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1 Clientes C/C
Regista, esta conta, todo o movimento corrente efectuado pela empresa com os seus
clientes. Debita-se pelos aumentos das dívidas correntes dos clientes, credita-se pelas
diminuições das mesmas. Consideram-se dívidas correntes todas aquelas que não sejam
tituladas (comprovadas por facturas, notas de débito ou de lançamento, mas não por
títulos de crédito) assim como as que não sejam de cobrança duvidosa.
Em esquema, podemos dizer que a conta 4.1.1 Clientes C/C será debitada e creditada
por:
Sob o ponto de vista de informação comercial da empresa, é importante fazer passar pela
respectiva conta corrente todos os movimentos efectuados com cada um dos clientes.
Movimentação:
A débito:
Nas operações sujeitas a IVA, este é incluído pelo vendedor na sua facturação, acabando
por ser suportado pelo comprador (cliente). Apesar de se debitar o cliente pelo valor global
da factura, é imperioso que se faça a separação do valor líquido da venda e o valor do
imposto que é devido ao Estado. No caso de bens e serviços isentos de IVA, suprime-se
a conta da Estado no registo abaixo indicado:
7.1 Vendas
a
1
4.1.1 Clientes c/c
X
4.4.3.3.1 IVA
Liquidado O.G.
B
Despesas de vendas
As despesas são debitadas aos clientes, por contrapartida duma conta de disponibilidades
(CAIXA ou BANCOS), de terceiros (VENDAS DE SERVIÇOS), tendo em conta que estas
últimas, normalmente estão também sujeitas ao IVA, pelo que creditar-se-á o Estado.
A crédito
Devolução de Vendas.
Implicam por um lado, diminuições na divida com o cliente pelo valor global da devolução,
e por outro, diminuições nos rendimentos (pelo valor líquido da devolução) e no valor
creditado ao Estado (Pelo IVA das mercadorias devolvidas).
Descontos Comerciais
Fora das Facturas: quando se emite uma nota de crédito, as implicações são as mesmas
do caso anterior devoluções, pelo que o lançamento será o mesmo, contabilizando na
subconta da 7.1.7 – Descontos ou Abatimentos.
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Descontos Financeiros
Incluídos na factura:
a B
c) IVA sobre o Valor líquido das vendas d) desconto de p.p. incluído na factura
Em esquema, podemos dizer que a conta 4.1.2 Clientes – Títulos a receber será debitada
e creditada por:
Saque
Endoso
A transmissão por endosso corresponde ao pagamento de uma dívida por meio de letra,
daí que o endossado seja, geralmente, credor do endossante. Este último fica obrigado
perante os endossados posteriores.
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Para se efectivar basta escrever no verso da letra a expressão “pague-se a F ou à sua
ordem”, seguida da assinatura do endossante. Aparecendo apenas esta última, o endosso
diz-se em branco.
Suponhamos que possuímos uma dívida a pagar a um fornecedor pelo valor do nosso
saque no 5 de 5.000.00. em vez de o sacado entregar a nós o montante da letra,
endossamos ao nosso fornecedor, ficando as dívidas todas saldadas.
Quando se tratar de um endosso a nosso favor, a contabilização será feita como a de um saque.
Desconto
O desconto resulta, na prática, num empréstimo a curto prazo concedido pela instituição
crédito ao aceitante ou devedor, limitando-se este ao pagamento dos encargos ao
portador ou sacador e ao reembolso do valor nominal na data de evncimento.
Incidem sobre o valor nominal da letra e são calculados com base no período que falta
para o vencimento da letra, tendo em conta se o ano utilizado é civil ou comercial.
J= Vn x i x (n + 2) J= Vn xi x (n+2)
36500 36000
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b) Comissões de cobranças ou Prémios de Transferência
Incide também sobre o valor nominal da letra. A sua taxa depende do tipo de letra, sendo
menor para as domiciliadas e dentro daquelas havendo a distinguir as da mesma praça
distintas.
Com.Cob. = Vn x t
c) Imposto
Incide sobre o juro e a comissão, corresponde à arrecadação por parte do banco para
posterior entrega ao banco.
d) Portes
Importância variável, dependendo de gastos efectuados pelo banco, tais como gastos
postais, telefone, impressos, etc.
