquisigao da Linguagem do Dep: consiste no fato de que o experimental acaba passe que 0 abservacior pode estudar o préprio desenvolvimento da linguagem. Do ponte de vista de outros pesquisadores como Bennett- ‘as podem ser fei iderados ass: indo xo sabor do ae: serviriam, portanto, para responder a questio da compreensio, sio impossiveis de re a juestées de eausagiio (We jor. Do ponto de vi observacional mostra o que ¢ p -mesmos padrbes sfo gerais ou co Num contraponto a acusagiio de assistematicidade ¢ descontrale mencionada, lembre-se de que os estudos abserva- ic, 0 dados podendo vari cpisédio de intoragio. Certamente a falta de sistema dade pode ser evitada até certo ponto, bastando pa 1a uma rotina de coleta qu de dos estudos posquisadorase se questionam stor, 1988). também qui sados por * agem como aquelas (Bennctt- adulto agit nas tro dados. A exper (desde 1975) mostra que por mais que queirs praze acaba vencido pela invial reqllontomente citam-se também come limi estude 0 fato de nao poder ser re} justo da comprecnsiio & ipo responder a questo dee ca ainda o modelo ditado pelos est numa determinada teoria lingif is aspectos total que pode ser nado. Além diss: lo desenvo! |, que parece no minimo estra te d sa complex aquisiga ‘eqjiente acusacdo aos estudos observa- pos eque 6 possivel, mas no informariam se os mesmos padrdes identi- ficadas om casos particulares sio gerais. Trata-se mais uma vez inquictagiio diante da possibilidade da diversidade, da erenga nente em desenvalvimento. Certamente detudo, ligada icoria defendi jante da relatividade dos graus de adequagdo de méto- dos alternativos, como fica a posigiio do investigador que clege si¢o da linguagem como objeto de scu estudo? Cabe ao pesquisadora escoll fortemente dependente da posit des torpretagaio que se faz dos dados, iguagem da erianga. Como se espera ter mostrado neste pressupostos a respeito da natureza de seu abjeto de estudo. Sem duvida, j@ncias tem sido a busca da obj prego, Mas o que é a objet as? Oq ea compet o referido por Gergen & Davis (I No estudo de sua aquisicdo pela c: todologia gerard o fato mais objetivo? Qu: as tensGes que, uma vez reconhecidas ¢ trabalhadas, podem pro- mover scu progresso. Sc assim é conclui-se que & preciso j Jonha na fogucira das tensdes cm aquisigao da linguagem, BIBLIOGRAFIA P.M.S. Language, sense and nons. lackqwell, 1984, 1B. & Snyder, L. Mum first words 0 gr individual differences and dissociable mecanisms. New 988. Beni wage. Methods aid 1988, order of acqu D. McNeill (1970), 1968, age. The early stages. Cambridg: c University Press, 1973.

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