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2 CULTURA HOMEOPÁTICA • INVERNO 2003

sumário

4 editorial
Uma homenagem ao dr. Masi-Elizalde,

14
um dos grandes expoentes da Homeopatia
latino-americana.

edição especial

6
Conheça as regras para o envio de artigos
científicos para a próxima edição da
revista Cultura Homeopática.

entrevista
A socióloga Madel Terezinha Luz,

16
da UERJ, é a entrevistada desta
edição, uma das grandes pensadoras
da Medicina e da Homeopatia.
breves
Notícias e eventos da

8
Homeopatia.

artigo
O papel da Homeopatia na Odontologia é

18
analisado neste artigo de Ruth Barbosa.

guia de farmácias

12 artigo
A dra. Maria Thereza Cera Galvão faz uma
comparação entre as traduções de cinco
retificação
diferentes versões do Organon.
Na edição passada, foi omitido o nome do dr.
Mário Sposati na matéria sobre o Dia das
Medicinas Não-convencionais. Gostaríamos de
registrar a importância de sua participação
neste evento.

expediente
Diretoria Comitê de Redação Contato
Eliana Pirolo Amarilys de Toledo César
José Claudio Domingos José Antônio Bachur Escola de Homeopatia
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Jornalista responsável: Lizandra Magon de Almeida (Mtb 23.006)

INVERNO 2003 • CULTURA HOMEOPÁTICA 3


english version

Dr. Masi-Elizalde

Dr. Alfonso Masi-Elizalde, one of the great names of angst, saw in these stimuli new prospects for research. Ac-
contemporary homeopathy, passed away on July 23rd, in Buenos cording to Elizalde, homeopathy is still in a scientific nurs-
Aires, Argentina, at the age of 71. His trajectory in homeopa- ery and its maturity will require a permanent and vigilant
thy followed an interesting genealogy within the Unicist ho- effort of many generations of homeopaths.
meopathy field. His father, Jorge Augusto Masi-Elizalde, also As a friend, student and interlocutor of his ideas, my first
a homeopath physician, created, together with Pablo Paschero, reaction, when I heard of his death, was to remain silent. The
Carlos Fisch and Armando Grosso, a Kentian group inside second reaction was to perceive how unfair is the void that is
the Argentine Homeopathic Medical Association. created by this fact. The third reaction was the following: to
As years elapsed, the Escuela Medica Homeopatica write as someone that is about to be anesthetized and does not
Argentina was created and, in the 1980’s, Masi-Elizalde know if he/she will ever wake up to know if everything hap-
founded, together with his closest associates, the Instituto pened as it should. Homage has the serious problem of gener-
de Altos Estudios Homeopaticos James Tyler Kent. Alfonso ally stay far from reaching the honored person’s importance.
Masi-Elizalde published several articles in the magazine So, please allow me a poetic license. I will not make
“Actas del Instituto James T. Kent”, as well as celebrated any homage. I will be open and confirm that I will write
introductions to books such as Gathak’s classic book on because I need to do it. He has not only a brilliant homeo-
miasmas. He also had a striking participation in many path, but a philosopher of health, and, if I may say so, this
congresses and conferences worldwide. is something of a different magnitude. Masi recreated the
The study groups founded by him (or inspired by him) significance of modern homeopathy (and it does not matter
in several cities in Argentina, Brazil, Italy, Germany, France, who perceived it or not), and with his iconoclastic fury
Switzerland and Spain remain active, generating continu- drove thousands of people in our marginal Latin America,
ous interest in students and new generations of homeo- reaching other continents.
paths. His supervision of clinical cases enlightened and The most striking contrast is to see how an iconoclast
benefited directly hundreds of people. He had been writing of his kind allowed himself to be affected by his associates.
a book for many years, to which he intended to the give the Yes, because we took the risk of interpreting: what was he
title of “Confessions of an old Homeopath”. looking for in discussions: critical interlocution, caustic in-
Elizalde advocated an exegetic review of homeopath telligence, the stirring argument. Each drop of rebellious-
books, and he did this with absolute vigor. Unable to ac- ness preached by him required a double effort from those
cept both the organicist and scientificist reductionism, and who surrounded him. In many situations, we witnessed
the excesses of a dogmatic and non-productive Kentism his admonishing fury; it was not addressed to his adver-
that did not know how to evolve, he undertook the task of saries (it only looked as if it did) but against us, who had
reviewing the classics and of pointing out the many not reached his critical refinement and his bright spirit, not
episthemologic gaps in the homeopathic corpus. His inten- to speak of his benevolent non-conformism.
sity and assertive determination in advocating his view- It was not difficult to agree with him. However, to
points triggered numerous discussions (some of them discuss with someone of his experience and to diverge from
healthy, others only disproportionate reactions) in the au- someone with his analytical accuracy was a special privi-
diences he addressed. However, his provocations had a lege. From the top of his philosopher’s panoramic view, he
specific didactic purpose. After all, he was an expert in told many people, amongst which I was, that what he
maieutics (the Socratic art of teaching students to think) wanted most to be recognized for was that it was possible,
and, using this technique, he urged students to always and, moreover, permitted and desirable, to be an icono-
challenge their teachers. clast. He was one. His ideas are iconoclastic. If we re-
Obviously, this active and permanent subversion of the spected hierarchy, we should have the consistent dignity of
established order ensured him a huge supply of enemies. remaining silent and let his adversaries occupy this pre-
However, this only caused him to remain fighting for a cious gap with the revenge of sameness. As we do not
permanent debate. On the other side, he also left many respect hierarchies, we prefer his own poetic words: “our
friends and students, who, oscillating between disquiet and first invention is our own life”. Well done, Masi.

