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Aprovada por:
ii
Agradecimentos
iii
Resumo da Dissertação apresentada à COPPE/UFRJ como parte dos requisitos
necessários para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M.Sc.)
Março/2008
iv
Abstract of Dissertation presented to COPPE/UFRJ as a partial ful…llment of the
requirements for the degree of Master of Science (M.Sc.)
March/2008
This paper deals with the analysis of assembled plate structures, subjected
to arbitrary loadings, for which plane stress elasticity and shear deformable plate
bending theories are coupled.
The direct boundary elements formulations, based upon Reissner’s plate and
2-D elasticity theories are present for elastostatic problems, considering isotropic
materials, small deformations and small displacements.
The multi-region technique is employed to assemble the plates. Here, several
plates sharing common interface boundaries are accommodated, including inclined
ones. After a standard coordinate transformation, each region can be combined
taking into account displacement compatibility and equilibrium equations in order
to obtain the …nal equations system.
Finally, several numerical examples are presented and results are compared
with some exact analytical and …nite element solutions to demonstrate the ef-
…ciency of the proposed formulation.
v
Sumário
Lista de Figuras ix
1 Introdução 1
2 Elasticidade Plana 5
2.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.2 Estados Planos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.2.1 Estado Plano de Tensão (EPT) . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.2.2 Estado Plano de Deformação (EPD) . . . . . . . . . . . . . 6
2.3 Equações Gerais da Elasticidade Plana . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.3.1 Equações Diferenciais de Equilíbrio . . . . . . . . . . . . . . 7
2.3.2 Relações Deformação-Deslocamento . . . . . . . . . . . . . . 9
2.3.3 Equações Constitutivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.4 Condições de Contorno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
vi
SUMÁRIO
6 Implementação Computacional 60
6.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
6.2 Discretização e Elementos Empregados . . . . . . . . . . . . . . . . 61
6.2.1 Elemento Quadrático Isoparamétrico Contínuo . . . . . . . . 61
6.2.2 Elemento Quadrático Isoparamétrico Descontínuo . . . . . . 66
6.3 Descontinuidade da Normal ou da Condição de Contorno . . . . . . 68
vii
SUMÁRIO
7 Aplicações Numéricas 87
7.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
7.2 Aplicações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
7.2.1 Exemplo 1 - Placa com Espessura e Módulo de Elasticidade
Variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
7.2.2 Exemplo 2 - Estrutura de Seção Transversal L . . . . . . . . 91
7.2.3 Exemplo 3 - Barra de Seção Transversal I . . . . . . . . . . 97
7.2.4 Exemplo 4 - Estrutura de Seção Transversal Arbitrária . . . 104
8 Conclusões 109
viii
Lista de Figuras
ix
LISTA DE FIGURAS
x
LISTA DE FIGURAS
xi
Lista de Tabelas
xii
Cap´tulo 1
Introdução
1
CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO
2
CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO
3
CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO
4
Cap´tulo 2
Elasticidade Plana
2.1 Introdução
Em alguns casos, o problema elástico pode ser analisado através da conside-
ração de que os estados de tensão e de deformação independem de uma das co-
ordenadas. O fenômeno elástico ocorre da mesma forma em todos os planos per-
pendiculares a essa coordenada independente. Fazem parte destes problemas os
denominados estado plano de tensão e estado plano de deformação.
Neste capítulo serão apresentados alguns conceitos e hipóteses básicas da teo-
ria da elasticidade bidimensional, necessárias ao desenvolvimento dos capítulos
subseqüentes.
A importância do estudo da elasticidade bidimensional está no fato de que
durante a associação de placas e chapas, os efeitos de extensão serão analisados
através do emprego do conceito de estado plano de tensão.
Para um estudo mais detalhado do assunto, recomenda-se as referências [10,
11, 12, 13, 14, 15, 16, 17].
5
CAPÍTULO 2. ELASTICIDADE PLANA
6
CAPÍTULO 2. ELASTICIDADE PLANA
são iguais a zero e a tensão normal z pode ser obtida em função das tensões
normais x e y , da seguinte forma:
z = ( x + y) . (2.2)
7
CAPÍTULO 2. ELASTICIDADE PLANA
8
CAPÍTULO 2. ELASTICIDADE PLANA
ij;i + bj = 0; i = 1; 2; j = 1; 2; (2.3)
ij = ji : (2.4)
9
CAPÍTULO 2. ELASTICIDADE PLANA
1
(ui;j + uj;i ) .
"ij = (2.5)
2
O estado de deformação de um ponto no interior do corpo é de…nido pelo tensor
de deformações especí…cas:
" #
"11 "12
"= .
"21 "22
Tendo em vista a preservação da continuidade do meio sólido quando o mesmo
se deforma, passando da con…guração inicial à con…guração …nal deformada, é
necessário que o correspondente campo de deslocamentos seja representado por
funções contínuas e unívocas [10]. Em problemas de estado plano, essa con-
tinuidade e forma única tem como condição necessária e su…ciente o atendimento
a equação de compatibilidade:
10
CAPÍTULO 2. ELASTICIDADE PLANA
2G
Cijkl = ij kl + G( ik jl + il jk ) , (2.8)
1 2
sendo:
G - Módulo de Elasticidade Transversal:
E
G= ; (2.9)
2(1 + )
E - Módulo de Elasticidade Longitudinal ou Módulo de Young;
- Coe…ciente de Poisson;
ij - Delta de Kroneker:
ij = 1; se i = j
(2.10)
ij = 0; se i =
6 j.
Substituindo as equações (2.8) nas equações (2.7), obtém-se a Lei de Hooke
Generalizada, dada por:
2G
ij = 2G"ij + "kk ij . (2.11)
1 2
As equações (2.3), (2.5) e (2.11) de…nem o problema de elasticidade linear para
o estado plano de deformação. Para o caso de estado plano de tensão deve-se
_
substituir por , onde:
_
= . (2.12)
1+
Introduzindo, agora, as equações (2.5) nas equações (2.11), têm-se as expressões
das tensões em termos das derivadas de deslocamentos, que substituídas nas equações
(2.3), levam às equações de equilíbrio de Navier no domínio :
G
Guj;kk + uk;kj + bj = 0. (2.13)
1 2
11
CAPÍTULO 2. ELASTICIDADE PLANA
_
ui = ui em 1. (2.14)
i = ij nj , (2.15)
pi = pi = ij nj em 2, (2.16)
12
CAPÍTULO 2. ELASTICIDADE PLANA
2G
uk;k ni + G (ui;j + uj;i ) nj = pi . (2.17)
1 2
13
Cap´tulo 3
Teoria de Placas de Reissner
3.1 Introdução
As placas são elementos estruturais planos, submetidas a carregamentos trans-
versais e com a espessura muito menor que as demais dimensões, podendo ser
classi…cadas como delgadas ou espessas, de acordo com a relação entre a espessura
e a menor dimensão no plano. Placas cuja relação estabelecida não ultrapasse 1=20
são classi…cadas pela maioria dos autores como delgadas e são analisadas pelo que
é conhecido na literatura como teoria de Kirchho¤. Nos casos em que a relação
acima citada ultrapassa 1=20, as placas são consideradas em geral como espessas,
e devem ser tratadas no âmbito de uma teoria de placas como a de Reissner.
A diferença básica entre as duas teorias citadas reside no fato de que a teoria
de Reissner leva em consideração os efeitos de deformação transversal por cisa-
lhamento, o que é desprezado pela teoria clássica de Kirchho¤. Assim, a teoria de
Reissner é válida tanto para placas delgadas como para placas espessas sendo, em
função disso, empregada no presente trabalho.
A teoria de Reissner para ‡exão de placas baseia-se na teoria da elasticidade
e no princípio de Hellinger-Reissner, recaindo em um problema de integração de
sexta ordem, que deve satisfazer a três condições de contorno por bordo.
São apresentados neste capítulo, as equações básicas para o cálculo de placas
pela formulação de REISSNER [18, 19, 20], bem como a de…nição das condições
de contorno do problema.
Assim, através do estudo da teoria de Reissner para placas, juntamente com os
aspectos teóricos da elasticidade plana, apresentados no Capítulo 2, …cam estabele-
cidas as formulações necessárias para o desenvolvimento do processo de associação
14
CAPÍTULO 3. TEORIA DE PLACAS DE REISSNER
de chapas e placas.
