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l�l)l'l'i\00 POR
•
- 11.IJSTRArlO POR
Wãlliam J. Bcnnctt EDITORA
N OVA Michad fuguc
FRONTEIRA
-
R.U::�.AO
Fernanda Costa e Silva e
\'aleska de A!,'UÍITe
Â-
fOITO«A
Nov•
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I
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f) ,., ., 't\ãliNa J. Bmr.ons
a..-----...o df �»
.. u.,.,..�
A
SUMARIO
p
A Esfinge•---- ---- 18
:llatln: T<TCSa-- 25
Ka\-cgu
cm.' Nvegu t:" roI.
_a -30
Da,; c Goüas ----- - ________ 32
Nossos bcíÕis --
·
·- ... ·········--····-·-·-·-·-·-·-·--·--· ·--·-·-·-·-· 38
Como os anim!iis conseguiram a luz do wl ......-····-· 40
O Minotauro---·---·--·--·--·--···--·-·-·--·-·-·-·-····---·--·--·-·-·-· ___ 62
A professora de Hd.rt Kcllcr --·---·-·-·-·-·-·-···--·---·--·--· ·--·--- 70
Padre Flanagan ---· ·-·-·-·-·-·-··· 75
O herói do Penhasco Indígena ____ SI
A,
•
., de Taslúrd ----
__ 89
Nn nu.·
Q """'k' cu cr� menino. os adultn< <tto<: cu <oonheda se preocup:mom
ajudar a encontrar 3lguns heróis. A princípiu, as pcsso�s que �u ma.is
admir.J.V!l n5.o eroru aquda::; que cu conhecia pcssoa.lnll:ut�. m� pcrsonalidadt:-.�
que, uo entanto, posstúam algum� qualidad<.� de excelência hunl.aua pelas quais
vale a pena esrun.�:<�r·-!)e: jog:adon-s de beis.e:OOI c fu1t!bol americano que pcr.scvc
r:avam dentro e fora do campo, bmosos explor:�.dores da., página.o;; ela Histót'ia
-cido . caub6is dos filmes de: JlollyY�·ood que
que OUltaram cnfrcnt:lr o descuu1u
..
7
Este livro pretende aux:il.iaros pais nes� turcfu.. Seus heróis dão 30S
JX..-qu<:no:5 metas 3 "isar c cx:cmplocs 3 scgujr. Suu.:. hUtória.s gaul1am vida
nO:S dc:,c:nhos nlúgicos c: encant(.ldon:.s ele MichacJ Haguc. que falam
tlirctamente a o coração e à imaginação da<; criarl('-.8.$. A combina�-.ão de
u.lguma$ boas histórias, �s ilttStr.lçôes d� Midmd c a vo.l: de um dos pais
n<.�.rr.a.ndu: cs:sa é a lllaJ<.."ira
J ideal de elevar o pensamento das criauc;õl:).
àquilo que é nobre e superior.
Aljuruí desses heróis são responsáveis por façanhns antiga.<: c farno
,;u ("este� hom<:n.s pod<.�ro.sos fomm os v�r6es de &·e.nome da Antiguida
de", (i4-tt4:si.�)- vcn<.:cdorc� ilu�trc�. cavaleiros em eumadura, avcntul't:i
ros de alto-mar. Muita<: de sua<: históri�s se va�uu �.:ttllu�at·� distan t es
t fc.ics crupodradas, man:s tempestuosos. esCUI'Os caJabouçm:. ca..c:
-pl�t
telos nltissimos. Ilá. a1l:.'U1lS drama.� épic.:t)s- bt�t::tlhas que parccüun per·
didas, rcsgt'ltcs audaciosos, lutas contt'a a morte, uiunfO c.Jo bem wbrc o mal.
Mas. na realidade. a maioria dos heróis não �o homens e rnulhe� fawo
SM.. F.l� moram perto de nós c .!)'\13S ações muitas \'t%6 põlSS:Lm da-percebida.�.
Voc,t �nt:l'ar.i esse tipo de herói aqui tatnbl-m. ltl� exercem a.� mai� variad3S
atividades c ocupam divcrsa.s posições sociais menino:. c menina.-s, pai� ç
9
O p ortuni d a d e
r--. -· El)\\\RI) R
O\\U S:D Sll.L
E3ta t uma húl6ria sobre wtt anjo Jn gl.ltudtl cpu- edú 'ICTn� p<JTpuro. daqueles
tJur: '"<•hmt par-voei desde o mamemo em que voe� ciulga ao mundo.
I •
• •
r r
�ntão oomeç.ard.lll a bu.sc�. o meniuo iu pulando c eoncn·
du. c a m�ç andav-a depre:s.')a mesmo com �u 1,.: rnCtdmçado.
tio corajlk\arneulc que a criança logo \C t-squeceu disso.
O �ninodanç2xa à frente dela e entãoviu umeanoo pratea
do c comprido \indo c:-m �-ua direção. �o banco de ll1b. ha\i3
u.m.a. M:uhur11 mara\ilhosamenre '-e!illúa. Ouand(') t:la �<" mc�a.
l lam sua'i jóia.s c ouros. e seus olhos hrilh.nvam aind.'\ mais
n;uz
que !'>CU� dütmantes.
O C"'-tTO diminuiu to pârou no sinal.
Vt.X:.; Ç wn anjo?- ind.agúu v ç:dan�-.a COI,�ndo n1é n Cêlnu.
A senhora n�io n.:�pondC:"tt. mas fitOLH"' friumtttnte. Em segui
da, di,.;�: urn<.t palavra ao seu motorista, � <) motot· roncou. O
cttrro UJ't·am.:nu, deixando uma ouvem cJc poC-11'4 e fumaça, c
dcsapn.J-cceu.
Os olho.oç e a boca do menino se encheram c.le �irJ. e ele
comcçuu a espi.rrar e sufocar. F.Jc rcspirttva com dificu1d3dç c
p:>reei<L..
