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Aula 03

Acessibilidade p/ STM (Todos os Cargos) Pós-edital


Professor: Ricardo Torques
ACESSIBILIDADE PARA O STM Aula
teoria e questões
Prof. Ricardo Torques 03

AULA 03
ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA (PARTE 03)

Su m á r io
1 - Considerações I niciais ................................................................................................ 2
2 - Ciência e Tecnologia .................................................................................................. 3
3 - Acesso à Just iça ........................................................................................................ 4
3.1 - Disposições Gerais .............................................................................................. 5
3.2 - Reconhecim ent o igual perant e a lei ....................................................................... 6
4 - Crim es e I nfrações Adm inist rat ivas ............................................................................ 11
5 - Disposições Finais e Transit órias ............................................................................... 15
6 - Norm as alt eradas pelo Est at ut o ................................................................................. 21
7 – Quest ões ............................................................................................................... 37
7.1 - List a de Quest ões com Com ent ários..................................................................... 37
7.2 - Gabarit o .......................................................................................................... 45
7.3 - List a de Quest ões com Com ent ários..................................................................... 45
8 - Legislação dest acada ............................................................................................... 64
9 – Resum o ................................................................................................................ 66
10 - Considerações Finais .............................................................................................. 73

1 - Con side r a çõe s I n icia is


Reservam os para o últ im o encont ro da Lei nº 13.146/ 2015, quat ro t em as:
 Ciência e t ecnologia;
 Acesso à j ust iça;
 Crim es e infrações adm inist rat ivas;
 Disposições Finais e Transit órias; e

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 Disposit ivos alt erados em out ras leis.

Dos t rês prim eiros t em as, o assunt o relat ivo ao acesso à Just iça é um dos m ais
relevant e em provas. A part e correspondent e às disposições finais e t ransit órias
é t ópica, pois apenas alguns pont os podem ser cobrados. Por fim , em relação aos
disposit ivos alt erados em out ras legislações, é preciso que saibam os a t ít ulo
inform at ivo, sem a necessidade de m em orização das regras. É im port ant e que
você saiba quais as m udanças o Est at ut o da Pessoa com Deficiência causou na
legislação com o um t odo.
Vam os, port ant o, est udar os art s. 77 a 127!
Boa aula!

2 - Ciê n cia e Te cn ologia


Com relação à ciência e à t ecnologia, sabem os que ela pode cont ribuir para a
elim inação de barreiras present es na sociedade que im pedem o gozo de direit o
pelas pessoas com deficiência. Nesse cont ext o, é da com pet ência do Poder
Público fom ent ar o uso de inst rum ent os de ciência e de t ecnologia com a
pret ensão de m elhorar a qualidade de vida e a inclusão social da pessoa com
deficiência.
O Est a do a t ua r á , de acordo com os art s. 77 e 78:
 na geração de conhecim ent o t écnico volt ado à prevenção, ao t rat am ent o
e ao desenvolvim ent o de t ecnologias;
 no incent ivo ao ensino e à pesquisa na área.
Confira os disposit ivos, após, vam os est udá- los separadam ent e.
Art . 77. O poder público deve fom e n t a r o de se n volvim e n t o cie n t ífico, a pe squ isa e a
in ova çã o e a ca pa cit a çã o t e cn ológica s, volt ados à m e lh or ia da qu a lida de de vida e
a o t r a ba lho da pe ssoa com de ficiê n cia e su a in clu sã o socia l.
§ 1 o O fom ent o pelo poder público deve priorizar a geração de conhecim ent os e t écnicas
que visem à prevenção e ao t rat am ent o de deficiências e ao desenvolvim ent o de t ecnologias
assist iva e social.
§ 2 o A acessibilidade e as t ecnologias assist iva e social devem ser fom ent adas m ediant e a
criação de cursos de pós- graduação, a form ação de recursos hum anos e a inclusão do t em a
nas diret rizes de áreas do conhecim ent o.
§ 3 o Deve ser fom ent ada a capacit ação t ecnológica de inst it uições públicas e privadas para
o desenvolvim ent o de t ecnologias assist iva e social que sej am volt adas para m elhoria da
funcionalidade e da part icipação social da pessoa com deficiência.
§ 4 o As m edidas previst as nest e art igo devem ser reavaliadas periodicam ent e pelo poder
público, com vist as ao seu aperfeiçoam ent o.
Art . 78. Devem ser e st im u la dos a pe squ isa , o de se n volvim e nt o, a in ova çã o e a
difusã o de t e cn ologia s volt adas para am pliar o acesso da pessoa com deficiência às
t ecnologias da inform ação e com unicação e às t ecnologias sociais.
Parágrafo único. Serão est im ulados, e m e spe cia l:

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I - o em prego de t ecnologias da inform ação e com unicação com o inst rum ent o de superação
de lim it ações funcionais e de barreiras à com unicação, à inform ação, à educação e ao
ent ret enim ent o da pessoa com deficiência;
I I - a adoção de soluções e a difusão de norm as que visem a am pliar a acessibilidade da
pessoa com deficiência à com put ação e aos sít ios da int ernet , em especial aos serviços de
governo elet rônico.

Em relação à ge r a çã o de conhe cim e nt o t é cnico, há a necessidade de


fom ent ar:
 a geração de conhecim ent os e t écnicas prevent ivas e para o t rat am ent o
de lim it ações; e
 o desenvolvim ent o de t ecnologias assist ivas e sociais.
As t ecnologias assist ivas const it uem os recursos que t êm por finalidade prom over
a funcionalidade de bens e serviços às pessoas com deficiência.
As t ecnologias sociais, por sua vez, envolvem o desenvolvim ent o de proj et os
sociais às pessoas hipossuficient es com deficiência, com o incent ivo por
int erm édio de associações e cooperat ivas.
No que diz respeit o ao e nsin o e à pe squisa , o est ím ulo est at al deve ser volt ado
para prover a acessibilidade, com a ut ilização de t ecnologias.
Para a prova:

CI ÊN CI A E TECN OLOGI A - ATUAÇÃO ESTATAL pa r a

• geração de conhecim ent o t écnico, pelo fom ent o do desenvolvim ent o de


conhecim ent os e t écnicas prevent ivas e o desenvolvim ent o de t ecnologias
assist ivas e sociais.
• ensino e pesquisa, para prover a acessibilidade, com a ut ilização de
t ecnologias.

3 - Ace sso à Ju st iça


No que diz respeit o ao acesso ao Poder Judiciário às pessoas com deficiência, o
Est at ut o t rat a do assunt o em t ít ulo específico, denot ando a im port ância conferida
à m at éria.
Além de det erm inar que o Poder Público assegure o acesso à pessoa com
deficiência ao Poder Judiciário em igua lda de de condiçõe s com a s de m a is
pe ssoa s, especialm ent e por int erm édio do uso da t ecnologia assist iva, ou t or ga
à D e fe nsor ia Pública e a o M inist é r io Público o de ve r de t om a r a s m e dida s
ne ce ssá r ia s a o a ce sso ple no.
Define o Est at ut o que as pessoas com deficiência possuem aut onom ia para a
t om ada de decisões quando em Juízo. Caso ent enda necessário, o deficient e
poderá se valer de inst rum ent o de decisão apoiada e da curat ela, const it uída
com o m edida prot et iva ext raordinária e proporcional às necessidades de acordo
com as circunst âncias do caso.

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I sso é relevant e na m edida em que a int ervenção de t erceiros em processos
j udiciais em que a pessoa com deficiência é part e no processo é m edida
excepcional. Além disso, inst it ut os int ervent ivos est ão rest rit os aos aspect os
pat rim oniais e negociais, não alcançando o direit o ao próprio corpo, à
sexualidade, ao m at rim ônio, à privacidade, à educação, à saúde, ao t rabalho e
ao vot o.
Esses conceit os iniciais são ext raídos do art . 79 e seguint es das disposições
gerais.

3 .1 - D isposiçõe s Ge r a is
Vam os com eçar com a leit ura do art . 79, do Est at ut o:
Art . 79. O poder público deve assegurar o a ce sso da pe ssoa com de ficiê n cia à j u st iça ,
e m igua lda de de opor t u n ida de s com as dem ais pessoas, garant indo, sem pre que
requeridos, adapt ações e recursos de t ecnologia assist iva.
§ 1 o A fim de garant ir a at uação da pessoa com deficiência em t odo o processo j udicial, o
poder público deve ca pa cit a r os m e m br os e os se r vidor e s que a t ua m no Pode r
Ju diciá r io, n o M in ist é r io Pú blico, n a D e fe n sor ia Pú blica , n os ór gã os de se gu r a n ça
pú blica e no sist e m a pe n it e n ciá r io quant o aos direit os da pessoa com deficiência.
§ 2 o Devem ser assegurados à pessoa com deficiência subm et ida a m edida rest rit iva de
liberdade t odos os direit os e garant ias a que fazem j us os apenados sem deficiência,
garant ida a acessibilidade.
§ 3 o A Defensoria Pública e o Minist ério Público t om arão as m edidas necessárias à garant ia
dos direit os previst os nest a Lei.

Desse disposit ivo, dest aca- se o dever de capacit ar servidores públicos para
viabilizar o acesso à Just iça. É j ust am ent e nesse cont ext o que se coloca a
obrigat oriedade de cobrança desse cont eúdo em provas de concurso público, t al
com o exige o art . 19, da Resolução CNJ nº 230/ 2016, em relação aos órgãos do
Poder Judiciário.
No m esm o sent ido est á o art . 80:
Art . 80. Devem ser oferecidos t odos os r e cu r sos de t e cn ologia a ssist iva disponíveis
para que a pessoa com deficiência t enha garant ido o acesso à j ust iça, sem pre que figure
em um dos polos da ação ou at ue com o t est em unha, part ícipe da lide post a em j uízo,
advogado, defensor público, m agist rado ou m em bro do Minist ério Público.
Parágrafo único. A pessoa com deficiência t em garant ido o acesso ao cont eúdo de t odos os
at os processuais de seu int eresse, inclusive no exercício da advocacia.
Art . 81. Os direit os da pessoa com deficiência serão garant idos por ocasião da aplicação de
sanções penais.
Art . 82. ( VETADO) .
Art . 83. Os se r viços n ot a r ia is e de r e gist r o n ã o pode m n e ga r ou cr ia r óbice s ou
con diçõe s dife r e n cia da s à pr e st a çã o de se u s se r viços e m r a zã o de de ficiê n cia do
solicit ant e, devendo reconhecer sua capacidade legal plena, garant ida a acessibilidade.
Parágrafo único. O descum prim ent o do dispost o no ca pu t dest e art igo const it ui
discrim inação em razão de deficiência.

Duas inform ações im port ant es em relação aos disposit ivos acim a cit ados:

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 Não apenas as part es processuais devem gozar de garant ias suficient es
para o acesso à Just iça.
É nat ural pensarm os que aut ores e réus com deficiência devem t er acesso
aos aut os de form a acessível e com a disponibilização dos recursos de
t ecnologia assist iva.
E se o a dvoga do, o m e m br o do M P, o m a gist r a do, o int é r pr e t e e o
pe r it o for e m pe ssoa s com de ficiê ncia ?
A eles t am bém deve ser assegurada, com o form a de realização do acesso
à j ust iça, a acessibilidade e t ecnologias assist idas no processo, t al com o se
ext rai do art . 80, acim a cit ado.
 A m at erialização do acesso à Just iça vai além do at endim ent o
em inent em ent e j udicial.
O art . 81 dest aca a necessidade de garant ia dos direit os às pessoas com
deficiência no cum prim ent o de sent enças penais. No m esm o sent ido, o art .
83 afirm a que os serviços de not as e de regist ro devem ser acessíveis e
não podem dispensar t rat am ent o diferenciado às pessoas com deficiência.
Para a prova:

D I SPOSI ÇÕES GERAI S

• I gualdade de acesso ao Poder Judiciário, abrangendo t am bém o sist em a


penit enciário e os serviços de not as e de regist ro.
• O acesso à pessoa com deficiência não se rest ringe às part es ( aut ores e réus) ,
m as abrange t odos que, de cert o m odo, t enham cont at o com o Poder Judiciário
( t erceiros, advogados, MP, DP, m agist rados, int érpret es, conciliadores,
m ediadores, perit os et c.) .
• Capacit ação dos servidores públicos que at uam no Poder Judiciário, no
Minist ério Público, em órgãos de segurança pública e no sist em a penit enciário.
• À pessoa com deficiência que est iver cum prindo m edida rest rit iva de liberdade
deve ser assegurada acessibilidade.
• Responsabilidade da DP/ MP garant ir o acesso à Just iça da pessoa com
deficiência.

Vam os em frent e!

3 .2 - Re con h e cim e n t o igu a l pe r a n t e a le i


Os art s. 84 a 87 t razem um a das principais alt erações prom ovidas pelo Est at ut o
da Pessoa com Deficiência em nosso ordenam ent o j urídico. O art . 3º , do CC –
ant es da edição da Lei nº 13.146/ 2015 –, previa ser absolut am ent e incapazes
aqueles que t ivessem enferm idade m ent al, um a vez que isso prej udicava o
discernim ent o para a prát ica de at os civis. Tam bém era considerada com o
sit uação de incapacidade absolut a aquele que, ainda que em decorrência de
causa t ransit ória, não pudesse exprim ir sua vont ade.

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Em am bos os casos, t ínham os a orient ação para que pessoas com deficiência –
perm anent e ou t ransit ória – não pudessem prat icar at os da vida civil. A lim it ação
à capacidade de exercício de direit os era superada com a int erdição.
Após a edição do Est at ut o, houve m udança paradigm át ica em nosso ordenam ent o
j urídico. O art . 3º , do CC, foi reform ulado pelo Est at ut o na qualidade de diplom a
alt erador. Além disso, t ivem os a redação dos art s. 84 a 87, que est udam os agora.
A regra at ual é a de que pe ssoa com de ficiê ncia pr e se r va sua ca pa cida de
e m igua lda de de condiçõe s com a s de m a is pe ssoa s. I sso vem previst o no
caput abaixo:
Art . 84. A pessoa com deficiência t em assegurado o dir e it o a o e x e r cício de sua
ca pa cida de le ga l e m igu a lda de de con diçõe s com a s de m a is pe ssoa s.

A ideia é evit ar a discrim inação, post ulado do Est at ut o, conform e j á est udado.
Cont udo, em det erm inadas sit uações haverá a necessidade de auxílio de t erceir o
para a prát ica de at os civis pelas pessoas com deficiência. Ao cont rário do que
t ínham os no CC, a averiguação da necessidade de auxílio por t erceiros dependerá
da análise do caso concret o.
Port ant o, a incapacidade civil da pessoa com deficiência não é presum ida, m as
decret ável à luz do caso concret o, para auxiliá- la para a prát ica de at os de carát er
pat rim onial e negociais.
Esse auxílio poderá decorrer da curat ela ou da t om ada de decisão apoiada. Vej a:
§ 1 o Quando n e ce ssá r io, a pessoa com deficiência será subm et ida à CURATELA, conform e
a lei.
§ 2 o É fa cu lt a do à pessoa com deficiência a a doçã o de pr oce sso de TOM AD A D E
D ECI SÃO APOI AD A.
§ 3 o A definição de curat ela de pessoa com deficiência const it ui m e dida pr ot e t iva
e x t r a or diná r ia , pr opor cion a l à s n e ce ssida de s e à s cir cu n st â ncia s de ca da ca so, e
du r a r á o m e n or t e m po possíve l.
§ 4 o Os curadores são obrigados a prest ar, anualm ent e, cont as de sua adm inist ração ao
j uiz, apresent ando o balanço do respect ivo ano.

A t om ada de decisão apoiada é m e n os int e r ve nt iva e est á disciplinada no


Código Civil, no art . 1.783- A, assunt o ao qual farem os referência adiant e.
De t odo m odo, desde j á, é im port ant e que com preendam os a ideia geral do
inst it ut o. Por int erm édio da t om ada de decisão apoiada cria- se um m ecanism o
prot et ivo à pessoa com deficiência que, livrem ent e, poderá opt ar pelo auxílio de,
pelo m enos, duas pessoas com as quais m ant enha vínculo a fim de auxiliá- la a
t om ar decisões. Não const it ui form a de m it igação da capacidade, m as m edida de
apoio.
A curat ela é m edida excepcional. Cuida o art . 84, §3º , de caract erizar a curat ela
da seguint e form a:

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CARACTERÍ STI CAS D A


CURATELA

proporcional às
necessidades e durará o m enor
prot et iva ext raordinária
circunst âncias de t em po possível
cada caso

Vam os com preender cada um desses t erm os?!


Trat a- se de m edida que visa ga r a nt ir e pr om ove r dir e it o da s pe ssoa s com
de ficiê ncia que, em razão da incapacidade verificada na prát ica, necessit ará de
auxílio para decidir sobre quest ões pat rim oniais.
É m edida ext raordinária, pois, ao cont rário da orient ação ant erior, com o advent o
da Lei nº 13.146/ 2016 pr e sum e - se a ple na ca pa cida de , t al com o const a do
caput , do art . 84.
Será proporcional às necessidades e às circunst âncias do caso concret o, pois a
cur a dor ia se r á fix a da à luz do que o m a gist r a do com pr e e nde r com o
ne ce ssá r io pa r a que nã o ha j a pr e j uízo à e sfe r a j ur ídica da pe ssoa com
de ficiê ncia , ga r a nt indo- se , a o m á x im o, a su a a ut ode t e r m ina çã o. Não há
com o criar parâm et ros ou definir crit érios obj et ivos, cum pre ao m agist rado
definir, na decisão que adm it e a form ação da curadoria, a ext ensão da m edida
prot et iva.
Com o a presunção é pela capacidade, quando não subsist irem os m ot ivos que
levaram à decret ação da curadoria, ela deve ser cessada para dur a r o m e nor
t e m po possíve l.
Seguindo as orient ações acim a, not a- se que a curat ela será form ada para
aspect os pat rim oniais. Tudo que disser respeit o aos direit os de personalidade da
pessoa com deficiência, não é possível subm et er à decisão ao curador. Nesse
cont ext o, é clara a orient ação do art . 85:
Art . 85. A curat ela afet ará TÃO SOM EN TE os a t os r e la ciona dos a os dir e it os de
n a t u r e za pa t r im on ia l e n e gocia l.

Para a prova:

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pat rim oniais; e


at inge APEN AS at os
negociais

ao corpo

ABRAN GÊN CI A D A
à sexualidade
CURATELA

ao m at rim ônio

à privacidade
N ÃO at inge at os
relacionados
à educação

à saúde

ao t rabalho

ao vot o da pessoa com


deficiência.

As rest rições acim a const am do §1º abaixo:


§ 1 o A definição da curat ela N ÃO a lca n ça o dir e it o a o pr ópr io cor po, à se x u a lida de ,
a o m a t r im ôn io, à pr iva cida de , à e du ca çã o, à sa úde , a o t r a ba lho e a o vot o.

Conform e verificam os nas caract eríst icas da curat ela, a m edida é excepcional,
com pet indo ao m agist rado fixar expressam ent e na decisão as razões pelas quais
adot a a curadoria. Confira:
§ 2 o A curat ela const it ui m e dida e x t r a or diná r ia , devendo const ar da sent ença as razões
e m ot ivações de sua definição, preservados os int eresses do curat elado.

Em hipót eses ainda m ais excepcionais, a pessoa com deficiência poderá precisar
de int e r n a çã o e m inst it uiçã o de a t e ndim e nt o especializado. Nesse caso, para
a decisão do cur a dor , o m agist rado deverá dar preferência a um a pessoa que
t enha la ços ( proxim idade) com a pessoa com deficiência. Esses laços podem ser
de ordem fam iliar, afet iva ou com unit ária.
§ 3 o No caso de pessoa em sit uação de inst it ucionalização, ao nom ear curador, o j uiz deve
dar preferência a pessoa que t enha vínculo de nat ureza fam iliar, afet iva ou com unit ária com
o curat elado.

Além disso, conform e prevê o art . 86, do Est at ut o, a curat ela não pode ser
ut ilizada com o requisit o para a em issão de docum ent os oficiais. Ou sej a, não
poderá ser exigida, por exem plo, para a em issão de cart eira de ident idade ou do
passaport e, por ent ender a legislação que a em issão desses docum ent os const it ui
at o de nat ureza personalíssim a. Vej a:

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Art . 86. Pa r a e m issã o de docum e n t os oficia is, N ÃO será exigida a sit uação de cu r a t e la
da pessoa com deficiência.

Por fim , em bora haj a necessidade de se conceder a curat ela por int erm édio de
um procedim ent o em cont radit ório, inclusive com a oit iva da pessoa com
deficiência, é possível a concessão de m edida provisória quando verificados, no
caso concret o, caso de relevância e urgência.
Há a possibilidade, port ant o, de ser concedida m edida provisória de nat ureza
ant ecipada para prot eger a pessoa com deficiência, nom eando, desde logo, um
curador. Nesse caso, o cont radit ório será diferido. Ou sej a, concede- se a curat ela
e, após, haverá oit iva das part es int eressadas.
Em t ais sit uações, ainda assim , será necessário colher um parecer do Minist ério
Público. Após, o j uiz poderá decidir pela concessão da curat ela em carát er
ant ecipado.
Art . 87. Em casos de r e le vâ n cia e u r gê ncia e a fim de pr ot e ge r os in t e r e sse s da
pe ssoa com de ficiê n cia e m sit u a çã o de cu r a t e la , será lícit o ao j uiz, ou vido o
M in ist é r io Pú blico, de oficio ou a requerim ent o do int eressado, nom e a r , de sde logo,
cu r a dor pr ovisór io, o qual est ará suj eit o, no que couber, às disposições do Código de
Processo Civil.

Sobre a curadoria provisória em carát er ant ecipado, lem bre- se de que:

CURAD ORI A AN TECI PAD A

cabim ent o: relevância e urgência para


a prot eção de int eresses da pessoa
com deficiência

prévia oit iva do MP

cont radit ório diferido em relação às


part es int eressadas

D e t oda s a s infor m a çõe s a bor da da s, fix e :

CAPACI D AD E D A PESSOA COM D EFI CI ÊN CI A

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 A pessoa com deficiência é plenam ent e capaz ( não é m ais considerada absolut am ent e
incapaz na redação originária do art . 3º , do NCPC) .
 Excepcionalm ent e é possível a adoção da t om a da de de cisã o a poia da ou da cu r a t e la .

T OM AD A DE D ECI SÃO A POI AD A CURATELA

I nst rum ent o de auxílio do qual a pessoa com Redução t ópica da capacidade civil da
deficiência poderá se valer para t om ar decisões, pessoa com deficiência com a finalidade
nom eando- se, pelo m enos, duas pessoas de de prot egê- la para a prát ica de at os
confiança para auxiliá- la na prát ica de at os civis. pat rim oniais.

Não há relat ivização da capacidade civil. Há relat ivização da capacidade civil.

Caract eríst icas da Curat ela:


 prot et iva;
 ext raordinário;
 proporcional às necessidades e às
circunst âncias do caso concret o.

Depende de decisão j udicial
fundam ent ada.
Abrange:
 at os de carát er pat rim onial; e
 at os de carát er negocial.
Não abrange:
 direit o ao corpo;
 direit o à sexualidade;
 direit o ao m at rim ônio;
 direit o à privacidade;
 direit o à educação;
 direit o à saúde;
 direit o ao t rabalho;
 direit o ao vot o; e
 em issão de docum ent os oficiais.

Com isso, encerram os m ais um t ópico.

4 - Cr im e s e I n fr a çõe s Adm in ist r a t iva s


Os art s. 88 a 91 est abelecem um rol de infrações adm inist rat ivas e de crim es
específicos quando envolver ilícit os que t enha a part icipação de pessoas com
deficiência.

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Para fins do est udo, im port a t ão som ent e com preender a t ipificação. Port ant o,
prim eiro vej am os a lit eralidade; na sequência, em alguns t ipos penais farem os
algum as observações e, ao final, o quadro- sínt ese:
Art . 88. Prat icar, induzir ou incit ar discrim inação de pessoa em razão de sua deficiência:
Pena - reclusão, de 1 ( um ) a 3 ( t rês) anos, e m ult a.
§ 1 o Aum ent a- se a pena em 1/ 3 ( um t erço) se a vít im a encont rar- se sob cuidado e
responsabilidade do agent e.
§ 2 o Se qualquer dos crim es previst os no ca pu t dest e art igo é com et ido por int erm édio de
m eios de com unicação social ou de publicação de qualquer nat ureza:
Pena - reclusão, de 2 ( dois) a 5 ( cinco) anos, e m ult a.
§ 3 o Na hipót ese do § 2 o dest e art igo, o j uiz poderá det erm inar, ouvido o Minist ério Público
ou a pedido dest e, ainda ant es do inquérit o policial, sob pena de desobediência:
I - recolhim ent o ou busca e apreensão dos exem plares do m at erial discrim inat ório;
I I - int erdição das respect ivas m ensagens ou páginas de inform ação na int ernet .
§ 4 o Na hipót ese do § 2 o dest e art igo, const it ui efeit o da condenação, após o t rânsit o em
j ulgado da decisão, a dest ruição do m at erial apreendido.

