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29 ctb

Dentre os artigos que compõem o Capítulo III do CTB, que versa sobre as normas gerais
de circulação e conduta, o artigo 29 é o mais abrangente, trazendo várias regras para os usuários
da via, as quais podem ser assim resumidas (e complementadas):

1) mão de direção: em regra, a circulação deve ser feita pela direita da via, exceto se houver
placa de regulamentação indicando o contrário; o trânsito na contramão de direção é punido
pela infração de trânsito prevista no artigo 186;

2) distância de segurança: o condutor deve guardar distância de segurança lateral e frontal, sob
pena do cometimento da infração do artigo 192, não havendo, entretanto, uma determinação
exata de qual deve ser a distância a ser guardada, a não ser quando o condutor estiver passando
ou ultrapassando um ciclista, pois, neste caso, a infração do artigo 201 estabelece a distância de
um metro e cinquenta centímetros;

3) preferência em cruzamentos: em cruzamentos não sinalizados, existem 3 regrinhas de


preferência: 1º) rodovia; 2º) rotatória; 3º) mão direita. Interessante verificar dois aspectos nesta
norma: o primeiro é que as preferências mencionadas só são válidas nos cruzamentos sem
sinalização, nada impedindo que o órgão de trânsito, se assim entender melhor, coloque, por
exemplo, uma placa de “dê a preferência” ao condutor que circula em rotatória; o segundo
aspecto é que muitas outras preferências não são decorrentes da lei, mas apenas de costume,
como uma via mais larga, com faixa de ônibus, sem redutores de velocidade, em aclive etc.
(nestes casos, deve prevalecer o texto legal, em detrimento ao costume local);

4) destinação das faixas de rolamento: quando a pista de rolamento tiver mais de uma faixa, o
Código determina a divisão de acordo com a sua utilidade: as faixas da direita são destinadas
aos veículos mais lentos e de maior porte (desde que não haja nenhuma faixa especial a eles
destinada), enquanto que as da esquerda são destinadas à ultrapassagem e ao deslocamento
dos veículos de maior velocidade (portanto, ao contrário do que muitos pensam, a faixa da
esquerda não é apenas para ultrapassagem);

5) acesso a imóveis ou áreas de estacionamento: como exceção, o artigo 29, inciso V, autoriza
que se transite sobre passeios, calçadas e nos acostamentos (não incorrendo, neste caso, na
infração do artigo 193), quando o condutor tiver a intenção de entrar ou sair de imóveis ou áreas
especiais de estacionamento;

6) veículos escoltados: os veículos precedidos de batedores são aqueles devidamente


escoltados, os quais têm prioridade de passagem, respeitadas as demais normas de circulação
– isto significa que tais veículos não estão liberados das regras viárias, devendo obedecer, entre
outras normas, à sinalização de trânsito e ao limite de velocidade; sua única prerrogativa é a
prioridade de passagem, ou seja, os outros veículos devem aguardar a sua passagem, para
prosseguir na marcha;

7) prerrogativas dos veículos de emergência: são quatro os veículos de emergência: polícia,


bombeiro, ambulância e trânsito, identificados pelo dispositivo luminoso (chamado “giroflex”),
na cor vermelha intermitente, e alarme sonoro (sirene). Tais veículos, além da prioridade de
passagem, gozam de livre circulação, estacionamento e parada, o que significa que podem
transitar livremente em qualquer condição ou local que a regra seja a proibição; por exemplo,
podem avançar o sinal vermelho do semáforo, exceder o limite de velocidade ou estacionarem
sobre o passeio, exclusivamente quando estiverem com os sinais acionados e em situação de
urgência (“entende-se por prestação de serviço de urgência os deslocamentos realizados pelos
veículos de emergência, em circunstâncias que necessitem de brevidade para o atendimento,
sem a qual haverá grande prejuízo à incolumidade pública” - artigo 1º, § 2º da Resolução do
CONTRAN n. 268/08);

8) prerrogativas dos veículos de utilidade pública: os veículos prestadores de serviços de


utilidade pública não possuem prioridade de passagem, nem livre circulação, mas apenas livre
parada e estacionamento no local da prestação de serviço, desde que devidamente sinalizados,
com o dispositivo luminoso na cor amarelo âmbar, conforme Resolução do CONTRAN n. 268/08
(cujo artigo 3º, § 1º, estabelece quais os veículos que se enquadram como de utilidade pública);

9) normas para ultrapassagem: em regra, a ultrapassagem deve ser feita pela esquerda, sendo
obrigatório que o condutor siga os seguintes passos: I) certificar-se de que não há condutor
ultrapassando o seu próprio veículo; II) verificar se o condutor a ser ultrapassado não iniciou a
mesma manobra de um terceiro; III) avaliar se há distância suficiente para a ultrapassagem; IV)
indicar, com antecedência, mediante luz (seta) ou gesto de braço; V) manter distância lateral de
segurança; V) acionar novamente a luz (seta) ou fazer gesto de braço, retomando à faixa de
origem;