O menino voJtou " c.lauçar. pulando e corr\:ndu de wn lado
para o Oulro, c :.l mãe seguindo-o t:omo podiA.
Em certo momento, o men.inu cnc,:ontrou wna linda DlOc;a, em
umvestidobranco. Seus olhos cr.un oomo �a.aus. c o rubor
_,.._. -
14
Apenas um pai
16
--
-
A Esfinge
�-�ADAPTADO DF. L'MA VFRSiO l>t �11· F Rl.ÇKLJ<Y
20
gem, seu coração batf..-"ll forte ao olhar :. fera. À primeira \"isa.a.
ela p.areciaum pássa.ropoderoso. cnm (c)nnidávcis "535 de bron
ze c ouro. Os brilh3ntcs mio:s du :..ol pc.1'CUITiam �uas �. pro-
jc:Wndo um hulo de luz c, no centro do halo. seu m�to re:�plan
decia pálido e belo como urnli cstn;:la no amanhecer. Mas. ao
ver Édipo se aproximando, nma chumu úvida sw·giu em seu..;
olhos, c a fera colocou d� fun.t suu."' �ur'I'I.I.S �.:nu.!i�, b(ltçodo seu
r·ubo <.lc:: um h.1(1o .(XU<l outro como um lcao raivo�o.
Mesmo assim. Édipo falou n c m rin'l"'êl..a.
Vim paro ouvir seu famoso enigma, rcspond.C-lo ou morrer.
- Homem imprudente, mig.alho sabon»� e�ta que os deu
� me e.nvicm:un hoje, c.om seu rosto belo e jovem e $eU.'> lllcrn
bros novos e frescos.
E lambeu seus lábios cruéis.
Éc.Jipu �ntiu o sangue lhe fcncr nas \'Cias c desejou matá-la
naquele exaxo momento.
- Vamos. conte-me �u (am"-"', cni�ml!l, abominá,·cl Fúria
qué você é, para que cu posstt respondê-lo e li.vr•r esta terra
de� muldis:ãu.
21
& � rol o que o monstro perguntou:
24
M a d r e Teresa
Gra.tuk.t lr�ç não esrão apenas em histórias M li' TOS anligos. Eks ,-n,lml,. rr.::,pi
rumt urulam mire 116s. F.lt$10 Iumulur.rvfntl d/'J� ntl.C.(f).( di4( que dedicousuavida.
a ajudar112.( p4..ttoas carenres do mundo todo.
25
- Um� crianç-a é u.n\ presente de Delb uwdn: 'lt,n� diz..
Toda.-. crianças estão aqui para amar ç serem amada
a..-.
....
Agord. siga wac..lreTe-resa enquanto ch.t anc..l;,t poroutr.:�s ruas.
El" "-ni :) ca.c;a de uma mulher que �Ui. docnlc: c que não tem
ninguém �rd t.:uidar dela. �cnhurrna JM::-."'""" quer claegat• pt:-rt.o
dda. com medo de pegar �u:a dot"nça. \1a.drc Teresa se inclina
sobre a sua ama
c c lhe oferece ru_
auns n·méc.li�. úwa a.s partes
(�-
-A pior fome de todas é a fome de. õlmor ela diz a você
enque�nlo corlli.u.ua &!O c:amiuho.-A pior dot:nça é u )t:Uluncn�
to � 1'\Ao ser querido por ninguém.
Se você voharoutro dia e seguir road.rt'ICrcA no'amentc, é
pos$ivcl que você a veja pegar um �wi:áo .:: 'iuj.-r põím ou\J'a.:>
tem..). é �ívcl que 'ocê a vc.-j:<& visitar o PQ\'0 de um pais onde
À.s ve::
ts .ur um herói sigJri[ica ter corar,Pm ; cleJmli.
e nação para
dr� ·1.:'tn {renc�r. enq:uutro todas à .tua \'t)l/tl grilam "Volzcr.
dia �pó:.
"'Mc:u.'i homcn..-. preparam um motim di�,
homens tenivclmcntc
\1cu..' estão pálidos..
froccn c:: ..
hron7cado.
O valente imediato na distânda refletia.
� a onda s:tlv..:ada molhou seu rnstn
�
bt'avo
·o que de:vu dize-r. Almirante,
Se na alvor..tda somente o os homens vCcmT
di<t,
mar
·pois bem. <so raiar do ([Ul� v<.K.'.(· c.·-unlc:
Naveguem! Navc,S'llcm c mtVcgucm!"
E eles o
Alé que
navcg-Mam c navc.�g-drdm. se vento rugia.
_por· fifu di� o pálido irnl-diaro:
·Agora sabe-r 1\Cffi mesmo l)c.us poderia.
sua rota
por que de\·emos n6s estar mo�?
mares
� 'l'nloo csquccaam
� .f-em Deu.'> os csuemecetn.
E ele disoc: • •
30
Eles D3\·cg3I3.lll e nu,c:e,anuu, c: o imediato falou:
"'O J..[l(IC iusano mostra os dentes na noJte.
F.ncre<pa <CIL< lábios. espreil:l qual J!I'O
U•
Jl
Davi e G o l ias
.
' c--..- ADAPTADO DE UMA VERSÃO Dt
I
J. BERC Es�VIt:l>- E MAIUt:lTA STOCK.uu>
l
I
l:!.fte I um dDs fltrôls mms CJueriJkJs d() nwndn, um mznino que encontrou a cora
gem em sua própria fé.
.
.
.r::\
:.\montanha onde o c-�ércirodo rei Saul estava at:e
un1>ado. Ouan·
do chegou lá, ha\ia uma enonnc gritari� <·ntre o exén.;lo dos
�= - - v�
isr-(.ldcn�� e o cx6relto do.oç filistcus. El<.� �·o<lvu pelas fil�ir·as �
finalmente cuc.·uult'Ou .)CUS irm!ios.