Sejam:
Vn – Valor Nominal da Letra;
i – Taxa de juro praticado
n – prazo que falta p/ o vencimento da letra acrescido de dois dias;
t – taxa ou comissões de cobrança;
Vo – valor actual (VA) ou valor líquido de desconto, também designado por produto
líquido (P*L*)
I – Imposto;
r – taxa de imposto
D – portes
Pelo que:
Vo = Vn – Encargos de Desconto
Enc. Desc.(E) = J + Com. Cob. + I + D
A contabilização poderá ser feita de duas formas:
Registando os encargos na respectiva conta da classe 6 (6.9 Gastos e Perdas
Financeiros) por contrapartida da conta 4.1.2 – Clientes Conta Títulos a Receber (pelo
valor de encargos) e debitando-se a conta 1.2.1 Depósitos a Ordem por contrapartida
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da conta 4.1.2 – Clientes Conta Títulos a Receber (Pelo valor nominal da letra), uma
vez que quer os encargos, quer o valor líquido do desconto são deduzidos na letra;
Ou
Registando o crédito do banco na conta pela totalidade do saque, isto é, debitando-se
a 1.2.1 Depósitos a Ordem e creditando-se a 4.1.2 – Clientes Conta Títulos a Receber
(Vn) para posteriormente registar-se a retirada na nossa conta do valor dos encargos,
isto é, debitando-se a conta 1.2.1 Depósitos a Ordem.
4.1 Clientes
4.1.2 Clientes c/
1.2 Bancos títulos a receber
Vo
Vn
6.9 Gastos e
Perdas
financeiros
E
Neste cenário, a conta Bancos é debitada apenas pelo valor líquido do Desconto (Vo),
sendo os encargos debitados na conta de Encargos Financeiros. A conta Clientes
c/Títulos a receber será creditada pelo valor nominal da letra descontada.
Cobrança Bancária
Os encargos serão os mesmos dos do desconto bancário com excepção do juro que deixa
de existir uma vez que na cobrança a letra é remetida após o seu vencimento. A
contabilização é feita da mesma forma que no desconto.
Reforma da Letra
A reforma consiste na substituição de uma letra antes do seu vencimento, por outra ou
outras, com vencimento posterior. Esta operação, muito frequente, deve-se ao afcto de o
aceitante não poder liquidar, no todo ou em parte, o valor nominal da letra na data de
vencimento,
Duas situações podem ocorrer numa reforma:
O aceitante paga uma parte do valor nominal da letra antiga, aceitando uma nova
letra pelo restante: Reforma Parcial;
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1.1 Caixa/
4.1.1 Clientes c/c 1.2 Banco
A A
O aceitante substitui e letra antiga, na sua totalidade, por uma nova, não pagando
qualquer valor: reforma Total.
Em ambos os casos, os encargos, da reforma podem ser pagos no momento da reforma
ou, incluídos na nova letra.
Na reforma parcial, há que considerar os seguintes momentos para o efeito do registo
contabilístico.
a) Anulação da letra – O pedido da reforma por parte do cliente que, sendo, aceite,
irá originar o lançamento da anulação da letra que atingiu a data do vencimento;
b) Recebimento da amortização da letra (no caso da reforma parcial);
c) Contabilização dos encargos;
d) Cobrança dos encargos (podendo ser pagos ou incluídos na emissão da nova letra)
e) A emissão de uma nova letra, com ou sem encargos incluídos.
Na reforma total, não haverá lugar para a amortização referida em b).
Considere que:
Vo é o valor nominal da letra primitiva (a reformar);
A é a amortização da parte do valor da letra primitiva;
E são os encargos da nova letra (debitada separadamente ao aceitante);
E’ são encargos incluídos na nova letra;
Vn é o valor nominal da nova letra, sem encargos incluídos; e
Vn’ é o valor nominal da nova letra incluindo encargos.