15
CAPÍTULO 3. TEORIA DE PLACAS DE REISSNER
3.3 Tensões
q
Sendo as condições de carga nas faces da placa dadas por 33 = e 3 = 0,
2
h
para x3 = [22, 23], e adimitindo a hipótese básica das tensões variarem
2
linearmente na espessura (item 3.2 ), pode-se obter as expressões das tensões em
termo dos esforços solicitantes:
12M
= x3 . (3.1)
h3
" #
2
3Q 2x3
3 = 1
2h h
(3.2)
" #
2
qx3 2x3
33 = 3 .
2h h
1
Veri…ca-se que as tensões 3 apresentam uma variação parabólica ao longo da espessura da
placa e 33 uma variação cúbica.
16
CAPÍTULO 3. TEORIA DE PLACAS DE REISSNER
Z h
2
M = x3 dx3 ; (3.3)
h
2
Z h
2
Q = 3 dx3 . (3.4)
h
2
17
CAPÍTULO 3. TEORIA DE PLACAS DE REISSNER
Q ; + q = 0; (3.5)
M ; Q = 0. (3.6)
2 @Q
O momento produzido pela carga q e o momento devido a dx , em relação ao eixo x ,
@x
são negligenciados em função de representarem parcelas de ordem superior em relação aos demais
termos.
18
CAPÍTULO 3. TEORIA DE PLACAS DE REISSNER
R h2
h v dx3 = M
2
(3.7)
R h
2
h 3 v3 dx3 = Q w:
2
19
CAPÍTULO 3. TEORIA DE PLACAS DE REISSNER
Z h
12 2
= 3 v x3 dx3 ; (3.8)
h h
2
Z h " #
2
3 2 2x3
w= v3 1 dx3 . (3.9)
2h h h
2
i) Deformações de ‡exão:
1
= ; + ; ; (3.10)
2
ii) Deformações cisalhantes transversais:
= + w; . (3.11)
20
CAPÍTULO 3. TEORIA DE PLACAS DE REISSNER
i) Momentos:
D (1 ) 2 q
M = ; + ; + ; + 2 ; (3.12)
2 1 (1 )
2
D (1 )
Q = ( + w; ) , (3.13)
2
sendo:
D - Rigidez à ‡exão da placa:
Eh3
D= 2)
; (3.14)
12 (1
1 2 1 @
Q 2r Q + 2 q; = D r2 w
(1 ) @x
(3.16)
(2 )
Dr4 w + 2 r2 q = q,
(1 )
21
CAPÍTULO 3. TEORIA DE PLACAS DE REISSNER
onde:
@2
r2 = ! Operador de Laplace
@x @x
r4 = r2 r2
i) Em 1:
=
(3.17)
w = w;
ii) Em 2:
p =p
(3.18)
p3 = p3 ,
sendo:
p =M n
(3.19)
p3 = Q n
e
p =M n
(3.20)
p3 = Q n ,
onde n são os cossenos diretores da normal exterior ao contorno.
22
CAPÍTULO 3. TEORIA DE PLACAS DE REISSNER
23
Cap´tulo 4
Método dos Elementos de Contorno
Aplicado à Elasticidade Plana
4.1 Introdução
As equações diferenciais da elasticidade plana, apresentadas no Capítulo 2,
serão transformadas em equações integrais através do emprego do método dos
elementos de contorno [25, 26, 27, 28].
O método dos elementos de contorno, que pode ser deduzido a partir da se-
gunda ou terceira identidades de Green, do método dos resíduos ponderados ou
do príncipio dos trabalhos virtuais, será formulado a partir do segundo teorema
de Betti [25].
O segundo teorema de Betti estabelece que se dois estados de tensão (a) e (b)
existem e satisfazem às equações de equilíbrio, então o trabalho realizado pelas
forças do sistema (a) sobre os deslocamentos do sistema (b) é igual ao trabalho
realizado pelas forças de (b) sobre os deslocamentos de (a). Escolhendo o sistema
(a) como solução fundamental e o sistema (b) como o problema real, o resultado
é uma equação integral de contorno relacionando os deslocamentos e forças de
superfície.
Neste capítulo, serão apresentados, também, os tensores da solução fundamen-
tal da elasticidade plana para um meio elástico in…nito e as expressões empregadas
no cálculo dos deslocamentos e das tensões no contorno e nos pontos internos.
No …nal serão feitas considerações acerca do tratamento de regiões regulares
in…nitas, onde se faz necessária a consideração de algumas hipóteses adicionais
relativas ao comportamento das funções envolvidas.
24
CAPÍTULO 4. MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO APLICADO
À ELASTICIDADE PLANA
4.2 Identidade de Somigliana
Seja o corpo de…nido por [ (Figura 4.1) que encontra-se em equilíbrio sob
a ação de cargas prescritas em 2 e deslocamentos prescritos em 1 . Este estado
de equílibrio é representado pelo grupo ij , "ij , ui , pi e b i .
25
CAPÍTULO 4. MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO APLICADO
À ELASTICIDADE PLANA
Integrando duas vezes por partes ambos os lados da equação (4.1) e empregando
as equações (2.5) e (2.3), tem-se:
Z Z Z Z
bi ui d + pi ui d = bi ui d + pi ui d , (4.2)
bj = ( ; x) Pi , (4.3)
1
Assume-se que a solução para ij existe e que satisfaz as equações que governam o problema,
incluindo as condições de equilíbrio.
26
CAPÍTULO 4. MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO APLICADO
À ELASTICIDADE PLANA
( ; x) = 0 se 6= x
Z ( ; x) ! 1 quando ! x (4.4)
f (x) ( ; x) d (x) = f ( ) .
uj = uij ( ; x) Pi
(4.6)
pj = pij ( ; x) Pi ,
onde uij ( ; x) e pij ( ; x) representam os deslocamentos e forças de superfície na
direção j no ponto x, devido a uma força unitária aplicada na direção i no ponto
.
Alternativamente, então, pode-se escrever a equação (4.2) para representar
cada componente do deslocamento no ponto em separado:
Z Z Z
ui ( ) = uij ( ; x) pj (x) d (x) pij ( ; x) uj (x) d (x)+ uij ( ; x) bj (x) d (x)
(4.7)
As equações (4.7) são conhecidas como identidade de Somigliana para desloca-
mentos [25] e são obtidas em reciprocidade com a solução singular da equação de
Navier, satisfazendo:
G
Guj;kk + u + ( ; x) Pj = 0. (4.8)
1 2 k;kj
Conseqüentemente, as soluções das equações (4.8) são chamadas soluções fun-
damentais.
27
CAPÍTULO 4. MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO APLICADO
À ELASTICIDADE PLANA
1
uij ( ; x) = f(3 4 ) ln (r) ij r;i r;j g
8 (1 )G
" # (4.9)
u11 u12
U = ;
u21 u22
ii) Forças de superfície:
1 @r
pij ( ; x) = [(1 2 ) ij + 2r;i r;j ] (1 2 )(r;i nj r;j ni )
4 (1 )r @n
" #
p11 p12
P = ,
p21 p22
(4.10)
onde r=r( ; x) representa a distância entre o ponto fonte e o ponto campo x e
suas derivadas são tomadas com refêrencia às coordenadas do ponto x, ou seja:
1
r = (ri ri ) 2 ,
ri = xi (x) xi ( ) , (4.11)
@r ri
r;i = = .
@xi (x) r
28
CAPÍTULO 4. MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO APLICADO
À ELASTICIDADE PLANA
i) Deformações:
1
"ijk ( ; x) = f(1 2 ) (r;j ik + r;k ij ) r;i jk + 2r;i r;j r;k g
8 (1 )Gr
" # (4.12)
"111 "112 "211 "212
" = ;
"121 "122 "221 "222
ii) Tensões:
1
ijk ( ; x) = f(1 2 ) (r;j ik + r;k ij r;i jk ) + 2r;i r;j r;k g
4 (1 )r
" # (4.13)
111 112 211 212
= .
121 122 221 222
29
CAPÍTULO 4. MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO APLICADO
À ELASTICIDADE PLANA
30
CAPÍTULO 4. MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO APLICADO
À ELASTICIDADE PLANA
Assim, a equação (4.1) pode ser escrita para o corpo apresentado na Figura 4.7
da seguinte forma:
Z Z
ij "ij d = "ij ij d , (4.14)
" "
Como o ponto fonte não pertence mais ao domínio " , os tensores funda-
mentais não são mais singulares. Integrando por partes a equação (4.14) e tendo
em vista que ( ; x) = 0 em todo o domínio " , tem-se:
31
CAPÍTULO 4. MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO APLICADO
À ELASTICIDADE PLANA
Z Z
pij ( ; x) uj (x) d (x) = uij ( ; x) pj (x) d (x) +
"+ " Z
"+ "
(4.15)
+ uij ( ; x) bj (x) d (x) ,
"
onde a hipótese de que cada carga unitária atua em separado já foi feita.