F.nqu�nLO �lcs se falavam. urn silêncio pairou sobre o cxÇn.:i
lo dv t''-1i S\lul. E. no Otlh"' lado d� cncosl.!l, nmlc e-stava o exér
cito dt>:'t fllistcus, :;ur�iu um magnífit.:o gi�aJne. Ele dava largas
u
pass
.. ) Uc um ladu p<tra Otl1ru. s u:. a•·madura b1ilhando com o
a
.l
�ui. Seu cM:udo era grande como uma enorme roda de carru.a
�c:-m e � \'.i:JCIO de: S\13 poderosa t".Sp3d3 rct.:llhando o ar cndtc-u de
.n
combater esse gigante. Eu não tenho medo dele. pois sei que
l>c:us l�ard. comigo.
O rei S:'tul om•iu J;tJ3.� pala\'h't.� c C'hamou l)a\i. Quando ele
viu que Davi era apenas wn - a nã
menino, lcnlou conw�·oci.-lo o
ir lutar contra o �gamc sozinho. Ma.' Otsvi nã
o tinha medo.
-O Senhor cuitlar.1 de !IWD- ele dJ»c a Saul.
- Muito bem - dis.�e o r-ei. - Vá, Deus estará co m \'OC
ê.
J\s.sitn? o tel ordenou :t.os guo.td:t.s. qu� rroux�m
c su� pró
pria armadura c espada para Davi. MM l)�n1 dí:s:sc:
so. J.!u n\iu lcuJJu tk"..)tn:� par;."
- Eu náo po.sso Jutar com is
rna11L'já-las.
E u:s ._:olocou oo ch5o, pois .:.abiu qu�: c.udo homctu dcvt".t�<.t
ganhar a gucrr<' C(lrn :S.U(l.."i pn)prius �Jnnu�.
Pí:"gou, t.�nt.�o. �u �jadt"l. Com sua hob:a de pa�-tor e a atira
deU-a a tinu:olo iniciou ua
s camiuhac.lu dci..�ndo o ücampamento
tios isn�t.:k•'l:,e:s. Oc.c;;ccu a encn.;,t..'l c chegou a um tio. Lá ele parou.
�olheu cinco ptx:lras polidas t'ju�uu·� c.knln• de "'m hnl.�a.
Oc- uma rnontanha.. o cxérl:ilü dt) I'Ci Snul olhava-o em silén
do, cmn adutit'aç.ào, �uquautu da out1�. ob$crva.va-o o hando
dn� fili!itCUS. Ú magnífico giganlC \'lU 0U\'j C Õt:\1 h.argw; J)iL'i.ô;é.l
da.�para em:ontr J-!o. Mas. quo.uu..lu GoliM viu que era um meni
no, p..'lm\t.
- Os homens de 1-:>.t..td Q\ã
.. o C�ǫlOdo de mim ao enviarem
uma criança para lutar comigo? - de K,riluo. - Vu1t�� Ou c:u
dan:i �ua carne para � pác;..Q.� do �r e as fera� do campo.
Mas Da,; não tm.ba medo em seu c:ora�-ao. pois s:.thi3 que
Deus .:sla\â com ele. Colocou :t mlo dcntTO da bols..'t c n;lirou
uma das pedras. A.m.unou-a na. alinclcim, e .seu.." olho:-. pc:n;pi
c:u.tos descobriram um lugar na t�Ul do �riga.m.e que n ão era
cobc-no pelo �p�cete.
JS
F.nquanto Gobas corria em d1reçao a Oa\i, o pequeno pas
tor pLLxou sua atir;ldeira e. com tod:. n for<;":. de �tl musculoso
bt'a.ço dkeito. arremessou a pedra.
A pc:dn1 zuuiu pt::lv ��-c golPÇQu ,. lc:o,w de Goli
a!i'. St:u c:nor
mecorpo cambaleou e fina1mente at1u �trondoso.\mente nochão.
Enqu..·mto o gigante c.c;�v\\ dcit\\do ('()m o mslo o;;obre a tcn:-:�,
D:.vi correu vçlouncntc parn o �cu l�du. ac.;ou�lhc
:, a própria
(';)pade� e �P'JfOU sua el)urruc ��
t.: ·41 de -,cu C�')q'Jot.,,
A.�õ..'>im que o exército israelense \lU o que havia acontecido.
�e'\"3Diou-se ;�� bradO$ e correu montanha :l�ixo. Qu;tndo os
fili�tc� \'r
i d.Ul .::;cu melhor guerrdro dcg.uado
l por aqudc
1'3pa7inho. fugiram em dirc.;ão � •ua u:mo. dci.•ando para trás
ruas barracas e todas as suas nqueza>..
Davi. o pequeno pastor. tomou-.;.e conhecido em t.ocb �que
la h:rra por ;:,-ua b r
c1\
urc1e fé, c, an� mah 1.41rdc. foi c;oroado rei
de J•raeL
37
Nossos heróis
.>R
C o mo o s a n 1 m a1s
• •
c o ns e g u i r a m a l u z d o s o l
Esta � Hm.a (dbulu norte-americana sobre tLmar mai� umu "'�7.. wlllra todas tt("
fJ�billdades. mesmo qut.mt.ú> o.�ouJros j{Í tentaram t falharam. Às ... r.
-t..CS, aP".St!�
41
Quando chegou àO ouuu lado tlo mundo. o Gambá final
mente en.._vulrou o soL Ele agarrou um JX·dao
c; o nkib r
.tp1do
que pôde c guardolH.> t•m.sua longa e es�<.;.a c:mda. c lnmotJ o
C.'\mínho de \"Ofta para C3.""0:1-
�1b o percurso de.- Yulw er<t: tão longo quanto n da id;e, é
clom. t" u lll-ço
-"tl� de sol era muito quen1(• <· brilhantl' parn o
pobr� G:tmbá. O s()J <JHcimnu ttxlo o pé
l o d�o.· :sua c:.�.uc.la � c.:aiu no
c·h�o. Por isso. hoj� em dia, os rahos dos gnrnbá� :.úo coznp,;Uv�
c >em pÇIO>.