A discrim inação cont ra pessoa com deficiência é crim e, punível com pena de
reclusão ( de 1 a 3 anos) e aplicação de m ult a.
Esse t ipo est abelece duas quest ões im port ant es: causas de aum ent o de pena e
m edidas adicionais, para além da reclusão e da m ult a em algum as circunst âncias.
Assim :

CRI M E D E D I SCRI M I N AÇÃO

causas de aum ent o de


regra
pena m edidas adicionais para
a prát ica do crim e em
com unicação social ou
publicação: busca e
apreensão do m at erial e
rest rição da inform ação
reclusão de 1 a 3 anos; se a pessoa com
e deficiência est iver sob
os cuidados do agent e
( aum ent a em 1/ 3)

m ult a se prat icado em m eio de


com unicação social ou
publicação ( pena de 2 a
5 anos)

Sigam os!

12
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Art . 89. Apropriar- se de ou desviar bens, provent os, pensão, benefícios, rem uneração ou
qualquer out ro rendim ent o de pessoa com deficiência:
Pena - reclusão, de 1 ( um ) a 4 ( quat ro) anos, e m ult a.
Parágrafo único. Aum ent a- se a pena em 1/ 3 ( um t erço) se o crim e é com et ido:
I - por t ut or, curador, síndico, liquidat ário, invent ariant e, t est am ent eiro ou deposit ário
j udicial; ou
I I - por aquele que se apropriou em razão de ofício ou de profissão.

No art . 89 t em os o crim e de apropriação de bens da pessoa com deficiência, que


gera um a responsabilização penal um pouco m ais grave, que consist e em
reclusão ( de 1 a 4 anos) e m ult a.
Do m esm o m odo, a depender de quem for o agent e, t em os um a causa de
aum ent o de pena ( de 1/ 3) . São pessoas que possuem algum last ro ou
proxim idade em relação à pessoa com deficiência, o que j ust ifica um a reprim enda
m ais int ensa.

t ut or

curador

síndico
aum ent o de
1/ 3 na pena
É CAUSA D E base fixada liquidat ário
AUM EN TO D E
PEN A O CRI M E
COM ETI D O POR invent ariant e

t est am ent eiro

deposit ário j udicial

aquele que se apropriou em razão de ofício ou


de profissão

Sigam os!
Art . 90. Abandonar pessoa com deficiência em hospit ais, casas de saúde, ent idades de
abrigam ent o ou congêneres:
Pena - reclusão, de 6 ( seis) m eses a 3 ( t rês) anos, e m ult a.
Parágrafo único. Na m esm a pena incorre quem não prover as necessidades básicas de
pessoa com deficiência quando obrigado por lei ou m andado.

O crim e de abandono em hospit ais de pessoa com deficiência gera m ult a e


reclusão de 6 m eses a 3 anos. Tal pena aplica- se não apenas àquele que
abandonar a pessoa com deficiência, m as t am bém à pessoa que não prover,
quando obrigado, as necessidades básicas da pessoa com deficiência.

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O últ im o t ipo penal const a do art . 91, do Est at ut o da Pessoa com Deficiência:
Art . 91. Ret er ou ut ilizar cart ão m agnét ico, qualquer m eio elet rônico ou docum ent o de
pessoa com deficiência dest inados ao recebim ent o de benefícios, provent os, pensões ou
rem uneração ou à realização de operações financeiras, com o fim de obt er vant agem
indevida para si ou para out rem :
Pena - det enção, de 6 ( seis) m eses a 2 ( dois) anos, e m ult a.
Parágrafo único. Aum ent a- se a pena em 1/ 3 ( um t erço) se o crim e é com et ido por t ut or ou
curador.

Trat a- se de sit uação específica que envolve a ut ilização dos recursos da pessoa
com deficiência de form a indevida. Se qualquer pessoa, valendo- se de relação
que m ant enha com a pessoa com deficiência, desviar valores a ela devido para
at ender à vant agem indevida, prat ica crim e punível com pena de reclusão ( 6
m eses a 2 anos) e m ult a.
Com o o t ut or e o curador, por t erem responsabilidade de prest ar auxílio, e,
inclusive, dever de prest ação de cont as por auxiliarem na adm inist ração dos bens
da pessoa com deficiência, no caso de prat icarem a condut a descrit a no caput ,
do art . 91, sofrem pena aum ent ada em 1/ 3.
De t udo o expost o, ent endem os que você deve ficar at ent o às inform ações do
esquem a abaixo:

 RECLUSÃO de 1 a 3 anos e m ult a.


 CAUSA DE AUMENTO DE PENA ( 1/ 3) :
vít im a est ar sob cuidado ou sob
responsabilidade do agent e.
Pr a t ica r , in duzir ou in cit a r discr im ina çã o de  RECLUSÃO de 2 a 5 anos e m ult a, SE
pe ssoa e m r a zã o de su a de ficiê n cia . com et ido por int erm édio de m eios de
com unicação social ou de publicação de
qualquer nat ureza ( pode- se det erm inar
busca e apreensão dos docum ent os e/ ou
int erdição das m ensagens ou páginas da
int ernet ) .

 RECLUSÃO de 1 a 4 anos e m ult a.


Apr opr ia r - se de ou de svia r be ns,  CAUSA DE AUMENTO DE PENA ( 1/ 3) : se
pr ove nt os, pe n sã o, be n e fícios, com et ido por t ut or, curador, síndico,
r e m un e r a çã o ou qua lqu e r ou t r o liquidat ário, invent ariant e, t est am ent eiro,
r e n dim e n t o de pe ssoa com de ficiê n cia . deposit ário j udicial ou por aquele que se
apropriou em razão do ofício ou profissão.

Aba n dona r pe ssoa com de ficiê ncia e m


 RECLUSÃO de 6 m eses a 3 anos e
h ospit a is, ca sa s de sa ú de , e n t ida de s de
m ult a.
a br iga m e nt o ou congê n e r e s.

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* in clu i que m nã o pr ove r a s ne ce ssida de s
bá sica s de pe ssoa com de ficiê ncia qua ndo
obr iga do por le i ou m a n da do.

Re t e r ou ut iliza r ca r t ã o m a gné t ico,


qu a lque r m e io e le t r ôn ico ou docu m e n t o de  DETENÇÃO de 6 m eses a 2 anos e
pe ssoa com de ficiê ncia de st ina dos a o m ult a.
r e ce bim e nt o de be n e fícios, pr ove n t os,
pe n sõe s ou r e m u n e r a çã o ou à r e a liza çã o de  CAUSA DE AUMENTO DE PENA ( 1/ 3) :
ope r a çõe s fina n ce ir a s, com o fim de obt e r com et ido por t ut or ou curador.
va n t a ge m in de vida pa r a si ou pa r a ou t r e m .

Finalizam os, com isso, m ais um t ópico.

5 - D isposiçõe s Fin a is e Tr a n sit ór ia s


Nas disposições finais e t ransit órias, t em os a t rat at iva de assunt os específicos.
Vam os cit ar esses disposit ivos e, dada a reduzida possibilidade de cobrança em
prova, vam os t ecer algum as considerações.
Vam os lá!
 Ca da st r o N a ciona l de I n clusã o da Pe ssoa com D e ficiê ncia .
Esse cadast ro é um regist ro público que t em por finalidade m apear a quest ão
socioeconôm ica de pessoas com deficiência e t am bém de averiguar barreiras
present es na sociedade.
Trat a- se de um cadast ro adm inist rado pelo Poder Público Federal que poderá
celebrar convênios, acordos, t erm os de parceria ou cont rat os para alim ent á- lo.
A ut ilização desse cadast ro t em a finalidade de perm it ir a m elhor form ulação de
polít icas públicas e a realização de est udos e pesquisas.
Confira:
Art . 92. É criado o Ca da st r o N a cion a l de I n clu sã o da Pe ssoa com D e ficiê n cia
( Cadast ro- I nclusão) , r e gist r o público e le t r ôn ico com a finalidade de colet ar, processar,
sist em at izar e dissem inar inform ações georreferenciadas que perm it am a ident ificação e a
caract erização socioeconôm ica da pessoa com deficiência, bem com o das barreiras que
im pedem a realização de seus direit os.
§ 1 o O Cadast ro- I nclusão será a dm in ist r a do pe lo Pode r Ex e cu t ivo fe de r a l e const it uído
por base de dados, inst rum ent os, procedim ent os e sist em as elet rônicos.
§ 2 o Os dados const it uint es do Cadast ro- I nclusão serão obt idos pela int egração dos
sist em as de inform ação e da base de dados de t odas as polít icas públicas relacionadas aos
direit os da pessoa com deficiência, bem com o por inform ações colet adas, inclusive em
censos nacionais e nas dem ais pesquisas realizadas no País, de acordo com os parâm et ros
est abelecidos pela Convenção sobre os Direit os das Pessoas com Deficiência e seu Prot ocolo
Facult at ivo.
§ 3 o Para colet a, t ransm issão e sist em at ização de dados, é fa cu lt a da a ce le br a çã o de
con vê n ios, a cor dos, t e r m os de pa r ce r ia ou con t r a t os com inst it uições públicas e
privadas, observados os requisit os e procedim ent os previst os em legislação específica.

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§ 4 o Para assegurar a confidencialidade, a privacidade e as liberdades fundam ent ais da
pessoa com deficiência e os princípios ét icos que regem a ut ilização de inform ações, devem
ser observadas as salvaguardas est abelecidas em lei.
§ 5 o Os dados do Cadast ro- I nclusão som ent e poderão ser ut ilizados para as seguint es
fina lida de s:
I - form ulação, gest ão, m onit oram ent o e avaliação das polít icas públicas para a pessoa com
deficiência e para ident ificar as barreiras que im pedem a realização de seus direit os;
I I - realização de est udos e pesquisas.
§ 6 o As inform ações a que se refere est e art igo devem ser dissem inadas em form at os
acessíveis.

 I nspe çõe s e a udit or ia pa r a cont r ole da s r e gr a s do Est a t ut o.


Art . 93. Na realização de inspeções e de audit orias pelos órgãos de cont role int erno e
ext erno, deve ser observado o cum prim ent o da legislação relat iva à pessoa com deficiência
==d7e10==

e das norm as de acessibilidade vigent es.

De nada adiant a exist irem norm as j urídicas prot et ivas e assecurat órias se não
for dado cum prim ent o. Nesse cont ext o, houve por bem o legislador criar a regra
do art . 93, do Est at ut o, para at ribuir a responsabilidade aos órgãos de cont role
int erno de cada poder e t am bém aos órgãos de cont role ext erno a
responsabilidade por inspecionar e audit ar o cum prim ent o das norm as do
Est at ut o.
Por exem plo, no âm bit o do Poder Judiciário, as corregedorias devem criar
m ecanism os para verificar o cum prim ent o das norm as do Est at ut o da Pessoa com
Deficiência dent ro dos seus órgãos. Adem ais, cabe ao CNJ fiscalizar o respeit o a
essas norm as, criando, inclusive, m ecanism os e regulam ent ações próprias, t al
com o t em os em relação à Resolução CNJ nº 230/ 2016.
 Aux ílio- inclusã o.
O auxílio- inclusão é benefício assist encial dest inado a fom ent ar o ret orno para o
m ercado de t rabalho. Terá direit o – a ser regulam ent ado em legislação específica
– a pessoa que recebe ou recebeu o BPC nos últ im os 5 anos.
Art . 94. Terá direit o a auxílio- inclusão, nos t erm os da lei, a pessoa com deficiência
m oderada ou grave que:
I - receba o be ne fício de pr e st a çã o con t in ua da previst o no art . 20 da Lei no 8.742, de
7 de dezem bro de 1993, e que passe a exercer at ividade rem unerada que a enquadre com o
segurado obrigat ório do RGPS;
I I - t e nh a r e ce bido, n os ú lt im os 5 ( cin co) a n os, o be ne fício de pr e st a çã o
con t in u a da pr e vist o no art . 20 da Lei no 8.742, de 7 de dezem bro de 1993, e que exerça
at ividade rem unerada que a enquadre com o segurado obrigat ório do RGPS.

Esse disposit ivo é int eressant e, pois t em a finalidade de int egrar a pessoa com
deficiência ao m ercado de t rabalho.
Desde j á, not e que esse benefício não se confunde com o BPC- LOAD, assegurado
à pessoa com deficiência hipossuficient e.
No caso do art . 94, do Est at ut o, t em os regra que se aplica à pessoa que passe a
exercer at ividade rem unerada e t am bém que sej a hipossuficient e. Com o form a

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de param et rizar a concessão do benefício de auxílio- inclusão, o Est at ut o
est abelece que ou a pessoa recebe o BPC- LOAS ou recebeu o benefício nos
últ im os cinco anos. É a form a que t em os para ident ificar a hipossuficiência. Mas
só isso não bast a, é fundam ent al que haj a reinserção no m ercado de t rabalho.
Para t ant o:

reinserção no m ercado
de t rabalho

CON D I ÇÕES PARA


RECEBI M EN TO D O
AUXÍ LI O I N CLUSÃO hipossuficiência ( aferida
pelo recebim ent o de
BPC- LOAS no present e
ou recebim ent o nos
últ im os 5 anos)

Para arrem at ar, não confunda!

benefício assist encial devido em razão da


BPC- LOAS
hipossuficiência da pessoa com deficiência

benefício assist encial devido à pessoa com


AUXÍ LI O-
deficiência hipossuficient e que est ej a sendo
I N CLUSÃO
reinserida no m ercado de t rabalho

 a t e ndim e nt o dom icilia r e im possibilida de de e x igir com pa r e cim e nt o


O art . 95 possui redação bast ant e am pla a falar em at endim ent o “ perant e os
órgãos públicos” , dando a ent ender que seria possível est ender a qualquer t ipo
ou m odalidade de prest ação de serviços públicos. Na prát ica, cont udo, é norm a
de difícil exequibilidade.
Não obst ant e, podem os concluir que o disposit ivo prevê, por exem plo, a
possibilidade de at endim ent o m édico à pessoa com deficiência em razão da
im possibilidade ou da ext rem a dificuldade de com parecer ao hospit al. Esse
at endim ent o deve ser viabilizado t ant o pelo I NSS ( por exem plo, em perícias
m édicas) com o pela rede do SUS e pelos at endim ent os m édicos privados.
A norm a prevê, ainda, em razão da redação do caput , do art . 95, do Est at ut o, a
vedação da exigência de com parecim ent o. Esse disposit ivo est á no m esm o
sent ido da dispensa, por exem plo, da obrigat oriedade de vot o da pessoa com
deficiência que não consiga com parecer ao local de vot ação no dia das eleições.
Essa pessoa poderá requerer à Just iça Eleit oral a concessão de docum ent o que
lhe confira quit ação perm anent e, ainda que não vot e. Ent ende- se que não poderá
ser sancionada pela lim it ação que possui.

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Esse at endim ent o, cont udo, para que sej a viabilizado, depende de um
procedim ent o que est á declinado nos incisos do disposit ivo abaixo:
Art . 95. É VED AD O e x igir o com pa r e cim e n t o de pe ssoa com de ficiê n cia perant e os
órgãos públicos quando seu de sloca m e n t o, e m r a zã o de sua lim it a çã o fun cion a l e de
con diçõe s de a ce ssibilida de , im pon ha - lh e ôn u s de spr opor cion a l e in de vido,
hipót ese na qual serão observados os seguint es procedim ent os:
I - quando for de int eresse do poder público, o agent e prom overá o con t a t o n e ce ssá r io
com a pe ssoa com de ficiê n cia e m sua r e sidê n cia ;
I I - quando for de int eresse da pessoa com deficiência, ela a pr e se nt a r á solicit a çã o de
a t e ndim e nt o dom icilia r ou fa r á r e pr e se n t a r - se por pr ocu r a dor con st it u ído pa r a
e ssa fina lida de .
Parágrafo único. É assegurado à pessoa com deficiência at endim ent o dom iciliar pela
pe r ícia m é dica e socia l do I n st it u t o N a ciona l do Se gur o Socia l ( I N SS) , pe lo se r viço
pú blico de sa ú de ou pe lo se r viço pr iva do de sa úde , cont rat ado ou conveniado, que
int egre o SUS e pelas ent idades da rede socioassist encial int egrant es do Suas, quando seu
deslocam ent o, em razão de sua lim it ação funcional e de condições de acessibilidade,
im ponha- lhe ônus desproporcional e indevido.

Procedim ent o para o at endim ent o dom iciliar:


a) cont at o com a pessoa com deficiência na residência, se for de int eresse público;
b) requerim ent o da pessoa com deficiência, ou por int erm édio de requerim ent o.
Para a prova:

ATEN D I M EN TO D OM I CI LI AR

1 ª r e gr a : at endim ent o m édico dom iciliar ( I NSS, SUS e rede privada)

2 ª r e gr a : im possibilidade de exigir com parecim ent o, quando o deslocam ent o for im possível
ou excessivam ent e difícil.

O at endim ent o pode ser efet uado diret am ent e pelo órgão em caso de int eresse público ou
m ediant e requerim ent o ( pessoa ou por int erm édio de represent ant e) .

Logo abaixo, falarem os dos art s. 95 a 119. Sigam os!


 Re la t ór io cir cunst a ncia do pa r a a doçã o de polít ica s de pública s de
a ce ssibilida de .
Art . 120. Cabe aos órgãos com pet ent es, em cada esfera de governo, a e la bor a çã o de
r e la t ór ios cir cu n st a ncia dos sobr e o cum pr im e n t o dos pr a zos est abelecidos por força
das Leis no 10.048, de 8 de novem bro de 2000, e no 10.098, de 19 de dezem bro de 2000,

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bem com o o seu encam inham ent o ao Minist ério Público e aos órgãos de regulação para
adoção das providências cabíveis.
Parágrafo único. Os relat órios a que se refere o ca pu t dest e art igo deverão ser
apresent ados no prazo de 1 ( um ) ano a cont ar da ent rada em vigor dest a Lei.

A im plem ent ação das regras previst as nest e Est at ut o dem anda esforços e gast os
públicos por se t rat ar de norm a de carát er prom ocional. Em face disso, o Est at ut o
prevê um a série de prazos a serem observados para a im plem ent ação dos bens
e serviços, e dos program as e ações.
Cont udo, a fim de verificar o cum prim ent o dos prazos, fixa- se a obrigação de
envio de relat ório das inform ações pelos órgãos públicos aos órgãos de cont role
e ao Minist ério Público.
 Pr incípio da n or m a m a is be né fica .
Aqui t em os um princípio im port ant e, previst o no parágrafo único, do art . 121, do
Est at ut o da Pessoa com Deficiência. Confira:
Art . 121. Os direit os, os prazos e as obrigações previst os nest a Lei não excluem os j á
est abelecidos em out ras legislações, inclusive em pact os, t rat ados, convenções e
declarações int ernacionais aprovados e prom ulgados pelo Congresso Nacional, e devem ser
aplicados em conform idade com as dem ais norm as int ernas e acordos int ernacionais
vinculant es sobre a m at éria.
Parágrafo único. Pr e va le ce r á a n or m a m a is be né fica à pe ssoa com de ficiê n cia .

O princípio da norm a m ais benéfica – com um ao est udo do Direit o do Trabalho e


dos Direit os Hum anos – é est endido à prot eção das pessoas com deficiência.
Est udam os em Direit os Hum anos que as norm as não se excluem , m as se
com plem ent am . Assim , diant e do conflit o de norm as, ao invés de aplicarm os as
regras j urídicas de solução de ant inom ias ( crit ério cronológico hierárquico ou da
especialidade) am bas as norm as devem ser aplicadas de form a com plem ent ar,
buscando- se a m elhor form a de prot eger a dignidade da pessoa.
Classicam ent e, diant e da presença de duas norm as conflit ant es, válidas e
em anadas de aut oridade com pet ent e, sem que se possa dizer qual delas será
aplicada no caso concret o, o aplicador do direit o deverá se valer dos crit érios
acim a m encionados.
Segundo o crit ério cronológico, a lei post erior revoga a lei ant erior, vale dizer,
prevalece a norm a m ais recent e. Para o crit ério hierárquico, a lei de superior
hierarquia prevalece em com paração à lei inferior. Por fim , segundo o crit ério da
especialidade, a lei específica t em prevalência sobre a lei que est abelece apenas
norm as gerais.
Em Direit os Hum anos, ent ret ant o, os crit érios acim a podem ser desconsiderados
na hipót ese de conflit o ent re norm as, a fim de que se aplique a norm a m ais
favorável. Em Direit os Hum anos, essa norm a é denom inada de princípio “ pro
hom ine” . Aqui, n o e st udo do Est a t ut o da Pe ssoa com D e ficiê n cia , t e m os o
pr incípio da n or m a m a is be né fica que é , e m e ssê ncia , idê nt ico a o
pr incípio “pr o h om ine ”.

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Segundo dout rina de Luís Garcia, ao nos depararm os com o concurso sim ult âneo
de norm as, sej am elas int ernacionais ou int ernas, ao aplicarm os a norm a,
devem os escolher aquela que: a) garant ir m ais am plam ent e o gozo do direit o;
b) que adm it ir m enos rest rições ao exercício do direit o hum ano; ou c) a que
im por m aiores condições a event uais rest rições aos direit os hum anos.
Assim , m at erialm ent e, a norm a que ot im izar de m elhor form a o exercício de
det erm inado direit o deverá prevalecer. Not em que o referido princípio relaciona-
se com o conhecido princípio da norm a m ais favorável do Direit o do Trabalho.
Esse princípio im põe ao j urist a a opção pela norm a m ais favorável quando houver
sua aplicação, no confront o ent re regras concorrent es, bem com o na sua
int erpret ação. Regist re- se, ainda, que na definição da norm a m ais favorável
prevalece a Teoria do Conglobam ent o por I nst it ut os, pelo qual devem os opt ar
pela norm a m ais favorável dent ro do conj unt o de norm as relat ivas à det erm inada
m at éria ou inst it ut o j urídico, de m odo da não desvirt uar o sist em a j urídico.
Guardadas as devidas diferenças, o pr incípio da nor m a m a is be né fica im põe ,
se j a no confr ont o e nt r e nor m a s, se j a na fix a çã o da e x t e nsã o
int e r pr e t a t iva da nor m a , a obse r vâ ncia da nor m a m a is fa vor á ve l à
dignida de da pe ssoa com de ficiê ncia . I m põe a aplicação da norm a que am plie
o exercício do direit o ou que produza m aiores garant ias ao direit o hum ano que a
t ut ela.
 Tr a t a m e nt o dife r e ncia do à s m icr oe m pr e sa s e à s e m pr e sa s de pe que n o
por t e qu e obse r va r e m a s r e gr a s do Est a t ut o.
Art . 122. Regulam ent o disporá sobre a adequação do dispost o nest a Lei ao t rat am ent o
diferenciado, sim plificado e favorecido a ser dispensado às m icroem presas e às em presas
de pequeno port e, previst o no § 3odo art . 1o da Lei Com plem ent ar no 123, de 14 de
dezem bro de 2006.

Em razão de benefícios diversos assegurados às pequenas em presas e às de


pequeno port e, o Est at ut o out orga a at ribuição para est abelecer norm a
regulam ent ar própria, pelo Poder Execut ivo, para disciplinar regras específicas na
área obj et o da prot eção à pessoa com deficiência.
 D isposit ivos fin a is
Confira os disposit ivos finais:
Art . 120. Cabe aos órgãos com pet ent es, em cada esfera de governo, a elaboração de
relat órios circunst anciados sobre o cum prim ent o dos prazos est abelecidos por força das Leis
no 10.048, de 8 de novem bro de 2000, e no 10.098, de 19 de dezem bro de 2000, bem
com o o seu encam inham ent o ao Minist ério Público e aos órgãos de regulação para adoção
das providências cabíveis.
Parágrafo único. Os relat órios a que se refere o caput dest e art igo deverão ser apresent ados
no prazo de 1 ( um ) ano a cont ar da ent rada em vigor dest a Lei.
Art . 121. Os direit os, os prazos e as obrigações previst os nest a Lei não excluem os j á
est abelecidos em out ras legislações, inclusive em pact os, t rat ados, convenções e
declarações int ernacionais aprovados e prom ulgados pelo Congresso Nacional, e devem ser
aplicados em conform idade com as dem ais norm as int ernas e acordos int ernacionais
vinculant es sobre a m at éria.