Examinando o limite quando " ! 0 de cada integral da equação (4.15), tem-se:
Z Z
lim pij ( ; x) uj (x) d (x) = lim pij ( ; x) uj (x) d (x) +
"!0 "!0
"+ " Z" (4.16)
+lim pij ( ; x) uj (x) d (x) ,
"!0
"
Z Z
lim pij ( ; x) uj (x) d (x) = lim pij ( ; x) [uj (x) uj ( )] d (x) +
"!0 "!0
" " Z (4.17)
+limfuj ( ) pij ( ; x) d (x)g.
"!0
"
Z
Cij ( ) = lim pij ( ; x) d (x) . (4.18)
"!0
"
32
CAPÍTULO 4. MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO APLICADO
À ELASTICIDADE PLANA
Z Z
Cij ( ) uj ( ) + pij ( ; x) uj (x) d (x) = uij ( ; x) pj (x) d (x) +
Z (4.20)
+ uij ( ; x) bj (x) d (x) ,
4.5.2 Tensões
As equações (4.7) são uma representação contínua dos deslocamentos em pontos
no interior do corpo. Conseqüentemente, as componentes de tensões em pontos
internos podem ser obtidas a partir da substituição dos resultados da derivação das
33
CAPÍTULO 4. MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO APLICADO
À ELASTICIDADE PLANA
Z Z
ij ( )= uijk ( ; x) pk (x) d (x) pijk ( ; x) uk (x) d (x) +
Z (4.21)
+ uijk ( ; x) bk (x) d (x) .
Deve-se observar que as derivadas foram tiradas diretamente dentro das inte-
grais. Tal procedimento é válido neste caso, porém não é sempre aplicável nas
integrais de domínio.
Para a solução fundamental de Kelvin, os novos tensores são escritos da seguinte
forma:
G @r
pijk = f2 [(1 ) ij r;k + ( ik r;j + jk r;i ) 4r;i r;j r;k ] + (4.22)
2 (1 )r2 @n
+2 (ni r;j r;k + nj r;i r;k ) + (1 2 )(2nk r;i r;j +
+nj ik + ni jk ) (1 4 )nk ij g.
22 = p2 ,
(4.23)
12 = p1 .
2
Para obtenção das deformações especí…cas.
34
CAPÍTULO 4. MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO APLICADO
À ELASTICIDADE PLANA
@u1
"11 = . (4.24)
@x1
Para o estado plano de deformação, a Lei de Hooke Generalizada (equação(2.11))
fornece:
1 22
"22 = (1 2 ) "11 . (4.25)
1 2G
Substituindo a equação (4.25) em (2.11), agora para obter 11 , tem-se:
1
11 = [ 22 + 2G"11 ] . (4.26)
1
A equação (4.26), juntamente com as equações (4.23), fornece o tensor de
tensões completo em qualquer ponto ao longo do contorno, em relação a um sistema
de referência local do elemento. Empregando a matriz de transformação para
tensor de segunda ordem, obtêm-se as tensões em relação ao sistema de referência
global.
35
CAPÍTULO 4. MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO APLICADO
À ELASTICIDADE PLANA
Z Z
Cij ( ) uj ( ) + pij ( ; x) uj (x) d (x) + pij ( ; x) uj (x) d (x) =
Z Z (4.27)
= uij ( ; x) pj (x) d (x) + uij ( ; x) pj (x) d (x) .
36
CAPÍTULO 4. MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO APLICADO
À ELASTICIDADE PLANA
forem satisfeitas:
Z
lim pij ( ; x) uj (x) uij ( ; x) pj (x) d (x) = 0. (4.28)
!1
Portanto, para garantir que cada termo da equação (4.28) se anule separada-
mente, deve-se ter uj (x) = O ( 1 ) e pj (x) = O ( 2 ) [35]. Este caso, não corres-
ponde ao comportamento da solução fundamental no in…nito.
Porém, pode-se substituir uj (x) e pj (x) pelas soluções fundamentais e veri…car
que as equações (4.28) são satisfeitas. A diferença é que os termos não se anulam
separadamente, mas se cancelam quando ! 1.
Assim, as equações (4.28) são sempre satisfeitas se, na pior das hipóteses, uj (x)
e pj (x) se comportarem como a solução fundamental no in…nito.
Neste caso, sendo as condições de regularidade atendidas, os problemas de
cavidade em meio in…nito podem ser representados por:
Z Z
Cij ( ) uj ( ) + pij ( ; x) uj (x) d (x) = uij ( ; x) pj (x) d (x) . (4.30)
3
O(f ( )) signi…ca de ordem f ( ).
37
Cap´tulo 5
Método dos Elementos de Contorno
Aplicado à Teoria de Placas de Reissner
5.1 Introdução
As equações diferenciais da teoria de ‡exão de placas de Reissner, apresentadas
no Capítulo 3, serão transformadas em equações integrais através do emprego do
segundo teorema de Betti ou teorema da Reciprocidade.
Serão apresentados, também, os tensores da solução fundamental para um meio
elástico in…nito (deslocamentos e forças de superfície generalizadas) e obtidas as
equações tanto para a solução do problema no contorno como para o cálculo dos
deslocamentos e esforços solicitantes (momentos e cortantes) nos pontos internos
da placa.
No …nal do capítulo, serão feitas considerações acerca do cálculo de placas in…ni-
tas, onde se faz necessária a introdução de algumas hipóteses adicionais, relativas
às funções envolvidas.
38
CAPÍTULO 5. MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO APLICADO
À TEORIA DE PLACAS DE REISSNER
com = 1 [ 2 .
Adotando a existência de um domínio com contorno , contendo a referida
placa (Figura 5.1), tem-se que esta nova região também encontra-se em estado de
equilíbrio.
i) Região [ :
- Deslocamentos generalizados: uk ;
- Forças de Superfície: pk
sendo:
p =M n
(5.2)
p3 = Q n ;
1
Equações apresentadas no Capítulo 3.
39
CAPÍTULO 5. MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO APLICADO
À TEORIA DE PLACAS DE REISSNER
- Deformações:
1
= (u ; + u ; )
2 (5.3)
= u + u3; ;
- Esforços:
1 2 q
M =D u ; +u ; + u ; + 2
2 1 (1 )
(5.4)
2
(1 )
Q =D (u + u3; ) ;
2
- Equações de Equilíbrio:
M ; Q =0
(5.5)
Q ; + q = 0.
ii) Região [ :
- Deslocamentos generalizados: uk ;
- Forças de Superfície: pk
sendo:
p =M n
(5.6)
p3 = Q n ;
- Deformações:
1
= u ; +u ;
2 (5.7)
= u + u3; ;
- Esforços:
1 2
M =D u ; +u ; + u ;
2 1
(5.8)
2
(1 )
Q =D u + u3; ;
2
- Equações de Equilíbrio:
40
CAPÍTULO 5. MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO APLICADO
À TEORIA DE PLACAS DE REISSNER
M ; Q +F =0
(5.9)
Q ; + F3 = 0,
onde as componentes Fk representam as forças de domínio, de…nidas para a obtenção
da solução fundamental. Essas componentes apresentam as seguintes distribuições
ao longo da espessura da placa:
12x3
f = F
h3
" # (5.10)
2
3F3 2x3
f3 = 1 .
2h h
(1) (2)
M =M +M ; (5.11)
onde:
(1) 1 2
M =D u ; +u ; + u ; (5.12)
2 1
(2) q
M = 2 . (5.13)
(1 )
Assim, sejam as equações abaixo, relacionando os esforços solicitantes (momen-
tos e cortantes) com as deformações:
(1)
M =C
M =C
(5.14)
Q = C3 3
Q = C3 3 ,
onde Ci j representa o tensor de constantes elásticas para o caso isotrópico.