10) preferência de passagem para veículos sobre trilhos: a inobservância do direito de


preferência de passagem aos veículos que se deslocam sobre trilhos, além de acarretar um risco
de graves danos, configura infração de trânsito do artigo 212;

11) regras para a transposição de faixas: o § 1º do artigo 29 autoriza a transposição de faixas


tanto pela esquerda quanto pela direita (segundo o Anexo I do CTB, transposição de faixas é a
“passagem de um veículo de uma faixa demarcada para outra”; desta forma, a saída de trás de
um veículo, com o retorno à faixa de origem, é que caracterizará a ultrapassagem);

12) responsabilidades no trânsito: embora não seja regra de preferência, prevê o § 2º do artigo
29 uma ordem de responsabilidade no trânsito: I) os veículos de maior porte responsáveis pelos
menores; II) os motorizados pelos não motorizados; III) todos, pelos pedestres.

Art 29 do ctb
Capítulo III - DAS NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA

O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas:

I - a circulação far-se-á pelo lado direito da via, admitindo-se as exceções devidamente


sinalizadas;

II - o condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os demais
veículos, bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a
velocidade e as condições do local, da circulação, do veículo e as condições climáticas;

III - quando veículos, transitando por fluxos que se cruzem, se aproximarem de local não
sinalizado, terá preferência de passagem:
a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia, aquele que estiver circulando por
ela;
b) no caso de rotatória, aquele que estiver circulando por ela;
c) nos demais casos, o que vier pela direita do condutor;

IV - quando uma pista de rolamento comportar várias faixas de circulação no mesmo sentido,
são as da direita destinadas ao deslocamento dos veículos mais lentos e de maior porte,
quando não houver faixa especial a eles destinada, e as da esquerda, destinadas à
ultrapassagem e ao deslocamento dos veículos de maior velocidade;

V - o trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e nos acostamentos, só poderá ocorrer para
que se adentre ou se saia dos imóveis ou áreas especiais de estacionamento;

VI - os veículos precedidos de batedores terão prioridade de passagem, respeitadas as demais


normas de circulação;

VII - os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os de


fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade de trânsito, gozam
de livre circulação, estacionamento e parada, quando em serviço de urgência e devidamente
identificados por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação vermelha
intermitente, observadas as seguintes disposições:
a) quando os dispositivos estiverem acionados, indicando a proximidade dos veículos, todos os
condutores deverão deixar livre a passagem pela faixa da esquerda, indo para a direita da via
e parando, se necessário;
b) os pedestres, ao ouvir o alarme sonoro, deverão aguardar no passeio, só atravessando a via
quando o veículo já tiver passado pelo local;
c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação vermelha intermitente só poderá
ocorrer quando da efetiva prestação de serviço de urgência;
d) a prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá se dar com velocidade reduzida e
com os devidos cuidados de segurança, obedecidas as demais normas deste Código;

VIII - os veículos prestadores de serviços de utilidade pública, quando em atendimento na via,


gozam de livre parada e estacionamento no local da prestação de serviço, desde que
devidamente sinalizados, devendo estar identificados na forma estabelecida pelo CONTRAN;

IX - a ultrapassagem de outro veículo em movimento deverá ser feita pela esquerda,


obedecida a sinalização regulamentar e as demais normas estabelecidas neste Código, exceto
quando o veículo a ser ultrapassado estiver sinalizando o propósito de entrar à esquerda;

X - todo condutor deverá, antes de efetuar uma ultrapassagem, certificar-se de que:


a) nenhum condutor que venha atrás haja começado uma manobra para ultrapassá-lo;
b) quem o precede na mesma faixa de trânsito não haja indicado o propósito de ultrapassar
um terceiro;
c) a faixa de trânsito que vai tomar esteja livre numa extensão suficiente para que sua
manobra não ponha em perigo ou obstrua o trânsito que venha em sentido contrário;

XI - todo condutor ao efetuar a ultrapassagem deverá:


a) indicar com antecedência a manobra pretendida, acionando a luz indicadora de direção do
veículo ou por meio de gesto convencional de braço;
b) afastar-se do usuário ou usuários aos quais ultrapassa, de tal forma que deixe livre uma
distância lateral de segurança;
c) retomar, após a efetivação da manobra, a faixa de trânsito de origem, acionando a luz
indicadora de direção do veículo ou fazendo gesto convencional de braço, adotando os
cuidados necessários para não pôr em perigo ou obstruir o trânsito dos veículos que
ultrapassou;

XII - os veículos que se deslocam sobre trilhos terão preferência de passagem sobre os
demais, respeitadas as normas de circulação.

§ 1º As normas de ultrapassagem previstas nas alíneas a e b do inciso X e a e b do inciso XI


aplicam-se à transposição de faixas, que pode ser realizada tanto pela faixa da esquerda
como pela da direita.