- O G�mb{l tentou e falhou todns 00> uninwi.!, �xdama
-
43
- Sou eu� dona Aranha. Sei que sou �uen
u e leuta, mas
lah-cz cu seja a única capaz de cunSl."gUÍr.
Antes de iniciar a viagem. elajuntou uw poucu cJc barro mo
44
\..)
45
. .
As JOlaS estrelares
�
.--_., AO
.\'
.. P
TAOO OOS IR.M� GKI\1\1
E ra uma vez \trn:.t ulcnina que morava sot il'tha com sua
U\'Ó it.l..,_.,a n.as cc1·çanias de
fJo•·c
st.
a• Elu.s «.:r::un t{io pohres
. um:t
46
f Assim que ela çhcgou à flor�ta. cn�om.rou um menino a:in
dd menor du quê da. que;: horcnu
c.: "rrwrg.umeute.
A menina ficou co
m o,i da . t'arou e pefJ:U11tou à criança por
que cst:l\."3. chorando.
Eu c.:-.1ou dt
or.t
uc.Ju- ele roponc.lcu
• porque C!olou com
fome.
- Você não comeu nad;. hoje? - ela pe:rgumou.
- Nio comi nada c estou fnmintn, � n:
·n � ;1ondç ir p3ra
,
C.:UJlS<:••uir a}...wua çomida.
o o
A menina suspirou.
47
- Você prova,.-clmeme e.'\lâ com mais fome do que: eu - ela
disse, e retirou o pão de seu bolso e deu-o �n menino
. .t.m Sf
·
..
·
gw·
da. ap�-� noYd.lllente.
PotK.'U k'mpo depois. encontrou uma outr-a cri3.D.ça. que de
via ser ainda mais miscr..h'el que a primeira. C
l a pan:c:ia e.ofotar
q_u.:\.Se congelada pelo frio. sua rottp3 (>r..l um lr:ipo e sua pele
<.�lava U/ul.
- Ah - ela chonuni.ngou. Se eu rive5sc um vt:...t., idinho
quente como o eu!
s Ajude-me, eu imp1om. scn&u ce1tamcntc
mon·ere:i de frio.
A bw meuina li.>i lôJll.adta de compaixão. "'l!u tuu.ho \11"" vc!ttido
c um Nale". pensou. "Vou dof·u,n de-le$ para essa pobn: 1ntminu."'
.C.
I a tirou seu vestido e entregou-o à c
r ict��ça. depois cnvol
vt-u se-us próprios ombros com o x:•lc. Mesmo com el�. ela 5;CO-
tiu muitoio.
rf Mas estava peno do lugar onde c.ataria O!\ gravetos
c assim qm.� os unh
j \ sse iria c.orrer de volta parn casa.
llla se apressou� mas, chcgandQ uo lugarondebavia gl-:lVCtos,
avistou uma velhinha que também c."!!tOvã lá r�olllendv pt:di!
ços de Ul8deir·a. A vdllin.lJ<t t-ra tãu curvada c pobre e tinha um
aspecto tão mlserâvcl que n coraçâ
(> du mcnin;, doeu.
- Ai, ai! - resruw1gou a velhinha. - Como doc;m meus
pobres ossos. Se cu tivesse ao men05 um xnle pard �nrolar· noo
nmhros. c:(l n�o .sofrer'iêf tanto.
A cnança pensou em sua avó c em como ela. sofria às \'t.7.cs
com o frio. c ficou com. muita. pena cl.3 mulhtr.
-Aqui cslii - da disse. - Fique com o meu xale.
F.. puxando o xale d� ombCO$. deu� para a senhora.
E então ela permaneceu na Oorcsta com $CU.,<.;; hr.1ços c om
bros nus, c nada mai� que SWl pequena camisola. Um vC"nto
üo ::;entia Crio. E.Ju n&o havia comido
conarne :-iOprou, mas da u
49
nada., m;;tS não estava com fome. Estava alimentada c aquecida
por sua própria hondadc::.
Apanhou seus gra,·etos e iniciou o eaminhn de ,�olta pa.ra
e.ua. Estava escurecendo e as estrd� brilha\am �lr.l\-6. dos
ealho:> de>folhados das árvores. De rcpcnt<. um ,-clhinho parou
ao �u lado.
� me seus gravetos - disse ele -. poi,; � miaha larcir.a
t:l'ilá fr i a C Cll estou velho demais p:u� Ír C.."\tQr tllOdCir<:l.
A rncnin" su:spirou. Se ela lhe desse os gTI!l\'CtOS teria de pa
rnr novament.e par(l juntar rnai:o:.. Ma!'o,. JUCl>UU) ��irn. d<t rt!io
poderi<.l re<::usar.
- f'iquc com eles - ela disse -, em non\C do Pni.
A.'\..�im que ela falou i s.."So, viu que nâo e11.1 mhi;o, uu\ vdhiuho
que estava à sua frente. mas um anjo chti(') de lur..
Você alimentou quem tinha fome -di= o aojo. Você
\:"c.\tiu que-m cstav� nu c prcsLOu :ajuda 3 quem pediu. \'ocê: não
dcre ir sem ser recompensada Veja!
lm<:dial<lmcnlc uma luz brilhou em \"Olua da criança . e ela
te\'C a sensaçã
o de que toda� a� estrela.�:: C1'la\·am <'.:lindo entre os
g:ill� �m rolhas das m·on:.-s. Mas a..,. c:stn:l�cr.lm di<.1manlcs1
ru.bi.s c outras pedra� preci05a.�. Ela.� C;'l.fram tum força no cltiJo.
- Jtwtc-as todas- disse o anjo -. pois elas )âQ suas.
Admirada. ela pegou tudo o que pêxlc c;:!lrrcg:•r no Lt."t: ido dç
su� pcqucn� calUisola..