4 CULTURA HOMEOPÁTICA • INVERNO 2003


por Paulo Rosenbaum editorial
Dr. Alfonso Masi-Elizalde, um Elizalde, a homeopatia está ainda
dos grandes nomes da homeopatia num berçário científico e sua matu-
contemporânea faleceu subitamente ridade vai requerer permanente e vigi-
dia 23 de julho em Buenos Aires, Ar- lante esforço de várias gerações de
gentina, aos 71 anos de idade. Sua homeopatas.
trajetória na homeopatia seguiu uma Como amigo, estudante e in-
interessante linhagem dentro da linha terlocutor de seu pensamento, meu
unicista. Seu pai, Jorge Augusto primeiro impulso foi reduzir-me ao
Mais-Elizalde, também médico silêncio quando soube de sua morte.
homeopata junto com Thomas Pablo O segundo foi perceber quão injusto
Paschero, Carlos Fisch e Armando é o vácuo que se cria com uma notí-
Grosso, formaram um núcleo ken- cia destas. O terceiro foi este: escrever
tiano dentro da Associação Médica como alguém que está para ser
Homeopática Argentina. anestesiado e não sabe se vai acordar
Depois, com os anos, surgiram para saber se tudo aconteceu como
a Escuela Médica Homeopática Ar- deveria acontecer. As homenagens
gentina e nos anos 80 Masi-Elizalde têm o sério problema de ficarem
fundou junto com os colaboradores geralmente aquém do homenageado.
mais próximos, o Instituto de Altos Estudios Então, me permitam a licença poética, mas não farei
Homeopáticos James Tyler Kent. Alfonso Masi-Elizalde homenagem alguma. Vou ser honesto e confirmar que
deixou publicado vários artigos em sua revista “Actas vou escrever porque preciso. Ele não era somente um
del Instituto James T. Kent”, célebres prefácios de livros, brilhante homeopata mas um filósofo da saúde, o que, se
como por exemplo o clássico de Gathak sobre mias- me permitem o reparo, é algo de uma outra magnitude.
mas, participação marcante em muitos congressos e Masi re-significou a homeopatia contemporânea (e pouco
conferências ao redor do mundo. importa quem percebeu isso ou não) e com sua fúria
Os grupos de estudo fundados por ele (ou sob sua iconoclasta impulsionou milhares aqui na nossa marginal
inspiração) em várias cidades na Argentina, Brasil, Itália, América Latina, alcançando os outros continentes.
Alemanha, França, Suíça e Espanha permanecem ativos, Mas o contraste mais interessante é que um
gerando interesse progressivo nos estudantes e nas novas escolástico de sua estirpe tenha sido o professor ilustre
gerações de homeopatas. Suas supervisões de casos que mais se permitiu afetar pelos seus colaboradores.
clínicos elucidaram e beneficiaram diretamente centenas Sim, porque arriscamos a interpretação: o que ele buscava
de pessoas. Há anos vinha escrevendo um livro que na polêmica era a interlocução crítica, a inteligência
pretendia intitular “Confissões de um velho Homeopata”. cáustica, o contra-argumento arrebatador. A cada gota
Elizalde defendia uma revisão exegética dos textos de rebeldia que pregava, ele exigia em dobro dos que o
homeopáticos e fez isto com absoluto vigor. Inconfor- rodeavam. E se, em muitas situações, testemunhamos
mado tanto com o reducionismo organicista e cientificista sua fúria admoestadora, ela não era contra seus
como com os excessos de um kentismo dogmático e adversários (era apenas o que parecia), mas contra nós -
improdutivo, que não soube evoluir, lançou-se à tarefa de que ainda não havíamos chegado ao seu refinamento
rever os clássicos e apontar as muitas lacunas epistemo- crítico e a seu espírito arguto, muito menos ao seu
lógicas do corpus homeopático. Sua veemência e assertiva benévolo inconformismo.
determinação na defesa de seus pontos de vista desencadeou Concordar com ele não era difícil. Mas discutir
inúmeras polêmicas (algumas sãs, outras apenas reações com alguém com sua experiência e divergir de alguém
desproporcionais) nas platéias por onde passava. com sua precisão analítica é que foi o enorme privilégio.
Suas provocações, no entanto, tinham uma precípua Do alto de sua visão panorâmica de filósofo, ele segredou
finalidade didática. Afinal, era um expert em maiêutica a muitos - entre os quais a mim mesmo - que o que ele
(a arte socrática de ensinar os alunos a pensar) e, através queria ver reconhecido nele era de que era possível, e
desta técnica, pressionava os estudantes a duvidar sempre mais do que isto permitido e desejável, ser um
dos mestres. Claro que essa subversão militante e perma- iconoclasta. Ele foi. Suas idéias são. Se respeitássemos a
nente da ordem estabelecida lhe garantiu um enorme hierarquia deveríamos ter a coerente dignidade de ficar
manancial de inimigos. O que só o instigava a permane- bem calados e deixar que seus adversários ocupem este
cer lutando pelo debate permanente. Por outro lado, precioso vácuo com o tradicional revanchismo da
também deixou muitos amigos e estudantes que, osci- mesmice. Como não a respeitamos, preferimos as suas
lando entre a inquietação e a angústia, vislumbravam palavras de poeta: “nossa primeira invenção é nossa
nestes estímulos novas perspectivas de pesquisa. Para própria vida”. Bem bolado, Masi.

