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LUCAS VIEIRA,
ANÁPOLIS / GO
2019
Fatores de atrito empíricos
Swamee- Jain
Entretanto, Swamee & Jain (1976), citados por Porto (1998), apresentaram uma
expressão geral (Eq. 8) que calcula o fator de atrito (f) sem restrições quanto ao
regime de escoamento, número de Reynolds e rugosidade relativa.
Darcy-weisbach
O fator de atrito “f” pode ser obtido através de tabelas ou por meio do diagrama de
Moody. Mesmo tendo o diagrama de Moody em mãos, achar o fator “f” não é simples,
pois, para tal carecemos em saber ou medir a rugosidade do tubo e ainda calcular o
número de Reynolds para depois aplicar o diagrama.
HANZEN-WILLIAMS
A fórmula funciona bem com boa exatidão para tubulações de 50 a 3000 milímetros de
diâmetros, com velocidade a partir da turbulenta até 3,5 m/s. O escoamento
turbulento, para água, começa a partir de um número de Reynolds +/- 3000 o que nos
sugere uma velocidade de +/- 0,03 m/s. Todavia, no saneamento vamos imaginar
velocidade inicial de 0,1 a 3,5 m/s. O limite de 3,0 ou 3,5 m/s é muito das vezes 3
referido com o propósito de se evitar maior desgaste prematuro na tubulação. Todavia,
um fator bem mais importante no projeto é o custo benefício entre os gastos na
implantação física de um sistema hidráulico de distribuição e a própria perda de
energia no transporte do fluido, nesse caso a água. Os projetistas sabem que a
velocidade mais econômica entre custo de uma instalação física e o custo da perda de
energia no transporte está entre 1,5 a 2,0 m/s em uma rede. Desta forma, no projeto
de uma rede de transporte ou distribuição de água, calculase o diâmetro da rede para
operar com uma velocidade em torno de 1,5 m/s.
Colebrook-white
A equação de Colebrook-White tem sido considerada como a mais precisa lei de
resistência ao escoamento e vem sendo utilizada como padrão referencial. Mas,
apesar disto, e de todo o fundamentalismo e embasamento teórico agregado à
mesma, tem uma particularidade a alguns pouco conveniente: é implícita em relação
ao fator de atrito, ou seja, a grandeza está presente nos dois membros da equação,
sem possibilidade de ser explicitada em relação às demais grandezas. Sua resolução
requer um processo iterativo.
Isto resultou em motivos para que muitos pesquisadores, de quase toda parte do
mundo, se empenhassem em encontrar equações explícitas, que pudessem ser
utilizadas como alternativas à equação de Colebrook-White. Algumas mais compactas
e simples mais fáceis de serem memorizadas, contudo com grandes desvios; outras,
menos compactas e complexas, mais difíceis de serem memorizadas, porém com
desvios menores; outras tantas combinando simplicidade e precisão, com erros até
bem reduzidos, em relação ao fator de atrito calculado com a equação de Colebrook-
White.
Um exame superficial mostra que, por mais simples ou compactas que possam ser
estas equações explícitas, as mesmas requerem também algum esforço
computacional com operações matemáticas de potenciação, radiciação, logarítmicas,
etc. Contudo, tendo em vista as elevadas velocidades dos processadores dos
computadores atuais, praticamente será imperceptível a diferença no esforço
computacional do cálculo feito com uma equação implícita e com uma equação
explícita. Então, se o esforço é o mesmo, a conclusão óbvia é que parece ser mais
razoável e lógico usar-se logo a equação de Colebrook-White, dado à sua precisão.
Chen
Hagen-poseville
A equação que governa o movimento de um fluido dentro de um tubo é conhecida
como equação de Poiseuille. Ela leva em consideração a viscosidade, embora ela
realmente só é válida para escoamento não-turbulento (escoamento laminar). O
sangue fluindo através dos canais sangüineos não é exatamente um escoamento
laminar. Mas aplicando a equação de Poiseuille para essa situaçao é uma
aproximação razoável em premiera ordem, e leva a implicações interessantes.