Quando ela oJhou em voha novamente. (') Bllj(')já linha pani�
d('), Cl'i�n�:<� llHUOl.l r·<tpjdarucnlc o caminhu dl' c.·�i)tt corn seu
r. ft
50
O s cava l e i r o s
d o e s c u d o d e p r ata
cr-._ RAYMONU M. ALDEo'i
52
Mas havia umjovem cavaleiro chamado Sir Roltmd. Apesar
clc ser ainda muito jovem, seu escudo já brilhava o �mficiente
()Hí<l ruostr
ttr· qut! ele �r·a IIIUito çor"dju�. F.lc uwl ptl()i.,. r.spr.r<Jr
n hora de-cavalgar e. lutar contra os gigal');tcs pnrn provar o quão
digno era.
J\llu:; o �u}w,· do ça:st.c:lo veio uté ele c: di�c:::
-Um cavaleiro corajo� de\•e ficar e cuidar dn!i portões do
cast�lo. Como você é o mais novo. foi o escolhido .Si
r .Roland..
•
53
dar a Sr
i l{oland a chave do ponão. J::lc Ih< dl<.« para Acar de
$Uarda (tlé que n.:to�"'.;(.:rn c qau: nac• deixasse nin1J'Iélf1l"nlf'"<'(".
• 0cpoi�1 0!- Ca\alciros êâ\--algat"atn Ctn din...-ç!\n à' '\Ombr.lS da flo
�14 c :.umi.ram de 'ista. Sir Robnd ficou olhumJQ maquela
din.-ç<lo. ui.stcmcntc.
P;a.s.:;ou-M: wn longo tempo. �té que: f;n:.lmentc de viu wn
d<h cavaleiros cavalgando de volw par• u cu:.t.do, c saiu pela
ponte levadiça par• eocomrá-lo.
Eu fui ferido c não posso m:.ús lutar dis...�· o ca\·aJciro.
-� (,."l.Jidi;lr dv portão para você. se quiser r
i em meu lugar.
O coração de Sir Roland pulou de alegria. ma� depois pen
sou melhor c disse:
- Eu adorada ir, mas um c.·walciro dc\'c f'ic2r onde seu co
mandunl.t: o dt:i-tou.
..
57
Não p3s.••ou muito tempo. ek· ouviu algu�m chrun�r do lado
de rurd. Abriu o purt.ão e viu. do ourro bdo da ponlc lcvadi<;�
um ,cJhinho \'CStido com um longo wantu pn:to.
-Str .Koland!-cledtarnou. -VCloCf nAo deveria. nar t per·
de!ndo seu tempo aqui c.-nquanto os outro� ên\:.Uciros C!Stao tr.a
\·twdo uni combate: diffcil contra os gijtantes. Ouu•rm:!
ç Eu lhe:
tr'()UXe uma �1>ada mágia.
c
E n.:tirou r.lc dt:h.::lixo de seu manto uma magnillc.:<t t,:,.p(lda
que n.:h.1:r.ia t:omu se fosse cobe1ia de di...1.mnntes.
- NucJu pm.J� 1-c:-�istir a essa espada! -ele chamou. - Lt!Vt!·
o com voce para a batalha. Ao erguê-i<• o� �igt•ll1r:� htío rtcuarc
S<.'ll':t amigH!-> c1·ão
s salvos.
Sir Rulaud o.tt:l'editou que aquele homem dc\-iu :oc4:r' um mági
co amigo. Estendeu a mão na direção t.la :"t�)ut.lu
C c: o \'Clhinho se
telo f::olou:
� homens crr.t.m - disse ele -. mas DOSSO$ �udos de
prolu jamal.•. comelcu\ erros. Sir Roland lutou c: '1.'\.-n<cu a bata
lha mai' diffcil de hoje.
t .unc alegremente �udaram ..'SzrRoland.
Osoutrosselevan ar
60
O Minotauro
D
ai
... lwtlVt):( lttrdts lemu41tl os pt!Tlgos que '-''frrnraram - pt,Jdemos -==
�L� COTaç6es batcrulo. Mesmo assim;t e.-u:olhn-am o commho cnto.
o
c:.ç!'ln vinha da ilha de Ctc::t,a. que cnt govcnm(IU f')Cio gruuUe rei
MÍll().�, temido inimigo dos 3tcnicn:::cj:j. Cada vez "ue vinha.
nuvio eaptur..1va :;;clt: homens c sete tnuJhereo:: jcwt.:ns de Au:na<:. �
pania no\aUJeme.
Um destino tcni\·cl aguard:.a.�·a ��s pobrcll> prisioneiro:,
quttndo 3 em��o develas ne�r.,._, u.1cança\-a Crem. Lá. orei
Mino� mantinha uma '"-"'-1rcmha prisão, d1cia de caminhe� �i
ouosos e e�:u!'(n.�:a\-ados na\ ruch:s�. ch:un.:ac:b l..abirinto. Den
rm do Labmnto yi\;a um monstro horTi'n·l. o Minotauro. Esse
monstro tinha corpo de homem. cabt..-ç:.a d..: louro e denlc:) de
leão. E.Jt: dc\oro�va todos 4uc :(U..l.
<. SC .iCi m �eu cmniuho. Esse er.-J
o tlt"Stino dosjm·ens at<.·uienses: �1\'IHjolf
Hdos no L::thirinlopa.m
encon1r':'�r o terrivel Mjtlnl:.
1uro.
De sete em !;etc ano�. u navio de \'do,�., nc�rus vinha bu�r
:;cus reféns. Os atcuicnscs nâ.t) vuS<n•am I"C!'!btir. j')()i� v rei Minos
h3via clcdarado que. re l<.·ntassem. mand:.rht >eUpodcrosn ('X.ér
dlo dc.<:tn1ir ('Omp{etamcolc a dda.dc.: de Atcna.'!o.
