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2. Análise Estrutural
As duas primeiras possuem sua superfície média plana, enquanto a casca tem
sua superfície média não plana.
Placa
Elementos de superfície plana, sujeitos
principalmente a ações normais ao seu
plano.
Figura 2.3 - Placa
As placas de concreto são usualmente
denominadas lajes.
Nas caixas d’águas as paredes funcionam, tanto como chapa, quanto placa
(empuxo d’água). No caso das estruturas de concreto armado, as chapas são
denominadas “vigas paredes”
12
hpar. de { 𝑎
15
Fonte: Libânio
Hipótese a): As duas Hipótese b): Uma célula Hipótese c): As 02 células
células vazias cheia e a outra vazia cheias
Laje da Tampa: Sendo Laje da Tampa: Quando Laje da Tampa: Nesta
a rigidez da parede, somente uma célula estiver última hipótese, com as duas
superior à rigidez da cheia, a tampa terá carga de células cheia, a tampa será
Laje da tampa, esta g+q, aplicada de cima para articulada, nas paredes
engasta nas paredes baixo, ou seja, de fora para laterais e engastada na laje
laterais, todavia, a tampa dentro e, a parede lateral contígua. Possibilitando
Lt01 engasta na tampa terá o empuxo agindo nas dessa forma se obter o
contígua (adjacente) paredes, de dentro para fora. momento Ny (conforme
Lt02. Com esta Em função da rigidez da figura na Quadro 4.1);
vinculação, se obtém os parede ser maior do que a
momentos negativos na rigidez da tampa, e as cargas
tampa com as paredes uma de fora para dentro e
laterais (Nx e Ny – outra de dentro para fora,
conforme figura na deformam as lajes, de tal
Quadro 4.1Erro! Fonte forma que elas giram sobre
de referência não o apoio, caracterizando com
encontrada.). Havendo isso articulação, entre
rigidez próximas entre ambas. Com essas
tampa e parede, pode-se vinculação e carregamento
considerar a tampa se obtém os momentos
apoiada nas paredes, positivos, Mx e My;
todavia a Lt01 engasta na
Lt02.
Hipótese a): As duas células vazias Hipótese b): Uma célula cheia e a Hipótese c): As 02 células cheias
outra vazia
Carregamentos
Deformações da
Laje da tampa
Deformações da
Laje de Fundo
Hipótese a): As duas Hipótese b): Uma célula Hipótese c): As 02 células
células vazias cheia e a outra vazia cheias
Rotação
dos nós
lajes da tampa
Vínculos das
lajes de fundo
Vínculos das
lajes verticais
Vínculos nas
(paredes)
Hipótese a): As duas células Hipótese b): Uma célula Hipótese c): As 02 células
vazias cheia e a outra vazia cheias
Laje de Fundo: Com essa Laje de Fundo: Engasta Laje de fundo: Mesmos
vinculação, pode-se obter os nas paredes verticais (que vínculos e carregamentos,
momentos positivos (Mx, My e funcionam como Laje). somente que, a laje de fundo,
Ny) e o momento negativo Com esta vinculação e neste caso não engasta na
sobre a parede interna. carregamento (peso parede vertical interna, pois,
Destaca-se, todavia, que está próprio, mais o peso da quando as duas células
não é a situação mais água), se obtém os cheias, as ações se equilibram
desfavorável, visto o momentos: Nx, Ny, Mx e e não desenvolvem
carregamento na laje de fundo Mx; solicitantes, porém, a laje de
é somente pesos próprio; fundo, engasta na laje
contígua, LF02;
Paredes Laterais:
Para o carregamento aplicado em
seu plano, na parte superior da
parede: parcela da carga
permanente da laje da tampa, mais,
carga variável na tampa; na parte
inferior da parede: peso próprio
da parede; parcela da carga
permanente da laje de fundo, mais,
a parcela da carga do peso da água,
na laje de fundo. Funciona como
viga parede.
- Conceito – Definição
As Vigas-Parede, também conhecidas como Vigas de Grande Altura, são
assim designadas por apresentar a sua altura superior à metade do vão (h ≥
l/2). Essas vigas podem ser simples (biapoiada) ou contínua.
t (RM) = (pl2/8)*(6/bh2)
= 12*p/b
t (RM) = (pl2/8)*(6/bh2)
= 3*p/b
No caso h > l/2 o acréscimo da rigidez à flexão da viga não será na proporção
da altura ao cubo (h3), como se verifica nas vigas com altura igual ou inferior
à metade do vão (h ≤ l/2).