§ 2º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em ordem


decrescente, os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos
menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres.

XIII – (VETADO). (Inciso XIII incluído pela Lei n. 13.281/16, em vigor a partir de 01/11/16)

181
O Anexo I do CTB define estacionamento como a “imobilização de veículos por tempo
superior ao necessário para embarque ou desembarque de passageiros”, ou seja, comete as
infrações previstas no artigo 181 o condutor que mantém o veículo imobilizado por qualquer
outra finalidade que não seja estritamente para o embarque e desembarque de passageiros,
inclusive ao realizar operação de carga e descarga (já que o artigo 47, parágrafo único, a
considera como estacionamento), mesmo que o condutor permaneça no interior do veículo e
com o motor ligado.
Apenas os três últimos incisos do artigo 181 referem-se às placas de regulamentação e,
portanto, todas as outras infrações ocorrem independentemente da existência de sinalização
vertical proibitiva; por exemplo, é considerado como infração o estacionamento do veículo
junto aos canteiros centrais (inciso VIII) ou sobre os viadutos (inciso XIV), não havendo a
necessidade de implantação de placa de proibição.
Os três primeiros incisos, ao estabelecerem um espaço de proibição para o
estacionamento de veículos, geram o questionamento sobre a necessidade ou não de medição
do ponto em que se encontra o veículo estacionado; como não há uma regulamentação sobre a
utilização de trenas ou fitas métricas, entendo que cabe ao agente de trânsito a constatação
visual da irregularidade, devendo ser objeto de autuação apenas aqueles casos que não geram
dúvida quanto à conduta infracional, devendo tal observação constar do auto de infração,
como: “veículo totalmente na esquina”, ou “veículo a apenas dois passos do cruzamento”. Vale
destacar que, quanto ao ponto de referência para constatação dos cinco metros previstos no
inciso I, o posicionamento do CONTRAN, no Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito
(Resolução nº 371/10), determina que a contagem deve ocorrer a partir da “linha de
construção”, na junção da calçada com os eventuais imóveis existentes na quadra.
A infração do inciso IV (em desacordo com posições estabelecidas no CTB) ocorre toda
vez que um veículo é estacionado de maneira diferente da prevista no artigo 48, o qual obriga
a posição paralela, junto à guia da calçada, com exceção dos veículos motorizados de duas
rodas, que devem ficar em posição perpendicular.
Para que ocorra a infração do inciso VI (junto hidrantes de incêndio, entre outros), há
a necessidade de que o local esteja devidamente sinalizado, nos termos da Resolução do
CONTRAN nº 31/98, que exige a pintura na pista de rolamento, na cor amarela.
No inciso IX, a proibição de estacionamento defronte guia rebaixada deve ser analisada
sob o aspecto da intenção da previsão normativa, que é evitar um prejuízo ao usuário da
garagem; portanto, não comete a infração aquele que estaciona defronte uma guia que não é
utilizada para a entrada e saída de veículos e/ou não haja o efetivo prejuízo.
Importante destacar também que, apesar de a linha amarela, pintada junto à guia da
calçada, representar a proibição de estacionamento (conforme Anexo II do CTB), não existe,
em nenhum dos incisos do artigo 181, a referência a tal situação, como sendo passível de multa,
o que significa que a sinalização horizontal é apenas um reforço da proibição; se não houver
uma placa de regulamentação, ou outro fator proibitivo (como a esquina, o hidrante, a guia
rebaixada), não haverá infração de trânsito apenas pelo estacionamento em local pintado na
cor amarela.
Por último, cabe mencionar que o trecho de validade das placas de regulamentação de
estacionamento (R-6a, R-6b e R-6c) obedece ao preconizado na Resolução do CONTRAN nº
180/05: nas quadras com até 60 metros de extensão, uma única placa, implantada no meio do
quarteirão, vale para toda a quadra (sendo 30 m para a frente e 30 m para trás); nos locais com
comprimento superior, devem ser colocadas duas ou mais placas, mantendo-se entre elas uma
distância recomendável de 60 m (podendo chegar até a 80 m), com a mais próxima da esquina
em distância entre 5 a 30 metros do cruzamento.

Art 181 ctb.