;o.;a manh<t �guintc. Tcscu foi levado :ao l.:ahiríntl). Ac:..c;im
<JU<' os guardas o fecharam lá dc-ntn), d(" am.3JTOU \1D'la dAs potl·
la.' dn fia a um3 pedra pontuda. e comt.-çou :a c.:tminhar devagar.
manLcnW o pn:cioso carretel sempre finuc:: cJU �ua:> �u:>. Per·
correu rorredo� t.�rcilos. passou por multa._( pã.<S.2gens �i
nuos..,s. entrando inâis c mais no labirinto. ror fim. ele che·
gou ;.�. uma �Sala repleta de ossos até o allo � soube que c�ava
pet,O do mou�tro.
l:ntáo, Te�eu otl\'iu t.un barulho dislanLe. como o eco de
um rugido. Ele parou e ouviu. O som '�st.:wa k
f nndo C..."ld::� vez
muis p•·óximo c alto. Tcseu inc.Iil)ou·.st: o rupidumcntc pegou
um punh ado de:: t�:rru t:w wua da� mãosc, C(')ll1 o. (')Utra. puxou
M'U J,lU.nhal,
O� rugidos do Minotauro se aproximavam a e2da instante.
Agora, podi• ouvir o SQm surdo de seus ptb:»>s nu <.:hãu. T�u
olhe» da fera.
O Minuta\U'O urraxa de dor. Sacudia a cabeça para cima t
68
-Kão:;ci que milagre fe:z com que 'u..:ê �i� do Labirinto
\<i\·o. - Minos di� <to ,.cc a cabeça do Minotauro.- Ma� hoo
r-...u-el mmha pala\Ta Pmmcli dar-� liberd.a.de. se mat.a.� o
iros podem ir.
\1inorouro. Você e seus companhe
Tt:.$Cu sabia que de\ia a sua 'ida c a ele :teu� t,:owpanhciros ã
coragem de Ariadne, c sabia que não poderhl panir � cl.<t.
Al�ms duem que pediu a m:iu de Arindn<' t•m C:..'lsrunento e que
o rei consentiu bondosamente. OuLro.s :anrmam que Ariadne
t:ulrvu no mwio no momento da. partidu. :'\t!IU tltJC :,.cu pai sou
besse. De uma forma ou <.k oulru, os dois amantes estavam jun
IOs quando 1evanlanuu a ãnc-on-1 c a sini�tru cmhurc-nçâo se afu.s
Luu de Crcta.
A professora d e H c l e n K e l l e r
Alguns t/o.'f 1noúnos e .meninas nwi<t�Jr1UIÚkt çd"() aqtults que têm seus
pro(� '"'"'"' lu:f'óis.
71
Porém, a no'\'a professora nin desistiu. Deu wn �aço de
bolo ,.. llclen e e.scra.'cu a pahn ta B-O�L-0 em SWI wúu. A lllt::·
nina repetiu os sinais c.::om �u.� próprios�. lWt!> ainda con
tinuou sem compreender-o significado deles:.
Nos dia� c �man.a.-. que se scguintm� Annic: colocou muitos
objeto.' diferentes nas mãos de Helen, e �mprc cscrc,i.a a!) pa
la..·ra.c; em sua máo. Tentou ensinar-lhe palavrns comn alfinete.
chapéu c t:lcara. Pata Helen, tudn parecia muito estr.mho. Ela
se cansou Uc..�a c�tn:tnha mullicr sempre P"'O''UildO em �ua. rr'ão.
Às \fc..tcs. � in·itava com Aruúc e çt)fneçavn a �ocar u cS�t;\u·i<..lão
à su;J. volt�. Chut(W�t e ar·ranhava, gritava t' t\.SIIlu
' n�
...
'lva. que
brava pratos c lâmpadas.
À� .. c:·: zes. Annic se JX�'lmta ::i algwn dia con�cguiria aju
va c:'
72
t uuma: Ot<�n.hã. Ilclcn e A.lutie aminh(l\,..ottm au ar·livre
Enão.
qu�ndó pa._� por um antigó poço. Annie colocou a mão de
llclcn sub u jato d'água enquanto lxunbea\�. Cotn a água jor
rando sobre a mão da menina. AnoJe CSCI"C\"CU Á·C-t;-A.
Hclcn lil"ou pardda. Em wna da> ulliuo. . da .cmia a água
caindo fria.. Na outra. sentia o� dedo� de Annfe fazendo os sinaL�
iniuLcrruptaruente. De t•epente, unu t\lcgri3 vibrou em seu
l a compreendeu que Á·G·U·A ra
coroçãozinho. E e aquela coisa
rnantvilhosa cgel<u.fõ:l qu(,� t:<.llTÍCI J)C.Ir:;u(l 111âo. Filt(tlfnt!ntê, JTelcn
entendeu o que Annic estava tentando ensinar-lhe havi
a. sema
nas. Pet"Cebeu que tudo ti
nb 'l wn nome c que poderia usar seus
..
73
Helcn Keller nw:u:a paroude t..-studar, Aprendeu a ler com ..,:;
dedu. u t:�rcvcr c até a falar. Completou a e�culu t: a (\.u.:uldadc.
....
74
Pad r e F l a n a g a n
�ta ê a llür6ri.o. TP.o/ dl! um hnmm1 que acn:dilu.,,.a que cada menino
prrci.<ea de um herói clutm.a®pai.
76
Ao ver
� rostos farnintos t �rUh roupas esfan-cJpadas. u
COtCtção do padre Ffanagan lic:wa �p<!'nado.
-F
....sses meninos devla.rn ser pl'C$0S -di� o men:-eeiro.
Pnxi !Mlm sumir daqui.
O pad"' Flanagan balançou a c•�•·
- Eles preci�m é de um far ele di"'-""l" - , de alguém pa-
ra amá-los.
- Mas quem os açcitará?
- Out:m �abc cu não � adom? - disw padre Fhmagan.