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Parágrafo único. Prevalecerá a norm a m ais benéfica à pessoa com deficiência.
Art . 122. Regulam ent o disporá sobre a adequação do dispost o nest a Lei ao t rat am ent o
diferenciado, sim plificado e favorecido a ser dispensado às m icroem presas e às em presas
de pequeno port e, previst o no § 3o do art . 1o da Lei Com plem ent ar no 123, de 14 de
dezem bro de 2006.
Art . 123. Revogam - se os seguint es disposit ivos: ( Vigência)
I - o inciso I I do § 2o do art . 1o da Lei no 9.008, de 21 de m arço de 1995;
I I - os incisos I , I I e I I I do art . 3o da Lei no 10.406, de 10 de j aneiro de 2002 ( Código Civil) ;
I I I - os incisos I I e I I I do art . 228 da Lei no 10.406, de 10 de j aneiro de 2002 ( Código Civil) ;
I V - o inciso I do art . 1.548 da Lei no 10.406, de 10 de j aneiro de 2002 ( Código Civil) ;
V - o inciso I V do art . 1.557 da Lei no 10.406, de 10 de j aneiro de 2002 ( Código Civil) ;
VI - os incisos I I e I V do art . 1.767 da Lei no 10.406, de 10 de j aneiro de 2002 ( Código
Civil) ; 7
VI I - os art s. 1.776 e 1.780 da Lei no 10.406, de 10 de j aneiro de 2002 ( Código Civil) .
Art . 124. O § 1o do art . 2o dest a Lei deverá ent rar em vigor em at é 2 ( dois) anos, cont ados
da ent rada em vigor dest a Lei.
Art . 125. Devem ser observados os prazos a seguir discrim inados, a part ir da ent rada em
vigor dest a Lei, para o cum prim ent o dos seguint es disposit ivos:
I - incisos I e I I do § 2o do art . 28, 48 ( quarent a e oit o) m eses;
I I - § 6o do art . 44, 48 ( quarent a e oit o) m eses;
I I I - art . 45, 24 ( vint e e quat ro) m eses;
I V - art . 49, 48 ( quarent a e oit o) m eses.
Art . 126. Prorroga- se at é 31 de dezem bro de 2021 a vigência da Lei no 8.989, de 24 de
fevereiro de 1995.
Art . 127. Est a Lei ent ra em vigor após decorridos 180 ( cent o e oit ent a) dias de sua
publicação oficial.

Para encerrarm os, vam os t rat ar dos art igos 96 a 119, do Est at ut o da Pessoa com
Deficiência.

6 - N or m a s a lt e r a da s pe lo Est a t u t o
Cit arem os, a seguir, os dem ais art igos do Est at ut o que im puseram alt eração em
out ras leis. Acredit am os que a probabilidade de cobrança desses t em as em prova
é reduzida, cont udo, a fim de prevenir event uais surpresas, vam os analisar esses
disposit ivos, dest acando o que há de m ais relevant e.
 Art . 96. O § 6o- A, do art . 135, da Lei nº 4.737, de 15 de j ulho de 1965 ( Código
Eleit oral) , passa a vigorar com a seguint e redação:
“ Art . 135.
§ 6º - A. Os Tr ibun a is Re giona is Ele it or a is de ve r ã o, a cada eleição, e x pe dir in st r u çõe s
a os Ju íze s Ele it or a is pa r a or ie nt á - los n a e scolh a dos loca is de vot a çã o, de m a n e ir a
a ga r a n t ir a ce ssibilida de para o eleit or com deficiência ou com m obilidade reduzida,
inclusive em seu ent orno e nos sist em as de t ransport e que lhe dão acesso.

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O Código Eleit oral foi alt erado para prever a obrigação de os TREs expedirem
inst ruções a fim de orient ar as Junt as Eleit orais quant o ao at endim ent o das
norm as de acessibilidade para o eleit or com deficiência ou com m obilidade
reduzida, inclusive em relação ao t ransport e para dia das eleições.
 Art . 97. A Consolidação das Leis do Trabalho ( CLT) , aprovada pelo Decret o-
Lei nº 5.452, de 1º de m aio de 1943, passa a vigorar com as seguint es
alt erações:
“ Art . 428
§ 6º Para os fins do con t r a t o de a pr e n diza ge m , a com provação da escolaridade de
aprendiz com deficiência deve considerar, sobret udo, as habilidades e com pet ências
relacionadas com a profissionalização.
§ 8º Para o aprendiz com deficiência com 18 ( dezoit o) anos ou m ais, a validade do cont rat o
de aprendizagem pressupõe anot ação na CTPS e m at rícula e frequência em program a de
e
aprendizagem desenvolvido sob orient ação de ent idade qualificada em form ação t écnico-
profissional m et ódica.” ( NR)
“ Art . 433.
I - desem penho insuficient e ou inadapt ação do aprendiz, sa lvo pa r a o a pr e n diz com
de ficiê n cia qua n do de spr ovido de r e cur sos de a ce ssibilida de , de t e cn ologia s
a ssist iva s e de a poio n e ce ssá r io a o de se m pe n h o de su a s a t ivida de s;

A CLT foi alt erada para assegurar t rat am ent o privilegiado ao aprendiz com
deficiência, sej a para at endim ent o dos pré- requisit os para t er direit o ao benefício
( regras flexíveis de com provação da escolaridade) , sej a pela não exigência de
desem penho suficient e ou adapt ação do aprendiz com o hipót ese de rescisão
ant ecipada do cont rat o de aprendizagem .
 Art . 98. A Lei nº 7.853, de 24 de out ubro de 1989, passa a vigorar com as
seguint es alt erações:
“ Art . 3o As m e dida s j u dicia is de st in a da s à pr ot e çã o de in t e r e sse s cole t ivos,
difusos, in dividua is h om ogê ne os e in dividu a is in dispon íve is da pe ssoa com
de ficiê n cia poderão ser propost as pelo Minist ério Público, pela Defensoria Pública, pela
União, pelos Est ados, pelos Municípios, pelo Dist rit o Federal, por associação const it uída há
m ais de 1 ( um ) ano, nos t erm os da lei civil, por aut arquia, por em presa pública e por
fundação ou sociedade de econom ia m ist a que inclua, ent re suas finalidades inst it ucionais,
a prot eção dos int eresses e a prom oção de direit os da pessoa com deficiência.
“ Art . 8º Const it ui cr im e punível com reclusão de 2 ( dois) a 5 ( cinco) anos e m ult a:
I - recusar, cobrar valores adicionais, suspender, procrast inar, cancelar ou fazer cessar
inscrição de aluno em est abelecim ent o de ensino de qualquer curso ou grau, público ou
privado, e m r a zã o de su a de ficiê n cia ;
I I - obst ar inscrição em concurso público ou acesso de alguém a qualquer cargo ou em prego
público, em razão de sua deficiência;
I I I - negar ou obst ar em prego, t rabalho ou prom oção à pessoa em razão de sua deficiência;
I V - recusar, ret ardar ou dificult ar int ernação ou deixar de prest ar assist ência m édico-
hospit alar e am bulat orial à pessoa com deficiência;
V - deixar de cum prir, ret ardar ou frust rar execução de ordem j udicial expedida na ação
civil a que alude est a Lei;

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VI - recusar, ret ardar ou om it ir dados t écnicos indispensáveis à proposit ura da ação civil
pública obj et o dest a Lei, quando requisit ados.
§ 1º Se o crim e for prat icado cont ra pessoa com deficiência m enor de 18 ( dezoit o) anos, a
pena é agravada em 1/ 3 ( um t erço) .
§ 2º A pena pela adoção deliberada de crit érios subj et ivos para indeferim ent o de inscrição,
de aprovação e de cum prim ent o de est ágio probat ório em concursos públicos não exclui a
responsabilidade pat rim onial pessoal do adm inist rador público pelos danos causados.
§ 3º I ncorre nas m esm as penas quem im pede ou dificult a o ingresso de pessoa com
deficiência em planos privados de assist ência à saúde, inclusive com cobrança de valores
diferenciados.
§ 4º Se o crim e for prat icado em at endim ent o de urgência e em ergência, a pena é agravada
em 1/ 3 ( um t erço) .” ( NR)

A Lei que inst it ui a CORDE foi alt erada para conferir legit im idade ao MP, à
1 it uídas há m ais de um ano, a aut arquias,
Defensoria Pública, às associações const
às em presas públicas, a fundações e às sociedade de econom ia m ist a a
prerrogat iva de prom overem a prot eção à pessoa com deficiência. Além disso,
fixou alguns crim es específicos com os quais não precisam os nos ocupar.
 Art . 99. O art . 20, da Lei nº 8.036, de 11 de m aio de 1990, passa a vigorar
acrescido do seguint e inciso XVI I I :
Art . 20. A cont a vinculada do t rabalhador no FGTS poderá ser m ovim ent ada nas seguint es
sit uações:
XVI I I - quando o t rabalhador com deficiência, por prescrição, necessit e adquirir órt ese ou
prót ese para prom oção de acessibilidade e de inclusão social.

A Lei do FGTS prevê a possibilidade de m ovim ent ação da cont a vinculada do FGTS
quando necessit ar órt ese ou prót ese para prom oção de acessibilidade e de
inclusão social.
 Art . 100. A Lei nº 8.078, de 11 de set em bro de 1990 ( Código de Defesa do
Consum idor) , passa a vigorar com as seguint es alt erações:
“ Art . 6º São direit os básicos do consum idor:
I I I - a inform ação adequada e clara sobre os diferent es produt os e serviços, com
especificação corret a de quant idade, caract eríst icas, com posição, qualidade, t ribut os
incident es e preço, bem com o sobre os riscos que apresent em ;
Parágrafo único. A in for m a çã o de que t rat a o inciso I I I do caput dest e art igo de ve se r
a ce ssíve l à pe ssoa com de ficiê ncia , observado o dispost o em regulam ent o.” ( NR)
“ Art . 43
§ 6º Todas as inform ações de que t rat a o caput dest e art igo devem ser disponibilizadas em
form at os acessíveis, inclusive para a pessoa com deficiência, m ediant e solicit ação do
consum idor.” ( NR)

O CDC foi alt erado para prever a obrigat oriedade de acessibilidade em produt os.
 Art . 101. A Lei nº 8.213, de 24 de j ulho de 1991, passa a vigorar com as
seguint es alt erações:
“ Art . 16.

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I - o cônj uge, a com panheira, o com panheiro e o filho não em ancipado, de qualquer
condição, m enor de 21 ( vint e e um ) anos ou inválido ou que t enha deficiência int elect ual
ou m ent al ou deficiência grave;
I I I - o irm ão não em ancipado, de qualquer condição, m enor de 21 ( vint e e um ) anos ou
inválido ou que t enha deficiência int elect ual ou m ent al ou deficiência grave;
“ Art . 77.
§ 2º
I I - para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irm ão, de am bos os sexos, pela em ancipação
ou ao com plet ar 21 ( vint e e um ) anos de idade, salvo se for inválido ou t iver deficiência
int elect ual ou m ent al ou deficiência grave;
§ 4º ( VETADO) .
“ Art . 93. ( VETADO) :
I - ( VETADO) ; 0
I I - ( VETADO) ;
I I I - ( VETADO) ;
I V - ( VETADO) ;
V - ( VETADO) .
§ 1º A dispensa de pessoa com deficiência ou de beneficiário reabilit ado da Previdência
Social ao final de cont rat o por prazo det erm inado de m ais de 90 ( novent a) dias e a dispensa
im ot ivada em cont rat o por prazo indet erm inado som ent e poderão ocorrer após a
cont rat ação de out ro t rabalhador com deficiência ou beneficiário reabilit ado da Previdência
Social.
§ 2º Ao Minist ério do Trabalho e Em prego incum be est abelecer a sist em át ica de fiscalização,
bem com o gerar dados e est at íst icas sobre o t ot al de em pregados e as vagas preenchidas
por pessoas com deficiência e por beneficiários reabilit ados da Previdência Social,
fornecendo- os, quando solicit ados, aos sindicat os, às ent idades represent at ivas dos
em pregados ou aos cidadãos int eressados.
§ 3º Para a reserva de cargos será considerada som ent e a cont rat ação diret a de pessoa
com deficiência, excluído o aprendiz com deficiência de que t rat a a Consolidação das Leis
do Trabalho ( CLT) , aprovada pelo Decret o- Lei no 5.452, de 1o de m aio de 1943.
§ 4º ( VETADO) .” ( NR)
“ Art . 110- A. No at o de requerim ent o de benefícios operacionalizados pelo I NSS, não será
exigida apresent ação de t erm o de curat ela de t it ular ou de beneficiário com deficiência,
observados os procedim ent os a serem est abelecidos em regulam ent o.”

A Lei de Benefícios Previdenciários prevê a pessoa com deficiência ( cônj uge,


com panheiro, filho de qualquer idade ou irm ão) beneficiária do Regim e Geral de
Previdência Social.
 Art . 102. O art . 2º , da Lei nº 8.313, de 23 de dezem bro de 1991, passa a
vigorar acrescido do seguint e § 3o:
“ Art . 2º

§ 3 º Os incent ivos criados por est a Lei som ent e serão concedidos a proj et os cult urais que
forem disponibilizados, sem pre que t ecnicam ent e possível, t am bém em form at o acessível à
pessoa com deficiência, observado o dispost o em regulam ent o.” ( NR)

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A Lei do Program a Nacional de Apoio à Cult ura ( PRONAC) prevê incent ivos para
a edição de produt os cult urais acessíveis à pessoa com deficiência.
 Art . 103. O art . 11, da Lei nº 8.429, de 2 de j unho de 1992, passa a vigorar
acrescido do seguint e inciso I X:
“ Art . 11.
I X - deixar de cum prir a exigência de requisit os de acessibilidade previst os na legislação.”
( NR)

A Lei de I m probidade Adm inist rat iva prevê que deixar de cum prir norm as de
acessibilidade é at o de im probidade violador dos princípios da Adm inist ração
Pública.
 Art . 104. A Lei nº 8.666, de 21 de j unho de 1993, passa a vigorar com as
seguint es alt erações:
“ Art . 3º
§ 2o
V - produzidos ou prest ados por em presas que com provem cum prim ent o de reserva de
cargos previst a em lei para pessoa com deficiência ou para reabilit ado da Previdência Social
e que at endam às regras de acessibilidade previst as na legislação.
§ 5o Nos processos de licit ação, poderá ser est abelecida m argem de preferência para:
I - produt os m anufat urados e para serviços nacionais que at endam a norm as t écnicas
brasileiras; e
I I - bens e serviços produzidos ou prest ados por em presas que com provem cum prim ent o
de reserva de cargos previst a em lei para pessoa com deficiência ou para reabilit ado da
Previdência Social e que at endam às regras de acessibilidade previst as na legislação.
“ Art . 66- A. As em presas enquadradas no inciso V do § 2o e no inciso I I do § 5o do art . 3o
dest a Lei deverão cum prir, durant e t odo o período de execução do cont rat o, a reserva de
cargos previst a em lei para pessoa com deficiência ou para reabilit ado da Previdência Social,
bem com o as regras de acessibilidade previst as na legislação.
Parágrafo único. Cabe à adm inist ração fiscalizar o cum prim ent o dos requisit os de
acessibilidade nos serviços e nos am bient es de t rabalho.”

A Lei de Licit ações prevê, ent re os crit érios de desem pat e e de m argem de
em presa nas licit ações, o at endim ent o dos requisit os de acessibilidade.
 Art . 105. O art . 20, da Lei nº 8.742, de 7 de dezem bro de 1993, passa a
vigorar com as seguint es alt erações:
“ Art . 20.
§ 2o Para efeit o de concessão do benefício de prest ação cont inuada, considera- se pessoa
com deficiência aquela que t em im pedim ent o de longo prazo de nat ureza física, m ent al,
int elect ual ou sensorial, o qual, em int eração com um a ou m ais barreiras, pode obst ruir sua
part icipação plena e efet iva na sociedade em igualdade de condições com as dem ais
pessoas.
§ 9o Os rendim ent os decorrent es de est ágio supervisionado e de aprendizagem não serão
com put ados para os fins de cálculo da renda fam iliar per capit a a que se refere o § 3o dest e
art igo.

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§ 11. Para concessão do benefício de que t rat a o caput dest e art igo, poderão ser ut ilizados
out ros elem ent os probat órios da condição de m iserabilidade do grupo fam iliar e da sit uação
de vulnerabilidade, conform e regulam ent o.” ( NR)

A Lei do SUAS foi alt erada para adequar o conceit o de pessoa com deficiência ao
Est at ut o, ao definir que aquela pessoa “ que t em im pedim ent o de longo prazo de
nat ureza física, m ent al, int elect ual ou sensorial, o qual, em int eração com um a
ou m ais barreiras, pode obst ruir sua part icipação plena e efet iva na sociedade
em igualdade de condições com as dem ais pessoas” .
 Art . 106. ( VETADO) .
 Art . 107. A Lei nº 9.029, de 13 de abril de 1995, passa a vigorar com as
seguint es alt erações:
“ Art . 1º É proibida a adoção de qualquer prát ica discrim inat ória e lim it at iva para efeit o de
acesso à relação de t rabalho, ou de sua m anut enção, por m ot ivo de sexo, origem , raça, cor,
est ado civil, sit uação fam iliar, deficiência, reabilit ação profissional, idade, ent re out ros,
ressalvadas, nesse caso, as hipót eses de prot eção à criança e ao adolescent e previst as no
inciso XXXI I I do art . 7o da Const it uição Federal.” ( NR)
“ Art . 3º Sem prej uízo do prescrit o no art . 2o dest a Lei e nos disposit ivos legais que t ipificam
os crim es result ant es de preconceit o de et nia, raça, cor ou deficiência, as infrações ao
dispost o nest a Lei são passíveis das seguint es com inações:
“ Art . 4º
I - a reint egração com ressarcim ent o int egral de t odo o período de afast am ent o, m ediant e
pagam ent o das rem unerações devidas, corrigidas m onet ariam ent e e acrescidas de j uros
legais;

A Lei de Prát icas Discrim inat órias nas Em presas est abelece, ent re as vedações,
o t rat am ent o desigual conferido à pessoa com deficiência.
 Art . 108. O art . 35, da Lei nº 9.250, de 26 de dezem bro de 1995, passa a
vigorar acrescido do seguint e § 5o:
“ Art . 35.
§ 5º Sem prej uízo do dispost o no inciso I X do parágrafo único do art . 3o da Lei no 10.741,
de 1o de out ubro de 2003, a pessoa com deficiência, ou o cont ribuint e que t enha
dependent e nessa condição, t em preferência na rest it uição referida no inciso I I I do art . 4o
e na alínea “ c” do inciso I I do art . 8o.” ( NR)

A Lei que disciplina o I m post o de Renda de Pessoa Física est abelece a prioridade
para recebim ent o da rest it uição do im post o de renda.
 Art . 109. A Lei nº 9.503, de 23 de set em bro de 1997 ( Código de Trânsit o
Brasileiro) , passa a vigorar com as seguint es alt erações:
“ Art . 2o
Parágrafo único. Para os efeit os dest e Código, são consideradas vias t errest res as praias
abert as à circulação pública, as vias int ernas pert encent es aos condom ínios const it uídos por
unidades aut ônom as e as vias e áreas de est acionam ent o de est abelecim ent os privados de
uso colet ivo.” ( NR)
“ Art . 86- A. As vagas de est acionam ent o regulam ent ado de que t rat a o inciso XVI I do art .
181 dest a Lei deverão ser sinalizadas com as respect ivas placas indicat ivas de dest inação e
com placas inform ando os dados sobre a infração por est acionam ent o indevido.”

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“ Art . 147- A. Ao candidat o com deficiência audit iva é assegurada acessibilidade de
com unicação, m ediant e em prego de t ecnologias assist ivas ou de aj udas t écnicas em t odas
as et apas do processo de habilit ação.
§ 1º O m at erial didát ico audiovisual ut ilizado em aulas t eóricas dos cursos que precedem
os exam es previst os no art . 147 dest a Lei deve ser acessível, por m eio de subt it ulação com
legenda ocult a associada à t radução sim ult ânea em Libras.
§ 2º É assegurado t am bém ao candidat o com deficiência audit iva requerer, no at o de sua
inscrição, os serviços de int érpret e da Libras, para acom panham ent o em aulas prát icas e
t eóricas.”
“ Art . 154. ( VETADO) .”
“ Art . 181.
XVI I - I nfração - grave;

O CTB, após alt erações, prevê:


• que a m ult a aplicada para quem est acionar em vaga reservada deve cont er
dados sobre a infração devida.
• regras de acessibilidade para quem fizer os t est es para obt enção da CNH.
Sigam os!
 Art . 110. O inciso VI e o § 1º , do art . 56, da Lei nº 9.615, de 24 de m arço de
1998, passam a vigorar com a seguint e redação:
“ Art . 56.
VI - 2,7% ( dois int eiros e set e décim os por cent o) da arrecadação brut a dos concursos de
prognóst icos e lot erias federais e sim ilares cuj a realização est iver suj eit a a aut orização
federal, deduzindo- se esse valor do m ont ant e dest inado aos prêm ios;
§ 1o Do t ot al de recursos financeiros result ant es do percent ual de que t rat a o inciso VI do
caput , 62,96% ( sessent a e dois int eiros e novent a e seis cent ésim os por cent o) serão
dest inados ao Com it ê Olím pico Brasileiro ( COB) e 37,04% ( t rint a e set e int eiros e quat ro
cent ésim os por cent o) ao Com it ê Paralím pico Brasileiro ( CPB) , devendo ser observado, em
am bos os casos, o conj unt o de norm as aplicáveis à celebração de convênios pela União.

A Lei do Esport e foi alt erada para prever receit a vinculada aos esport es
paraolím picos, no im port e de 37,04% sobre 2,7% da renda brut a de lot erias.
 Art . 111. O art . 1º , da Lei nº 10.048, de 8 de novem bro de 2000, passa a
vigorar com a seguint e redação:
“ Art . 1º As pessoas com deficiência, os idosos com idade igual ou superior a 60 ( sessent a)
anos, as gest ant es, as lact ant es, as pessoas com crianças de colo e os obesos t erão
at endim ent o priorit ário, nos t erm os dest a Lei.” ( NR)

A Lei de Prioridade de At endim ent o foi alt erada para ret irar a expressão “ pessoa
port adora de deficiência” para pessoa com deficiência.
Art . 112. A Lei nº 10.098, de 19 de dezem bro de 2000, passa a vigorar com as
seguint es alt erações:
“ Art . 2º
I - acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para ut ilização, com segurança e
aut onom ia, de espaços, m obiliários, equipam ent os urbanos, edificações, t ransport es,
inform ação e com unicação, inclusive seus sist em as e t ecnologias, bem com o de out ros

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serviços e inst alações abert os ao público, de uso público ou privados de uso colet ivo, t ant o
na zona urbana com o na rural, por pessoa com deficiência ou com m obilidade reduzida;
I I - barreiras: qualquer ent rave, obst áculo, at it ude ou com port am ent o que lim it e ou im peça
a part icipação social da pessoa, bem com o o gozo, a fruição e o exercício de seus direit os à
acessibilidade, à liberdade de m ovim ent o e de expressão, à com unicação, ao acesso à
inform ação, à com preensão, à circulação com segurança, ent re out ros, classificadas em :
a) barreiras urbaníst icas: as exist ent es nas vias e nos espaços públicos e privados abert os
ao público ou de uso colet ivo;
b) barreiras arquit et ônicas: as exist ent es nos edifícios públicos e privados;
c) barreiras nos t ransport es: as exist ent es nos sist em as e m eios de t ransport es;
d) barreiras nas com unicações e na inform ação: qualquer ent rave, obst áculo, at it ude ou
com port am ent o que dificult e ou im possibilit e a expressão ou o recebim ent o de m ensagens
e de inform ações por int erm édio de sist em as de com unicação e de t ecnologia da
inform ação;
I I I - pessoa com deficiência: aquela que t em im pedim ent o de longo prazo de nat ureza física,
m ent al, int elect ual ou sensorial, o qual, em int eração com um a ou m ais barreiras, pode
obst ruir sua part icipação plena e efet iva na sociedade em igualdade de condições com as
dem ais pessoas;
I V - pessoa com m obilidade reduzida: aquela que t enha, por qualquer m ot ivo, dificuldade
de m ovim ent ação, perm anent e ou t em porária, gerando redução efet iva da m obilidade, da
flexibilidade, da coordenação m ot ora ou da percepção, incluindo idoso, gest ant e, lact ant e,
pessoa com criança de colo e obeso;
V - acom panhant e: aquele que acom panha a pessoa com deficiência, podendo ou não
desem penhar as funções de at endent e pessoal;
VI - elem ent o de urbanização: quaisquer com ponent es de obras de urbanização, t ais com o
os referent es a pavim ent ação, saneam ent o, encanam ent o para esgot os, dist ribuição de
energia elét rica e de gás, ilum inação pública, serviços de com unicação, abast ecim ent o e
dist ribuição de água, paisagism o e os que m at erializam as indicações do planej am ent o
urbaníst ico;
VI I - m obiliário urbano: conj unt o de obj et os exist ent es nas vias e nos espaços públicos,
superpost os ou adicionados aos elem ent os de urbanização ou de edificação, de form a que
sua m odificação ou seu t raslado não provoque alt erações subst anciais nesses elem ent os,
t ais com o sem áforos, post es de sinalização e sim ilares, t erm inais e pont os de acesso
colet ivo às t elecom unicações, font es de água, lixeiras, t oldos, m arquises, bancos, quiosques
e quaisquer out ros de nat ureza análoga;
VI I I - t ecnologia assist iva ou aj uda t écnica: produt os, equipam ent os, disposit ivos, recursos,
m et odologias, est rat égias, prát icas e serviços que obj et ivem prom over a funcionalidade,
relacionada à at ividade e à part icipação da pessoa com deficiência ou com m obilidade
reduzida, visando à sua aut onom ia, independência, qualidade de vida e inclusão social;
I X - com unicação: form a de int eração dos cidadãos que abrange, ent re out ras opções, as
línguas, inclusive a Língua Brasileira de Sinais ( Libras) , a visualização de t ext os, o Braille,
o sist em a de sinalização ou de com unicação t át il, os caract eres am pliados, os disposit ivos
m ult im ídia, assim com o a linguagem sim ples, escrit a e oral, os sist em as audit ivos e os
m eios de voz digit alizados e os m odos, m eios e form at os aum ent at ivos e alt ernat ivos de
com unicação, incluindo as t ecnologias da inform ação e das com unicações;
X - desenho universal: concepção de produt os, am bient es, program as e serviços a serem
usados por t odas as pessoas, sem necessidade de adapt ação ou de proj et o específico,
incluindo os recursos de t ecnologia assist iva.” ( NR)

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“ Art . 3º O planej am ent o e a urbanização das vias públicas, dos parques e dos dem ais
espaços de uso público deverão ser concebidos e execut ados de form a a t orná- los acessíveis
para t odas as pessoas, inclusive para aquelas com deficiência ou com m obilidade reduzida.
Parágrafo único. O passeio público, elem ent o obrigat ório de urbanização e part e da via
pública, norm alm ent e segregado e em nível diferent e, dest ina- se som ent e à circulação de
pedest res e, quando possível, à im plant ação de m obiliário urbano e de veget ação.” ( NR)
“ Art . 9º
Parágrafo único. Os sem áforos para pedest res inst alados em vias públicas de grande
circulação, ou que deem acesso aos serviços de reabilit ação, devem obrigat oriam ent e est ar
equipados com m ecanism o que em it a sinal sonoro suave para orient ação do pedest re.” ( NR)
“ Art . 10- A. A inst alação de qualquer m obiliário urbano em área de circulação com um para
pedest re que ofereça risco de acident e à pessoa com deficiência deverá ser indicada
m ediant e sinalização t át il de alert a no piso, de acordo com as norm as t écnicas pert inent es.”
“ Art . 12- A. Os cent ros com erciais e os est abelecim ent os congêneres devem fornecer carros
e cadeiras de rodas, m ot orizados ou não, para o at endim ent o da pessoa com deficiência ou
com m obilidade reduzida.”