Capítulo XV - DAS INFRAÇÕES

Estacionar o veículo:

I - nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo do alinhamento da via transversal:


Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;

II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de cinqüenta centímetros a um metro:


Infração - leve;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;

III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de um metro:


Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;

IV - em desacordo com as posições estabelecidas neste Código:


Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;

V - na pista de rolamento das estradas, das rodovias, das vias de trânsito rápido e das vias
dotadas de acostamento:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;

VI - junto ou sobre hidrantes de incêndio, registro de água ou tampas de poços de visita de


galerias subterrâneas, desde que devidamente identificados, conforme especificação do
CONTRAN:
Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;

VII - nos acostamentos, salvo motivo de força maior:


Infração - leve;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;

VIII - no passeio ou sobre faixa destinada a pedestre, sobre ciclovia ou ciclofaixa, bem como
nas ilhas, refúgios, ao lado ou sobre canteiros centrais, divisores de pista de rolamento,
marcas de canalização, gramados ou jardim público:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;

IX - onde houver guia de calçada (meio-fio) rebaixada destinada à entrada ou saída de


veículos:
Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;

X - impedindo a movimentação de outro veículo:


Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;

XI - ao lado de outro veículo em fila dupla:


Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
XII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a circulação de veículos e pedestres:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;

XIII - onde houver sinalização horizontal delimitadora de ponto de embarque ou desembarque


de passageiros de transporte coletivo ou, na inexistência desta sinalização, no intervalo
compreendido entre dez metros antes e depois do marco do ponto:
Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;

XIV - nos viadutos, pontes e túneis:


Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;

XV - na contramão de direção:
Infração - média;
Penalidade - multa;

XVI - em aclive ou declive, não estando devidamente freado e sem calço de segurança,
quando se tratar de veículo com peso bruto total superior a três mil e quinhentos
quilogramas:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;

XVII - em desacordo com as condições regulamentadas especificamente pela sinalização


(placa - Estacionamento Regulamentado):
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;

XVIII - em locais e horários proibidos especificamente pela sinalização (placa - Proibido


Estacionar):
Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo;
XIX - em locais e horários de estacionamento e parada proibidos pela sinalização (placa -
Proibido Parar e Estacionar):
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo.

§ 1º Nos casos previstos neste artigo, a autoridade de trânsito aplicará a penalidade


preferencialmente após a remoção do veículo.

§ 2º No caso previsto no inciso XVI é proibido abandonar o calço de segurança na via.

XX - Estacionar o veículo nas vagas reservadas às pessoas com deficiência ou idosos, sem
credencial que comprove tal condição:
Infração – gravíssima;
Penalidade – multa;
Medida administrativa – remoção do veículo. (Inciso XX incluído pela Lei n. 13.281/16, em
vigor a partir de 01/11/16)

As seis infrações de trânsito do artigo 252, apesar de parecerem autoexplicativas, merecem


algumas considerações, para melhor compreensão:

I - o braço do condutor do lado de fora do veículo é autorizado quando se destinar a realizar os


gestos para indicação de manobras (conversão à esquerda ou à direita e redução de velocidade);
embora a exceção esteja descrita apenas no inciso V, ao tratar da condução com apenas uma
das mãos, há que se aplicar tal excepcionalidade, na constatação da infração do inciso I;

II - o transporte de pessoas, animais ou volume à esquerda do condutor ou entre os braços e


pernas tem o objetivo óbvio de evitar que a condução do veículo seja dificultada pela existência
de algum empecilho. Importante ressaltar que o artigo 252, inciso II, é a única infração que
pune a forma de transporte de um animal no interior do veículo, não havendo (ao contrário do
que alguns pensam), qualquer norma que exija que o animal esteja acondicionado em uma
caixa de transporte;

III - a infração do inciso III somente ocorre se presentes duas circunstâncias: a incapacidade
deve ser temporária e deve comprometer a segurança do trânsito; portanto, não ocorre esta
infração se, por exemplo, o condutor tiver uma deficiência definitiva, como a perda de um
membro (neste caso, o que se deve verificar é se existe alguma restrição na Carteira Nacional
de Habilitação, cuja desobediência caracteriza a infração do artigo 162, VI). Um caso bem
típico da infração prevista neste inciso é a condução do veículo com a perna ou o braço
engessado. Quanto à incapacidade mental, trata-se de situação de difícil observação pelo
agente de trânsito, sendo necessário constatar o comprometimento da segurança;

IV - o que se proíbe é a utilização de um calçado que não se firme nos pés (como um chinelo,
cuja ausência de tira atrás dos calcanhares impeça a devida fixação) ou que comprometa a
utilização dos pedais (um sapato de salto alto, por exemplo); desta forma, permite-se
normalmente a direção do veículo pelo condutor descalço;

V - existem apenas três exceções para que o condutor retire uma das mãos do volante:
1ª) para fazer sinais regulamentares de braço;
2ª) mudar a marcha do veículo; e
3ª) acionar equipamentos e acessórios do veículo. Todavia, como a redação do inciso V pune
aquele que dirigir o veículo com apenas uma das mãos, no caso de um condutor estar sem
ambas as mãos ao volante, não terá ocorrido esta infração, mas a prevista no artigo 169 (falta
de atenção e cuidados indispensáveis à segurança);

VI - o inciso VI abrange duas condutas infracionais:

1ª) utilização de fones nos ouvidos (havendo a necessidade de conexão a aparelhagem sonora,
ainda que virtual, por bluetooth); e
2ª) utilização de telefone celular, pouco importando se com fone de ouvido, segurando em
uma das mãos( ALTERADO – SEGURAR OU MANUSEAR 252 ÚNICO GRAVISSIMA ), apoiado no
ombro ou, até mesmo, no viva-voz (embora, neste caso, haja uma óbvia dificuldade de
fiscalização); ressalta-se que, a partir de 01NOV16, se o telefone celular estiver sendo utilizado
para enviar uma mensagem de texto ou ler informações do aparelho, a infração deixa de ser
do inciso VI, para se enquadrar no inciso V, com a agravante do parágrafo único.