E as�;m tOi. Pe-gou alguns d61nt"f'S cmpn.:st.'ldos para alu�ar
uma. ca� vdha e bmcu de porta em po1ta pec.liuúo móveis. pra
tos, copos, t:olbcrcs, cohr:rtorcs e IVI)C(CS U.\.adO� t: q:ualquer ou
lnJ coisa que �c:u.s vizinhos quisessem doar. Ql.W.ndu dizia às
f)eS.'O<.i.S o que stavà
e fazendo. cl:t-:. penst�.varr& 'i11C c.Je estava lou·
co. Ma<: dav:tm o que podiam, porque t:unbém viam em paclrc
Flanagm1 um homem bondoso c tti'Uú\d.
Ele comc..�ou com apena.c; cinco meninO$, d:mdo·lhcs um
IUlll'l"pord comer. domúr. briu=re rezar. Eleol"crcc.:u·l..,.
l wnlar
onde poderiam S<." SCJJ.lir seguros c acolhidO$.
4ru exat;.mçntc disso que eles prt."CiAA\am. t:m poucu lt"m
po csta.v:un rindo, apn::ndcndo c cn."SCcnd.o s.oud.ávcis;. Quando
a3 pc�.' perceberam o bem que o padre estavlt fwc .11do, co
r'llcc;an:�.m a levar m<ti.-. des.abtigados c 6rfr•O!t parn su.a Ql$a.
bpidruncntc, a <.:as.a tornou-�c muiro pequena e o padr� teve
que comprar uma tnaior. Mas muitos meninos conlinuavam a
hc�ar
c c lor.o a nova caS<t também tornou·sc pcqvcnu.
78
E foi i.._..:;o ml"Slllo que p.1.dre Fltt.nagan lhe5 deu. Kas rcdon-
dçza. de Omaha, achou uma fa7.,ndn à 'on<.la Não tinha di
nheiro pat'il wwprar a terr-(1. � i.ç_� f\j() (') <k:teve \
1aic; urna
. •
Em pouco te
m .. 3.S ruo:c. c: a:, calçadas da Cicladc dos Meni·
po
oos llUbriram o campo_ 1'-
ddrt- tbna!lan c"'"" :unJgO.< b;<nl:•r:un
� e lojas, uma igre a
j c um co�in. Construíram também
um grande refeitório omlc: tndos os mc-11inos pudessem '-Vtucr- c
wna pi..sc.iua onde: Lodos pudt.•:s:�c;m nad..v. � t.od� u::. lugares do
pais, mninos
e sem pai� $C dirigiam &.»tnt. c�s.a cidade.:, onde pa
79
Um dia. um menino que não podia andar chct:.ou à cidade.
Corno tr'3 pequenino, o padre pediu a um dCk'\: m.niol"Q que o
carreg:LS$C �tÇ SC.."\1 quarto. O meninok·vantou o pcqtu:no c colo
cou-o em �ma::;. c�t.as.
..""\(\ o, é?-perguntou padr� flanagan.
- F.Ie não e muito pt...d
- Ele n�o é pesado. padre. Ê mt:u irm:<in! - responde
u o
anais velho sc.>rrindo.
E Í$.:)V 1::1·a o que havia de melhor na Cidndc dos Mc:nino:;. A::.
t·rhwça� que lã cht•.gavam er)contravam uma [mnlliu de cente
nas de irmiios qm� cuidavam uns dos tlUII'üS, ( un'l pai qut· <:tma
'
va cada \Jm.
A <.::idadt· dos Mc.uin� ainda cxisu.· t•, .se um dia. voc:t: for a
Nebrusk:t. po&:rá "isitâ-la. Essa cida(k• maravilhosa amda (..."Sá
t
cheia de meninos - e '3gont. também de mcni.nns que nio
têm pai_, para cuidardeles. �� os 'etá tindo. brinc..,.m.lo. �lu·
dando e se tornando jo,·ens fones c bons. E. qmmdo "ir o sorri
so em scu.s f'O!'õlos, "'ocê- lembr.ml d�;: his1ória do padn: que criou
essa cidade que tantaS criança.'"> chamum de lar.
O herói do
Penhasco I ndígena
..--.. · AD.\J'TAIX> O� C.H. Ct.AI!OY
a t uma história sobre o verdadeim amor �mre irmdo.�. sobre correr riscos pvr
•tlt� cpu: umumos.
111
Manud 1 inh.. qu;.t.sc dnzc: ;ul(l.'\, t·:
j t fazi..-. doiS :•DU"' <.(li(.- t.-le ia
30 penhasoo. Ele conhec-ia bem a trilha c podiat,:M::a.lar tiio r-ápi
do quanto um antílope da montanh3. Ma,. hoje ia de•"!"'"• aju·
dando 1\audo.
À.' \C./.($, Nando tcnu\-� �uhir muilo rápido e fk.av:t . com ;;a.
rtspiroção ofegante.
-Yó com colma. I\ando-dizia Manuel. CIK.'AOrcmoolo�o.
Algumas Ve7.e-., !-it"1.L� pb> baliam t=lll pc..'{ju(;m� pcdl'a!> <.(UC :>e
desprendi:tm e rolavam montanha ah:.ixc), Nando podia OIJVir· v
eco das pedras caindo cada vez ma� longe. choc::...ndo�sc: <:Qrn .._,,..
tkvorcs ou batendo violentamente contm ().") toch..:do..�.
M�� 5Ubira""1
l,pa.'-
� mpo •
.
rtJ
,dcUilló1l.-JC.: �
i
.
r� <k.· baru.tho cm.urdeccdor c atravessaram um � em que
Rl
l·inalmcntc chegaram a wn lugar onde a uil.ba fica,·avlarnt.
Pegaram um atalho atrd\"és dto um:. floresta aiC: q.am.lo.
u de re
pente. se acabaram a.'\ án·ores e uma campina u -rd
__ c sc abriu
�.uhn· nm penh.:tSCo altíssimo. �n:cia que o mWldo e.la\.-a aos
p(� deles.
e, cmbai.,o, Nando podia ver o vale: vuc.lc wor..tvam.