INVERNO 2003 • CULTURA HOMEOPÁTICA 5


entrevista

Dra. Madel Luz


uma visão sociológica da saúde
Apresentamos nesta edição entrevista especial, feita pelo editor Paulo Rosenbaum especialmente
para a revista Cultura Homeopática, com Madel Terezinha Luz, professora titular do Instituto
de Medicina Social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Socióloga,
pesquisadora, autora entre muitos outros títulos de Natural, racional, social (ed. Campus), A arte
de curar versus a ciência das doenças (ed. Dynamis) e O lugar da mulher (ed. Paz e Terra), a
dra. Madel Luz é, acima de tudo, uma pensadora das questões que interessam ao homem e –
conseqüentemente – à Homeopatia.

Cultura Homeopática - Como você avalia a situação atual CH - Como você direcionaria uma discussão profícua neste
da homeopatia no Brasil? Pergunto isso por que se aumenta campo, sabendo que o próximo Congresso Brasileiro de
seu grau de institucionalização, aumenta também a Homeopatia (Brasília, 2004) terá por tema “Homeopatia,
cobrança por uma validação mais consistente. E este me medicina do sujeito e o desafio institucional”.
parece um problema (como você mesma apontou no CBH MTL - Esta é uma questão interessante. O saber e a
em Curitiba), pois as contradições afloram de duas formas: prática clínica homeopáticos pertencem claramente a
os que desejam validá-la (diante disso, não estou nem uma medicina do sujeito, no caso do sujeito doente. O
computando os que não se preocupam com a questão) fora diagnóstico é o diagnóstico de um sujeito, e o medica-
de seus padrões epistêmicos (alegando consonância com a mento, terapêutica básica da homeopatia, também o é.
ciência moderna) e os que preferem fazer isso (apesar do Em relação ao processo de institucionalização, embora
custo intelectual e desgaste político) de acordo com critérios a medicina das especialidades, dominante nos sistemas
que são científicos, mas que ainda não estão no main frame de saúde (público e privado) seja centrada na “objetivi-
da medicina contemporânea? dade” das patologias, cada vez mais a questão do sujeito
Madel Terezinha Luz - Acho que este é um tema da se coloca como um obstáculo epistemológico, prático e
história do campo homeopático: institucional para este paradigma. A questão do sujeito
a) lutar pela institucionalização do saber e da prática nos serviços e programa de saúde já é uma discussão
homeopáticos. Como já disse no livro, a Homeopatia forte no campo da Saúde Coletiva. A Homeopatia
pode ser considerada “vencedora” quanto a este processo. poderia fazer uma discussão profícua do assunto, à medi-
b) em relação às exigências de cientificidade, elas já se da que não dicotomizasse esses termos, pois já ha cam-
colocavam ao tempo de Hahnemann, e não cessarão de pos de aplicação em que a dicotomia sujeito doente X
existir enquanto o paradigma científico que se colocou doenças, coletivo X individual está sendo superada.
na modernidade não for superado. O marco desse
paradigma, baseado em causalidades, leis, determinações, CH - Você já se referiu ao polêmico assunto das pesquisas
linguagem formal através do método científico etc. clínicas em muitas ocasiões. A argumentação era de que
impede que determinados olhares e perspectivas deveríamos encontrar e defender um novo modelo de
disciplinares sejam considerados científicos. A validação como, por exemplo, fez a psicanálise. Neste
homeopatia é uma dessas disciplinas. Mas, no limite, é sentido, poderia fazer uma síntese de suas propostas?
o caso de todas as ciências humanas. MTL - Prefiro “passar” essa questão, pois é muito
Para mim, como cientista social, a ciência é um discurso polêmica no campo. Já existem homeopatas partidários
cultural, socialmente construído como qualquer outro. Suas da “medicina baseada em evidências”, outros de “estudos
afirmações não têm o caráter de estabelecimento de verdades epidemiológicos duplo cego” etc. Melhor não...
absolutas como parecem ter para os homeopatas, ou pelo
menos para uma parte deles. E isso também é parte da CH - Sua pesquisa sobre racionalidades médicas continua.
história da Homeopatia. Não importa o que os homeopatas Que novos aportes e direções de pesquisas surgiram como
façam para se fazer reconhecidos, jamais serão vistos como desdobramentos?
científicos DENTRO DESTE PARADIGMA, com seus MTL - Nem o CNPq me pediu esse resumo de minha
pressupostos filosóficos e método. linha de racionalidades! Basicamente, estou tendo