Art 252 único

Dirigir veículo segurando, manuseando o telefone celular

Gravíssima – 7 pontos na carteira, multa de 293,47

Pegadinha: Falar ao telefone celular é a mesma multa ?

Resp. Não, pois ainda vale o art 252 inciso IV do ctb, multa valor 130, média 4 pontos na carteira
Capítulo XV - DAS INFRAÇÕES

Dirigir o veículo:

I - com o braço do lado de fora;

II - transportando pessoas, animais ou volume à sua esquerda ou entre os braços e pernas;

III - com incapacidade física ou mental temporária que comprometa a segurança do trânsito;

IV - usando calçado que não se firme nos pés ou que comprometa a utilização dos pedais;

V - com apenas uma das mãos, exceto quando deva fazer sinais regulamentares de braço,
mudar a marcha do veículo, ou acionar equipamentos e acessórios do veículo;

VI - utilizando-se de fones nos ouvidos conectados a aparelhagem sonora ou de telefone


celular;

Infração - média;
Penalidade - multa.
VII - realizando a cobrança de tarifa com o veículo em movimento: (Incluído pela Lei nº 13.154,
de 2015)
Art.244 ctb
O artigo 244 prevê infrações de trânsito específicas para três tipos de veículos:
motocicleta (veículo automotor de duas rodas, com ou sem sidecar, dirigido por condutor em
posição montada), motoneta (veículo automotor de duas rodas, dirigido por condutor em
posição sentada) e ciclomotor (veículo de duas ou três rodas, provido de um motor de
combustão interna, cuja cilindrada não exceda a cinquenta centímetros cúbicos [3,05 polegadas
cúbicas] e cuja velocidade máxima de fabricação não exceda a cinquenta quilômetros por hora).
Os nove incisos deste dispositivo abrangem um total de treze condutas infracionais, que podem
ser assim discriminadas:

I – não utilização de capacete de segurança com viseira ou óculos de proteção: as especificações


sobre o capacete de segurança, a viseira e os óculos protetores estão determinadas pela
Resolução do CONTRAN n. 453/13, dentre as quais destaco: exigência de capacete certificado
pelo INMETRO, que proteja toda a calota craniana (sendo proibido, portanto, aqueles que
cubram apenas a parte superior da cabeça, estilo “coquinho”), possuir cinta jugular e não ter
avarias ou danos; viseira transparente, sem película, sendo permitida a escurecida
originalmente de fábrica apenas para uso diurno; e, na falta da viseira, óculos protetores
específicos para o motociclismo, que protegem inclusive a lateral dos olhos, vedada a
substituição por óculos de grau, de sol ou de proteção individual (EPI).
Além disso, se tiver sido fabricado a partir de agosto de 2007, deve possuir selo de
identificação ou etiqueta interna da conformidade metrológica, e dispositivos refletivos de
segurança na frente, traseira e laterais.
Apesar de o caput do artigo 244 referir-se apenas a motocicletas, motonetas e
ciclomotores, o Conselho Nacional de Trânsito determina que o capacete de segurança também
seja utilizado por condutores e passageiros de triciclos e quadriciclos motorizados (artigo 1º da
Resolução n. 453/13).
Importante mencionar que, de acordo com as Resoluções n. 453/13 e 371/10 (Volume I do
Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito), algumas situações NÃO DEVEM ser enquadradas
no inciso I do artigo 244 e SIM NO ARTIGO 169 (“Dirigir sem atenção ou sem os cuidados
indispensáveis à segurança”). São elas:
- sem viseira ou óculos de proteção;
- viseira ou óculos de proteção sem boas condições de uso;
- viseira ou óculos de proteção em posição que não dê proteção total aos olhos;
- viseira ou óculos de proteção com película;
- viseira em padrão diverso do cristal, no período noturno;
- óculos de sol, óculos corretivos ou de segurança do trabalho (EPI), em substituição ao óculos
de proteção;
- capacete sem estar devidamente fixado à cabeça pelo conjunto formado pela cinta jugular
e engate, por debaixo do maxilar inferior; e
- capacete do tipo modular, sem que a queixeira esteja totalmente abaixada e travada.;

II – não utilização de vestuário de acordo com as normas e especificações aprovadas pelo