Lá long
A t. dda qut• chega\--a ao \l:tlt•, PQr onde o ônibus que os lcva\ra
�tr
à C$Col:-i passav:* todos os dias, n.ãn era m:•is do que uma �LrciW
faixa preta visla lá de cima. Su.u csc:ulu pur\.'Cia tão pequena
quanto wna caixa de fOOforos. Por cntl"C os pequt:nu� bosques e
campos, ele idL·utillc�wa l-iUa cicfMit:, ('om �uas runs. loja� c tnr·
rcs pequenina.�. Além d� cidade. rnai" mon.:t
t. nhas c picos cubcr
t� de ue\t',
- C.sta � minha \ista �ecreta - Mar)ud ti�. - VUf.r W():)·
trar a vuc{l- por que eu �' ch..1.mo de Penh..'\Sco lndfgcna.
Manud enfiou a mão denlro dohur::t.co de umo. ár.--otc. Qmm
do a retirou, seguravn três pedJ'a� J)Ontudas.
- Punt�s de 11cchas! - Nando cxclatnou.
- P.. cncon1 n.:i��s pelo t�uniuho-Manuel di!:.S:C orgulhoso.
Acho que os índios acampavam aqui.
Os meninos and.tu"âfll: at� a lxm.la c.lo pcnhliSCO - ma� não
pc:r1u t.h.:mõ::lb - c scntar..im-sc em duas pedra\. Mnnuel tirou
dois $:andufch� c du
a� rnaçá') dl! sm• rnoc.:luJa e os dois J.iztoram
um lanche e a
nqu
..
oo partilha,,...arn a ,
t ;st.a,
Comc:ram sem falar muito. Nã
o queriam c;:,.tntgar v �ilC.:ncio
mure�'illtu::.u que c.Ustc quando se cstã tão di..<tanle e acima do
restO do mundo
.. Juntos �-i...ram
.c;ti !is sombras c:L-.s n\n-ens flu.
t\rando sobre o chão do vale� e scguirum as á�ui;a.s c falcões
.. Pcrmanecer61rn X:ututiQ:> udruinw
pairando muito abai,;o deles
do n vbtél pur meia hora. Fmalmcntc. !\1anuel e
� levanum para
estico.r as pema-ç.
S4
Fo
iquando tudo aconteceu il'le:.perac:laJucnt.e A pL-dra onde
\1anud �'a .sc:::utado se deslocou � <:st:ol'l"Cgou pelo decli�;c::
em direção ã beira do pcnhasc.-o, :trrastall<lu Manuel Junto!
O menino gritou e estendeu oe.. br.&� tentando segurar e-m
a.lguma cois;1. Sentiu que e:)<,:on..:gu'u pcu
l bcir01 c caía. Seus
pé:'� lrutctan-1 na saliência de wn rochedo c ele parou - ma.,
unediatamente a saliência � que:hn)U, <: d<· toru1..�ou a cair de
novo. Seu s dedos agarramtn em um p<:d�l.jo ponludo de pedra
c, com om solavanco, ele pa.t"ou nOVQI'lh!nh:.
86
A.l� uu:s �� w:td� c.l�!pois, a corda subiu trm pouco t: fi um
parada por um momcmo �. t"'HI -;�::8- ll itlt-J. ,·ohuu a c.ksccr - e
dlo:ss�� vez. alcançou �1anuel com alguns cemim�l ro::; dç ::;obra.
M anucl sc�rurou sua ,-c.spi.ração, a garrou firu Lc: .a corda c
COJ.uc:(_;ou a :s uLu· J(:'vagar. Ele.: pll:X.a,.�cl com .seus braços c crnpu r·
rd\'.a com as pernas . hrmando ��lls Jlb. t!'rl'l l m r·�cus do p<:nhas
Cü. 1\:o tJK: i n d{1 c;.nni nho. ele se assus tou - a cor•tla p�n·c(�n
ced�·r urn pouco L!', au mesmo rr.:mpo, de ouviu Ll.lll .g1'ilu Jc
�ando.
Agora. �ianud t."SHn·a �omente a doi� metrL"� do l npo . ago· ..
88
A v e z d e Ta s h i r a
89
Na manhã seguinte, Tashir.c1 pa�""<l por .:;u� ig.n:·j<.t y_u.ando
ouviu \'OZC!) c,._rulaudu uo l'�IL Ela olhou para cima c viu ::;ua
rrnfcssor;J no ldhàd(}�
- Olá, sr...l. .ltmkim, Tashira gritou. - O q11.1C:: voe[· csLá
fazendo ai no alto!
Estamos <.1jt1e.l;.1 ndn uosso am]go. o reYerendo \i\I'Hbun1 -
a prnfcss.ora g['itcru de volta . - A totT� da igrej� e!';1;� pi"'C:ci.sando
uo t:t!u.
L)()
N :i l3 r<l t!: s<.!gni n l c. : , T���hira Foi �o p�n-que brirK.ar. Mas o.s
91
Nê�. ru<.ml1ã seguiule, Tashira andava de bicicleta quando
OLa' i ll uma vo7. i nha �;tando. E!a olhou c viu un1a fmn�ça pn-:la
saLodo de janela abert�!
un1a
rtJ!) qtu.� �c ;.Jpn: �xi rn�vaJn com sua.� sir�nes g1itando. Os bom
hein.'s cuf'l'er.am esn direç.ão à casa com grandes manguein.�s..
A rnãe das cdanças c.hcgou correndo.
92
- Oh, meus filh r.t....., ! - da exclamou_
O rt'!n�n·utlo Wilbun1 r.am h�rt1 c hegou apressado_
- Ta.c;h i.r'A, "'')l;t� é mna hctuina� ç lc gritou.
-
� ��roina.
Quando a mamãe lê em voz alta
At cnancas dt�obrr.m heróis para a lida qwunáu .�f pais éem
l
'Era umn \� ..•
94
O JLivro dlo§ Herói§
pa1ra Criança§
• -o
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EOITORA ....
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