A partir das equações (5.14), pode-se escrever:
(1)
M +Q =C + C3 3 , (5.15)
41
CAPÍTULO 5. MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO APLICADO
À TEORIA DE PLACAS DE REISSNER
(1)
M +Q = C + C3 3 : (5.16)
(1)
M +Q = M + Q. (5.17)
(1)
Isolando M nas equações (5.11) e substituindo (5.13), pode-se reescrever a
equação (5.17) da seguinte forma:
q
M 2 +Q = M + Q. (5.18)
(1 )
Integrando ambos os lados da equação (5.18) no domínio , tem-se:
Z Z Z
M +Q d = M +Q d 2 q d .
(1 )
(5.19)
Substituindo as equações (5.3) e (5.7) em (5.19) e aplicando o teorema da
divergência em ambos os lados, obtem-se:
Z Z Z Z
M u n d M ; u d + Q u d + Q u3 n d
Z Z Z Z
Q ; u3 d = M u n d M ; u d + Q u d + (5.20)
Z Z Z
+ Q u3 n d Q ; u3 d 2 qu ; d .
(1 )
Z Z Z Z Z
p u d Q u d + F u d + Q u d + p 3 u3 d +
Z Z Z Z
+ F3 u3 d = p u d Q u d + Q u d + (5.21)
Z Z Z
+ p3 u3 d + qu3 d 2 qu ; d .
(1 )
42
CAPÍTULO 5. MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO APLICADO
À TEORIA DE PLACAS DE REISSNER
Z Z Z Z
Fj uj d = pj uj d uj pj d + q u3 2u ; d , (5.22)
(1 )
Fj = ( ; x) Pj , (5.23)
onde Pj = 1.
Considerando as equações (5.23) e (4.4), a integral do lado esquerdo de (5.22)
pode ser expressa na forma:
Z
Fj uj d = uj ( ) Pj . (5.24)
uj = uij ( ; x) Pi
(5.25)
pj = pij ( ; x) Pi ,
onde uij ( ; x) e pij ( ; x) representam os deslocamentos e forças de superfície ge-
neralizados na direção j no ponto x, devido a uma força generalizada concentrada
unitária aplicada na direção i no ponto .
Pode-se então, escrever a equação (5.22) para representar cada componente do
deslocamento no ponto em separado:
Z Z
ui ( ) = uij ( ; x) pj (x) d (x) pij ( ; x) uj (x) d (x) +
Z (5.26)
+ ui3 ( ; x) 2 ui ; ( ; x) q (x) d (x) .
(1 )
43
CAPÍTULO 5. MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO APLICADO
À TEORIA DE PLACAS DE REISSNER
1
u = f[8B ( r) (1 ) (2 ln ( r) 1)]
8 D (1 )
[8A ( r) + 2 (1 )] r; r; g
1 (5.27)
u 3 = u3 = (2 ln ( r) 1) rr;
8 D
1
u33 = 2 (1 ) ( r)2 (ln ( r) 1) 8 ln ( r) ,
8 D (1 )
onde r=r( ; x), como no capítulo anterior, representa a distância entre o ponto
fonte e o ponto campo x e suas derivadas são tomadas com referência às coor-
denadas do ponto x , ou seja:
1
r = (r r ) 2 ,
r = x (x) x ( ) ; (5.28)
@r r
r; = = .
@x (x) r
44
CAPÍTULO 5. MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO APLICADO
À TEORIA DE PLACAS DE REISSNER
2 1
A ( r) = K0 ( r) + K1 ( r)
r r
(5.29)
1 1
B ( r) = K0 ( r) + K1 ( r) .
r r
2
r r
K0 ( r) = ln I0 ( r) 0:57721566 + 0:42278420 +
2 2
4 6
r r
+0:23069756 + 0:03488590 +
2 2
8 10 (5.30)
r r
+0:00262698 + 0:00010750 +
2 2
12
r
+0:00000740
2
2
1 r r
K1 ( r) = [ r ln I1 ( r) + 1:0000 + 0:15443144
r 2 2
4 6
r r
0:67278579 0:18156897
2 2
8 10 (5.31)
r r
0:01919402 0:00110404
2 2
12
r
0:00004686 ]
2
onde:
2 4
r r
I0 ( r) = 1 + 3:5156229 + 3:0899424 +
3:75 3:75
6 8
r r
+1:2067492 + 0:2659732 + (5.32)
3:75 3:75
10 12
r r
+0:0360768 + 0:0045813
3:75 3:75
45
CAPÍTULO 5. MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO APLICADO
À TEORIA DE PLACAS DE REISSNER
2 4
r r
I1 ( r) = r[0:5 + 0:87890594 + 0:51498869 +
3:75 3:75
6 8
r r
+0:15084934 + 0:02658733 + (5.33)
3:75 3:75
10 12
r r
+0:00301532 + 0:00032411 ]
3:75 3:75
ii) para r 2:
1 2
K0 ( r) = p [1:25331414 0:07832358 +
re r r
2 3
2 2
+0:02189568 0:01062446 +
r r
4 5 (5.34)
2 2
+0:00587872 0:00251540 +
r r
6
2
+0:00053208 ]
r
1 2
K1 ( r) = p [1:25331414 + 0:23498619
re r r
2 3
2 2
0:03655620 + 0:01504268
r r
4 5 (5.35)
2 2
0:00780353 + 0:00325614
r r
6
2
0:00068245 ]
r
2 2 2
A0 ( r) = K1 ( r) K0 ( r) + K1 ( r)
r r ( r)2
(5.36)
1 2 2
B 0 ( r) = K1 ( r) K0 ( r) + K1 ( r) ,
r r ( r)2
46
CAPÍTULO 5. MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO APLICADO
À TEORIA DE PLACAS DE REISSNER
1
A0 ( r) = [ rK1 ( r) + 2A( r)]
r
(5.37)
1
B 0 ( r) = [ rK1 ( r) + A( r)] :
r
1
p = [(4A ( r) + 2 rK1 ( r) + 1 )( r;n + r; n ) + (4A ( r) +
4 r
+1 + )r; n 2 (8A ( r) + 2 rK1 ( r) + 1 ) r; r; r;n ]
2
p 3 = [B ( r) n A ( r) r; r;n ]
2
(1 ) (1 + )
p3 = 2 ln( r) 1 n + 2r; r;n
8 (1 )
1
p33 = r;n ,
2 r
(5.38)
onde r;n é a derivada de r em relação a normal no ponto x, ou seja:
@r
r;n = = r; n : (5.39)
@n (x)
Além disso, têm-se as componentes dos esforços solicitantes, devido ao carrega-
mento concentrado unitário nas direções e 3:
47
CAPÍTULO 5. MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO APLICADO
À TEORIA DE PLACAS DE REISSNER
i) Momentos:
( ) 1
M = [(4A ( r) + 2 rK1 ( r) + 1 )( r; + r; ) 2(8A ( r) +
4 r
+2 rK1 ( r) + 1 )r; r; r; + (4A ( r) + 1 + ) r; ]
(3) (1 ) (1 + )
M = 2 ln( r) 1 + 2r; r; .
8 (1 )
(5.40)
2
( )
Q = [B ( r) A ( r) r; r; ]
2
(5.41)
(3) 1
Q = r; .
2
48
CAPÍTULO 5. MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO APLICADO
À TEORIA DE PLACAS DE REISSNER
Z Z
ui ( ) = uij ( ; x) pj (x) d (x) pij ( ; x) uj (x) d (x) +
"+ " Z "+ "
(5.42)
+ ui3 ( ; x) 2 ui ; ( ; x) q (x) d (x) :
(1 )
+ "
Z Z
lim pij ( ; x) uj (x) d (x) = lim pij ( ; x) uj (x) d (x) +
"!0 "!0
"+ " Z" (5.43)
+lim pij ( ; x) uj (x) d (x) ,
"!0
"
Z Z
lim pij ( ; x) uj (x) d (x) = lim pij ( ; x) [uj (x) uj ( )] d (x) +
"!0 "!0
" " 2 3
Z (5.44)
6 7
+lim 4uj ( ) pij ( ; x) d (x)5 .
"!0
"
49
CAPÍTULO 5. MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO APLICADO
À TEORIA DE PLACAS DE REISSNER
Z
Cij ( ) = ij + lim pij ( ; x) d (x) . (5.45)
"!0
"
Z
Cij ( ) uj ( ) = uij ( ; x) pj (x) pij ( ; x) uj (x) d (x) +
Z (5.46)
+ ui3 ( ; x) 2 ui ; ( ; x) q (x) d (x) ;
(1 )
50
CAPÍTULO 5. MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO APLICADO
À TEORIA DE PLACAS DE REISSNER
Z
Cij ( ) uj ( ) = uij ( ; x) pj (x) pij ( ; x) uj (x) d (x) +
Z (5.50)
+q vi; ( ; x) 2 ui ( ; x) n (x) d (x) .