Contran: embora o Código de Trânsito esteja em vigor há 15 anos, o Conselho Nacional de
Trânsito ainda não regulamentou qual deve ser o vestuário adequado para os condutores de
motocicletas, motonetas e ciclomotores. A única exceção é o colete de segurança, com
dispositivos retrorrefletivos, obrigatório para o condutor de veículo destinado ao transporte
remunerado de cargas ou de pessoas (artigo 5º, inciso IV, da Resolução do CONTRAN n. 356/10);

III – transporte de passageiro sem capacete: o capacete utilizado pelo passageiro deve seguir
às mesmas especificações exigidas para o condutor, constantes da Resolução do CONTRAN n.
453/13, inclusive no que se refere à viseira transparente ou óculos de proteção;

IV – transporte de passageiro fora do assento suplementar atrás do condutor ou em carro lateral:


não há qualquer regulamentação sobre a forma como o passageiro deve sentar nos veículos de
duas rodas, sendo permitido, portanto, o transporte de passageiro sentado de lado. O inciso II
do artigo 244 apenas exige que seja utilizado o assento suplementar atrás do condutor ou carro
lateral (sidecar) próprio para o transporte de pessoas; assim, é considerada infração de trânsito
o transporte de alguém sentado no tanque da motocicleta, por exemplo;

V – realização de malabarismo ou equilíbrio em apenas uma roda: o inciso III do artigo 244 prevê
uma infração de trânsito mais específica que a conduta genérica descrita no artigo 175
(“demonstração ou exibição de manobra perigosa”). Além de punir o motociclista que empina
o veículo, o dispositivo legal abrange qualquer forma de malabarismo, como ficar em pé ou
deitado sobre a moto;

VI – faróis apagados: como o inciso IV do artigo 244 não prescreve o horário em que os faróis
devem ficar acesos, tem-se entendido que a infração ocorre a qualquer hora do dia; entretanto,
se analisarmos esta infração de trânsito em consonância com a norma geral de circulação e
conduta constante do artigo 40 (aplicável a todo tipo de veículo), é de se concluir que somente
é obrigatória a utilização do farol baixo, à noite e, de dia e de noite, nos túneis providos de
iluminação pública (o parágrafo único do artigo 40 exige faróis baixos acesos diuturnamente
apenas para ônibus nas faixas próprias e ciclos motorizados, expressão que se equivale a
ciclomotores, conforme se depreende da interpretação sistemática com o artigo 250, I, ‘c’ e
‘d’);

VII – transporte de menor de sete anos ou sem condições de segurança: a idade mínima para
crianças transportadas em veículos de duas rodas é de sete anos, tendo em vista que, nesta
idade, normalmente o tamanho da criança já permite firmar os pés sobre os pedais de apoio do
veículo; acima desta idade, o que se exige é que a criança tenha condições de cuidar de sua
própria segurança, sendo infração de trânsito, por exemplo, o transporte de criança enferma,
com os pés ou braços engessados, ou de compleição física que dificulta o posicionamento seguro
no veículo. Ressalta-se que “criança”, para efeitos legais, é a pessoa com até doze anos
incompletos (artigo 2º da Lei n. 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente);

VIII – reboque de outro veículo: o inciso VI do artigo 244 contempla infração mais específica,
para este tipo de veículo, em relação à conduta geral prevista no artigo 236 (“rebocar outro
veículo com cabo flexível ou corda”). O § 3º foi incluído ao artigo 244, pela Lei n. 10.517/02,
para permitir, excepcionalmente, o tracionamento de semirreboques especialmente projetados
para motocicletas e motonetas;

IX – sem segurar o guidom com ambas as mãos: a única situação em que o condutor pode retirar
as mãos do guidom é com o intuito de realizar indicação de manobras, cujos gestos são descritos
no Anexo II e servem para informar, aos demais usuários da via, a manobra de conversão à
esquerda ou direita e diminuição da velocidade;

X – transporte de carga incompatível: o transporte de cargas é regulamentado pelos artigos 8º


a 13 da Resolução do CONTRAN n. 356/10, que estabelecem as dimensões máximas da carga a
ser transportada (apesar de esta Resolução versar sobre o transporte remunerado, o artigo 14
determina a aplicação das mesmas disposições ao transporte não remunerado);