Esse acréscimo de Rigidez, com aumento de altura “h” somente se verifica
para vigas com h ≤ l. Acima desse valor, o aumento de “h” em nada contribui
para aumentar a rigidez à flexão, uma vez que na parte superior da viga (h –
l), a peça passa a funcionar como pilar.
t (RM) = (pl2/8)*(6/bh2)
= 0,75*p/b
Podemos destacar ainda que o ponto de aplicação da carga (por cima ou por
baixo) tem grande influência sobre as tensões desenvolvidas na viga-parede.
A análise dessa distribuição de tensões orienta a melhor distribuição das
armaduras horizontais ao longo da altura da peça.
5. Esforços solicitantes
- Nas Lajes
- Nas paredes
Segundo a NBR 14.8.1 – Vigas-parede e pilares-parede
Para vigas-parede ou pilares-parede podem ser utilizadas a análise linear ou
a análise não-linear.
A análise linear, na maioria dos casos, deve ser realizada com o emprego de
procedimento numérico adequado, como, por exemplo, diferenças finitas,
elementos finitos e elementos de contorno.
A maioria das construções são sistemas muito complexos e, algumas vezes
muito complicados, quanto às características dos materiais; quanto a forma
e geometria dos elementos estruturais; quanto aos tipos de carregamento;
vinculação etc. e, a menos que sejam estabelecidas hipóteses e esquemas de
cálculo simplificadores, as análises dos problemas seriam impraticáveis. A
validade de tais hipóteses simplificadoras pode ser constatada
experimentalmente.
_______ Vigas-parede
- - - - - - - (Vigas Esbeltas)
6. Dimensionamento e detalhamento
De acordo com a NBR 6118 (2014 – item 17.3.5.2.1) a armadura mínima de
tração, além de respeitadas a taxa mínima absoluta de 0,15% da seção
transversal, deve ser verificada a taxa pelo dimensionamento da seção,
submetida a um momento fletor mínimo dado por:
Md,min. = 0,8Wo ∗ fctk,sup.
Onde:
W0 é o módulo de resistência da seção bruta de concreto, relativo à fibra
tracionada;
R sd Msd
As = =
fyd Z ∗ fyd
Sendo:
• Msd: momento solicitante de cálculo;
• Fyd: tensão de escoamento do aço, de cálculo;
• z: braço de alavanca entre as forças Rcd (concreto) e Rsd (aço),
definido como:
Viga-parede bi apoiada:
Não considerar para “h” valores superiores ao vão teórico lef (3 ≥ 𝑙⁄h ≥ 1)
- Ancoragem das armaduras de flexão nos apoios
De acordo com a NBR 6118 (2014 – item 22.4.4.2) a armadura de flexão
deve ser prolongada integralmente até os apoios e aí bem ancorada. Não
devem ser usados ganchos no plano vertical, dando-se preferência a laços ou
grampos no plano horizontal, ou dispositivos especiais (ver Figura 6.1).
De preferência, a ancoragem deve ser feita com barras curvas ou ganchos
deitados.
Segundo Leonhardt a armadura deve ser levada de apoio a apoio sem
escalonamento e ancorada para uma força Rsd>0,8As fyd.
Z 4/Z
tgθ = =
𝑙⁄ 𝑙
4
Para se calcular as tensões, tanto na viga parede, junto ao apoio, quanto a
tensão no apoio, utiliza-se Figura 6.2c.
Rd Vsd
Tensão no apoio: σcd = = ≤ fcd2
b∗c b∗c
R cd
Tensão na parede junto ao apoio: σc2d = ≤ fcd2
b ∗ c2
Sendo:
“b” a largura da viga-parede, “c” a largura da região do apoio da parede e c2
a largura da aplicação da tensão da biela comprimida.
Da Figura 6.2c, obtém-se:
c2 = c ′ + u′
u′
cos = → u′ = u cos θ = u ∗ sen θ cotg θ
u
𝑐′
sen θ = → c ′ = c ∗ senθ
𝑐
logo: c2 = c ′ + u′ = c ∗ senθ + u ∗ senθcotgθ
c2 = (c + u ∗ cotgθ)senθ
𝑙b + 0,1 ∗ 𝑙x
1
a>{ 𝑙
4 x
𝑙b + 2h
lx tomar o maior comprimento dos
vãos menores das lajes contíguas a
esse apoio;
lb é o comprimento de ancoragem
h é a espessura da laje
1
𝑙
a ≥{ 5 x
𝑙b + 2hL
Recomenda-se de 8 a 10 mm
As,mín,borda ≥ 0,67 ∗ (0,15 ∗ hL )
- Armaduras de distribuição – Negativo
A finalidade dessa armadura é a estabilidade das armaduras negativas,
visando sua manutenção na vertical (de não deitarem) durante a montagem
e concretagem.