(1 )
51
CAPÍTULO 5. MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO APLICADO
À TEORIA DE PLACAS DE REISSNER
1 2 3
v = 2 r; r (4 ln ( r) 5)
128 D
r2
v3 = 2 (64 ln ( r) 1) ( r)2 (1 ) (2 ln ( r) 3) .
256 D (1 )
(5.51)
As expressões das derivadas das funções (5.51) são dadas por [38, 40]:
r2
v ; = [ (4 ln ( r) 5) + 2 (4 ln ( r) 3) r; r; ]
128 D
rr;
v3; = 32 (2 ln ( r) 1) ( r)2 (1 ) (4 ln ( r) 5) .
128 D 2 (1 )
(5.52)
5.7.1 Deslocamentos
Os deslocamentos para um ponto interno qualquer, são obtidos através do
emprego das equações (5.50) com Cij = ij , ou seja:
52
CAPÍTULO 5. MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO APLICADO
À TEORIA DE PLACAS DE REISSNER
Z Z
ui ( ) = uij ( ; x) pj (x) d (x) pij ( ; x) uj (x) d (x) +
Z (5.53)
+q vi; ( ; x) 2 ui ( ; x) n (x) d (x) .
(1 )
i) Momentos:
Z Z
M ( )= u k ( ; x) pk (x) d (x) p k ( ; x) uk (x) d (x) +
Z (5.54)
+q w ( ; x) d (x) + 2q ;
(1 )
Z Z
Q ( )= u3 k ( ; x) pk (x) d (x) p3 k ( ; x) uk (x) d (x) +
Z (5.55)
+q w3 ( ; x) d (x) .
53
CAPÍTULO 5. MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO APLICADO
À TEORIA DE PLACAS DE REISSNER
i) para ui k :
1
u = [(4A + 2 rK1 + 1 )( r; + r; ) 2(8A+
4 r
+2 rK1 + 1 )r; r; r; + (4A + 1 + ) r; ]
(1 ) (1 + )
u 3 = 2 ln ( r) 1 + 2r; r;
8 (1 ) (5.56)
2
u3 = [B Ar; r; ]
2
1
u3 3 = r; ;
2 r
ii) para pi k :
D (1 )
p = 2
f(4A + 2 rK1 + 1 )( n + n )+
4 r
2 2
+(4A + 1 + 3 ) n 16A + 6 rK1 + r K0 + 2 2
[(n r; + n r; )r; + ( r; + r; ) r;n ] 2(8A + 2 rK1 +
+1 + ) ( r; r;n + n r; r; ) + 4(24A + 8 rK1 + 2 r2 K0 +
+2 2 )r; r; r; r;n g
2
D (1 )
p 3 = [(2A + rK1 ) (r; n + r; n ) 2(4A+ (5.57)
4 r
+ rK1 )r; r; r;n + 2A r;n ]
2
D (1 )
p3 = [(2A + rK1 ) ( r;n + r; n ) + 2An r;
4 r
2 (4A + rK1 ) r; r; r;n ]
2
D (1 ) 2 2 2 2
p3 3 = r B+1 n r A + 2 r; r;n ;
4 r2
54
CAPÍTULO 5. MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO APLICADO
À TEORIA DE PLACAS DE REISSNER
iii) para wi :
r
w = f(4 ln ( r) 3) [(1 ) (r; n + r; n ) + (1 + 3 ) r;n ]+
64
+4[(1 ) r; r; + ]r;n g u n
(1 ) 2 (5.58)
1
w3 = [(2 ln ( r) 1) n + 2r; r;n ] 2 u3 n .
8 (1 )
Z Z
Cij ( ) uj ( ) + pij ( ; x) uj (x) d (x) + pij ( ; x) uj (x) d (x) =
Z Z (5.59)
= uij ( ; x) pj (x) d (x) + uij ( ; x) pj (x) d (x) ,
55
CAPÍTULO 5. MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO APLICADO
À TEORIA DE PLACAS DE REISSNER
r=
x1 (x) x1 ( )
r;1 = = cos
x2 (x) x2 ( )
r;2 = = sen
(5.61)
n1 = cos
n2 = sen
r;n = 1:
2
A ( r) = 2 2
r
(5.62)
1
B ( r) = 2 2,
r
56
CAPÍTULO 5. MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO APLICADO
À TEORIA DE PLACAS DE REISSNER
K0 ! 0
K1 ! 0 (5.63)
K1 ! 0.
Substituindo as equações (5.61) e (5.62) nas equações dos tensores uij e pij da
solução fundamental (equações (5.27) e (5.38) respectivamente), obtêm-se:
i) Deslocamentos uij :
1 8 8
u11 = 2 2 + (1 ) (2 ln ( ) 1) 2 2 2 (1 ) cos2
8 D (1 )
1 8
u12 = u21 = 2 2 (1 ) cos sen
4 D (1 )
(5.64)
57
CAPÍTULO 5. MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO APLICADO
À TEORIA DE PLACAS DE REISSNER
1 8 8
u22 = 2 2 + (1 ) (2 ln ( ) 1) 2 2 2 (1 ) sen2
8 D (1 )
1
u13 = u31 = (2 ln ( ) 1) cos
8 D
1
u23 = u32 = (2 ln ( ) 1) sen
8 D
1 2 2
u33 = 2 (1 ) (ln ( ) 1) 8 ln ( ) .
8 D (1 )
(5.64)
1 8
p11 = 1 + (2cos2 1) 2 2 +
4
1 8
p12 = p21 = 2 2 + cos sen
2
1 8
p22 = 1 + (2sen2 1) 2 2 +
4
1
p13 = 2
cos
2
(5.65)
1
p23 = 2
sen
2
(1 ) 1+
p31 = 2 ln ( ) + 1 cos
8 1
(1 ) 1+
p32 = 2 ln ( ) + 1 sen
8 1
1
p33 = .
2
58
CAPÍTULO 5. MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO APLICADO
À TEORIA DE PLACAS DE REISSNER
uj (x) = ukj ( ; x)
(5.66)
pj (x) = pkj ( ; x) :
Substituindo agora (5.66) em cada uma das equações dadas em (5.60), obtêm-
se:
Z 2
lim uij pkj pij ukj d = 0, (5.67)
!1 0
onde:
d = d . (5.68)
Z Z
Cij ( ) uj ( ) + pij ( ; x) uj (x) d (x) = uij ( ; x) pj (x) d (x) . (5.69)
3
O princípio de Saint-Venant pode ser enunciado em linhas gerais da seguinte forma: Seja
um corpo em equilíbrio sobre o qual atuam forças de superfície. Se a distribuição de forças
agindo numa região pequena em relação as dimensões globais do corpo for substituída por uma
outra distribuição estaticamente equivalente, os correspondentes estados tensionais em pontos
su…cientemente afastados da região carregada serão essencialmente os mesmos.
59
Cap´tulo 6
Implementação Computacional
6.1 Introdução
As equações apresentadas nos capítulos anteriores, representam as expressões
básicas para a solução de problemas de associação espacial de lâminas, utilizando
o método dos elementos de contorno.
Sendo muito difícil, e algumas vezes até impossível, a obtenção de soluções
analíticas para a maioria dos problemas no campo da engenharia, foram desen-
volvidos procedimentos numéricos (aproximados) para a solução de tais problemas.
Os procedimentos empregados nesse trabalho [12, 43, 44] são descritos nos itens a
seguir.
De forma geral, os contornos e as interfaces de cada lâmina são discretizadas
em uma série de elementos, sobre os quais deslocamentos e forças de superfície são
interpolados em função dos valores nodais.
As equações integrais de estado plano e de placas são escritas, de forma dis-
cretizada, para cada ponto fonte aplicado nos pontos nodais funcionais, e as
integrais sobre cada elemento são calculadas. Um sistema …nal de equações al-
gébricas é obtido tratando cada lâmina individualmente como uma sub-região.
Após as transformações de coordenadas nas equações de cada sub-região, procede-
se à compatibilização de deslocamentos e equilíbrio de forças entre elas. O sistema
de equações pode então ser resolvido, obtendo as incógnitas nos contornos e inter-
faces.
Os valores dos deslocamentos, em qualquer ponto do domínio, podem então ser
calculados em função dos deslocamentos obtidos nos contornos e interfaces.