XI – transporte de combustíveis, produtos inflamáveis, tóxicos e galões: a segunda parte do


inciso VIII do artigo 244 foi incluída pela Lei n. 12.009/09 e faz referência ao § 2º do artigo 139-
A, que proíbe o transporte de combustíveis, produtos inflamáveis ou tóxicos e de galões nestes
veículos, com exceção do gás de cozinha e de galões contendo água mineral, desde que com o
auxílio de sidecar, nos termos da regulamentação do CONTRAN. Neste sentido, a única norma
existente é a constante da Resolução n. 356/10, que assim dispõe:
Art. 12. É proibido o transporte de combustíveis inflamáveis ou tóxicos, e de galões nos veículos
de que trata a Lei 12.009 de 29 de julho de 2009, com exceção de botijões de gás com
capacidade máxima de 13 kg e de galões contendo água mineral, com capacidade máxima de
20 litros, desde que com auxílio de sidecar.
Art. 13. O transporte de carga em sidecar ou semirreboques deverá obedecer aos limites
estabelecidos pelos fabricantes ou importadores dos veículos homologados pelo DENATRAN, não
podendo a altura da carga exceder o limite superior o assento da motocicleta e mais de 40
(quarenta) cm.
Parágrafo único. É vedado o uso simultâneo de sidecar e semirreboque;
XII – motofrete irregular: a primeira parte do inciso IX do artigo 244 pune o transporte
remunerado de cargas que não atenda às normas próprias para a prestação deste serviço. O
artigo 139-A exige, resumidamente: registro da categoria de aluguel; protetor de motor e
pernas; aparador de linha antena corta-pipas e inspeção semestral (regras que foram
complementadas pelas Resoluções do CONTRAN n. 356/10 e 410/12);

XIII – mototáxi irregular: a segunda parte do inciso IX do artigo 244 pune o transporte
remunerado de passageiros que não atenda às normas constantes da Lei n. 12.009/09 e
Resoluções do CONTRAN n. 356/10 e 410/12.

Com a alteração da Lei n. 12.009/09, os incisos VI a IX passaram a ter a medida administrativa


de “apreensão do veículo para regularização”, redação equivocada, tendo em vista que os
artigos 256 (penalidades) e 269 (medidas administrativas) preveem a penalidade de “apreensão
do veículo” (que se destina à fixação de um prazo de custódia) e a medida administrativa de
“retenção do veículo” (esta sim, destinada à regularização da falha detectada). Para suprir
este erro redacional, o Conselho Nacional de Trânsito estabeleceu, no Volume I do Manual
Brasileiro de Fiscalização de Trânsito (Resolução n. 371/10), que deve ser aplicada, nestes
casos, a medida administrativa de retenção do veículo para regularização.

Art. 244
Capítulo XV - DAS INFRAÇÕES

Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor:

I - sem usar capacete de segurança com viseira ou óculos de proteção e vestuário de acordo
com as normas e especificações aprovadas pelo CONTRAN;

II - transportando passageiro sem o capacete de segurança, na forma estabelecida no inciso


anterior, ou fora do assento suplementar colocado atrás do condutor ou em carro lateral;

III - fazendo malabarismo ou equilibrando-se apenas em uma roda;

IV - com os faróis apagados;

V - transportando criança menor de sete anos ou que não tenha, nas circunstâncias, condições
de cuidar de sua própria segurança:

Infração - gravíssima;
Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir;
Medida administrativa - Recolhimento do documento de habilitação;

VI - rebocando outro veículo;

VII - sem segurar o guidom com ambas as mãos, salvo eventualmente para indicação de
manobras;
VIII – transportando carga incompatível com suas especificações ou em desacordo com o
previsto no § 2º do art. 139-A desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 12.009, de 2009)

IX – efetuando transporte remunerado de mercadorias em desacordo com o previsto no art.


139-A desta Lei ou com as normas que regem a atividade profissional dos mototaxistas:
(Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009)

Infração – grave; (Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009)


Penalidade – multa; (Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009)
Medida administrativa – apreensão do veículo para regularização. (Incluído pela Lei nº 12.009,
de 2009)

§ 1º Para ciclos aplica-se o disposto nos incisos III, VII e VIII, além de:
a) conduzir passageiro fora da garupa ou do assento especial a ele destinado;
b) transitar em vias de trânsito rápido ou rodovias, salvo onde houver acostamento ou faixas
de rolamento próprias;
c) transportar crianças que não tenham, nas circunstâncias, condições de cuidar de sua
própria segurança.

§ 2º Aplica-se aos ciclomotores o disposto na alínea b do parágrafo anterior:


Infração - média;

§ 3º A restrição imposta pelo inciso VI do caput deste artigo não se aplica às motocicletas e
motonetas que tracionem semi-reboques especialmente projetados para esse fim e
devidamente homologados pelo órgão competente.(Incluído pela Lei nº 10.517, de 2002)
Penalidade - multa.