𝑙b − 0,2𝑙x + b/2
∆ { 15 cm
10
Figura 8.2 - Ex.1 – Esquema de cálculo para as lajes da tampa e do fundo, as duas células
vazias
- Momentos
Dessa forma se obtém os máximos
momentos positivos: Mx e My:
𝑙y 3,0
= = = 1,0
𝑙x 3,0
3,1 ∗ 32
Mx = My = 4,23 ∗ =
100
Mx = My = 1,18 KN ∗ m/m
pL ∗l2x
Tabela: M = μ ∗
100
- Reações - cortantes
Reações de apoio da Laje: px e py:
𝑙y 3,0
= = = 1,0
𝑙x 3,0
3,1 ∗ 3
px = 2,75 ∗ = 2,56 KN/m
10
3,1 ∗ 3
py = 1,83 ∗ = 1,70 KN/m
10
3,1 ∗ 3
pxe = 4,02 ∗ = 3,74 KN/m
10
- Reações – cortantes
Reações de apoio da Laje: px e py:
𝑙y 3,0
= = = 1,0
𝑙x 3,0
3,78 ∗ 3
px = 2,75 ∗ = 3,12 KN/m
10
3,78 ∗ 3
py = 1,83 ∗ = 2,08 KN/m
10
3,78 ∗ 3
pxe = 4,02 ∗ = 4,56 KN/m
10
Calculada conforme 2.ª ou 3.ª hipótese (Quadro 4.2), ou seja, engastada nas
04 bordas (paredes) ou engastada em 03 bordas (paredes) e, engastada em
uma borda (laje contígua ou adjacente).
- Reações - cortantes
Reações de apoio da Laje: pxe e pye:
𝑙y 3,0
= = = 1,0
𝑙x 3,0
37,78 ∗ 3
pxe = 2,5 = 28,34 KN/m
10
37,78 ∗ 3
pye = 2,5 = 28,34 KN/m
10
Fonte: Libânio
Ou
M=p1*lx2/(coef.tab.)
= ly/lx 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 2,0
- Reações - cortantes
Reação em uma laje, passa a ser uma força normal de tração, na outra laje,
que lhe é perpendicular
h
Nrk,x = Nk,x − FNk,x ∗ (d − )
2
= 14,13 − 35,17 ∗ (0,12 − 0,15/2) = 12,5474 KN. m/m
bd2 100 ∗ 122
Kc = = = 8,20→ Tabela → K s = 0,0242
Nrd,x 1254,74 ∗ 1,4
h
Mrk,x = Msk,x − FNsk,x ∗ (d − )
2
bd2 Mrd,x FNd,x
Kc = → tabela → K s → As = k s ∗ +
Mrd,x d fyd
As,min. = 0,15 ∗ h
- Dimensionamento à flexão
Cálculo do vão efetivo (vão teórico)
distância de eixo a eixo = 3,0 m
𝑙ef < entre {
1,15𝑙0 = 1,15 ∗ (3,0 − 0,2) = 3,22 𝑚
Logo, lef = 3,0 m
- Cálculo da armadura
Como a viga-parede funciona como biela, ou seja, a carga descendo
diretamente para o apoio, sem necessidade de levantamento, somente será
levantada a carga da laje de fundo, que se apoia na parte inferior da parede,
mais o peso próprio.
(28,34 + 13,5) ∗ 1,4 cm2 cm2
As,𝑙ev. = = 2,93 → 1,47 /face
σsd = 20 m m
- Dimensionamento à flexão
Cálculo do momento fletor:
p ∗ 𝑙2 77,66 ∗ 32
Mk = = = 87,37 KN. m
8 8
Braço de alavanca: quando h > l → z = 0,60*l = 0,60*3,00= 1.80 m
Logo:
Md 87,37 ∗ 1,4 R sd 67,95
R sd = = = 67,95 KN → As = =
z 1,80 fyd (50⁄1,15)
= 1,56 cm2
- Dimensionamento à cortante
- Cálculo da armadura
Como a viga-parede funciona como biela, ou seja, a carga descendo
diretamente para o apoio, sem necessidade de levantamento, somente será
levantada a carga da laje de fundo, que se apóia na parte inferior da parede,
mais o peso próprio.