A Lei de Acessibilidade foi alt erada para, em sínt ese:


 adot ar os conceit os do Est at ut o da Pessoa com Deficiência ( em referência ao
art . 3º ) ;
 prever a obrigat oriedade de sinalização t át il para circulação de pedest res; e
 prever a obrigat oriedade de fornecim ent o de cadeiras de rodas, m ot orizadas
ou não, para at endim ent o à pessoa com deficiência ou com m obilidade reduzida
em cent ros com erciais.
Art . 113. A Lei nº 10.257, de 10 de j ulho de 2001 ( Est at ut o da Cidade) , passa a
vigorar com as seguint es alt erações:
“ Art . 3º
I I I - prom over, por iniciat iva própria e em conj unt o com os Est ados, o Dist rit o Federal e os
Municípios, program as de const rução de m oradias e m elhoria das condições habit acionais,
de saneam ent o básico, das calçadas, dos passeios públicos, do m obiliário urbano e dos
dem ais espaços de uso público;
I V - inst it uir diret rizes para desenvolvim ent o urbano, inclusive habit ação, saneam ent o
básico, t ransport e e m obilidade urbana, que incluam regras de acessibilidade aos locais de
uso público;
“ Art . 41.
§ 3o As cidades de que t rat a o caput dest e art igo devem elaborar plano de rot as acessíveis,
com pat ível com o plano diret or no qual est á inserido, que disponha sobre os passeios
públicos a serem im plant ados ou reform ados pelo poder público, com vist as a garant ir
acessibilidade da pessoa com deficiência ou com m obilidade reduzida a t odas as rot as e vias
exist ent es, inclusive as que concent rem os focos geradores de m aior circulação de
pedest res, com o os órgãos públicos e os locais de prest ação de serviços públicos e privados
de saúde, educação, assist ência social, esport e, cult ura, correios e t elégrafos, bancos, ent re
out ros, sem pre que possível de m aneira int egrada com os sist em as de t ransport e colet ivo
de passageiros.” ( NR)

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O Est at ut o da Cidade foi alt erado para prever a obrigat oriedade de o Poder Público
incluir, no ordenam ent o das cidades, regras de acessibilidade além de plano de
rot as acessíveis para a circulação de pedest res.
Art . 114. A Lei nº 10.406, de 10 de j aneiro de 2002 ( Código Civil) , passa a
vigorar com as seguint es alt erações:
“ Art . 3º São absolut am ent e incapazes de exercer pessoalm ent e os at os da vida civil os
m enores de 16 ( dezesseis) anos.
I - ( Revogado) ;
I I - ( Revogado) ;
I I I - ( Revogado) .” ( NR)
“ Art . 4º São incapazes, relat ivam ent e a cert os at os ou à m aneira de os exercer:
I I - os ébrios habit uais e os viciados em t óxico;
I I I - aqueles que, por causa t ransit ória ou perm anent e, não puderem exprim ir sua vont ade;
Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial.” ( NR)
“ Art . 228.
I I - ( Revogado) ;
I I I - ( Revogado) ;
§ 1º
§ 2º A pessoa com deficiência poderá t est em unhar em igualdade de condições com as
dem ais pessoas, sendo- lhe assegurados t odos os recursos de t ecnologia assist iva.” ( NR)
“ Art . 1.518. At é a celebração do casam ent o podem os pais ou t ut ores revogar a
aut orização.” ( NR)
“ Art . 1.548.
I - ( Revogado) ;
“ Art . 1.550.
§ 1o
§ 2o A pessoa com deficiência m ent al ou int elect ual em idade núbia poderá cont rair
m at rim ônio, expressando sua vont ade diret am ent e ou por m eio de seu responsável ou
curador.” ( NR)
“ Art . 1.557.
I I I - a ignorância, ant erior ao casam ent o, de defeit o físico irrem ediável que não caract erize
deficiência ou de m olést ia grave e t ransm issível, por cont ágio ou por herança, capaz de pôr
em risco a saúde do out ro cônj uge ou de sua descendência;
I V - ( Revogado) .” ( NR)
“ Art . 1.767.
I - aqueles que, por causa t ransit ória ou perm anent e, não puderem exprim ir sua vont ade;
I I - ( Revogado) ;
I I I - os ébrios habit uais e os viciados em t óxico;
I V - ( Revogado) ;
“ Art . 1.768. O processo que define os t erm os da curat ela deve ser prom ovido:

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I V - pela própria pessoa.” ( NR)
“ Art . 1.769. O Minist ério Público som ent e prom overá o processo que define os t erm os da
curat ela:
I - nos casos de deficiência m ent al ou int elect ual;
I I I - se, exist indo, forem m enores ou incapazes as pessoas m encionadas no inciso I I .” ( NR)
“ Art . 1.771. Ant es de se pronunciar acerca dos t erm os da curat ela, o j uiz, que deverá ser
assist ido por equipe m ult idisciplinar, ent revist ará pessoalm ent e o int erdit ando.” ( NR)
“ Art . 1.772. O j uiz det erm inará, segundo as pot encialidades da pessoa, os lim it es da
curat ela, circunscrit os às rest rições const ant es do art . 1.782, e indicará curador.
Parágrafo único. Para a escolha do curador, o j uiz levará em cont a a vont ade e as
preferências do int erdit ando, a ausência de conflit o de int eresses e de influência indevida,
a proporcionalidade e a adequação às circunst âncias da pessoa.” ( NR)
“ Art . 1.775- A. Na nom eação de curador para a pessoa com deficiência, o j uiz poderá
est abelecer curat ela com part ilhada a m ais de um a pessoa.”
“ Art . 1.777. As pessoas referidas no inciso I do art . 1.767 receberão t odo o apoio necessário
para t er preservado o direit o à convivência fam iliar e com unit ária, sendo evit ado o seu
recolhim ent o em est abelecim ent o que os afast e desse convívio.” ( NR)

O CC foi alt erado para:


 ret irar a pessoa com deficiência de quaisquer hipót eses presum idas de
incapacidade civil t ant o absolut a com o relat iva.
 assegurar à pessoa com deficiência o direit o de t est em unhar em
igualdade de condições com dem ais pessoas e com a ut ilização de recursos
de t ecnologia assist iva.
 garant ir a aut odet erm inação da pessoa para cont rair m at rim ônio.
 excluir, das hipót eses de erro essencial capaz de anular o casam ent o, a
condição de pessoa com deficiência previst a no rol de m olést ias graves e
cont agiosas.
 excluir das hipót eses de int erdição a pessoa com deficiência.
 at ribuir ao Minist ério Público a legit im idade at iva para prom over a
curadoria de pessoa com deficiência.
 obrigar a oit iva da pessoa com deficiência, m ediant e assist ência
m ult idisciplinar, no caso de inst it uição de curadoria.
 prever que a rest rição à capacidade para a prát ica de at os negociais e
pat rim oniais em função da curat ela será proporcionada de acordo com o
ent endim ent o do j uiz à luz do caso concret o.
 prever a possibilidade de um curador at ender a várias pessoas com
deficiência curat eladas.
 garant ir apoio e defesa do direit o à convivência fam iliar e com unit ária.
 inst it uir a t om ada de decisão apoiada.

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Em relação à t om ada de decisão apoiada é int eressant e est udá- la com m ais
vagar.
Trat a- se de procedim ent o de j urisdição volunt ária por int erm édio do qual a
pessoa com deficiência pede aconselham ent o a t erceiros. Trat a- se de faculdade
conferida à própria pessoa que poderá indicar, pelo m enos, duas pessoas de
confiança para que prest e apoio para a prát ica de at os da vida civil, por
int erm édio de inform ações e elem ent os que auxiliem a t om ada de decisão.
Para t ant o, a pessoa com deficiência irá apresent ar um t erm o do qual const e as
pessoas indicadas, os lim it es do apoio, os com prom issos fixados, o prazo de
vigência do acordo e os direit os e int eresses da pessoa com deficiência.
Recebido o pedido, o j uiz irá ouvir o requerent e e apoiadores em audiência, com
assist ência de equipe m ult idisciplinar e do Minist ério Público.
Adm it ida a t om ada de decisão apoiada, os at os prat icados serão válidos desde
que sej am efet uados de acordo com o t erm o de apoio, com pet indo aos
apoiadores assinar cont rat os, caso requerido pelas part es cont rat ant es.
Se houver dissenso ent re os apoiadores quant o à decisão a ser adot ada ou se
envolver risco ou prej uízo relevant e, adm it e- se a provocação j udicial para a
decisão, desde que ouvido previam ent e o Minist ério Público.
Há previsão específica para a dest it uição do apoiador quando:
a) o apoiador agir com negligência;
b) o apoiador exercer pressão indevida; e
c) o apoiador não adim ples as obrigações assum idas.
Nesses casos, o j uiz irá ouvir a pessoa com deficiência sobre a possibilidade de
const it uição de novo acordo com out ra pessoa.
Essas inform ações const am do disposit ivo abaixo.
 Art . 115. O Tít ulo I V, do Livro I V, da Part e Especial da Lei nº 10.406, de 10
de j aneiro de 2002 ( Código Civil) , passa a vigorar com a seguint e redação:
“ TÍ TULO I V
Da Tut ela, da Curat ela e da Tom ada de Decisão Apoiada”
Art . 116. O Tít ulo I V do Livro I V da Part e Especial da Lei no 10.406, de 10 de j aneiro de
2002 ( Código Civil) , passa a vigorar acrescido do seguint e Capít ulo I I I :
“ CAPÍ TULO I I I
Da Tom ada de Decisão Apoiada
Art . 1.783- A. A t om ada de decisão apoiada é o pr oce sso pe lo qu a l a pe ssoa com
de ficiê n cia e le ge pe lo m e n os 2 ( dua s) pe ssoa s idôn e a s, com as quais m ant enha
vínculos e que gozem de sua confiança, para pr e st a r - lhe a poio na t om a da de de cisã o
sobre a t os da vida civil, fornecendo- lhes os elem ent os e inform ações necessários para
que possa exercer sua capacidade.
§ 1º Para form ular pedido de t om ada de decisão apoiada, a pessoa com deficiência e os
apoiadores devem apresent ar t e r m o em que const em os lim it es do apoio a ser oferecido e

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os com prom issos dos apoiadores, inclusive o prazo de vigência do acordo e o respeit o à
vont ade, aos direit os e aos int eresses da pessoa que devem apoiar.
§ 2º O pedido de t om ada de decisão apoiada será requerido pela pessoa a ser apoiada, com
indicação expressa das pessoas apt as a prest arem o apoio previst o no caput dest e art igo.
§ 3º Ant es de se pronunciar sobre o pedido de t om ada de decisão apoiada, o j uiz, assist ido
por equipe m ult idisciplinar, após oit iva do Minist ério Público, ouvirá pessoalm ent e o
requerent e e as pessoas que lhe prest arão apoio.
§ 4º A decisão t om ada por pessoa apoiada t erá validade e efeit os sobre t erceiros, sem
rest rições, desde que est ej a inserida nos lim it es do apoio acordado.
§ 5º Terceiro com quem a pessoa apoiada m ant enha relação negocial pode solicit ar que os
apoiadores cont ra- assinem o cont rat o ou acordo, especificando, por escrit o, sua função em
relação ao apoiado.
§ 6º Em caso de negócio j urídico que possa t razer r isco ou pr e j u ízo r e le va n t e , havendo
dive r gê n cia de opin iõe s ent re a pessoa apoiada e um dos apoiadores, deverá o j uiz,
ouvido o Minist ério Público, decidir sobre a quest ão.
§ 7º Se o a poia dor a gir com n e gligê n cia , e x e r ce r pr e ssã o in de vida ou nã o a dim plir
a s obr iga çõe s a ssum ida s, poderá a pessoa apoiada ou qualquer pessoa apresent ar
denúncia ao Minist ério Público ou ao j uiz.
§ 8º Se pr oce de n t e a de n ú n cia , o j uiz de st it u ir á o a poia dor e n om e a r á , ouvida a
pessoa apoiada e se for de seu int eresse, ou t r a pe ssoa para prest ação de apoio.
§ 9º A pessoa apoiada pode, a qualquer t em po, solicit ar o t érm ino de acordo firm ado em
processo de t om ada de decisão apoiada.
§ 10. O apoiador pode solicit ar ao j uiz a exclusão de sua part icipação do processo de
t om ada de decisão apoiada, sendo seu desligam ent o condicionado à m anifest ação do j uiz
sobre a m at éria.
§ 11. Aplicam - se à t om ada de decisão apoiada, no que couber, as disposições referent es à
prest ação de cont as na curat ela.”

Para a prova:

TOM AD A D E D ECI SÃO APOI AD A

• procedim ent o de j urisdição volunt ária.


• aconselham ent o de, pelo m enos, duas pessoas, de sua confiança e com as
quais m ant enha vínculos, para a prát ica de at os da vida civil.
• depende de t erm o do qual const e: pessoas indicadas, lim it es do apoio,
com prom issos fixados, prazo de vigência do acordo e int eresses da pessoa com
deficiência.
• necessidade de oit iva pessoal da pessoa e dos apoiadores, com part icipação de
equipe m ult idisciplinar e do Minist ério Público.
• dest it uição do apoiador: a) o apoiador agir com negligência; b) o apoiador
exercer pressão indevida; e c) o apoiador não adim ples as obrigações
assum idas.

 Art . 117. O art . 1º , da Lei nº 11.126, de 27 de j unho de 2005, passa a vigorar


com a seguint e redação:
“ Art . 1º É assegurado à pessoa com deficiência visual acom panhada de cão- guia o direit o
de ingressar e de perm anecer com o anim al em t odos os m eios de t ransport e e em
est abelecim ent os abert os ao público, de uso público e privados de uso colet ivo, desde que
observadas as condições im post as por est a Lei.

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§ 2o O dispost o no caput dest e art igo aplica- se a t odas as m odalidades e j urisdições do
serviço de t ransport e colet ivo de passageiros, inclusive em esfera int ernacional com origem
no t errit ório brasileiro.” ( NR)

A Lei do Cão- Guia foi alt erada para aut orizar a ut ilização do anim al para auxílio
à pessoa com deficiência a ser adot ada em t odas as m odalidades de t ransport e
colet ivo.
 Art . 118. O inciso I V, do art . 46, da Lei nº 11.904, de 14 de j aneiro de 2009,
passa a vigorar acrescido da seguint e alínea “ k” :
“ Art . 46.
IV -
k) de acessibilidade a t odas as pessoas.

O Est at ut o dos Museus foi alt erado para est abelecer que, no planej am ent o de
prest ação dos servidos em m useus, devem ser observadas as norm as de
acessibilidade.
Art . 119. A Lei nº 12.587, de 3 de j aneiro de 2012, passa a vigorar acrescida do
seguint e art . 12- B:
“ Art . 12- B. Na out orga de exploração de serviço de t áxi, reservar- se- ão 10% ( dez por
cent o) das vagas para condut ores com deficiência.
§ 1º Para concorrer às vagas reservadas na form a do caput dest e art igo, o condut or com
deficiência deverá observar os seguint es requisit os quant o ao veículo ut ilizado:
I - ser de sua propriedade e por ele conduzido; e
I I - est ar adapt ado às suas necessidades, nos t erm os da legislação vigent e.
§ 2º No caso de não preenchim ent o das vagas na form a est abelecida no caput dest e art igo,
as rem anescent es devem ser disponibilizadas para os dem ais concorrent es.”

A Lei que inst it ui a Polít ica Nacional de Mobilidade Urbana foi alt erada para prever
na exploração dos serviços de t áxi a necessidade de serem reservadas, ao m enos,
10% dos veículos acessíveis para que t axist as com deficiência possam exercer a
profissão. Assim , t em os duas regras im port ant es em relação aos t áxis:
 10% da frot a deve ser acessível; e
 10% da frot a deve ser reservada para condut ores deficient es.
Finalizam os, com isso, o est udo dos disposit ivos do Est at ut o que alt erou part e da
legislação nacional, para adequar o ordenam ent o às regras e às prescrições do
Est at ut o da Pessoa com Deficiência.
Para revisão, confira a sínt ese das norm as alt eradas pelo Est at ut o:

N ORM AS ALTERAD AS PELO ESTATUTO

 O CÓD I GO ELEI TORAL foi alt erado para prever a obrigação de os TREs expedirem
inst ruções a fim de orient ar as Junt as Eleit orais quant o ao at endim ent o das norm as de
acessibilidade para o eleit or com deficiência ou com m obilidade reduzida, inclusive em relação
ao t ransport e para o dia das eleições.

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 A CLT foi alt erada para assegurar o t rat am ent o privilegiado ao aprendiz com deficiência
para:
 flexibilização das regras de com provação da escolaridade para t er direit o ao benefício;
e
 não exigência de desem penho suficient e ou adapt ação do aprendiz com o hipót ese de
rescisão ant ecipada do cont rat o de aprendizagem .
 A LEI D A CORD E foi alt erada para conferir legit im idade ao MP, à Defensoria Pública, às
associações const it uídas há m ais de um ano, a aut arquias, às em presas públicas, às fundações
e a sociedade de econom ia m ist a a prerrogat iva de prom overem a prot eção à pessoa com
deficiência.
 A LEI D O FGTS prevê a possibilidade de m ovim ent ação da cont a vinculada do FGTS quando
necessit ar órt ese ou prót ese para prom oção de acessibilidade e de inclusão social.
 O CD C foi alt erado para prever a obrigat oriedade de acessibilidade em produt os.
 A LEI D E BEN EFÍ CI OS PREVI D EN CI ÁRI OS prevê a pessoa com deficiência ( cônj uge,
com panheiro, filho de qualquer idade ou irm ão) com o beneficiária do Regim e Geral de
Previdência Social.
 A LEI D O PROGRAM A N ACI ON AL D E APOI O À CULTURA ( PRONAC) prevê incent ivos
para a edição de produt os cult urais acessíveis à pessoa com deficiência.
 A LEI D E I M PROBI D AD E AD M I N I STRATI VA prevê que deixar de cum prir norm as de
acessibilidade é at o de im probidade violador dos princípios da Adm inist ração Pública.
 A LEI D E LI CI TAÇÕES prevê, ent re os crit érios de desem pat e e de m argem de em presa
nas licit ações, o at endim ent o dos requisit os de acessibilidade.
 A LEI D O SUAS foi alt erada para adequar o conceit o de pessoa com deficiência ao Est at ut o.
 A LEI D E PRÁTI CAS D I SCRI M I N ATÓRI AS N AS EM PRESAS est abelece, ent re as
vedações, o t rat am ent o desigual conferido à pessoa com deficiência.
 A LEI QUE D I SCI PLI N A O I M POSTO D E REN D A D E PESSOA FÍ SI CA est abelece a
prioridade para recebim ent o da rest it uição do im post o de renda.
O CTB foi alt erada para prever:
 que a m ult a aplicada para quem est acionar em vaga reservada deve cont er dados
sobre a infração devida.
 regras de acessibilidade para quem fizer os t est es para obt enção da CNH.
A LEI D O ESPORTE foi alt erada para prever receit a vinculada aos esport es paraolím picos, no
im port e de 37,04% sobre 2,7% da renda brut a de lot erias.
A LEI D E PRI ORI D AD E D E ATEN D I M EN TO foi alt erada para ret irar a expressão “ pessoa
port adora de deficiência” para pessoa com deficiência.
A LEI D E ACESSI BI LI D AD E foi alt erada para, em sínt ese:
 adot ar os conceit os do Est at ut o da Pessoa com Deficiência ( em referência ao art . 3º ) ;
 prever a obrigat oriedade de sinalização t át il para circulação de pedest res; e
 prever a obrigat oriedade de fornecim ent o de cadeiras de rodas, m ot orizadas ou não,
para at endim ent o à pessoa com deficiência ou com m obilidade reduzida em cent ros
com erciais.
O ESTATUTO D A CI D AD E foi alt erado para prever a obrigat oriedade de o Poder Público incluir,
no ordenam ent o das cidades, regras de acessibilidade além de plano de rot as acessíveis para
a circulação de pedest res.

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O CC foi alt erado para:
 ret irar a pessoa com deficiência de quaisquer hipót eses presum idas de incapacidade
civil t ant o absolut a com o relat iva.
 assegurar à pessoa com deficiência o direit o de t est em unhar em igualdade de
condições com dem ais pessoas e com a ut ilização de recursos de t ecnologia assist iva.
 garant ir a aut odet erm inação da pessoa para cont rair m at rim ônio.
 excluir, das hipót eses de erro essencial capaz de anular o casam ent o, a condição de
pessoa com deficiência previst a no rol de m olést ias graves e cont agiosas.
 excluir das hipót eses de int erdição a pessoa com deficiência.
 at ribuir ao Minist ério Público a legit im idade at iva para prom over a curadoria de pessoa
com deficiência.
 obrigar a oit iva da pessoa com deficiência, m ediant e assist ência m ult idisciplinar, no
caso de inst it uição de curadoria.
 prever que a rest rição à capacidade para a prát ica de at os negociais e pat rim oniais em
função da curat ela será proporcionada de acordo com o ent endim ent o do j uiz à luz do
caso concret o.
 prever a possibilidade de um curador at ender a várias pessoas com deficiência
curat eladas.
 garant ir apoio e defesa do direit o à convivência fam iliar e com unit ária.
 inst it uir a t om ada de decisão apoiada.
 Ainda em relação ao CC, t ivem os alt eração para prever a t om ada de decisão apoiada, que
se caract eriza:
 procedim ent o de j urisdição volunt ária;
 aconselham ent o de, pelo m enos, duas pessoas, de sua confiança e com as quais
m ant enha vínculos, para a prát ica de at os da vida civil;
 depende de t erm o do qual const e: pessoas indicadas, lim it es do apoio, com prom issos
fixados, prazo de vigência do acordo e int eresses da pessoa com deficiência;
 necessidade de oit iva pessoal da pessoa e dos apoiadores, com part icipação de equipe
m ult idisciplinar e do Minist ério Público;
 dest it uição do apoiador:
a) o apoiador agir com negligência;
b) o apoiador exercer pressão indevida; e
c) o apoiador não adim ples as obrigações assum idas.
A LEI D O CÃO- GUI A foi alt erada para aut orizar a ut ilização do anim al para auxílio à pessoa
com deficiência a ser adot ada em t odas as m odalidades de t ransport e colet ivo.
O ESTATUTO D OS M USEUS foi alt erado para est abelecer que, no planej am ent o de prest ação
dos serviços prest ados em m useus, devem ser observadas norm as de acessibilidade.
A LEI QUE I N STI TUI A POLÍ TI CA N ACI ON AL D E M OBI LI D AD E URBAN A foi alt erada para
prever, na exploração dos serviços de t áxi, a necessidade de serem reservados, ao m enos,
10% dos veículos acessíveis às pessoas com deficiência.

Vej am os as quest ões!