Neste capítulo, são apresentados também os elementos empregados no pro-
60
CAPÍTULO 6. IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL
61
CAPÍTULO 6. IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL
adjacentes.
As funções de interpolação1 , dadas em relação a coordenada adimensional
(Figura 6.3), são as seguintes:
1
N1 = ( 1)
2
N2 = (1 ) (1 + ) (6.1)
1
N3 = ( + 1) ,
2
apresentando valor unitário no ponto nodal considerado e zero nos demais.
1
Como as funções de interpolação e de forma são as mesmas, doravante só a primeira será
empregada.
62
CAPÍTULO 6. IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL
sendo:
8 9
>
< x1 >
=
j
x = x2
>
: >
;
x3
2 3
N1 0 0 N2 0 0 N3 0 0
6 7
N = 4 0 N1 0 0 N2 0 0 N3 0 5
0 0 N1 0 0 N2 0 0 N3
8 9
>
> x11 >
>
>
> >
>
>
> x12 >
>
>
> >
>
>
> >
>
>
> x13 >
>
>
> >
>
>
> x21 >
>
< =
xn = x22 .
>
> >
>
>
> x23 >
>
>
> >
>
>
> >
>
>
> x31 >
>
>
> >
>
>
> x32 >
>
>
> >
>
: ;
x33
u j = N un
(6.4)
p j = N pn ,
63
CAPÍTULO 6. IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL
onde:
8 9 8 9
>
> u 1 >
1 >
>
> p 1 >
1 >
>
> >
> >
> >
>
>
> u 1 >
> >
> p 1 >
>
>
> 2 >
> >
> 2 >
>
>
< u2 >= >
< p2 >=
1 1
un = ; pn =
>
> u 2 >
> >
> p22 >
>
>
>
2 >
> >
> >
>
>
> u 3 >
> >
> p 3 >
>
>
> 1 >
> >
> 1 >
>
>
: u3 >; >
: p3 >;
2 2
" #
N1 0 N 2 0 N 3 0
N= .
0 N 1 0 N 2 0 N3
8 1 9 8 9
>
> 1 >
> >
> M11 >
>
>
> >
1 >
>
> >
>
>
> > > M21 >
> 2 >
> >
> >
>
>
> > > >
> 1 > > >
>
> w >>
>
>
>
> Q1 >
>
>
>
> >
2 >
>
> >
>
>
> > > M12 >
< 1 >= >
< >
=
2
un = 2 ; pn = M22
>
> > > >
> 2 >
> >
> >
>
>
> w >
> >
> Q2 >
>
>
> >
> >
> >
>
>
> 3 > > M13 >
> 1 >> >
> >
>
>
> 3 >
> >
> >
>
>
> > > M23 >
> 2 >> >
> >
>
: 3 >
> ; >
: >
;
w Q3
64
CAPÍTULO 6. IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL
2 3
N1 0 0 N2 0 0 N3 0 0
6 7
N = 4 0 N1 0 0 N2 0 0 N3 0 5,
0 0 N1 0 0 N2 0 0 N3
sendo2 :
M =M
(6.5)
Q=Q :
Assim, de forma genérica, tem-se para uma lâmina sujeita aos efeitos simultâ-
neos de extensão e de ‡exão:
8 9 8 9
>
> u1 >> >
> p1 >
>
>
> >
> >
> >
>
>
> u >
> >
> >
>
< 2 = < p2 =
uj = 1 ; j
p = M1
>
> >
> >
> >
>
>
> >
> >
> M2 >
>
>
> 2 >
> >
> >
>
: ; : ;
w Q
8 9 8 9
>
> u11>
> >
> p11 >
>
>
> >
> >
> >
>
>
> u12>
> >
> p12 >
>
>
> >
> >
> >
>
>
> 1 >
> >
> >
>
>
> 1 >
> >
> M11 >
>
>
> >
1 >
>
> >
>
>
> > > M21 >
> 2 >
> >
> >
>
>
> > > >
> 1 > > >
>
> w >>
>
>
>
> Q1 >
>
>
>
> > > >
> 2 > > >
>
> u1 >
>
>
>
>
> p21 >
>
>
>
> > > >
> 2 > > >
>
< u2 >
>
=
>
>
< p22 >
>
=
2
un = 1 ; pn = M12
>
> >
2 >
>
> >
>
>
> > > M22 >
> 2 >
> >
> >
>
>
> > > >
> 2 >
> >
> >
>
>
> w >
> >
> Q2 >
>
>
> > > >
> 3 >
> >
> >
>
>
> u 1 >
> >
> p31 >
>
>
> > > >
> 3 >
> >
> >
>
>
> u 2 >
> >
> p32 >
>
>
> >
3 >
>
> >
>
>
> > > M13 >
> 1 >
> >
> >
>
>
> >
3 >
>
> >
>
>
> > > M23 >
> 2 >
> >
> >
>
: 3 >
> ; >
: >
;
w Q3
2
são os cossenos diretores da normal exterior ao contorno.
65
CAPÍTULO 6. IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL
2 3
N1 0 0 0 0 N2 0 0 0 0 N3 0 0 0 0
6 7
6 0 N1 0 0 0 0 N2 0 0 0 0 N3 0 0 0 7
6 7
N=6
6 0 0 N1 0 0 0 0 N2 0 0 0 0 N3 0 0 7
7
6 7
4 0 0 0 N1 0 0 0 0 N2 0 0 0 0 N3 0 5
0 0 0 0 N1 0 0 0 0 N2 0 0 0 0 N3
d = jJj d , (6.6)
66
CAPÍTULO 6. IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL
l (l l + 2b)
N1 =
2 (l a b) (l 2a)
l (2 (a b) l )
N2 = +1 (6.8)
(l 2a) (l 2b)
l (l + l 2a)
N3 = ,
2 (l a b) (l 2b)
onde:
l ! comprimento total do elemento;
a ! afastamento do nó inicial do elemento;
b ! afastamento do nó …nal do elemento.
Para o caso em que apenas um dos nós geométricos coincide com o nó funcional
(a = 0 e b 6= 0 ou a 6= 0 e b = 0), têm-se os elementos semi-contínuos ou de tran-
sição, onde pode-se utilizar as equações (6.8), com a = 0 ou b = 0, dependendo do
nó em que ocorre a descontinuidade.
3
Para o caso em que se tem a e b iguais a zero, as equações (6.8) recaem nas equações (6.1).
67
CAPÍTULO 6. IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL
68
CAPÍTULO 6. IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL
69
CAPÍTULO 6. IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL
0 1 0 1
X
NE Z X
NE Z
(E) B (E) C (E) B (E) C (E)
Ci ui = @ Uij Nd A pj @ Pij Nd A uj , (6.9)
j=1 j=1
j j
sendo6 :
Ci = C( i ) ! Matriz dos coe…cientes que aparecem nas equações (4.20);
(E)
ui = u(E) ( i ) ! Vetor deslocamento do ponto fonte i;
70
CAPÍTULO 6. IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL
(E) (E)
Uij =U ( i ; xj ) ! Matriz que contém as componentes do tensor solução
fundamental para os deslocamentos;
(E)
Pij = P (E) ( i ; xj ) ! Matriz que contém as componentes do tensor solução
fundamental para as forças de superfície;
(E)
uj ! Vetor que contém as componentes dos deslocamentos relativos aos
pontos nodais funcionais do elemento j ;
(E)
pj ! Vetor que contém as componentes das forças de superfície relativos aos
pontos nodais funcionais do elemento j;
N E ! Número de elementos.
Chamando:
Z
(E) (E)
Gij = Uij Nd (6.10)
j
Z
^ (E)
H ij =
(E)
Pij Nd , (6.11)
j
(E)
X
NE
(E) (E)
X
NE
Ci ui = Gij pj ^ (E)
H
(E)
ij uj , (6.12)
j=1 j=1
ou ainda:
X
NE
(E) (E)
X
NE
(E) (E)
Hij uj = Gij pj , (6.13)
j=1 j=1
com:
(E) ^ (E)
Hij = H ij para i 6= j
(6.14)
(E) ^ (E)
Hij = H ij + Ci para i = j.