Importante observar que, essa armadura não será somada à armadura obtida
como laje. Prevalece os mesmos valores obtidos para as paredes 3 e 5.
Vsd 163,09
As = = = 3,7 cm2
fyd 50/1,15
3,7
As,vert. = = 2,1 cm2 /m/face
0,3 ∗ 3 ∗ 2
8c/20/face
3,7
As,vert. = = 1,23 cm2 /m/face
0,5 ∗ 3 ∗ 2
6,3c/20
Essa armadura deverá ser somada a área encontrada como laje, no trecho
onde a armadura de flexão está localizada:
Ficando, portanto:
As,Nx,par. = 4,42 + 4,16 = 8,58 cm2 /m
As,Mx,par. = 4,42 + 1,89 = 6,31 cm2 /m
Detalhamento
- Tampa
- Armaduras Negativas
- Sobre os apoios Onde:
𝑙b + 0,1 ∗ 𝑙x = 38 ∗ 0,8 + 30 = 60,4
1 300
a>{ 𝑙x = = 75 cm
4 4
𝑙b + 2h = 38 ∗ 0,8 + 16 = 46,4
lx tomar o maior comprimento dos vãos
menores das lajes contíguas a esse apoio;
lb é o comprimento de ancoragem
h é a espessura da laje
1 300
𝑙x = = 60 cm
a ≥ {5 5
𝑙b + 2hL = 45,4 cm
Recomenda-se de 8 a 10 mm
As,mín,borda ≥ 0,67 ∗ (0,15 ∗ hL )
b 15
𝑙b − 0,2𝑙x + = 38 ∗ 0,63 − 0,2 ∗ 300 + <0
∆ { 2 2
15 cm
10 = 6,3 cm
- Armadura Negativa
- Parede 3 e 5
Pela sondagem indicada, O lençol d’água não foi encontrado na sondagem indicada.
ps = s*h*a ; ps = q*a ;
Ka = tg2(450-/2)
h = altura do muro
1 = direção do empuxo (ângulo de atrito entre a terra e o muro)
Também conhecido como ângulo rugosidade do muro
2.ª hipótese: Caixa totalmente cheia (não considerar terra em seu entorno,
considerando na tampa uma sobre carga de uma pessoa com 80 Kg/m2).
3.ª hipótese: Caixa cheia e, com terra no entorno; sobrecarga de veículo, mais terra
sobre a tampa;
Figura 9.5 - Reservatório enterrado cheio – com efeito da terra nas paredes
Carga de cima para baixo Carga de baixo para cima Carga de fora para dentro
Totalmente engastada Totalmente engastado Totalmente engastada
- 2.ª Hipótese – Caixa cheia sem pressão lateral (totalmente cheia sem a terra em
seu entorno, considerando na tampa uma sobre carga de pessoas, num total de 100
Kg/m2)
- 3.ª Hipótese – Caixa cheia com pressão lateral de terra (terra no entorno;
sobrecarga de veículo, mais terra sobre a tampa).
- Tampa
Peso Próprio: g pp = 0,10 ∗ 25 = 2,5 KN/m2
Revestimento: 0,03 (manta) + 0,03*19 (proteção mecânica) = 0,6 KN/m2
Sobrecarga: 3,0 kN/m2 (veículo) + 0,3*18 (terra sobre a tampa) = 8,4 KN/m2
Total: 11,5 kN/m2
pL ∗ 𝑙x2
Nx = Ny = 𝜇𝑥′ pxe = pye
100
pL ∗ 𝑙x
pL ∗ 𝑙x2 = ′𝑥
Mx = My = 𝜇𝑥 100
100
𝑙𝑦 Nx = 𝑁𝑦 pxe = pye
= ⁄𝑙 = 1,0 2
𝑥 11,5 ∗ 5,15 = 2,50
= 5,15 ∗
100 11,5 ∗ 5,3
= 15,71 KN. m/m ∗
10
11,5 ∗ 5,152 = 15,24 KN/m
Mx = 2,02 ∗
100
= 6,16 KN. m/m
para os apoios
Mx = My
pL ∗ 𝑙x
pL ∗ 𝑙x2 px = py = 𝜇𝑥
= 𝜇𝑥 100
100
𝑙𝑦
= ⁄𝑙 = 1,0 Mx = 𝑀𝑦 px = py
𝑥 2
4,10 ∗ 5,15 4,10 ∗ 5,3
= 4,23 ∗ = 2,50 ∗
100 10
= 4,60 KN. m/m
= 2,17 KN/m