Artigo 167 CTB

A infração de trânsito por não uso do cinto de segurança, prevista no artigo 167, tem
correlação com a norma geral do artigo 65, segundo o qual “É obrigatório o uso do cinto de
segurança para condutor e passageiros em todas as vias do território nacional, salvo em
situações regulamentadas pelo CONTRAN”. Apesar de tal dispositivo prever a possibilidade de
criação de exceções pelo Conselho Nacional de Trânsito, a única exceção regulamentada é para
veículos de uso bélico (Resolução n. 551/15); em todos os outros casos, será obrigatório o uso,
a partir do momento em que o cinto de segurança tratar-se de um equipamento obrigatório do
veículo.
Necessário dar este destaque (quanto à obrigatoriedade da existência do equipamento,
como premissa para a exigência de seu uso), tendo em vista que, a este respeito, existem
algumas exceções: 1) os veículos de uso bélico, isto é, projetados e fabricados especialmente
para a guerra, como um tanque (Resolução do Conselho Nacional de Trânsito n. 14/98, alterada
pela n. 279/08); 2) os passageiros de ônibus e micro-ônibus produzidos antes de 1999 (Resolução
n. 14/98); e 3) os ocupantes (inclusive motoristas) de veículos de transporte coletivo em
percursos em que seja permitido viajar em pé (ônibus de transporte urbano) – (artigo 105 do
CTB e Resolução n. 14/98).
Nestes casos, se o cinto não é equipamento obrigatório, não há como se exigir que seja
utilizado (quando eventualmente existente).
Quando mais de uma pessoa é surpreendida sem cinto de segurança no veículo, o
correto é que o agente de trânsito que comprovar tal conduta elabore um único auto de
infração, relacionando o ocorrido no campo de observações da autuação, conforme orientação
trazida pelo Volume I do Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito - MBFT, instituído pela
Resolução do Contran n. 371/10.
Também prevê o Manual que configura a infração de não uso do cinto a sua utilização de
forma irregular, como, por exemplo, com a parte diagonal do cinto de três pontos, passada por
baixo do braço ou atrás do condutor/passageiro.
Outra padronização de procedimentos estabelecida no MBFT determina que a abordagem do
veículo para autuação do não uso do cinto de segurança NÃO é obrigatória, exceto se o veículo
tiver sido produzido até 1984, tendo em vista a exigência anterior de cinto subabdominal nos
veículos (trata-se de assunto polêmico, inclusive pelo fato de que o Departamento Nacional de
Trânsito, em determinado momento, manifestou-se pela obrigatoriedade da abordagem, para
dar validade à fiscalização de trânsito, conforme Parecer n. 11/99, logo revogado e substituído
pelo Parecer n. 44/00).
A este respeito, ressalta-se que, embora haja a previsão de medida administrativa de
retenção do veículo até colocação do cinto pelo infrator, tal providência é complementar à
penalidade principal (de multa) e sua não imposição não pode invalidar a sanção administrativa
mais importante, a ser imposta pela autoridade de trânsito (artigo 269, § 2º, do CTB e MBFT).
A legislação de trânsito ainda proíbe que sejam utilizados dispositivos que, de qualquer
forma, travem, afrouxem ou modifiquem o funcionamento normal do cinto de segurança
(Resolução n. 278/08); tal situação caracteriza outra infração de trânsito, por conduzir o
veículo com equipamento obrigatório ineficiente (artigo 230, inciso IX, do CTB).

Capítulo XV - DAS INFRAÇÕES

Deixar o condutor ou passageiro de usar o cinto de segurança, conforme previsto no art. 65:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo até colocação do cinto pelo infrator.
FINALIDADE DOS GESTOS
Alertar aos motoristas e pedestres.

As ordens emanadas por gestos de agentes da autoridade de trânsito prevalecem sobre as regras
de circulação e às normas definidas por outros sinais de trânsito.

Sinais de
Significado Emprego
apito
No ato do guarda sinaleiro mudar a direção do trânsito.
Um silvo breve Atenção Siga

Dois silvos Para fiscalização de documentos ou outro fim.


Pare!
breves
Sinal de advertência. O condutor deve obedecer à
Três silvos
Acenda a lanterna intimação.
breves

Quando for necessário fazer diminuir a marcha do veículo.


Um silvo longo Diminua a marcha

À aproximação do Corpo de Bombeiros, Ambulâncias,


Um silvo longo Trânsito impedido em
Veículos de Polícia ou de Tropa, ou de Representante
e um breve todas direções
Oficial.
Três silvos Nos estacionamentos à porta de teatros, campos
Motoristas a postos
longos desportivos etc.

FINALIDADE GESTOS DE AUTORIDADE


As ordens emanadas por gestos de agentes da autoridade de trânsito prevalecem sobre as regras
de circulação e às normas definidas por outros sinais de trânsito.

Ordem de parada obrigatória para todos os Ordem de parada para todos os veículos que
veículos. Quando executada em interseções, venham de direções que cortem
os veículos que já se encontrem nela não são ortogonalmente a direção indicada pelos
obrigados a parar. braços estendidos, qualquer que seja o
sentido do seu deslocamento.
Ordem de parada para todos os veículos que Ordem de parada para todos os veículos que
venham de direções que cortem venham de direções que cortem
ortogonalmente a direção indicada pelo braço ortogonalmente a direção indicada pelo braço
estendido, qualquer que seja o sentido do seu estendido, qualquer que seja o sentido do seu
deslocamento. deslocamento.

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