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4.1 Clientes
4.1.2Clientes c/títulos a
4.1.1 Clientes c/c receber
Vo Vo
B. Amortização da parte do Vo
4.1 clientes
4.1.2 Clientes c/títulos a 1.2 Bancos
receber 1.2.1 Depósitos a Ordem
A A
Pelos encargos
7.8 Rendimentos e Ganhos
4.1.1 Clientes Financeiros
E E
Pelo saque
4.1 clientes
4.1.2 Clientes c/títulos a 4.1 Clientes
receber 4.1.1 clientes c/c
Vn=Vo-A Vn=Vo-A
Pelos encargos
7.8 Rendimentos e Ganhos
4.1.1 Clientes c/c Financeiros
E’ E’
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4.1 clientes
4.1.2 clientes títulos a 4.1 clientes
receber 4.1.1 Clientes c/c
Vn=Vo-A+E’ Vn=Vo-A+E’
No caso em que os encargos não são emitidos na nova letra, o cliente fica com um saldo
devedor correspondente aos encargos debitados. Se forem incluídos, a conta do cliente
fica saldada, visto que os encargos debitados foram incluídos na nova letra.
Recâmbio
A devolução de uma letra por falta de pagamento que havia sido, ou não, descontada
envolve sempre débito, por parte da instituição de crédito dos portes e de outras
despesas.
Neste caso o Banco anula o crédito que havia concedido (adiantamento do liquido da
letra), pelo valor nominal da letra e acresce as despesas de devolução retirando ambos
na conta da empresa.
b) A letra estava em carteira, mas havia sido enviada á cobrança através do banco:
Supondo que a letra foi enviada ao banco para cobrança e que ainda não havia sido
efectuada a cobrança, o banco envia-nos uma nota de débito pelas despesas de recâmbio
e, eventualmente, de protesto.
Protesto
Quando o sacado se recusa a pagar uma letra no seu vencimento, o portador para que
possa exercer os seus direitos de acção contra os intervenientes da letra (sacador,
aceitante e avalista) deverá comprovar essa recusa por um acto formal: o protesto por
falta de pagamento.
Com é óbvio, o protesto altera a anterior relação jurídica entre o portador e o sacado uma
vez que a letra deixa de ter existência como instrumento de crédito, passando a constituir
um simples elemento de prova na acção judicial que vier a ser intentada contra os seus
intervenientes.
Tal como na devolução, as despesas de protesto devem ser debitadas directamente ao
cliente. O protesto corresponde a uma acção judicial contra a falta de pagamento. Os
movimentos contabilísticos serão:
a) Pelo protesto do saque
b) Despesas de protesto
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4.1.8 Clientes Cobrança
Duvidosa 4.1.1 Clientes C/C
Vn + P Vn + P
4.1.8 Cliente de
4.1.1 Cliente c/c Cobrança Duvidosa
X X
4.1.8 Cliente de
Cobrança Duvidosa 1.1/1.2
X X
O cliente não paga definitivamente a sua dívida, tornando-se incobrável. Assim sendo o
crédito deverá ser anulado. A não existir uma provisão constituída para o efeito e
reconhecida a impossibilidade de cobrança de qualquer dívida, judicialmente ou mesmo
extrajudicialmente, como no caso de falência ou ausência do devedor em parte incerta,
apenas resta ao credor registar essa perda anormal na respectiva conta de resultados.
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6.8.9.9 Outros
4.1.8 Cliente de gastos e perdas
Cobrança Duvidosa operacionais
X X
Porém, para os efeitos fiscais, apenas é possível considerar como duvidosos os créditos
que respeitem as condições previstas no artigo 30 do CIRP: «na medida em que tal resulte
de processo de execução, falência ou insolvência».
Esta conta regista as entregas feitas á empresa que sejam relativas a fornecimentos a
efectuar a terceiros cujo preço, algumas vezes, não está previamente estipulado, ou
mesmo por outros motivos.
Após a execução das encomendas, isto é, depois da emissão das facturas relativas
àqueles fornecimentos, estas verbas serão transferidas para subconta “conta corrente”. O
saldo será credor ou nulo o qual, em caso de existência na data do balanço deverá ser
patenteado no Passivo.
Anulação do adiantamento
4.1.9 Adiantamento de
4.1.1 Clientes C/C Clientes
MT MT
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sempre que o preço da venda for fixado em moeda estrangeira, este deverá ser convertido
para a moeda nacional. O determinado câmbio (regra geral, ao câmbio do dia).
No entanto, convém salientar que o cliente estrangeiro não fica a dever em Meticais, mais
sim em dólares, por exemplo, pelo que a sua conta corrente deverá ser escriturada
simultaneamente em moeda nacional e em moeda estrangeira, adoptando-se para o
efeito um dispositivo especial.
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