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7 – Que st õe s

7 .1 - List a de Qu e st õe s se m Com e n t á r ios


Q1 . VUN ESP/ TJ- SP/ Escr e ve nt e Té cnico Judiciá r io/ 2 0 1 7
Nos t erm os da Lei Federal n° 13.146/ 2015, a pessoa com deficiência
a) poderá ser obrigada a se subm et er a int ervenção clínica ou cirúrgica,
t rat am ent o ou inst it ucionalização forçada, m ediant e prévia avaliação
biopsicossocial, realizada por equipe m ult iprofissional e int erdisciplinar.
b) em sit uação de curat ela, não t erá part icipação na obt enção de
consent im ent o para a prát ica dos at os da vida civil, pois, em t al
circunst ância, não possui qualquer capacidade civil.
c) est á obrigada à fruição de benefícios decorrent es de ação afirm at iva, a
fim de que sej am const ruídos am bient es de t rabalho acessíveis e inclusivos.
d) som ent e será at endida sem seu consent im ent o prévio, livre e esclarecido
em casos de risco de m ort e e de em ergência em saúde, resguardado seu
superior int eresse e adot adas as salvaguardas legais cabíveis.
e) e seu acom panhant e ou at endent e pessoal t êm direit o à prioridade na
t ram it ação processual e nos procedim ent os j udiciais em que forem part es
ou int eressados.

Q2 . FCC/ TJ- SC/ Juiz Subst it u t o/ 2 0 1 7


A curat ela
a) do pródigo priva- o, apenas, de, sem curador, t ransigir, dar quit ação ou
alienar bens m óveis ou im óveis.
b) de pessoa com deficiência é m edida prot et iva ext raordinária e definit iva.
c) da pessoa com deficiência não poderá ser com part ilhada a m ais de um a
pessoa, porque não se confunde com a t om ada de decisão apoiada.
d) de pessoa com deficiência afet ará t ão- som ent e os at os relacionados aos
direit os de nat ureza pat rim onial e negocial, não alcançando o direit o ao
t rabalho, nem ao vot o.
e) do pródigo priva- o do m at rim ônio ou de novo m at rim ônio sob o regim e
de com unhão universal ou parcial de bens, e de, sem curador, alienar bens
im óveis, hipot ecá- los e dem andar ou ser dem andado sobre esses bens.

Q3 . M PE- RS/ Pr om ot or de Just iça / 2 0 1 7


Quant o aos direit os da pessoa com deficiência, assinale a alt ernat iva corret a.
a) Terá direit o ao auxílio- inclusão, nos t erm os da lei, a pessoa com
deficiência m oderada ou grave que receba o benefício da prest ação

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cont inuada e que passe a exercer at ividade rem unerada que a enquadre
com o segurado obrigat ório do Regim e Geral de Previdência Social- RGPS.
b) O Cadast ro- I nclusão, criado pela Lei n. 13.146/ 2015, será adm inist rado
pelo Poder Execut ivo est adual, podendo est a adm inist ração, m ediant e
convênio, ser delegada aos Municípios.
c) Acom panhant e, segundo o conceit o t razido na Lei n. 13.146/ 2015, é a
pessoa, m em bro ou não da fam ília, que, com ou sem rem uneração, assist e
ou prest a cuidados básicos e essenciais à pessoa com deficiência no exercício
de suas at ividades diárias, excluídas as t écnicas ou os procedim ent os
ident ificados com profissões legalm ent e est abelecidas.
d) No caso de pessoa com deficiência em sit uação de inst it ucionalização, ao
nom ear curador, o j uiz deve dar preferência ao represent ant e da ent idade
em que se encont ra abrigada a pessoa.
e) Na t om ada de decisão apoiada, é vedado ao t erceiro, com quem a pessoa
apoiada m ant enha relação negocial, post ular que os apoiadores cont ra-
assinem o cont rat o ou acordo, t endo em cont a que est e inst it ut o não
rest ringe a plena capacidade da pessoa com deficiência.

Q4 . FCC/ TRT - 2 4 ª REGI ÃO ( M S) / AJAJ/ 2 0 1 7


Na tomada de decisão apoiada, instituída pela Lei n° 13.146/2015 − Estatuto
da Pessoa com Deficiência,
a) a decisão t om ada por pessoa apoiada t erá validade e efeit os sobre
t erceiros, sem rest rições, desde que est ej a inserida nos lim it es do apoio
acordado.
b) é feit a a indicação de um curador para prest ar apoio à pessoa com
deficiência no que diz respeit o às decisões e at os da vida civil.
c) o t erceiro com quem a pessoa apoiada m ant enha relação negocial não
pode solicit ar que os apoiadores cont ra- assinem o cont rat o ou acordo.
d) a lei est abelece quais são os at os que são abrangidos e qual é o prazo
m ínim o a que deve se subm et er a pessoa apoiada.
e) o apoiador pode requerer a exclusão de sua part icipação do processo de
t om ada de decisão apoiada, independent e de aut orização j udicial.

Q5 . CESPE/ TRE- PE/ Conhe cim e nt os Ge r a is/ 2 0 1 7


Acerca do inst it ut o da t om ada de decisão apoiada, assinale a opção corret a.
a) Não é possível ao j uiz designar apoiadores em subst it uição àqueles
indicados.
b) A curat ela não pode subst it uir a t om ada de decisão apoiada, ainda que
ocorra planej am ent o pessoal do beneficiário nesse sent ido.

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c) O beneficiário desse inst it ut o conserva sua capacidade de
aut odet erm inação em relação aos at os da vida civil, salvo aqueles previst os
no acordo de t om ada de decisão apoiada.
d) Tal inst it ut o é aplicável aos casos de pessoas com deficiência que se
enquadrem no conceit o de relat ivam ent e incapazes.
e) A decisão t om ada por pessoa apoiada é válida cont ra t erceiros, com
rest rições, ainda que não figure nos lim it es do acordo.

Q6 . CESPE/ TRE- PE/ Conhe cim e nt os Ge r a is/ 2 0 1 7


Com relação aos crim es, às infrações adm inist rat ivas e às disposições finais
e t ransit órias previst os no EPD, assinale a opção corret a.
a) Const it ui crim e a condut a de obst ar o acesso da pessoa com deficiência a
cargo ou em prego público, ainda que com base em crit ério rest rit ivo e
obj et ivo previam ent e definido em lei.
b) Na t ipificação da condut a de prat icar, induzir ou incit ar discrim inação de
pessoa em razão da deficiência, é adm it ida a t ent at iva.
c) O suj eit o passivo dos crim es previst os no EPD é sem pre a pessoa com
deficiência.
d) Para a consum ação do crim e de desviar bens da pessoa com deficiência,
exige- se o efet ivo lucro do agent e.
e) Adm it em - se t ant o a m odalidade dolosa quant o a culposa no caso do delit o
de abandono da pessoa com deficiência, que é crim e perm anent e.

Q7 . FCC/ TRT 1 1 ª Re giã o/ AJAA/ 2 0 1 7


No que diz respeit o ao reconhecim ent o igual perant e a lei, a Lei no
13.146/ 2015 est abelece que
( A) a pessoa com deficiência sem pre será subm et ida à curat ela.
( B) a curat ela de pessoa com deficiência const it ui m edida prot et iva ordinária.
( C) a curat ela é proporcional às necessidades e às circunst âncias de cada
caso e persist e obrigat oriam ent e at é que sej am com plet ados os 21 anos de
idade.
( D) é facult ado à pessoa com deficiência a adoção de processo de t om ada
de decisão apoiada.
( E) a curat ela não afet a os at os relacionados aos direit os de nat ureza
pat rim onial e negocial.

Q8 . VUN ESP/ M PE- SP/ Ana list a Té cnico Cie nt ífico- Enge nhe ir o
Civil/ 2 0 1 6

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Quant o à realização de t rat am ent o, procedim ent o, hospit alização e pesquisa
cient ífica relacionados à pessoa com deficiência, a Lei n° 13.146/ 2015
est abelece que
a) é indispensável o seu consent im ent o prévio, livre e esclarecido, podendo,
no ent ant o, ser suprido em sit uação de curat ela, na form a da lei.
b) é dispensável o seu consent im ent o, desde que o obj et ivo a ser alcançado
sej a para o seu próprio bem - est ar.
c) se exige o seu prévio e livre consent im ent o por escrit o, não podendo ser
suprido m esm o em sit uação de curat ela.
d) não se exigirá o seu consent im ent o pessoal, no caso de pesquisa
cient ífica, se os seus pais ou responsáveis legais assim se m anifest arem em
seu lugar.
e) será exigido o seu prévio e livre consent im ent o apenas para a hipót ese
de pesquisa cient ífica, podendo ser dispensado nos dem ais casos.

Q9 . M PD FT/ Pr om ot or de Just iça Adj unt o/ 2 0 1 5


A recém - edit ada Lei Brasileira de I nclusão da Pessoa com Deficiência
( Est at ut o da Pessoa com Deficiência) , Lei 13.146, de 6 de j ulho de 2015,
ent ra em vigor 180 dias após sua publicação, e opera im port ant es
m odificações no Código Civil Brasileiro. A respeit o dessas m odificações,
assinale a única alt ernat iva CORRETA:
a) Em relação ao regim e das incapacidades, a alt eração operada foi que as
pessoas que, por causa t ransit ória ou perm anent e, não puderem exprim ir
sua vont ade deixaram de ser absolut am ent e incapazes e passaram a
relat ivam ent e incapazes.
b) Quant o à possibilidade de serem t est em unhas, foi revogado o disposit ivo
relat ivo aos cegos e surdos, m ant endo- se o relat ivo às pessoas que, por
enferm idade ou ret ardam ent o m ent al, não t iverem discernim ent o para a
prát ica dos at os da vida civil.
c) Sobre a nulidade do casam ent o cont raído “ pelo enferm o m ent al sem o
necessário discernim ent o para os at os da vida civil" , essa nulidade, ant es
absolut a, foi t ornada relat iva.
d) Quant o à int erdição, ficou est abelecido que o processo que define os
t erm os da curat ela pode ser prom ovido pela própria pessoa a ser curat elada.
e) Foi inserido novo inst it ut o para suprir a capacidade das pessoas com
deficiência, a t om ada de decisão apoiada, pela qual o j uiz elege duas pessoas
idôneas para apoiar a t om ada de decisão das pessoas com deficiência nos
aut os de processos j udiciais.

Q1 0 . CESPE/ Câ m a r a dos D e put a dos/ Ana list a Le gisla t ivo/ 2 0 1 4

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Julgue o it em que segue, relat ivo aos crim es cont ra as pessoas com
deficiência, aos crim es result ant es de preconceit o de raça ou de cor e ao
Est at ut o da I gualdade Racial.
Se um m ot orist a de ônibus, veículo colet ivo de t ransport e público, deixar de
t ransport ar deficient e físico que esperava na parada, sob a j ust ificat iva de
que seu ônibus não possui o equipam ent o adequado para que o deficient e
possa adent rar no veículo sem riscos, t al fat o const it uirá crim e específico
previst o na legislação que regulam ent a os direit os da pessoa deficient e e
est abelece penas para as sit uações em que eles sej am descum pridos.
Q1 1 . TRF - 4 ª REGI ÃO/ TRF - 4 ª REGI ÃO/ 2 0 1 6
Assinale a alt ernat iva corret a.
A respeit o da capacidade civil, levando em cont a a Lei nº 13.146/ 2015:
a) O direit o ao recebim ent o de at endim ent o priorit ário da pessoa com
deficiência não abrange a t ram it ação processual e os procedim ent os j udiciais
em que for part e ou int eressada.
b) A pessoa com deficiência – assim ent endida aquela que t em im pedim ent o
de longo prazo de nat ureza física, m ent al, int elect ual ou sensorial, o qual,
em int eração com um a ou m ais barreiras, pode obst ruir sua part icipação
plena e efet iva na sociedade em igualdade de condições com as dem ais
pessoas – é considerada capaz para casar- se e const it uir união est ável,
exercer direit os sexuais e reprodut ivos e conservar sua fert ilidade, m as não
para exercer o direit o à guarda, à t ut ela, à curat ela e à adoção.
c) A m enoridade cessa aos dezoit o anos com plet os, quando a pessoa fica
habilit ada à prát ica de t odos os at os da vida civil. Cont udo, a incapacidade
cessará, para os m enores, dent re out ras hipót eses legalm ent e elencadas,
pelo desem penho de funções inerent es a cargo público com issionado ou de
provim ent o efet ivo.
d) Qualquer pessoa com m ais de dezesseis anos pode casar,
independent em ent e de aut orização de seus pais e represent ant es legais.
e) A curat ela de pessoas com deficiência afet ará t ão som ent e os at os
relacionados aos direit os de nat ureza pat rim onial e negocial, ist o é, sua
definição não alcança o direit o ao próprio corpo, à sexualidade, ao
m at rim ônio, à privacidade, à educação, à saúde, ao t rabalho e ao vot o.
Q1 2 . I BFC/ M G/ 2 0 1 6
Assinale a alt ernat iva corret a, considerando as disposições da Lei Federal n°
13.146, de 06/ 07/ 2015, que I nst it ui a Lei Brasileira de I nclusão da Pessoa
com Deficiência ( Est at ut o da Pessoa com Deficiência) .
a) Prat icar, induzir ou incit ar discrim inação de pessoa em razão de sua
deficiência é condut a punível com reclusão, de 2 ( dois) a 4 ( quat ro) anos, e
m ult a.

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b) Prat icar, induzir ou incit ar discrim inação de pessoa em razão de sua
deficiência é condut a punível com det enção, de 2 ( dois) a 4 ( quat ro) anos,
e m ult a.
c) Prat icar, induzir ou incit ar discrim inação de pessoa em razão de sua
deficiência é condut a punível com reclusão, de 1 ( um ) a 3 ( t rês) anos, e
m ult a.
d) Prat icar, induzir ou incit ar discrim inação de pessoa em razão de sua
deficiência é condut a punível com det enção, de 1 ( um ) a 3 ( t rês) anos, e
m ult a.
Q1 3 . M PE- GO/ M PE- GO/ 2 0 1 6
A Tom ada de Decisão Apoiada, m odelo prot ecionist a criado pela Lei n.
13.146/ 2015 ( Est at ut o da Pessoa com Deficiência) :
a) dest ina- se a prot eção de pessoa vulnerável em virt ude de circunst ância
pessoal, física, psíquica ou int elect ual, rest ringindo- lhe t em porariam ent e a
capacidade, a fim de que receba auxílio para decisão sobre det erm inado at o
da vida civil;
b) configura novo inst it ut o j urídico, ao lado da t ut ela e da curat ela,
vocacionado para a prot eção de incapazes ou relat ivam ent e incapazes,
devendo os apoiadores nom eados pelo j uiz, após oit iva do Minist ério Público,
seguir fielm ent e o t erm o levado a j uízo, considerando as necessidades e
aspirações da pessoa apoiada;
c) será det erm inada pelo j uiz, em procedim ent o de j urisdição volunt ária, a
requerim ent o da pessoa com deficiência que indicará pelo m enos duas
pessoas idôneas, com as quais m ant enha vínculo e que gozem de sua
confiança, para fornecer- lhe apoio na t om ada de decisão relat iva a at os da
vida civil;
d) é um m odelo prot ecionist a criado em favor de pessoas int erdit adas, em
razão de deficiência física, sensorial, psíquica ou int elect ual, com obj et ivo de
que o j uiz, ouvido o Minist ério Público, indique duas pessoas int egrant es de
equipe m ult idisciplinar para prest ar apoio ao int erdit o na t om ada de decisão
relat iva aos at os da vida civil.
Q1 4 . M PE- SC/ 2 0 1 6
A t om ada de decisão apoiada é o processo pelo qual o j uiz, assist ido por
equipe m ult idisciplinar, após oit iva do Minist ério Público, elege pelo m enos
duas pessoas idôneas, com as quais a pessoa com deficiência m ant enha
vínculos e que gozem de sua confiança, para prest ar- lhe apoio na t om ada
de decisão sobre at os da vida civil, fornecendo- lhes os elem ent os e
inform ações necessários para que possa exercer sua capacidade.
Q1 5 . M PE- SC/ 2 0 1 6
A Lei n. 13.146/ 2015 ( Est at ut o da Pessoa com Deficiência) det erm ina o
oferecim ent o de t odos os recursos de t ecnologia assist ida disponíveis para

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que a pessoa com deficiência t enha garant ido o acesso à j ust iça, sem pre que
figure em um dos polos da ação ou part icipe da lide post a em Juízo, salvo
na condição de t est em unha.
Q1 6 . FCC/ Pr e fe it ur a de Ca m pina s- SP/ 2 0 1 6
Acerca das inovações int roduzidas pela Lei Brasileira de I nclusão da Pessoa
com Deficiência ( Est at ut o da Pessoa com Deficiência, Lei n°13.146, de 06 de
j ulho de 2015) , é corret o afirm ar:
a) O pedido de t om ada de decisão apoiada será form ulado por pelo m enos
dois apoiadores idôneos, devendo const ar os lim it es do apoio a ser oferecido
e o prazo de vigência do acordo.
b) A int erdição da pessoa com deficiência não m ais afet a os at os relacionados
aos direit os de nat ureza pat rim onial e de gest ão negocial, que poderão ser
realizados com a adoção de processo de t om ada de decisão apoiada.
c) A declaração de incapacidade absolut a da pessoa com deficiência est á
condicionada à prévia avaliação por equipe m ult i- profissional e
int erdisciplinar.
d) Para em issão de docum ent os oficiais, não será exigida a sit uação de
curat ela da pessoa com deficiência.
e) O Est at ut o inst it uiu em favor da pessoa com deficiência o benefício da
m eia ent rada em espet áculos art íst ico- cult urais e esport ivos.

Q1 7 . FCC/ Pr e fe it ur a de Ca m pina s/ 2 0 1 6
Acerca das inovações int roduzidas pela Lei Brasileira de I nclusão da Pessoa
com Deficiência ( Est at ut o da Pessoa com Deficiência, Lei n°13.146, de 06 de
j ulho de 2015) , é corret o afirm ar:
a) O pedido de t om ada de decisão apoiada será form ulado por pelo m enos
dois apoiadores idôneos, devendo const ar os lim it es do apoio a ser oferecido
e o prazo de vigência do acordo.
b) A int erdição da pessoa com deficiência não m ais afet a os at os relacionados
aos direit os de nat ureza pat rim onial e de gest ão negocial, que poderão ser
realizados com a adoção de processo de t om ada de decisão apoiada.
c) A declaração de incapacidade absolut a da pessoa com deficiência est á
condicionada à prévia avaliação por equipe m ult i- profissional e
int erdisciplinar.
d) Para em issão de docum ent os oficiais, não será exigida a sit uação de
curat ela da pessoa com deficiência.
e) O Est at ut o inst it uiu em favor da pessoa com deficiência o benefício da
m eia ent rada em espet áculos art íst ico- cult urais e esport ivos.

Q1 8 . I BFC/ M GS/ 2 0 1 6

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Assinale a alt ernat iva corret a, considerando as disposições da Lei Federal n°
13.146, de 06/ 07/ 2015, que I nst it ui a Lei Brasileira de I nclusão da Pessoa
com Deficiência ( Est at ut o da Pessoa com Deficiência) .
a) Prat icar, induzir ou incit ar discrim inação de pessoa em razão de sua
deficiência é condut a punível com reclusão, de 2 ( dois) a 4 ( quat ro) anos, e
m ult a.
b) Prat icar, induzir ou incit ar discrim inação de pessoa em razão de sua
deficiência é condut a punível com det enção, de 2 ( dois) a 4 ( quat ro) anos,
e m ult a.
c) Prat icar, induzir ou incit ar discrim inação de pessoa em razão de sua
deficiência é condut a punível com reclusão, de 1 ( um ) a 3 ( t rês) anos, e
m ult a.
d) Prat icar, induzir ou incit ar discrim inação de pessoa em razão de sua
deficiência é condut a punível com det enção, de 1 ( um ) a 3 ( t rês) anos, e
m ult a.

Q1 9 . I né dit a / 2 0 1 7
Quant o à capacidade das pessoas com deficiência segundo disciplina da Lei
13.146/ 2015, assinale a alt ernat iva corret a:
a) as pessoas com deficiência são consideradas absolut am ent e incapazes.
b) as pessoas com deficiência são consideradas relat ivam ent e incapazes.
c) as pessoas com deficiência são capazes, m as est ão suj eit as à int erdição.
d) as pessoas com deficiência são capazes, m as ficar suj eit as à curat ela, por
decisão j udicial ou opt ar pelo auxílio da t om ada de decisão apoiada.
e) são plenam ent e capazes, sem possibilidade do uso do inst it ut o da
curat ela, m as, apenas, da t om ada de decisão apoiada.

Q2 0 . I né dit a / 2 0 1 7
A definição da curat ela não alcança:
I - o direit o ao próprio corpo;
I I – o direit o à sexualidade;
I I I – o direit o ao m at rim ônio;
I V – o direit o à privacidade;
V – o direit o à educação;
VI – o direit o à saúde;
VI I – o direit o ao t rabalho;
VI I I – o direit o ao vot o;
I X – a em issão de docum ent os oficiais;

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X – at os de nat ureza pat rim onial e negociais.
Est ão corret os:
a) I , I I , V, e I X, apenas.
b) I I , V, VI , I X e X, apenas.
c) I X e X, apenas.
d) VI I , VI I I e X, apenas.
e) I , I I , I I I , I V, V, VI , VI I , VI I I e I X, apenas.
Q2 1 . CESPE/ TRE- BA/ 2 0 1 7
Com provado que o t ut or havia desviado provent os de pessoa deficient e cuj a
t ut ela exercia, o j uiz proferiu sent ença condenando- o a um ano de reclusão.
For cert ificado que houve erro na sent ença proferida.
Nessa sit uação, o erro da sent ença decorre
a) do fat o de a pena previst a para o delit o ser det enção e m ult a.
b) da não aplicação da m ult a de pelo m enos o dobro do proveit o obt ido.
c) unicam ent e da não inclusão da pena de m ult a.
d) da não aplicação da causa de aum ent o de pena e da m ult a.
e) do fat o de a condenação t er sido superior ao m ínim o legal.

7 .2 - Ga ba r it o
Q1. D Q8. A Q15. I NCORRETA
Q2. D Q9. D Q16. D
Q3. A Q10. I NCORRETA Q17. D
Q4. A Q11. E Q18. C
Q5. C Q12. C Q19. D
Q6. C Q13. C Q20. E
Q7. D Q14. I NCORRETA Q21. D

7 .3 - List a de Qu e st õe s com Com e n t á r ios


Q1 . VUN ESP/ TJ- SP/ Escr e ve nt e Té cnico Judiciá r io/ 2 0 1 7
Nos t erm os da Lei Federal n° 13.146/ 2015, a pessoa com deficiência
a) poderá ser obrigada a se subm et er a int ervenção clínica ou cirúrgica,
t rat am ent o ou inst it ucionalização forçada, m ediant e prévia avaliação
biopsicossocial, realizada por equipe m ult iprofissional e int erdisciplinar.
b) em sit uação de curat ela, não t erá part icipação na obt enção de
consent im ent o para a prát ica dos at os da vida civil, pois, em t al
circunst ância, não possui qualquer capacidade civil.

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c) est á obrigada à fruição de benefícios decorrent es de ação afirm at iva, a
fim de que sej am const ruídos am bient es de t rabalho acessíveis e inclusivos.
d) som ent e será at endida sem seu consent im ent o prévio, livre e esclarecido
em casos de risco de m ort e e de em ergência em saúde, resguardado seu
superior int eresse e adot adas as salvaguardas legais cabíveis.
e) e seu acom panhant e ou at endent e pessoal t êm direit o à prioridade na
t ram it ação processual e nos procedim ent os j udiciais em que forem part es
ou int eressados.

Com e nt á r ios
A a lt e r n a t iva A est á incorret a. De acordo com o caput , do art . 11, da Lei nº
13.146/ 15, a pessoa com deficiência não poderá ser obrigada a se subm et er a
int ervenção clínica ou cirúrgica, a t rat am ent o ou a inst it ucionalização forçada.
A a lt e r na t iva B est á incorret a. Com base no caput , do art . 85, da referida Lei, a
curat ela afet ará t ão som ent e os at os relacionados aos direit os de nat ureza
pat rim onial e negocial.
Além disso, o §1º est abelece que a definição da curat ela não alcança o direit o ao
próprio corpo, à sexualidade, ao m at rim ônio, à privacidade, à educação, à saúde,
ao t rabalho e ao vot o.
A a lt e r na t iva C est á incorret a. O §2º , do art . 4º , do Est at ut o da Pessoa com
Deficiência, prevê que a pessoa com deficiência não est á obrigada à fruição de
benefícios decorrent es de ação afirm at iva.
A a lt e r na t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão, pois reproduz o art . 13,
da Lei nº 13.146/ 15:
Art . 13. A pessoa com deficiência som ent e será at endida sem seu consent im ent o prévio,
livre e esclarecido em casos de risco de m ort e e de em ergência em saúde, resguardado seu
superior int eresse e adot adas as salvaguardas legais cabíveis.

A a lt e r na t iva E est á incorret a. Segundo o art . 9º , §1º , da referida Lei, a pessoa


com deficiência e seu acom panhant e não t êm direit o à prioridade na t ram it ação
processual e nos procedim ent os j udiciais em que forem part es ou int eressados.