71
CAPÍTULO 6. IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL
0 1 0 1 0 1
X
NE Z X
NE Z X
NE Z
(P ) B (P ) C (P ) B (P ) C (P ) B C
Ci ui = @ Uij Nd A pj @ Pij Nd A uj + @q si d A
j=1 j=1 j=1
j j j
(6.15)
sendo7 :
Ci = C( i ) ! Matriz dos coe…cientes que aparecem nas equações (5.50);
(P )
ui = u(P ) ( i ) ! Vetor deslocamento do ponto fonte i;
si = vi; 2 ui n . (6.16)
(1 )
Empregando a de…nição:
Z
(P ) (P )
Gij = Uij Nd (6.17)
j
Z
(P )
^ ij (P )
H = Pij Nd (6.18)
j
Z
(P )
bij =q si d , (6.19)
j
72
CAPÍTULO 6. IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL
(P )
X
NE
(P ) (P )
X
NE X
NE
Ci ui = Gij pj ^ (P
H
) (P )
ij uj +
(P )
bij , (6.20)
j=1 j=1 j=1
ou ainda:
X
NE
(P ) (P )
X
NE
(P ) (P )
X
NE
(P )
Hij uj = Gij pj + bij , (6.21)
j=1 j=1 j=1
com:
(P ) ^ (P )
Hij = H ij para i 6= j
(6.22)
(P ) ^ (P )
Hij = H ij + Ci para i = j.
8
O índice m faz referência ao nó.
73
CAPÍTULO 6. IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL
ou ainda:
h i
(E) 1 (E) 2 (E) 3 (E)
Hij = Hij Hij Hij
h i
(E) 1 (E) 2 (E) 3 (E)
Gij = Gij Gij Gij
(6.25)
h i
(P ) 1 (P ) 2 (P ) 3 (P )
Hij = Hij Hij Hij
h i
(P ) 1 (P ) 2 (P ) 3 (P )
Gij = Gij Gij Gij .
9
O eixo x1 é sempre referente ao comprimento da estrutura, enquanto que e o eixo x3 encontra-
se sempre perpendicular a lâmina.
74
CAPÍTULO 6. IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL
x = Rx t, (6.26)
onde:
8 9
>
< x 1 >
=
x= x2 ;
>
: >
;
x3
8 9
>
< 1 >
x =
x= x2 ;
>
: >
;
x3
8 9
>
< x1 x1 >
=
t= x2 x2 ;
>
: >
;
x3 x3
8 9
>
< 11 12 13 >
=
R= 21 22 23 com ij = cos ij ,
>
: >
;
31 32 33
75
CAPÍTULO 6. IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL
de superfície podem ser escritos do sistema local para o global através do emprego
de uma matriz M de transformação de coordenadas, de…nida por:
2 3
R 0 0 0 0 0
6 7
6 0 R 0 0 0 0 7
6 7
6 0 0 R 0 0 0 7
6 7
M=6 7. (6.27)
6 0 0 0 R 0 0 7
6 7
6 0 0 0 0 R 0 7
4 5
0 0 0 0 0 R
uj = Muj
(6.28)
pj = Mpj .
X
NE X
NE X
NE
Hij Muj = Gij Mpj + bij , (6.29)
j=1 j=1 j=1
ou ainda:
X
NE X
NE X
NE
Hij uj = Gij pj + bij , (6.30)
j=1 j=1 j=1
com:
Hij = Hij M
(6.31)
Gij = Gij M.
76
CAPÍTULO 6. IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL
M3 = 31 M1 + 32 M2 + 33 M3 =0 (6.32)
M3 = 31 M1 + 33 M3 =0 (6.33)
Para análise das interfaces de uma associação de lâminas (Figura 6.10), surgem
mais incógnitas. Admitindo que as lâminas da …gura 6.10 possuam (n+m) nós,
onde n nós encontram-se no contorno e m nós encontram-se na interface, tem-se
um total de 5(n+2m) equações para 10n incógnitas no contorno e 20m incógnitas
na interface.
77
CAPÍTULO 6. IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL
u11 = u21
u12 = u22
1 2
3 = 3
1 2 (6.34)
1 = 1
1 2
2 = 2
w1 = w2 ,
onde os índices superiores referem-se ao número da lâmina.
p11 + p21 = 0
p12 + p22 = 0
M31 + M32 = 0
(6.35)
M11 + M12 = 0
M21 + M22 = 0
Q1 + Q2 = 0.
Para o caso, onde mais de duas lâminas convergem para a mesma interface,
por exemplo 4 lâminas apresentando uma mesma interface (Figura 6.11), têm-se
que as equações (6.34) e (6.35) podem ser reescritas, respectivamente, da seguinte
forma:
78
CAPÍTULO 6. IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL
Hu = Gp + b, (6.38)
8 9 8 9
>
> u 1 >
> >
> p1 >
>
>
> >
> >
> >
>
>
> u >
> >
> p2 >
>
>
> 2 >
> >
> >
>
>
< >
= >
< M >
=
3 3
uj = ; pj = , (6.39)
>
> >
> >
> M1 >
>
>
>
1 >
> >
> >
>
>
> >
> >
> M2 >
>
>
> 2 >
> >
> >
>
>
: >
; >
: Q >
;
w
79
CAPÍTULO 6. IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL
80
CAPÍTULO 6. IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL
0 1 0 1
X
NE Z X
NE Z
(E) B (E) C (E) B (E) C (E)
ui = @ Uij Nd A pj @ Pij Nd A uj (6.42)
j=1 j=1
j j
0 1 0 1 0 1
X
NE Z X
NE Z X
NE Z
(P ) B (P ) C (P ) B (P ) C (P ) B C
ui = @ Uij Nd A pj @ Pij Nd A uj + @ qsij d A
j=1 j=1 j=1
j j j
(6.43)
11
Componentes de forças de volume são nulas (bj = 0).
81
CAPÍTULO 6. IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL
Z1
I= f ( )d , (6.44)
1
2
( )=a + b + c, (6.45)
82
CAPÍTULO 6. IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL
a= c
b=1 (6.47)
p
2 1
c= .
2
a=
2
b=1 (6.48)
c= .
2
2
( )= 1 + . (6.49)
2
Da equação (6.49), tem-se:
d = (1 )d . (6.50)
Z1 h i
2
I= f 1 + (1 )d , (6.51)
2
1
Z1 Z Z1
I= f ( )d = f ( )d + f ( )d . (6.52)
1 1
As duas integrais do lado direito podem ter seus limites alterados para 1e1
através de uma mudança conveniente de variáveis. Assim, têm-se:
83
CAPÍTULO 6. IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL
1h (1)
i
= (1 + ) 1+
2
(6.53)
1 (1)
d = ( + 1) d ;
2
1h (2)
i
= (1 )+1+
2
(6.54)
1 (2)
d = (1 )d .
2
Z1 Z1
1 (1) ( + 1) (1)
f ( )d = f ( + 1) 1+ d +
2 2
1 1
Z1 (6.55)
1 (2) (1 ) (2)
+ f (1 ) +1+ d ,
2 2
1
(1)
onde a primeira integral do lado direito apresenta singularidade em =1ea
segunda em (2) = 1.
Empregando as equações (6.49) e (6.50) escritas para (1) e (2) , e considerando
os pontos singulares acima mencionados, pode-se reescrever a equação (6.55) na
forma:
Z1 Z1
1 1 2 ( + 1) (1 )
f ( )d = f ( + 1) (1 )+ + 1 d +
2 2 2
1 1
Z1
1 1 2 (1 ) (1 + )
+ f (1 ) ( 1) + + +1 d ,
2 2 2
1
(6.56)
que resolve o problema de singularidade logarítmica.
84
CAPÍTULO 6. IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL
Hu = 0. (6.57)
Assim, têm-se:
X
NN
Hpp = Hpq (Dqp T) (p = 1; ; NN) , (6.58)
q=1
q6=p
sendo:
Hpq ! Submatriz de H;
N N ! Número de pontos nodais;
2 3
1 0 0 0 0 0
6 7
6 0 1 0 0 0 0 7
6 7
6 0 0 1 0 0 0 7
6 7
Dqp =6 7;
6 0 0 0 1 0 0 7
6 7
6 0 0 0 0 1 0 7
4 5
0 0 0 x1 (p) x1 (q) x2 (p) x2 (q) 1
" #
RT 0
T= .
0 RT
85
CAPÍTULO 6. IMPLEMENTAÇÃO COMPUTACIONAL
X
NN
Hpp = I Hpq (Dqp T) (p = 1; ; NN) , (6.59)
q=1
q6=p
6.5.3 Subvetores de b
86
Cap´tulo 7
Aplicações Numéricas
7.1 Introdução
Para testar o programa desenvolvido, no qual foram implementadas as teorias e
as técnicas computacionais descritas nos capítulos anteriores, analisar-se-á alguns
exemplos de estruturas compostas pela associação no espaço de lâminas retas,
onde para cada lâmina existe um estado plano de tensões associado ao de ‡exão
de placas.
Os resultados obtidos para os deslocamentos no contorno e nos pontos internos
serão comparados com outras sistemáticas de análises dos problemas propostos,
como por exemplo a teoria da resistência dos materiais e o método dos elementos
…nitos (MEF).
Para que os resultados obtidos possam ser comparados com o método dos ele-
mentos …nitos, empregou-se o programa de análise estrutural GT Strudl (Georgia
Technology Research Corporation), cuja licença pertence a Exactum Consultoria
e Projetos Ltda. O tipo de elemento que será empregado é o SBHQ6 (Stretching
and Bending Hybrid Quadrilateral with 6 Degree of Freedom), intrínseco ao próprio
programa GT Strudl.
A seguir, são apresentados os referidos exemplos numéricos e as respectivas
análises de resultados.
87
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES NUMÉRICAS
7.2 Aplicações
7.2.1 Exemplo 1 - Placa com Espessura e Módulo de Elas-
ticidade Variáveis
L1 = L2 = L3 = 200 cm;
t 1 = 30cm (Espessura da Região 1);
t 2 = 15cm (Espessura da Região 2).
88
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES NUMÉRICAS
89
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES NUMÉRICAS
L3 t31
I1 = ;
12
L3 t32
I2 = .
12
Logo, os deslocamentos verticais na borda livre da placa são dados pela seguinte
equação:
45qL41 3qL42
w= + . (7.2)
2E1 t31 2E2 t32
Para que os resultados do problema possam ser comparados com o método dos
elementos …nitos, utilizou-se o mesmo número de nós no contorno e na interface
da discretização feita pelo método dos elementos de contorno.
Os resultados obtidos para os deslocamentos verticais na borda livre da placa
são apresentados na tabela 7.1.
90
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES NUMÉRICAS
-0,300
-0,400
-0,500
-0,600
-0,700
x (cm)
91
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES NUMÉRICAS
L3 = 200 cm;
t = 10 cm;
= 90 o :
L3 t3
I= .
12
92
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES NUMÉRICAS
93
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES NUMÉRICAS
4qL32 12qL22 L1
w= + . (7.4)
Et3 Et3
Para que os resultados do problema possam ser comparados com o método dos
elementos …nitos, utilizou-se o mesmo número de nós no contorno e na interface
da discretização feita pelo método dos elementos de contorno.
Os resultados obtidos para os deslocamentos verticais na borda livre da lâmina
horizontal são apresentados na tabela 7.2.
L1 = L2 = 100 cm;
L3 = 200 cm;
t = 10 cm;
= 120 o :
94
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES NUMÉRICAS
95
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES NUMÉRICAS
L3 t3
I= .
12
q
w= [L2 cos ( 90o )] 12L2 L1 + 6L21 sin ( 90o ) + 4L22 . (7.6)
Et3
96
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES NUMÉRICAS
Para que os resultados do problema possam ser comparados com o método dos
elementos …nitos, utilizou-se o mesmo número de nós no contorno e na interface
da discretização feita pelo método dos elementos de contorno.
Os resultados obtidos para os deslocamentos verticais na borda livre da lâmina
inclinada são apresentados na tabela 7.3.
Para a análise, emprega-se uma malha composta por 42 elementos e 100 nós
dispostos nos contornos e interfaces da estrutura (Figura 7.12).
97
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES NUMÉRICAS
98
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES NUMÉRICAS
P
u(x) = x, (7.7)
EA
onde:
P: carregamento axial;
A: área da seção transversal;
E : módulo de elasticidade longitudinal.
A = 99cm2
P = q A ! P = 20 99 = 1980kN:
1980
u(x) = x ! u(x) = 9; 524 10 4 x. (7.8)
21000 99
99
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES NUMÉRICAS
Para que os resultados do problema possam ser comparados com o método dos
elementos …nitos, utilizou-se o mesmo número de nós nos contornos e nas interfaces
da discretização feita pelo método dos elementos de contorno.
Os resultados obtidos para os deslocamentos longitudinais da barra devido ao
carregamento de tração são apresentados na tabela 7.4, enquanto que a comparação
entre os valores obtidos para os diversos métodos de análise podem ser veri…cados
na …gura 7.14.
100
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES NUMÉRICAS
0,100
0,080
0,060
u (cm)
0,040
0,020
0,000
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
x (cm)
101
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES NUMÉRICAS
Pela teoria de vigas da resistência dos materiais, tem-se que a solução do pro-
blema é dada por [49, 50]:
M 2
w(x) = x, (7.9)
2EI
onde:
M : momento ‡etor aplicado;
I : momento de inércia;
E : módulo de elasticidade longitudinal;
L: comprimento da barra.
I = 32710cm4
M =P d ! M = 1000 26; 6667 = 26666; 7kN:cm (ver …gura 7.16),
sendo:
P: resultante de carga triangular;
d: distância entre as resultantes de carga.
26666; 7
w(x) = x2 ! w(x) = 1; 941 10 5 x2 . (7.10)
2 21000 32710
Para que os resultados do problema possam ser comparados com o método dos
elementos …nitos, utilizou-se o mesmo número de nós nos contornos e nas interfaces
da discretização feita pelo método dos elementos de contorno.
102
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES NUMÉRICAS
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
0,000
-0,025
-0,050
-0,075
w (cm)
-0,100
-0,125
-0,150
-0,175
-0,200
x (cm)
103
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES NUMÉRICAS
ximos dos obtidos empregando o método dos elementos …nitos e a teoria de vigas
da resistência dos materiais.
L1 = L2 = 100 cm;
L3 = L4 = 50 cm;
t = 5cm;
= 120 o :
104
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES NUMÉRICAS
Para análise, emprega-se uma malha composta por 16 elementos e 42 nós dis-
postos nos contornos e interfaces, conforme …gura 7.20.
Os resultados para os deslocamentos verticais e transversais são comparados
com os valores fornecidos pelo método dos elementos …nitos (MEF).
Para que os resultados do problema possam ser comparados com o método dos
elementos …nitos, utilizou-se o mesmo número de nós no contorno e na interface
da discretização feita pelo método dos elementos de contorno.
105
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES NUMÉRICAS
106
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES NUMÉRICAS
130
120
110
100
90
80
w (cm)
70
60
50
40
30
20
10
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110
v (cm)
107
CAPÍTULO 7. APLICAÇÕES NUMÉRICAS
108
Cap´tulo 8
Conclusões
109
CAPÍTULO 8. CONCLUSÕES
como sugestões:
i) Implementação de não linearidade física e geométrica;
ii) Implementação dos efeitos de peso próprio e de temperatura;
iii) Desenvolvimento de outras formas de carregamentos, como por exemplo
cargas concentradas;
iv) Implementação de efeitos dinâmicos na estrutura.
110
Referências Bibliográ…cas
[3] RIZZO, F.J., "An Integral Equation Approach to Boundary Value Problems
of Classical Elastostatics", Quart. Appl. Math. v. 25, pp.83-85, 1967.
[6] PALERMO JR., L., Análise de Peças de Seção Delgada como Associação de
Placas pelo Método dos Elementos de Contorno. Tese de D.Sc., Escola de
Engenharia de São Carlos/USP, São Carlos, SP, Brasil, 1989.
[9] BAIZ, P.M., ALIABADI, M.H., "Local Buckling of Thin Walled Structures
by BEM", Advances in Boundary Element Techniques, pp. 39-44, 2007.
111
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[14] SHAMES, I.H., Mechanics of Deformable Solids, New Jersey, Prentice Hall,
1964.
[18] REISSNER, E., "On the Theory of Bending of Elastic Plates", Journal of
Mathematics and Physics, v. 23, pp. 184-191, 1944.
[19] REISSNER, E., "The E¤ect of Transverse Shear Deformation on the Bending
of Elastic Plates", Journal of Applied Mechanics, vol. 12, 1945.
[20] REISSNER, E., "On the Bending of Elastic Plates", Quartely of Applied
Mechanics, v. 5, pp. 55-58, 1947.
112
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[23] VANDER WEEËN, F., "Application of the Direct Boundary Element Method
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