Q2 . FCC/ TJ- SC/ Juiz Subst it u t o/ 2 0 1 7


A curat ela
a) do pródigo priva- o, apenas, de, sem curador, t ransigir, dar quit ação ou
alienar bens m óveis ou im óveis.
b) de pessoa com deficiência é m edida prot et iva ext raordinária e definit iva.
c) da pessoa com deficiência não poderá ser com part ilhada a m ais de um a
pessoa, porque não se confunde com a t om ada de decisão apoiada.
d) de pessoa com deficiência afet ará t ão- som ent e os at os relacionados aos
direit os de nat ureza pat rim onial e negocial, não alcançando o direit o ao
t rabalho, nem ao vot o.

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e) do pródigo priva- o do m at rim ônio ou de novo m at rim ônio sob o regim e
de com unhão universal ou parcial de bens, e de, sem curador, alienar bens
im óveis, hipot ecá- los e dem andar ou ser dem andado sobre esses bens.

Com e nt á r ios
Essa é um a quest ão que cobra alguns disposit ivos do Código Civil, cont udo, a
respost a corret a é baseada no Est at ut o da Pessoa com Deficiência, assim , você
t em plenas condições de acert ar a quest ão.
Vej am os cada um a das alt ernat ivas:
A a lt e r na t iva A est á incorret a. Com base no art . 1.782, do CC/ 02, a curat ela do
pródigo priva- o de, sem curador, em prest ar, t ransigir, dar quit ação, alienar,
hipot ecar, dem andar ou ser dem andado, e prat icar, em geral, os at os que não
sej am de m era adm inist ração.
Art . 1.782. A int erdição do pródigo só o privará de, sem curador, em prest ar, t ransigir, dar
quit ação, alienar, hipot ecar, dem andar ou ser dem andado, e prat icar, em geral, os at os que
não sej am de m era adm inist ração.

A a lt e r na t iva B est á incorret a. A curat ela de pessoa com deficiência é som ent e
m edida prot et iva ext raordinária. Vej am os o §3º , do art . 84, da referida Lei:
§ 3 o A definição de curat ela de pessoa com deficiência const it ui m edida prot et iva
ext raordinária, proporcional às necessidades e às circunst âncias de cada caso, e durará o
m enor t em po possível.

A a lt e r n a t iva C est á incorret a. De acordo com o art . 1.775- A, do CC/ 02, a


curat ela da pessoa com deficiência poderá ser com part ilhada com m ais de um a
pessoa.
Art . 1.775- A. Na nom eação de curador para a pessoa com deficiência, o j uiz poderá
est abelecer curat ela com part ilhada a m ais de um a pessoa.

A a lt e r na t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão, conform e prevê o caput ,


do art . 85, e §1º , do Est at ut o da Pessoa com Deficiência:
Art . 85. A curat ela afet ará t ão som ent e os at os relacionados aos direit os de nat ureza
pat rim onial e negocial.
§ 1 o A definição da curat ela não alcança o direit o ao próprio corpo, à sexualidade, ao
m at rim ônio, à privacidade, à educação, à saúde, ao t rabalho e ao vot o.

A a lt e r na t iva E est á incorret a. O art . 1.782, do Código Civil, não proíbe o


m at rim ônio do pródigo.

Q3 . M PE- RS/ Pr om ot or de Just iça / 2 0 1 7


Quant o aos direit os da pessoa com deficiência, assinale a alt ernat iva corret a.
a) Terá direit o ao auxílio- inclusão, nos t erm os da lei, a pessoa com
deficiência m oderada ou grave que receba o benefício da prest ação
cont inuada e que passe a exercer at ividade rem unerada que a enquadre
com o segurado obrigat ório do Regim e Geral de Previdência Social- RGPS.

47
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b) O Cadast ro- I nclusão, criado pela Lei n. 13.146/ 2015, será adm inist rado
pelo Poder Execut ivo est adual, podendo est a adm inist ração, m ediant e
convênio, ser delegada aos Municípios.
c) Acom panhant e, segundo o conceit o t razido na Lei n. 13.146/ 2015, é a
pessoa, m em bro ou não da fam ília, que, com ou sem rem uneração, assist e
ou prest a cuidados básicos e essenciais à pessoa com deficiência no exercício
de suas at ividades diárias, excluídas as t écnicas ou os procedim ent os
ident ificados com profissões legalm ent e est abelecidas.
d) No caso de pessoa com deficiência em sit uação de inst it ucionalização, ao
nom ear curador, o j uiz deve dar preferência ao represent ant e da ent idade
em que se encont ra abrigada a pessoa.
e) Na t om ada de decisão apoiada, é vedado ao t erceiro, com quem a pessoa
apoiada m ant enha relação negocial, post ular que os apoiadores cont ra-
assinem o cont rat o ou acordo, t endo em cont a que est e inst it ut o não
rest ringe a plena capacidade da pessoa com deficiência.

Com e nt á r ios
A a lt e r n a t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão, pois é o que dispõe o
art . 94, I , do Est at ut o da Pessoa com Deficiência:
Art . 94. Terá direit o a auxílio- inclusão, nos t erm os da lei, a pessoa com deficiência
m oderada ou grave que:
I - receba o benefício de prest ação cont inuada previst o no art . 20 da Lei no 8.742, de 7 de
dezem bro de 1993, e que passe a exercer at ividade rem unerada que a enquadre com o
segurado obrigat ório do RGPS;

A a lt e r n a t iva B est á incorret a. De acordo com o §1º , do art . 92, da Lei nº


13.146/ 15, o Cadast ro- I nclusão será adm inist rado pelo Poder Execut ivo Federal
e const it uído por base de dados, inst rum ent os, procedim ent os e sist em as
elet rônicos.
A a lt e r n a t iva C est á incorret a, pois diz respeit o ao conceit o de at endent e
pessoal, e não de acom panhant e. Vej am os o art . 3º , XI I , da referida Lei:
XI I - at endent e pessoal: pessoa, m em bro ou não da fam ília, que, com ou sem rem uneração,
assist e ou prest a cuidados básicos e essenciais à pessoa com deficiência no exercício de
suas at ividades diárias, excluídas as t écnicas ou os procedim ent os ident ificados com
profissões legalm ent e est abelecidas;

O conceit o de acom panhant e est á previst o no inciso XI V:


XI V - acom panhant e: aquele que acom panha a pessoa com deficiência, podendo ou não
desem penhar as funções de at endent e pessoal.

A a lt e r na t iva D est á incorret a. Segundo o art . 85, §3º , do Est at ut o da Pessoa


com Deficiência, no caso de pessoa em sit uação de inst it ucionalização nom ear
curador, o j uiz deve dar preferência à pessoa que t enha vínculo de nat ureza
fam iliar, afet iva ou com unit ária com o curat elado.
A a lt e r na t iva E est á incorret a. Com base no art . 1.783- A, §5º , do Código Civil,
na t om ada de decisão apoiada, o t erceiro, com quem a pessoa apoiada m ant enha

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relação negocial, pode solicit ar que os apoiadores cont ra- assinem o cont rat o ou
acordo, especificando, por escrit o, sua função em relação ao apoiado.

Q4 . FCC/ TRT - 2 4 ª REGI ÃO ( M S) / AJAJ/ 2 0 1 7


Na t om ada de decisão apoiada, inst it uída pela Lei n° 13. 146/2015 − Estatuto
da Pessoa com Deficiência,
a) a decisão t om ada por pessoa apoiada t erá validade e efeit os sobre
t erceiros, sem rest rições, desde que est ej a inserida nos lim it es do apoio
acordado.
b) é feit a a indicação de um curador para prest ar apoio à pessoa com
deficiência no que diz respeit o às decisões e at os da vida civil.
c) o t erceiro com quem a pessoa apoiada m ant enha relação negocial não
pode solicit ar que os apoiadores cont ra- assinem o cont rat o ou acordo.
d) a lei est abelece quais são os at os que são abrangidos e qual é o prazo
m ínim o a que deve se subm et er a pessoa apoiada.
e) o apoiador pode requerer a exclusão de sua part icipação do processo de
t om ada de decisão apoiada, independent e de aut orização j udicial.

Com e nt á r ios
A quest ão exige o conhecim ent o do art . 116, do Est at ut o da Pessoa com
Deficiência. Vam os analisar cada um a das alt ernat ivas:
A a lt e r n a t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão, pois é o que dispõe o
§4º :
§ 4 o A decisão t om ada por pessoa apoiada t erá validade e efeit os sobre t erceiros, sem
rest rições, desde que est ej a inserida nos lim it es do apoio acordado.

A a lt e r n a t iva B est á incorret a. De acordo com o caput , a t om ada de decisão


apoiada é o processo pelo qual a pessoa com deficiência elege pelo m enos 2
pessoas idôneas. Não é feit a a indicação de um curador para prest ar apoio à
pessoa com deficiência.
Art . 116. A t om ada de decisão apoiada é o processo pelo qual a pessoa com deficiência
elege pelo m enos 2 ( duas) pessoas idôneas, com as quais m ant enha vínculos e que gozem
de sua confiança, para prest ar- lhe apoio na t om ada de decisão sobre at os da vida civil,
fornecendo- lhes os elem ent os e inform ações necessários para que possa exercer sua
capacidade.

A a lt e r na t iva C est á incorret a. Na t om ada de decisão apoiada, o t erceiro, com


quem a pessoa apoiada m ant enha relação negocial, pode solicit ar que os
apoiadores cont ra- assinem o cont rat o ou acordo. Vej am os o §5º :
§ 5 o Terceiro com quem a pessoa apoiada m ant enha relação negocial pode solicit ar que os
apoiadores cont ra- assinem o cont rat o ou acordo, especificando, por escrit o, sua função em
relação ao apoiado.

A a lt e r na t iva D est á incorret a. De acordo com o §1º , para form ular pedido de
t om ada de decisão apoiada, a pessoa com deficiência e os apoiadores devem

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apresent ar t erm o. Port ant o, não é a lei que est abelece quais são os at os que são
abrangidos e qual é o prazo m ínim o a que deve se subm et er a pessoa apoiada.
§ 1 o Para form ular pedido de t om ada de decisão apoiada, a pessoa com deficiência e os
apoiadores devem apresent ar t erm o em que const em os lim it es do apoio a ser oferecido e
os com prom issos dos apoiadores, inclusive o prazo de vigência do acordo e o respeit o à
vont ade, aos direit os e aos int eresses da pessoa que devem apoiar.

A a lt e r na t iva E est á incorret a. Com base no §10, som ent e m ediant e aut orização
j udicial o apoiador pode requerer a exclusão de sua part icipação do processo de
t om ada de decisão apoiada.
§ 10. O apoiador pode solicit ar ao j uiz a exclusão de sua part icipação do processo de
t om ada de decisão apoiada, sendo seu desligam ent o condicionado à m anifest ação do j uiz
sobre a m at éria.

Q5 . CESPE/ TRE- PE/ Conhe cim e nt os Ge r a is/ 2 0 1 7


Acerca do inst it ut o da t om ada de decisão apoiada, assinale a opção corret a.
a) Não é possível ao j uiz designar apoiadores em subst it uição àqueles
indicados.
b) A curat ela não pode subst it uir a t om ada de decisão apoiada, ainda que
ocorra planej am ent o pessoal do beneficiário nesse sent ido.
c) O beneficiário desse inst it ut o conserva sua capacidade de
aut odet erm inação em relação aos at os da vida civil, salvo aqueles previst os
no acordo de t om ada de decisão apoiada.
d) Tal inst it ut o é aplicável aos casos de pessoas com deficiência que se
enquadrem no conceit o de relat ivam ent e incapazes.
e) A decisão t om ada por pessoa apoiada é válida cont ra t erceiros, com
rest rições, ainda que não figure nos lim it es do acordo.

Com e nt á r ios
A a lt e r n a t iva A est á incorret a. De acordo com o §8º , do art . 116, da Lei nº
13.146/ 15, haverá a subst it uição do apoiador indicado.
§ 8 o Se procedent e a denúncia, o j uiz dest it uirá o apoiador e nom eará, ouvida a pessoa
apoiada e se for de seu int eresse, out ra pessoa para prest ação de apoio.

A a lt e r na t iva B est á incorret a, pois não há previsão no sent ido de que a adoção
de um dos inst rum ent os prot et ivos possa obst ar o out ro. Na realidade, com o os
dois procedim ent os são dist int os, se event ualm ent e houver t erm o em t om ada de
decisão apoiada, nada im pedirá que o j uiz, not ando as dificuldades no caso
concret o, adot e procedim ent o j udicial de curadoria.
A a lt e r na t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão, um a vez que, de acordo
com o art . 1.783- A, §4º , do CC, a decisão t om ada por pessoa apoiada t erá
validade e efeit os sobre t erceiros, sem rest rições, desde que est ej a inserida nos
lim it es do apoio acordado. Logo, os at os que const am do t erm o, para que sej am
válidos, devem ser execut ados na form a est abelecida no t erm o. Os dem ais
cont inuam a ser prat icados aut onom am ent e pela pessoa com deficiência.

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A a lt e r na t iva D est á incorret a, pois, na t om ada de decisão apoiada, não t em os
m it igação da capacidade civil, m as apenas um at o de apoio. No caso da curadoria,
t em os algum a rest rição à capacidade civil nos t erm os fixados em sent ença.
A a lt e r na t iva E est á incorret a. Com base no §4º , do art . 116, do Est at ut o da
Pessoa com Deficiência, a decisão t om ada por pessoa apoiada t erá validade e
efeit os sobre t erceiros, sem rest rições, desde que est ej a inserida nos lim it es do
apoio acordado.

Q6 . CESPE/ TRE- PE/ Conhe cim e nt os Ge r a is/ 2 0 1 7


Com relação aos crim es, às infrações adm inist rat ivas e às disposições finais
e t ransit órias previst os no EPD, assinale a opção corret a.
a) Const it ui crim e a condut a de obst ar o acesso da pessoa com deficiência a
cargo ou em prego público, ainda que com base em crit ério rest rit ivo e
obj et ivo previam ent e definido em lei.
b) Na t ipificação da condut a de prat icar, induzir ou incit ar discrim inação de
pessoa em razão da deficiência, é adm it ida a t ent at iva.
c) O suj eit o passivo dos crim es previst os no EPD é sem pre a pessoa com
deficiência.
d) Para a consum ação do crim e de desviar bens da pessoa com deficiência,
exige- se o efet ivo lucro do agent e.
e) Adm it em - se t ant o a m odalidade dolosa quant o a culposa no caso do delit o
de abandono da pessoa com deficiência, que é crim e perm anent e.

Com e nt á r ios
A a lt e r a t iva A est á incorret a. Além de não prever a condut a com o crim e na
legislação, o ent endim ent o consolidado na j urisprudência é no sent ido de que os
requisit os para a ocupação de cargos oferecidos em concurso público devem est ar
previst os em lei. Logo, t al dist inção, desde que previst a em lei, além de não
const it uir crim e é condut a legal. Confira, a t ít ulo ilust rat ivo, a j urisprudência do
STJ1 :
RECURSO ORDI NÁRI O EM MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLI CO. SOLDADO DA
POLÍ CI A MI LI TAR DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL. I NDEFERI MENTO DA MATRÍ CULA
NO CURSO DE FORMAÇÃO. NÃO APRESENTAÇÃO DA CARTEI RA DE HABI LI TAÇÃO DE
VEÍ CULO AUTOMOTOR. EXI GÊNCI A EDI TALÍ CI A PREVI STA NA LEI COMPLEMENTAR 53/ 90
DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL, COMPLEMENTADA PELO DECRETO 9.954/ 00.
RECURSO DESPROVI DO. ( ...) 3. A definição dos crit érios ut ilizados para se alcançar o perfil
do candidat o a cargo público, de acordo com as at ividades que serão exercidas, é feit a de
form a discricionária pela Adm inist ração, que, com base na oport unidade e conveniência do
m om ent o, est abelece as diret rizes a serem seguidas na escolha dos post ulant es; t ais
requisit os, porém , devem ser est abelecidos em est rit a consideração com as funções a serem
fut uram ent e exercidas pelo Servidor, sob pena de serem considerados discrim inat órios e
violadores dos princípios da igualdade e da im pessoalidade. 4. Em virt ude do princípio da
legalidade previst o no art . 37 da CF, os requisit os para invest idura em cargo público devem

1
RMS 24.969/ MS, Rel. Minist ro Napoleão Nunes Maia Filho, 5ª Turm a, DJe 20/ 10/ 2008.

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est ar previst os em lei ( em sent ido am plo) , que abrange t odas as espécies norm at ivas do
art igo 59 da Const it uição Federal. 5. Recurso ordinário desprovido.

A a lt e r na t iva B est á incorret a, pois não há previsão da form a t ent ada na Lei nº
13.146/ 2015.
A a lt e r na t iva C é a corret a e gabarit o da quest ão. Se você verificar os art s. 88
a 91 do Est at ut o, verá que são crim es específicos prat icados cont ra pessoas com
deficiência, suj eit o passivo das condut as descrit as.
A a lt e r na t iva D t am bém est á incorret a, pois o art . 89 dispõe que const it ui crim e
a condut a de “ apropriar- se de ou desviar bens, provent os, pensão, benefícios,
rem uneração ou qualquer out ro rendim ent o de pessoa com deficiência” . Não há
qualquer referência à obt enção de lucro.
Por fim , a a lt e r n a t iva E est á incorret a, pois o art . 90 prevê, no caput , a
m odalidade dolosa e, no parágrafo único, est abelece a m odalidade de crim e por
om issão em razão do devedor de agir quando descreve que “ na m esm a pena
incorre quem não prover as necessidades básicas de pessoa com deficiência
quando obrigado por lei ou m andado” . Não há, port ant o, cabim ent o na form a
culposa, com o m encionado.

Q7 . FCC/ TRT 1 1 ª Re giã o/ AJAA/ 2 0 1 7


No que diz respeit o ao reconhecim ent o igual perant e a lei, a Lei no
13.146/ 2015 est abelece que
( A) a pessoa com deficiência sem pre será subm et ida à curat ela.
( B) a curat ela de pessoa com deficiência const it ui m edida prot et iva ordinária.
( C) a curat ela é proporcional às necessidades e às circunst âncias de cada
caso e persist e obrigat oriam ent e at é que sej am com plet ados os 21 anos de
idade.
( D) é facult ado à pessoa com deficiência a adoção de processo de t om ada
de decisão apoiada.
( E) a curat ela não afet a os at os relacionados aos direit os de nat ureza
pat rim onial e negocial.

Com e nt á r ios
A pessoa com deficiência possui plena capacidade civil, que poderá ser m it igada
à luz do caso concret o em sit uações excepcionais, quando há det erm inação da
curadoria ou adoção da t om ada de decisão apoiada.
Em vist a disso, a a lt e r na t iva A est á incorret a, pois a curadoria const it ui m edida
ext raordinária, segundo o que dispõe o §2º , do art . 85, da Lei nº 13.146/ 2015:
§ 2 o A curat ela const it ui m e dida e x t r a or diná r ia , devendo const ar da sent ença as razões
e m ot ivações de sua definição, preservados os int eresses do curat elado.

A a lt e r n a t iva B t am bém est á incorret a, pois t rat a- se, conform e acim a


dest acado, de m edida ext raordinária.

52
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A a lt e r n a t iva C, por sua vez, est á incorret a, pelo fat o de que a duração da
curadoria não t em t em po fixo, m as durará t ão som ent e o est rit am ent e
necessário. Vej a- se, a propósit o, o art . 84, §3º , da Lei nº 13.145/ 2015:
§ 3 o A definição de curat ela de pessoa com deficiência const it ui m e dida pr ot e t iva
e x t r a or diná r ia , pr opor cion a l à s n e ce ssida de s e à s cir cu n st â ncia s de ca da ca so, e
du r a r á o m e n or t e m po possíve l.

A a lt e r na t iva D , por sua vez, est á corret a e é o gabarit o da quest ão. A t om ada
de decisão apoiada const it ui inst rum ent o de auxílio do qual a pessoa com
deficiência poderá se valer para t om ar decisões, nom eando- se, pelo m enos, duas
pessoas de confiança para auxiliá- la na prát ica de at os civis.
O fundam ent o da alt ernat iva const a do §1º , do art . 84, do NCPC:
§ 2 o É fa cu lt a do à pessoa com deficiência a a doçã o de pr oce sso de TOM AD A D E
D ECI SÃO APOI AD A.

A a lt e r n a t iva E, por sua vez, est á incorret a, pois são j ust am ent e os at os de
nat ureza pat rim onial e negocial que podem se subm et er à curat ela. Confira o
caput , do art . 85, do Est at ut o:
Art . 85. A curat ela afet ará TÃO SOM EN TE os a t os r e la ciona dos a os dir e it os de
n a t u r e za pa t r im on ia l e n e gocia l.

Q8 . VUN ESP/ M PE- SP/ Ana list a Té cnico Cie nt ífico- Enge nhe ir o
Civil/ 2 0 1 6
Quant o à realização de t rat am ent o, procedim ent o, hospit alização e pesquisa
cient ífica relacionados à pessoa com deficiência, a Lei n° 13.146/ 2015
est abelece que
a) é indispensável o seu consent im ent o prévio, livre e esclarecido, podendo,
no ent ant o, ser suprido em sit uação de curat ela, na form a da lei.
b) é dispensável o seu consent im ent o, desde que o obj et ivo a ser alcançado
sej a para o seu próprio bem - est ar.
c) se exige o seu prévio e livre consent im ent o por escrit o, não podendo ser
suprido m esm o em sit uação de curat ela.
d) não se exigirá o seu consent im ent o pessoal, no caso de pesquisa
cient ífica, se os seus pais ou responsáveis legais assim se m anifest arem em
seu lugar.
e) será exigido o seu prévio e livre consent im ent o apenas para a hipót ese
de pesquisa cient ífica, podendo ser dispensado nos dem ais casos.

Com e nt á r ios
De acordo com o art . 12, do Est at ut o da Pessoa com Deficiência, quant o à
realização de t rat am ent o, de procedim ent o, de hospit alização e de pesquisa
cient ífica relacionados à pessoa com deficiência é indispensável o seu
consent im ent o prévio, livre e esclarecido, podendo, no ent ant o, ser suprido em
sit uação de curat ela.

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Art . 12. O consent im ent o prévio, livre e esclarecido da pessoa com deficiência é
indispensável para a realização de t rat am ent o, procedim ent o, hospit alização e pesquisa
cient ífica.
§ 1 o Em caso de pessoa com deficiência em sit uação de curat ela, deve ser assegurada sua
part icipação, no m aior grau possível, para a obt enção de consent im ent o.
§ 2 o A pesquisa cient ífica envolvendo pessoa com deficiência em sit uação de t ut ela ou de
curat ela deve ser realizada, em carát er excepcional, apenas quando houver indícios de
benefício diret o para sua saúde ou para a saúde de out ras pessoas com deficiência e desde
que não haj a out ra opção de pesquisa de eficácia com parável com part icipant es não
t ut elados ou curat elados.

Assim , a a lt e r na t iva A est á corret a e é o gabarit o da quest ão.

Q9 . M PD FT/ Pr om ot or de Just iça Adj unt o/ 2 0 1 5


A recém - edit ada Lei Brasileira de I nclusão da Pessoa com Deficiência
( Est at ut o da Pessoa com Deficiência) , Lei 13.146, de 6 de j ulho de 2015,
ent ra em vigor 180 dias após sua publicação, e opera im port ant es
m odificações no Código Civil Brasileiro. A respeit o dessas m odificações,
assinale a única alt ernat iva CORRETA:
a) Em relação ao regim e das incapacidades, a alt eração operada foi que as
pessoas que, por causa t ransit ória ou perm anent e, não puderem exprim ir
sua vont ade deixaram de ser absolut am ent e incapazes e passaram a
relat ivam ent e incapazes.
b) Quant o à possibilidade de serem t est em unhas, foi revogado o disposit ivo
relat ivo aos cegos e surdos, m ant endo- se o relat ivo às pessoas que, por
enferm idade ou ret ardam ent o m ent al, não t iverem discernim ent o para a
prát ica dos at os da vida civil.
c) Sobre a nulidade do casam ent o cont raído “ pelo enferm o m ent al sem o
necessário discernim ent o para os at os da vida civil" , essa nulidade, ant es
absolut a, foi t ornada relat iva.
d) Quant o à int erdição, ficou est abelecido que o processo que define os
t erm os da curat ela pode ser prom ovido pela própria pessoa a ser curat elada.
e) Foi inserido novo inst it ut o para suprir a capacidade das pessoas com
deficiência, a t om ada de decisão apoiada, pela qual o j uiz elege duas pessoas
idôneas para apoiar a t om ada de decisão das pessoas com deficiência nos
aut os de processos j udiciais.

Com e nt á r ios
A a lt e r n a t iva A est á incorret a. As pessoas com deficiência deixaram de ser
consideradas incapazes, sej a absolut a ou relat ivam ent e. Agora, a incapacidade
deve ser declarada em j uízo, caso cont rário, a pessoa será capaz.
A a lt e r na t iva B est á incorret a. Quant o à possibilidade de serem t est em unhas,
há t rat am ent o igual para os deficient es.

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A a lt e r na t iva C est á incorret a. Com base no art . 6º , I , da Lei nº 13.146/ 15, a
deficiência não afet a a plena capacidade civil da pessoa, inclusive para casar- se
e const it uir união est ável.
A a lt e r n a t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão. O Est at ut o da pessoa
com deficiência m odificou o art . 1.768, do CC, passando a prever a aut ocurat ela,
em que a própria pessoa possui legit im idade para prom over. Vej am os:
Art . 1.768. O processo que define os t erm os da curat ela deve ser prom ovido:
I V - pela própria pessoa.

A a lt e r na t iva E est á incorret a. De acordo com o art . 1.783- A, do CC, a t om ada


de decisão apoiada é o processo pelo qual a pessoa com deficiência elege, pelo
m enos, 2 pessoas idôneas.

Q1 0 . CESPE/ Câ m a r a dos D e put a dos/ Ana list a Le gisla t ivo/ 2 0 1 4


Julgue o it em que segue, relat ivo aos crim es cont ra as pessoas com
deficiência, aos crim es result ant es de preconceit o de raça ou de cor e ao
Est at ut o da I gualdade Racial.
Se um m ot orist a de ônibus, veículo colet ivo de t ransport e público, deixar de
t ransport ar deficient e físico que esperava na parada, sob a j ust ificat iva de
que seu ônibus não possui o equipam ent o adequado para que o deficient e
possa adent rar no veículo sem riscos, t al fat o const it uirá crim e específico
previst o na legislação que regulam ent a os direit os da pessoa deficient e e
est abelece penas para as sit uações em que eles sej am descum pridos.

Com e nt á r ios
De acordo com o art . 9º , I V, da Lei nº 13.146/ 15, a pessoa com deficiência t em
direit o a receber at endim ent o priorit ário no t ransport e colet ivo de passageiros e
t er garant ia de segurança no em barque e no desem barque.
Art . 9 o A pessoa com deficiência t em direit o a receber at endim ent o priorit ário, sobret udo
com a finalidade de:
I V - disponibilização de pont os de parada, est ações e t erm inais acessíveis de t ransport e
colet ivo de passageiros e garant ia de segurança no em barque e no desem barque;

Porém , em bora a lei det erm ine que os veículos devam ser acessíveis, a prioridade
é a segurança da pessoa com deficiência, assim , se j ust ifica a negat iva de
em barque do passageiro se sua presença no veículo puder ocasionar danos à sua
int egridade física.
De t odo m odo, não há crim e previst o para essa condut a no Est at ut o da Pessoa
com Deficiência.
Desse m odo, a assert iva est á incor r e t a .
Q1 1 . TRF - 4 ª REGI ÃO/ TRF - 4 ª REGI ÃO/ 2 0 1 6
Assinale a alt ernat iva corret a.
A respeit o da capacidade civil, levando em cont a a Lei nº 13.146/ 2015:

55
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a) O direit o ao recebim ent o de at endim ent o priorit ário da pessoa com
deficiência não abrange a t ram it ação processual e os procedim ent os j udiciais
em que for part e ou int eressada.
b) A pessoa com deficiência – assim ent endida aquela que t em im pedim ent o
de longo prazo de nat ureza física, m ent al, int elect ual ou sensorial, o qual,
em int eração com um a ou m ais barreiras, pode obst ruir sua part icipação
plena e efet iva na sociedade em igualdade de condições com as dem ais
pessoas – é considerada capaz para casar- se e const it uir união est ável,
exercer direit os sexuais e reprodut ivos e conservar sua fert ilidade, m as não
para exercer o direit o à guarda, à t ut ela, à curat ela e à adoção.
c) A m enoridade cessa aos dezoit o anos com plet os, quando a pessoa fica
habilit ada à prát ica de t odos os at os da vida civil. Cont udo, a incapacidade
cessará, para os m enores, dent re out ras hipót eses legalm ent e elencadas,
pelo desem penho de funções inerent es a cargo público com issionado ou de
provim ent o efet ivo.
d) Qualquer pessoa com m ais de dezesseis anos pode casar,
independent em ent e de aut orização de seus pais e represent ant es legais.
e) A curat ela de pessoas com deficiência afet ará t ão som ent e os at os
relacionados aos direit os de nat ureza pat rim onial e negocial, ist o é, sua
definição não alcança o direit o ao próprio corpo, à sexualidade, ao
m at rim ônio, à privacidade, à educação, à saúde, ao t rabalho e ao vot o.
Com e nt á r ios
A a lt e r na t iva A est á incorret a. A pessoa com deficiência t em o direit o de receber
at endim ent o priorit ário, inclusive na t ram it ação processual, conform e art . 9º , VI I ,
do Est at ut o da Pessoa com Deficiência.
A a lt e r n a t iva B est á incorret a. De acordo com o art . 6º , VI , da Lei nº
13.146/ 2015, a deficiência não afet a a plena capacidade civil da pessoa, inclusiv e
para fins de guarda, t ut ela, curat ela e adoção.
A a lt e r na t iva C est á incorret a. Não há cessação da incapacidade por
desem penho de cargo público com issionado, m as apenas o efet ivo, conform e
dispõe o art . 5º , do Código Civil.
A a lt e r na t iva D est á incorret a, t am bém com base em um art igo do Código Civil.
Para que hom em ou m ulher com 16 anos possam casar é exigida a aut orização
de am bos os pais ou de represent ant es legais, conform e as 1.517, do CC.
A a lt e r n a t iva E est á corret a e é o gabarit o da quest ão, conform e art . 85, § 1º ,
do Est at ut o da Pessoa com Deficiência.
Art . 85. A curat ela afet ará t ão som ent e os at os relacionados aos direit os de nat ureza
pat rim onial e negocial.
§ 1º A definição da curat ela não alcança o direit o ao próprio corpo, à sexualidade, ao
m at rim ônio, à privacidade, à educação, à saúde, ao t rabalho e ao vot o.

Q1 2 . I BFC/ M G/ 2 0 1 6

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teoria e questões
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Assinale a alt ernat iva corret a, considerando as disposições da Lei Federal n°
13.146, de 06/ 07/ 2015, que I nst it ui a Lei Brasileira de I nclusão da Pessoa
com Deficiência ( Est at ut o da Pessoa com Deficiência) .
a) Prat icar, induzir ou incit ar discrim inação de pessoa em razão de sua
deficiência é condut a punível com reclusão, de 2 ( dois) a 4 ( quat ro) anos, e
m ult a.
b) Prat icar, induzir ou incit ar discrim inação de pessoa em razão de sua
deficiência é condut a punível com det enção, de 2 ( dois) a 4 ( quat ro) anos,
e m ult a.
c) Prat icar, induzir ou incit ar discrim inação de pessoa em razão de sua
deficiência é condut a punível com reclusão, de 1 ( um ) a 3 ( t rês) anos, e
m ult a.
d) Prat icar, induzir ou incit ar discrim inação de pessoa em razão de sua
deficiência é condut a punível com det enção, de 1 ( um ) a 3 ( t rês) anos, e
m ult a.
Com e nt á r ios
A quest ão cobra o crim e previst o no art . 88, do Est at ut o da Pessoa com
Deficiência.
Art . 88. Prat icar, induzir ou incit ar discrim inação de pessoa em razão de sua deficiência:
Pena - reclusão, de 1 ( um ) a 3 ( t rês) anos, e m ult a.

O crim e de discrim inação, sej a na form a diret a ou na form a induzida ou incit ada,
acarret a pena de RECLUSÃO de 1 a 03 anos e m ult a.
Port ant o, a a lt e r na t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão.
Q1 3 . M PE- GO/ M PE- GO/ 2 0 1 6
A Tom ada de Decisão Apoiada, m odelo prot ecionist a criado pela Lei n.
13.146/ 2015 ( Est at ut o da Pessoa com Deficiência) :
a) dest ina- se a prot eção de pessoa vulnerável em virt ude de circunst ância
pessoal, física, psíquica ou int elect ual, rest ringindo- lhe t em porariam ent e a
capacidade, a fim de que receba auxílio para decisão sobre det erm inado at o
da vida civil;
b) configura novo inst it ut o j urídico, ao lado da t ut ela e da curat ela,
vocacionado para a prot eção de incapazes ou relat ivam ent e incapazes,
devendo os apoiadores nom eados pelo j uiz, após oit iva do Minist ério Público,
seguir fielm ent e o t erm o levado a j uízo, considerando as necessidades e
aspirações da pessoa apoiada;
c) será det erm inada pelo j uiz, em procedim ent o de j urisdição volunt ária, a
requerim ent o da pessoa com deficiência que indicará pelo m enos duas
pessoas idôneas, com as quais m ant enha vínculo e que gozem de sua
confiança, para fornecer- lhe apoio na t om ada de decisão relat iva a at os da
vida civil;

57
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d) é um m odelo prot ecionist a criado em favor de pessoas int erdit adas, em
razão de deficiência física, sensorial, psíquica ou int elect ual, com obj et ivo de
que o j uiz, ouvido o Minist ério Público, indique duas pessoas int egrant es de
equipe m ult idisciplinar para prest ar apoio ao int erdit o na t om ada de decisão
relat iva aos at os da vida civil.
Com e nt á r ios
A quest ão cobra o conhecim ent o do procedim ent o de t om ada de decisão apoiada,
int roduzido no Código Civil pelo Est at ut o da Pessoa com Deficiência. Vej am os o
art igo:
Art . 1.783- A. A t om ada de decisão apoiada é o processo pelo qual a pessoa com deficiência
elege pelo m enos 2 ( duas) pessoas idôneas, com as quais m ant enha vínculos e que gozem
de sua confiança, para prest ar- lhe apoio na t om ada de decisão sobre at os da vida civil,
fornecendo- lhes os elem ent os e inform ações necessários para que possa exercer sua
capacidade.

Assim , a t om ada de decisão apoiada será um procedim ent o que depende de


requerim ent o da pessoa com deficiência, no caso, um procedim ent o de j urisdição
volunt ária. Port ant o, a a lt e r n a t iva C est á corret a e é o gabarit o da quest ão.
Q1 4 . M PE- SC/ 2 0 1 6
A t om ada de decisão apoiada é o processo pelo qual o j uiz, assist ido por
equipe m ult idisciplinar, após oit iva do Minist ério Público, elege pelo m enos
duas pessoas idôneas, com as quais a pessoa com deficiência m ant enha
vínculos e que gozem de sua confiança, para prest ar- lhe apoio na t om ada
de decisão sobre at os da vida civil, fornecendo- lhes os elem ent os e
inform ações necessários para que possa exercer sua capacidade.
Com e nt á r ios
A quest ão cobra o conhecim ent o do procedim ent o de t om ada de decisão apoiada,
int roduzido no Código Civil pelo Est at ut o da Pessoa com Deficiência. Vej am os o
art igo:
Art . 1.783- A. A t om ada de decisão apoiada é o processo pelo qual a pe ssoa com
de ficiê n cia e le ge pe lo m e n os 2 ( dua s) pe ssoa s idon e a s, com as quais m ant enha
vínculos e que gozem de sua confiança, para prest ar- lhe apoio na t om ada de decisão sobre
at os da vida civil, fornecendo- lhes os elem ent os e inform ações necessários para que possa
exercer sua capacidade.

Assim , a t om ada de decisão apoiada será um procedim ent o que depende de


requerim ent o da pessoa com deficiência, e não do j uiz. Port ant o, a assert iva est á
incor r e t a .
Q1 5 . M PE- SC/ 2 0 1 6
A Lei n. 13.146/ 2015 ( Est at ut o da Pessoa com Deficiência) det erm ina o
oferecim ent o de t odos os recursos de t ecnologia assist ida disponíveis para
que a pessoa com deficiência t enha garant ido o acesso à j ust iça, sem pre que
figure em um dos polos da ação ou part icipe da lide post a em Juízo, salvo
na condição de t est em unha.

58
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Com e nt á r ios
A assert iva est á in cor r e t a . A lei det erm ina que devem ser oferecidos t odos os
recursos de t ecnologia assist ida disponíveis para que a pessoa com deficiência
t enha garant ido o acesso à j ust iça. Assim , sem pre que a pessoa com deficiência
figure em um dos polos da ação, at ue com o t est em unha, part ícipe da lide post a
em j uízo, at ue com o advogado, defensor público, m agist rado ou m em bro do
Minist ério Público, devem ser fornecidos os recursos necessários para a at uação.
Vej am os o art . 80:
Art . 80. Devem ser oferecidos t odos os recursos de t ecnologia assist ida disponíveis para
que a pessoa com deficiência t enha garant ido o acesso à j ust iça, sem pre que figure em um
dos polos da ação ou at ue com o t est em unha, part ícipe da lide post a em j uízo, advogado,
defensor público, m agist rado ou m em bro do Minist ério Público.
Parágrafo único. A pessoa com deficiência t em garant ido o acesso ao cont eúdo de t odos os
at os processuais de seu int eresse, inclusive no exercício da advocacia.

Q1 6 . FCC/ Pr e fe it ur a de Ca m pina s- SP/ 2 0 1 6


Acerca das inovações int roduzidas pela Lei Brasileira de I nclusão da Pessoa
com Deficiência ( Est at ut o da Pessoa com Deficiência, Lei n°13.146, de 06 de
j ulho de 2015) , é corret o afirm ar:
a) O pedido de t om ada de decisão apoiada será form ulado por pelo m enos
dois apoiadores idôneos, devendo const ar os lim it es do apoio a ser oferecido
e o prazo de vigência do acordo.
b) A int erdição da pessoa com deficiência não m ais afet a os at os relacionados
aos direit os de nat ureza pat rim onial e de gest ão negocial, que poderão ser
realizados com a adoção de processo de t om ada de decisão apoiada.
c) A declaração de incapacidade absolut a da pessoa com deficiência est á
condicionada à prévia avaliação por equipe m ult i- profissional e
int erdisciplinar.
d) Para em issão de docum ent os oficiais, não será exigida a sit uação de
curat ela da pessoa com deficiência.
e) O Est at ut o inst it uiu em favor da pessoa com deficiência o benefício da
m eia ent rada em espet áculos art íst ico- cult urais e esport ivos.
Com e nt á r ios
A a lt e r n a t iva A est á incorret a. O pedido de t om ada de decisão apoiada será
form ulado pela pessoa a ser apoiada, conform e art . 1.783- A, §2º , do Código Civil,
alt erado pelo Est at ut o da Pessoa com Deficiência.
§ 2 o O pedido de t om ada de decisão apoiada será requerido pela pessoa a ser apoiada, com
indicação expressa das pessoas apt as a prest arem o apoio previst o no ca pu t dest e art igo.

A a lt e r na t iva B est á incorret a. De acordo com o art . 85, do Est at ut o, a int erdição
da pessoa com deficiência afet a som ent e os at os relacionados aos direit os de
nat ureza pat rim onial e de gest ão negocial.

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Art . 85. A curat ela afet ará t ão som ent e os at os relacionados aos direit os de nat ureza
pat rim onial e negocial.

A a lt e r na t iva C est á incorret a. Vej am os o art . 3º , da lei nº 10.406/ 02, Código


Civil.
Art . 3 o São absolut am ent e incapazes de exercer pessoalm ent e os at os da vida civil os
m enores de 16 ( dezesseis) anos.

A a lt e r na t iva D est á corret a e é o gabarit o da quest ão, pois reproduz o art . 86,
da lei nº 13.146/ 15.
Art . 86. Para em issão de docum ent os oficiais, não será exigida a sit uação de curat ela da
pessoa com deficiência.

A a lt e r na t iva E est á incorret a. Não há t al previsão no Est at ut o.

Q1 7 . FCC/ Pr e fe it ur a de Ca m pina s/ 2 0 1 6
Acerca das inovações int roduzidas pela Lei Brasileira de I nclusão da Pessoa
com Deficiência ( Est at ut o da Pessoa com Deficiência, Lei n°13.146, de 06 de
j ulho de 2015) , é corret o afirm ar:
a) O pedido de t om ada de decisão apoiada será form ulado por pelo m enos
dois apoiadores idôneos, devendo const ar os lim it es do apoio a ser oferecido
e o prazo de vigência do acordo.
b) A int erdição da pessoa com deficiência não m ais afet a os at os relacionados
aos direit os de nat ureza pat rim onial e de gest ão negocial, que poderão ser
realizados com a adoção de processo de t om ada de decisão apoiada.
c) A declaração de incapacidade absolut a da pessoa com deficiência est á
condicionada à prévia avaliação por equipe m ult i- profissional e
int erdisciplinar.
d) Para em issão de docum ent os oficiais, não será exigida a sit uação de
curat ela da pessoa com deficiência.
e) O Est at ut o inst it uiu em favor da pessoa com deficiência o benefício da
m eia ent rada em espet áculos art íst ico- cult urais e esport ivos.

Com e nt á r ios
Vej am os cada um a das alt ernat ivas:
A a lt e r na t iva A est á incorret a, pois ela invert e a decisão. A opção pelo recurso
da decisão apoiada é do deficient e e não das pessoas que lhe auxiliarão. É a
pessoa com deficiência quem escolherá, pelo m enos, at é duas pessoas de sua
confiança.
A a lt e r na t iva B est á incorret a, pois não t em os o inst it ut o da int erdição aplicável
à pessoa com deficiência. Fala- se, agora, apenas em curat ela ou em t om ada de
decisão apoiada.
A a lt e r na t iva C t am bém est á incorret a, pois não se fala em declaração de
incapacidade absolut a de pessoa com deficiência.

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A a lt e r na t iva D , por sua vez, é a corret a e gabarit o da quest ão, pois reproduz o
t eor do art . 86, do Est at ut o:
Art . 86. Para em issão de docum ent os oficiais, não será exigida a sit uação de curat ela da
pessoa com deficiência.

A a lt e r na t iva E, por fim , est á incorret a, pois não há previsão de m eia- ent rada
para deficient es.

Q1 8 . I BFC/ M GS/ 2 0 1 6
Assinale a alt ernat iva corret a, considerando as disposições da Lei Federal n°
13.146, de 06/ 07/ 2015, que I nst it ui a Lei Brasileira de I nclusão da Pessoa
com Deficiência ( Est at ut o da Pessoa com Deficiência) .
a) Prat icar, induzir ou incit ar discrim inação de pessoa em razão de sua
deficiência é condut a punível com reclusão, de 2 ( dois) a 4 ( quat ro) anos, e
m ult a.
b) Prat icar, induzir ou incit ar discrim inação de pessoa em razão de sua
deficiência é condut a punível com det enção, de 2 ( dois) a 4 ( quat ro) anos,
e m ult a.
c) Prat icar, induzir ou incit ar discrim inação de pessoa em razão de sua
deficiência é condut a punível com reclusão, de 1 ( um ) a 3 ( t rês) anos, e
m ult a.
d) Prat icar, induzir ou incit ar discrim inação de pessoa em razão de sua
deficiência é condut a punível com det enção, de 1 ( um ) a 3 ( t rês) anos, e
m ult a.

Com e nt á r ios
Com o dit o, se o assunt o crim es e infrações for exigido em provas, será cobrado
a sua lit eralidade.
Para responder a essa quest ão, é necessário conhecer o art . 88, do Est at ut o, que
assim disciplina:
Art . 88. Prat icar, induzir ou incit ar discrim inação de pessoa em razão de sua deficiência:
Pena - reclusão, de 1 ( um ) a 3 ( t rês) anos, e m ult a.

Port ant o, a a lt e r na t iva C é a corret a e gabarit o da quest ão.

Q1 9 . I né dit a / 2 0 1 7
Quant o à capacidade das pessoas com deficiência segundo disciplina da Lei
13.146/ 2015, assinale a alt ernat iva corret a:
a) as pessoas com deficiência são consideradas absolut am ent e incapazes.
b) as pessoas com deficiência são consideradas relat ivam ent e incapazes.
c) as pessoas com deficiência são capazes, m as est ão suj eit as à int erdição.

61
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d) as pessoas com deficiência são capazes, m as ficar suj eit as à curat ela, por
decisão j udicial ou opt ar pelo auxílio da t om ada de decisão apoiada.
e) são plenam ent e capazes, sem possibilidade do uso do inst it ut o da
curat ela, m as, apenas, da t om ada de decisão apoiada.

Com e nt á r ios
Para responder à quest ão, é necessário conhecer o art . 84, do Est at ut o:
Art . 84. A pessoa com deficiência t em assegurado o dir e it o a o e x e r cício de sua
ca pa cida de le ga l e m igu a lda de de con diçõe s com a s de m a is pe ssoa s.
§ 1 o Quando n e ce ssá r io, a pessoa com deficiência será subm et ida à CURATELA, conform e
a lei.
§ 2 o É fa cu lt a do à pessoa com deficiência a a doçã o de pr oce sso de TOM AD A D E
D ECI SÃO APOI AD A.
§ 3 o A definição de curat ela de pessoa com deficiência const it ui m e dida pr ot e t iva
e x t r a or diná r ia , pr opor cion a l à s n e ce ssida de s e à s cir cu n st â ncia s de ca da ca so, e
du r a r á o m e n or t e m po possíve l.
§ 4 o Os curadores são obrigados a prest ar, anualm ent e, cont as de sua adm inist ração ao
j uiz, apresent ando o balanço do respect ivo ano.

Port ant o, a a lt e r na t iva D é a corret a e gabarit o da quest ão.

Q2 0 . I né dit a / 2 0 1 7
A definição da curat ela não alcança:
I - o direit o ao próprio corpo;
I I – o direit o à sexualidade;
I I I – o direit o ao m at rim ônio;
I V – o direit o à privacidade;
V – o direit o à educação;
VI – o direit o à saúde;
VI I – o direit o ao t rabalho;
VI I I – o direit o ao vot o;
I X – a em issão de docum ent os oficiais;
X – at os de nat ureza pat rim onial e negociais.
Est ão corret os:
a) I , I I , V, e I X, apenas.
b) I I , V, VI , I X e X, apenas.
c) I X e X, apenas.
d) VI I , VI I I e X, apenas.
e) I , I I , I I I , I V, V, VI , VI I , VI I I e I X, apenas.

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Com e nt á r ios
Confira:
Art . 85. A curat ela afet ará TÃO SOM EN TE os a t os r e la ciona dos a os dir e it os de
n a t u r e za pa t r im on ia l e n e gocia l.
§ 1 o A definição da curat ela N ÃO a lca n ça o dir e it o a o pr ópr io cor po, à se x u a lida de ,
a o m a t r im ôn io, à pr iva cida de , à e du ca çã o, à sa úde , a o t r a ba lho e a o vot o.

Port ant o, a a lt e r na t iva E é a corret a e gabarit o da quest ão.


Q2 1 . CESPE/ TRE- BA/ 2 0 1 7
Com provado que o t ut or havia desviado provent os de pessoa deficient e cuj a
t ut ela exercia, o j uiz proferiu sent ença condenando- o a um ano de reclusão.
For cert ificado que houve erro na sent ença proferida.
Nessa sit uação, o erro da sent ença decorre
a) do fat o de a pena previst a para o delit o ser det enção e m ult a.
b) da não aplicação da m ult a de pelo m enos o dobro do proveit o obt ido.
c) unicam ent e da não inclusão da pena de m ult a.
d) da não aplicação da causa de aum ent o de pena e da m ult a.
e) do fat o de a condenação t er sido superior ao m ínim o legal.

Com e nt á r ios
Essa quest ão é com plexa, e cobra t em a específico da Lei nº 13.146/ 2015. Na
part e final do Est at ut o da Pessoa com Deficiência, t em os a disciplina de alguns
crim es específicos, prat icados cont ra as pessoas com deficiência. Ent re eles, o
art . 89:
Art . 89. Apropriar- se de ou desviar bens, provent os, pensão, benefícios, rem uneração ou
qualquer out ro rendim ent o de pessoa com deficiência:
Pena - reclusão, de 1 ( um ) a 4 ( quat ro) anos, e m ult a.
Parágrafo único. Aum ent a- se a pena em 1/ 3 ( um t erço) se o crim e é com et ido:
I - por t ut or, curador, síndico, liquidat ário, invent ariant e, t est am ent eiro ou deposit ário
j udicial; ou ( ...)

Not e, port ant o, que do t recho cit ado t em os um a regra que prevê a penalização
de reclusão de um a quat ro anos m ais m ult a para aquele que prat icar crim e de
apropriação indevida ou desvio de bens, provent os, pensão, benefício ou
rem uneração da pessoa com deficiência.
Cont udo, essa regra do caput deve ser lida j unt am ent e com o parágrafo único
que prevê que, se o agent e for t ut or, t al com o no enunciado da quest ão, a pena
será aum ent ada em 1/ 3. Logo, no caso do enunciado, a pena não poderá ser
fixada em um ano de reclusão, o que t orna a a lt e r na t iva D corret a e gabarit o.

63
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8 - Le gisla çã o de st a ca da
 art . 79, da Lei nº 13.146/ 2015: acesso à j ust iça pela pessoa com deficiência
Art . 79. O poder público deve assegurar o a ce sso da pe ssoa com de ficiê n cia à j u st iça ,
e m igua lda de de opor t u n ida de s com as dem ais pessoas, garant indo, sem pre que
requeridos, adapt ações e recursos de t ecnologia assist iva.
§ 1 o A fim de garant ir a at uação da pessoa com deficiência em t odo o processo j udicial, o
poder público deve ca pa cit a r os m e m br os e os se r vidor e s que a t ua m no Pode r
Ju diciá r io, n o M in ist é r io Pú blico, n a D e fe n sor ia Pú blica , n os ór gã os de se gu r a n ça
pú blica e no sist e m a pe n it e n ciá r io quant o aos direit os da pessoa com deficiência.
§ 2 o Devem ser assegurados à pessoa com deficiência subm et ida a m edida rest rit iva de
liberdade t odos os direit os e garant ias a que fazem j us os apenados sem deficiência,
garant ida a acessibilidade.
§ 3 o A Defensoria Pública e o Minist ério Público t om arão as m edidas necessárias à garant ia
dos direit os previst os nest a Lei.

 art . 80, da Lei nº 13.146/ 2015: reconhecim ent o da igualdade perant e a lei
Art . 84. A pessoa com deficiência t em assegurado o dir e it o a o e x e r cício de sua
ca pa cida de le ga l e m igu a lda de de con diçõe s com a s de m a is pe ssoa s.
§ 1 o Quando n e ce ssá r io, a pessoa com deficiência será subm et ida à CURATELA, conform e
a lei.
§ 2 o É fa cu lt a do à pessoa com deficiência a a doçã o de pr oce sso de TOM AD A D E
D ECI SÃO APOI AD A.
§ 3 o A definição de curat ela de pessoa com deficiência const it ui m e dida pr ot e t iva
e x t r a or diná r ia , pr opor cion a l à s n e ce ssida de s e à s cir cu n st â ncia s de ca da ca so, e
du r a r á o m e n or t e m po possíve l.
§ 4 o Os curadores são obrigados a prest ar, anualm ent e, cont as de sua adm inist ração ao
j uiz, apresent ando o balanço do respect ivo ano.

 art . 85, da Lei nº 13.146/ 2015: lim it ação da curadoria a at os de nat ureza
pat rim onial e negocial
Art . 85. A curat ela afet ará TÃO SOM EN TE os a t os r e la ciona dos a os dir e it os de
n a t u r e za pa t r im on ia l e n e gocia l.
§ 1 o A definição da curat ela N ÃO a lca n ça o dir e it o a o pr ópr io cor po, à se x u a lida de ,
a o m a t r im ôn io, à pr iva cida de , à e du ca çã o, à sa úde , a o t r a ba lho e a o vot o.
§ 2 o A curat ela const it ui m e dida e x t r a or diná r ia , devendo const ar da sent ença as razões
e m ot ivações de sua definição, preservados os int eresses do curat elado.
§ 3 o No caso de pessoa em sit uação de inst it ucionalização, ao nom ear curador, o j uiz deve
dar preferência a pessoa que t enha vínculo de nat ureza fam iliar, afet iva ou com unit ária com
o curat elado.

 art . 86, da Lei nº 13.146/ 2015: im possibilidade de exigência de curadoria para


em issão de docum ent os oficiais.
Art . 86. Pa r a e m issã o de docum e n t os oficia is, N ÃO será exigida a sit uação de cu r a t e la
da pessoa com deficiência.

 art . 87, da Lei nº 13.146/ 2015: possibilidade de concessão de t ut ela


ant ecipada em curadoria

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Art . 87. Em casos de r e le vâ n cia e u r gê ncia e a fim de pr ot e ge r os in t e r e sse s da
pe ssoa com de ficiê n cia e m sit u a çã o de cu r a t e la , será lícit o ao j uiz, ou vido o
M in ist é r io Pú blico, de oficio ou a requerim ent o do int eressado, nom e a r , de sde logo,
cu r a dor pr ovisór io, o qual est ará suj eit o, no que couber, às disposições do Código de
Processo Civil.

 art . 94, da Lei nº 13.146/ 2015: auxílio inclusão


Art . 94. Terá direit o a auxílio- inclusão, nos t erm os da lei, a pessoa com deficiência
m oderada ou grave que:
I - receba o be ne fício de pr e st a çã o con t in ua da previst o no art . 20 da Lei no 8.742, de
7 de dezem bro de 1993, e que passe a exercer at ividade rem unerada que a enquadre com o
segurado obrigat ório do RGPS;
I I - t e nh a r e ce bido, n os ú lt im os 5 ( cin co) a n os, o be ne fício de pr e st a çã o
con t in u a da pr e vist o no art . 20 da Lei no 8.742, de 7 de dezem bro de 1993, e que exerça
at ividade rem unerada que a enquadre com o segurado obrigat ório do RGPS.

 art . 95, da Lei nº 13.146/ 2015: at endim ent o dom iciliar e im possibilidade de
exigir com parecim ent o.
Art . 95. É VED AD O e x igir o com pa r e cim e n t o de pe ssoa com de ficiê n cia perant e os
órgãos públicos quando seu de sloca m e n t o, e m r a zã o de sua lim it a çã o fun cion a l e de
con diçõe s de a ce ssibilida de , im pon ha - lh e ôn u s de spr opor cion a l e in de vido,
hipót ese na qual serão observados os seguint es procedim ent os:
I - quando for de int eresse do poder público, o agent e prom overá o con t a t o n e ce ssá r io
com a pe ssoa com de ficiê n cia e m sua r e sidê n cia ;
I I - quando for de int eresse da pessoa com deficiência, ela a pr e se nt a r á solicit a çã o de
a t e ndim e nt o dom icilia r ou fa r á r e pr e se n t a r - se por pr ocu r a dor con st it u ído pa r a
e ssa fina lida de .
Parágrafo único. É assegurado à pessoa com deficiência at endim ent o dom iciliar pela
pe r ícia m é dica e socia l do I n st it u t o N a ciona l do Se gur o Socia l ( I N SS) , pe lo se r viço
pú blico de sa ú de ou pe lo se r viço pr iva do de sa úde , cont rat ado ou conveniado, que
int egre o SUS e pelas ent idades da rede socioassist encial int egrant es do Suas, quando seu
deslocam ent o, em razão de sua lim it ação funcional e de condições de acessibilidade,
im ponha- lhe ônus desproporcional e indevido.

 art . 96, parágrafo único, da Lei nº 13.146/ 2015: princípio da norm a m ais
favorável à pessoa com deficiência
Parágrafo único. Pr e va le ce r á a n or m a m a is be né fica à pe ssoa com de ficiê n cia .

 art . 3º e 4º , do CC: capacidade civil


“ Art . 3º São absolut am ent e incapazes de exercer pessoalm ent e os at os da vida civil os
m enores de 16 ( dezesseis) anos.
I - ( Revogado) ;
I I - ( Revogado) ;
I I I - ( Revogado) .” ( NR)
“ Art . 4º São incapazes, relat ivam ent e a cert os at os ou à m aneira de os exercer:
I I - os ébrios habit uais e os viciados em t óxico;
I I I - aqueles que, por causa t ransit ória ou perm anent e, não puderem exprim ir sua vont ade;
Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial.” ( NR)

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 art . 1.783- A, do CC: t om ada de decisão apoiada
Art . 1.783- A. A t om ada de decisão apoiada é o pr oce sso pe lo qu a l a pe ssoa com
de ficiê n cia e le ge pe lo m e n os 2 ( dua s) pe ssoa s idôn e a s, com as quais m ant enha
vínculos e que gozem de sua confiança, para pr e st a r - lhe a poio na t om a da de de cisã o
sobre a t os da vida civil, fornecendo- lhes os elem ent os e inform ações necessários para
que possa exercer sua capacidade.
§ 1º Para form ular pedido de t om ada de decisão apoiada, a pessoa com deficiência e os
apoiadores devem apresent ar t e r m o em que const em os lim it es do apoio a ser oferecido e
os com prom issos dos apoiadores, inclusive o prazo de vigência do acordo e o respeit o à
vont ade, aos direit os e aos int eresses da pessoa que devem apoiar.
§ 2º O pedido de t om ada de decisão apoiada será requerido pela pessoa a ser apoiada, com
indicação expressa das pessoas apt as a prest arem o apoio previst o no caput dest e art igo.
§ 3º Ant es de se pronunciar sobre o pedido de t om ada de decisão apoiada, o j uiz, assist ido
por equipe m ult idisciplinar, após oit iva do Minist ério Público, ouvirá pessoalm ent e o
requerent e e as pessoas que lhe prest arão apoio.
§ 4º A decisão t om ada por pessoa apoiada t erá validade e efeit os sobre t erceiros, sem
rest rições, desde que est ej a inserida nos lim it es do apoio acordado.
§ 5º Terceiro com quem a pessoa apoiada m ant enha relação negocial pode solicit ar que os
apoiadores cont ra- assinem o cont rat o ou acordo, especificando, por escrit o, sua função em
relação ao apoiado.
§ 6º Em caso de negócio j urídico que possa t razer r isco ou pr e j u ízo r e le va n t e , havendo
dive r gê n cia de opin iõe s ent re a pessoa apoiada e um dos apoiadores, deverá o j uiz,
ouvido o Minist ério Público, decidir sobre a quest ão.
§ 7º Se o a poia dor a gir com n e gligê n cia , e x e r ce r pr e ssã o in de vida ou nã o a dim plir
a s obr iga çõe s a ssum ida s, poderá a pessoa apoiada ou qualquer pessoa apresent ar
denúncia ao Minist ério Público ou ao j uiz.
§ 8º Se pr oce de n t e a de n ú n cia , o j uiz de st it u ir á o a poia dor e n om e a r á , ouvida a
pessoa apoiada e se for de seu int eresse, ou t r a pe ssoa para prest ação de apoio.
§ 9º A pessoa apoiada pode, a qualquer t em po, solicit ar o t érm ino de acordo firm ado em
processo de t om ada de decisão apoiada.
§ 10. O apoiador pode solicit ar ao j uiz a exclusão de sua part icipação do processo de
t om ada de decisão apoiada, sendo seu desligam ent o condicionado à m anifest ação do j uiz
sobre a m at éria.
§ 11. Aplicam - se à t om ada de decisão apoiada, no que couber, as disposições referent es à
prest ação de cont as na curat ela.”

9 – Re su m o
Ciê n cia e t e cn ologia

 ATUAÇÃO ESTATAL para:

 ge r a çã o de conh e cim e n t o t é cn ico, pelo fom ent o do desenvolvim ent o de


conhecim ent os e t écnicas prevent ivas e de t ecnologias assist ivas e sociais.

 e n sin o e pe squ isa , para prover a acessibilidade, com a ut ilização de t ecnologias.

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Ace sso à j u st iça

 DI SPOSI ÇÕES GERAI S

 I gualdade de acesso ao Poder Judiciário, abrangendo t am bém o sist em a penit enciário


de serviços e not as e de regist ro.

 O acesso à pessoa com deficiência não se rest ringe às part es ( aut ores e réus) , m as
abrange a t odos que, de cert o m odo, t enham cont at o com o Poder Judiciário ( t erceiros,
advogados, MP, DP, m agist rados, int érpret es, conciliadores, m ediadores, perit os et c.) .

 Capacit ação dos servidores públicos que at uam no Poder Judiciário, no Minist ério
Público, em órgãos de segurança pública e sist em a penit enciário.

 À pessoa com deficiência que est iver cum prindo m edida rest rit iva de liberdade deve ser
assegurada acessibilidade.

 Responsabilidade de a DP/ MP garant ir o acesso à Just iça da pessoa com deficiência.

 CAPACI DADE DA PESSOA COM DEFI CI ÊNCI A

 A pessoa com deficiência é plenam ent e capaz ( não é m ais considerada absolut am ent e
incapaz na redação originária do art . 3º , do NCPC) .

 Excepcionalm ent e é possível a adoção da t om ada de decisão apoiada ou da curat ela.

 TOMADA DE DECI SÃO APOI ADA

 I nst rum ent o de auxílio do qual a pessoa com deficiência poderá se valer para t om ar
decisões, nom eando- se, pelo m enos, duas pessoas de confiança para auxiliá- la na prát ica
de at os civis.

 Não há relat ivização da capacidade civil.

 Caract eríst icas da Curat ela:

• prot et iva;
• ext raordinário;
• proporcional às necessidades e às circunst âncias do caso concret o.

 Depende de decisão j udicial fundam ent ada.

 Abrange:

• at os de carát er pat rim onial; e


• at os de carát er negocial.

 Não abrange:

• direit o ao corpo;

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• direit o à sexualidade;
• direit o ao m at rim ônio;
• direit o à privacidade;
• direit o à educação;
• direit o à saúde;
• direit o ao t rabalho;
• direit o ao vot o; e
• em issão de docum ent os oficiais.

 CURATELA

 Redução t ópica da capacidade civil da pessoa com deficiência com a finalidade de


prot egê- la para a prát ica de at os pat rim oniais.

 Há relat ivização da capacidade civil.

 CURADORI A ANTECI PADA

 cabim ent o: relevância e urgência para a prot eção de int eresses da pessoa com
deficiência

 prévia oit iva do MP

 cont radit ório diferido em relação às part es int eressadas

Cr im e s e I n fr a çõe s Adm in ist r a t iva s

 PRATI CAR, I NDUZI R OU I NCI TAR DI SCRI MI NAÇÃO DE PESSOA EM RAZÃO DE SUA
DEFI CI ÊNCI A.

 RECLUSÃO de 1 a 3 anos e m ult a.

 CAUSA DE AUMENTO DE PENA ( 1/ 3) : vít im a est ar sob cuidado ou sob responsabilidade


do agent e.

 RECLUSÃO de 2 a 5 anos e m ult a, SE com et ido por int erm édio de m eios de com unicação
social ou de publicação de qualquer nat ureza ( pode- se det erm inar busca e apreensão dos
docum ent os e/ ou int erdição das m ensagens ou páginas da int ernet ) .

 APROPRI AR- SE DE OU DESVI AR BENS, PROVENTOS, PENSÃO, BENEFÍ CI OS, REMUNERAÇÃO


OU QUALQUER OUTRO RENDI MENTO DE PESSOA COM DEFI CI ÊNCI A.

 RECLUSÃO de 1 a 4 anos e m ult a.

 CAUSA DE AUMENTO DE PENA ( 1/ 3) : se com et ido por t ut or, curador, síndico,


liquidat ório, invent ariant e, t est am ent eiro, deposit ário j udicial ou por aquele que se
apropriou em razão do ofício ou profissão.

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 ABANDONAR PESSOA COM DEFI CI ÊNCI A EM HOSPI TAI S, CASAS DE SAÚDE, ENTI DADES DE
ABRI GAMENTO OU CONGÊNERES.

 RECLUSÃO de 6 m eses a 3 anos e m ult a.

* inclui quem não prover as necessidades básicas de pessoa com deficiência quando
obrigado por lei ou m andado.

 RETER OU UTI LI ZAR CARTÃO MAGNÉTI CO, QUALQUER MEI O ELETRÔNI CO OU DOCUMENTO
DE PESSOA COM DEFI CI ÊNCI A DESTI NADOS AO RECEBI MENTO DE BENEFÍ CI OS, PROVENTOS,
PENSÕES OU REMUNERAÇÃO OU A REALI ZAÇÃO DE OPERAÇÕES FI NANCEI RAS, COM O FI M DE
OBTER VANTAGEM I NDEVI DA PARA SI OU PARA OUTREM.

 DETENÇÃO de 6 m eses a 2 anos e m ult a.

 CAUSA DE AUMENTO DE PENA ( 1/ 3) : com et ido por t ut or ou curador.

D isposiçõe s Fina is e Tr a n sit ór ia s

 CADASTRO NACI ONAL DE I NCLUSÃO DA PESSOA COM DEFI CI ÊNCI A: dest ina- se a m apear e a
averiguar barreiras.

 I NSPEÇÕES/ AUDI TORI AS: com pet e aos órgãos int ernos e ext ernos de cont role acom panhar o
cum prim ent o das regras do Est at ut o.

 AUXÍ LI O- I NCLUSÃO: benefício assist encial dest inado a fom ent ar o ret orno para o m ercado de
t rabalho.

 condições para recebim ent o do auxílio inclusão

• reinserção no m ercado de t rabalho


• hipossuficiência ( aferida pelo recebim ent o de BPC- LOAS no present e ou recebim ent o
nos últ im os 5 anos)

 BPC- LOAS X AUXÍ LI O I NCLUSÃO

• BPC- LOAS: benefício assist encial devido em razão da hipossuficiência da pessoa com
deficiência
• AUXÍ LI O- I NCLUSÃO: benefício assist encial devido à pessoa com deficiência
hipossuficient e que est ej a sendo reinserida no m ercado de t rabalho

 ATENDI MENTO DOMI CI LI AR

1ª regra: at endim ent o m édico dom iciliar ( I NSS, SUS e rede privada)

2ª regra: im possibilidade de exigir com parecim ent o, quando o deslocam ent o for
im possível ou excessivam ent e difícil.

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 O at endim ent o pode ser efet uado diret am ent e pelo órgão em caso de int eresse público
ou m ediant e requerim ent o ( pessoa ou por int erm édio de represent ant e) .

 RELATÓRI O CI RCUNSTANCI ADO PARA ADOÇÃO DAS POLÍ TI CAS PÚBLI CAS DE
ACESSI BI LI DADE: envio de relat ório aos órgãos de cont role e ao MP para verificar o cum prim ent o
dos prazos.

 PRI NCÍ PI O DA NORMA MAI S BENÉFI CA: o princípio da norm a m ais benéfica im põe, sej a no
confront o ent re norm as, sej a na fixação da ext ensão int erpret at iva da norm a, a observância da
norm a m ais favorável à dignidade da pessoa com deficiência.

 TRATAMENTO DI FERENCI ADO ÀS MI CROEMPRESAS E EPP: out orga- se regram ent o específico
ao Poder Execut ivo.

N or m a s a lt e r a da s pe lo Est a t u t o

 O CÓD I GO ELEI TORAL foi alt erado para prever a obrigação de os TREs expedirem inst ruções
a fim de orient ar as Junt as Eleit orais quant o ao at endim ent o das norm as de acessibilidade para
o eleit or com deficiência ou com m obilidade reduzida, inclusive em relação ao t ransport e para o
dia das eleições.

 A CLT foi alt erada para assegurar t rat am ent o privilegiado ao aprendiz com deficiência para:

 flexibilização das regras de com provação da escolaridade para t er direit o ao benefício; e

 não exigência de desem penho suficient e ou adapt ação do aprendiz com o hipót ese de rescisão
ant ecipada do cont rat o de aprendizagem .

 A LEI D A CORD E foi alt erada para conferir legit im idade ao MP, à Defensoria Pública, às
associações const it uídas há m ais de um ano, a aut arquias, a em presas públicas, a fundações e à
sociedade de econom ia m ist a a prerrogat iva de prom overem a prot eção à pessoa com deficiência.

 A LEI D O FGTS prevê a possibilidade de m ovim ent ação da cont a vinculada do FGTS quando
necessit ar órt ese ou prót ese para prom oção de acessibilidade e de inclusão social.

 O CD C foi alt erado para prever a obrigat oriedade de acessibilidade em produt os.

 A LEI D E BEN EFÍ CI OS PREVI D EN CI ÁRI OS prevê a pessoa com deficiência ( cônj uge,
com panheiro, filho de qualquer idade ou irm ão) com o beneficiária do Regim e Geral de Previdência
Social.

 A LEI D O PROGRAM A N ACI ON AL D E APOI O À CULTURA ( PRONAC) prevê incent ivos para
a edição de produt os cult urais acessíveis à pessoa com deficiência.

 A LEI D E I M PROBI D AD E AD M I N I STRATI VA prevê que deixar de cum prir norm as de


acessibilidade é at o de im probidade violador dos princípios da Adm inist ração Pública.

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 A LEI D E LI CI TAÇÕES prevê, ent re os crit érios de desem pat e e de m argem de em presa nas
licit ações, o at endim ent o dos requisit os de acessibilidade.

 A LEI D O SUAS foi alt erada para adequar o conceit o de pessoa com deficiência ao Est at ut o.

 A LEI D E PRÁTI CAS D I SCRI M I N ATÓRI AS N AS EM PRESAS est abelece ent re as vedações
o t rat am ent o desigual conferido à pessoa com deficiência.

 A LEI QUE D I SCI PLI N A O I M POSTO D E REN D A D E PESSOA FÍ SI CA est abelece a


prioridade para recebim ent o da rest it uição do im post o de renda.

O CTB foi alt erada para prever:

 que a m ult a aplicada para quem est acionar em vaga reservada deve cont er dados sobre
a infração devida.

 regras de acessibilidade para quem fizer os t est es para obt enção da CNH.

A LEI D O ESPORTE foi alt erada para prever receit a vinculada aos esport es paraolím picos, no
im port e de 37,04% sobre 2,7% da renda brut a de lot erias.

A LEI D E PRI ORI D AD E D E ATEN D I M EN TO foi alt erada para ret irar a expressão “ pessoa
port adora de deficiência” para pessoa com deficiência.

A LEI D E ACESSI BI LI D AD E foi alt erada para, em sínt ese:

 adot ar os conceit os do Est at ut o da Pessoa com Deficiência ( em referência ao art . 3º ) ;

 prever a obrigat oriedade de sinalização t át il para circulação de pedest res; e

 prever a obrigat oriedade de fornecim ent o de cadeiras de rodas, m ot orizadas ou não,


para at endim ent o à pessoa com deficiência ou com m obilidade reduzida em cent ros
com erciais.

O ESTATUTO D A CI D AD E foi alt erado para prever a obrigat oriedade de o Poder Público incluir,
no ordenam ent o das cidades, regras de acessibilidade além de plano de rot as acessíveis para a
circulação de pedest res.

O CC foi alt erado para:

 ret irar a pessoa com deficiência de quaisquer hipót eses presum idas de incapacidade
civil t ant o absolut a com o relat iva.

 assegurar à pessoa com deficiência o direit o de t est em unhar em igualdade de condições


com dem ais pessoas e com a ut ilização de recursos de t ecnologia assist iva.

 garant ir a aut odet erm inação da pessoa para cont rair m at rim ônio.

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 excluir, das hipót eses de erro essencial capaz de anular o casam ent o, a condição de
pessoa com deficiência previst a no rol de m olést ias graves e cont agiosas.

 excluir das hipót eses de int erdição a pessoa com deficiência.

 at ribuir ao Minist ério Público a legit im idade at iva para prom over a curadoria de pessoa
com deficiência.

 obrigar a oit iva da pessoa com deficiência, m ediant e assist ência m ult idisciplinar, no caso
de inst it uição de curadoria.

 prever que a rest rição à capacidade para a prát ica de at os negociais e pat rim oniais em
função da curat ela será proporcionada de acordo com o ent endim ent o do j uiz à luz do caso
concret o.

 prever a possibilidade de um curador at ender a várias pessoas com deficiência


curat eladas.

 garant ir apoio e defesa do direit o à convivência fam iliar e com unit ária.

 inst it uir a t om ada de decisão apoiada, que se caract eriza:

 Ainda em relação ao CC, t ivem os alt eração para prever a t om ada de decisão apoiada, que se
caract eriza:

 procedim ent o de j urisdição volunt ária;

 aconselham ent o de, pelo m enos, duas pessoas, de sua confiança e com as quais
m ant enha vínculos, para a prát ica de at os da vida civil;

 depende de t erm o do qual const e: pessoas indicadas, lim it es do apoio, com prom issos
fixados, prazo de vigência do acordo e int eresses da pessoa com deficiência;

 necessidade de oit iva pessoal da pessoa e dos apoiadores, com part icipação de equipe
m ult idisciplinar e do Minist ério Público;

 dest it uição do apoiador:

a) o apoiador agir com negligência;

b) o apoiador exercer pressão indevida; e

c) o apoiador não adim ples as obrigações assum idas.

A LEI D O CÃO- GUI A foi alt erada para aut orizar a ut ilização do anim al para auxílio à pessoa com
deficiência a ser adot ada em t odas as m odalidades de t ransport e colet ivo.

O ESTATUTO D OS M USEUS foi alt erado para est abelecer que, no planej am ent o de prest ação
dos serviços prest ados em m useus, devem ser observadas norm as de acessibilidade.

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A LEI QUE I N STI TUI A POLÍ TI CA N ACI ON AL D E M OBI LI D AD E URBAN A foi alt erada para
prever, na exploração dos serviços de t áxi, a necessidade de serem reservadas, ao m enos, 10%
dos veículos acessíveis às pessoas com deficiência.

1 0 - Con side r a çõe s Fin a is


Chegam os ao final do nosso quart o encont ro. Com o você pôde not ar, t rat a- se de
um a m at éria inovadora, m as que est á present e e se fará present e nos concursos
vindouros pelo Poder Judiciário, logo, requer nossa m áxim a at enção.
Qualquer dúvida, sugest ão ou crít ica, lem bre- se de que est ou disponível no fórum
do curso!
Ricardo Torques

rst .est rat egia@gm ail.com

ht t ps: / / www.facebook.com / direit oshum anosparaconcursos/

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