6 CULTURA HOMEOPÁTICA • INVERNO 2003


entrevista
resultados interessantes com a investigação das novas CH - Não se pode afirmar que exista uma só Homeopatia,
práticas em saúde. Sua ligação com valores culturais mas variadas interpretações sobre o que de fato caracteriza
centrais, como beleza, vigor, juventude, e também seu núcleo duro. Nós, da Escola de Homeopatia, achamos
individualismo, competição, sucesso etc. A questão do que a Homeopatia pode ser praticada de várias formas mas
corpo e sua “modelagem” são estratégicas nessa área que seu núcleo fundante é, seja qual for a técnica, o cuidado
temática do Projeto, e a ascensão de um paradigma da com o sujeito. Comente por favor.
saúde vista como vitalidade, boa forma etc. está sendo MTL - Como venho afirmando há dez anos, o que
analisado como alternativa cultural ao modelo medica- caracteriza basicamente o núcleo central do pensamento
lizante da medicina preventivista atualmente dominante médico homeopático (“doutrina médica”, na pesquisa
na cultura médica, por oposição ao paradigma curativista “Racionalidades Médicas”) é a busca de um pensamento
anterior. No entanto, os estudos comparativos das científico (“racional”, como dizia Hahnemann em sua
medicinas, e/ou dimensões de cada medicina do projeto linguagem clássica) sobre a TERAPÊUTICA. A ho-
inicial “Racionalidades Médicas” (homeopatia, medicina meopatia é antes de tudo uma ciência da arte de curar,
tradicional chinesa, ayurveda e biomedicina) continuam por paradoxal que isto possa parecer na nossa cultura. A
desdobrando-se nos trabalhos de meus orientandos. dimensão terapêutica, entretanto, é voltada para sujeitos
doentes, e não para as patologias. Aproximando-se,
CH - Considerando que o discurso das medicinas assim quanto a este aspecto, da psicanálise, a homeopatia tem
denominadas complementares (termo que acho particular- como núcleo duro de episteme e praxis o de ser uma
mente infeliz) tem sido particularmente ambíguo: ora quer terapêutica científica do sujeito doente. Apenas,
se ver integrada no hall da modernidade científica, ora prefere diferentemente desta outra disciplina, a Homeopatia
o isolamento auto-referente, teoricamente afirma que trata o volta-se para a totalidade da vida, em seus aspectos
sujeito mas quer validar seus procedimentos abstraindo a sensoriais, orgânicos, psíquicos, sociais e “espirituais”
singularidade quando faz pesquisas. Certa vez você afirmou (aqui vistos não como religiosos ou místicos, mas como
que a Homeopatia só poderia avançar se trabalhasse melhor dimensão ética transcendente do sujeito, por não se
em suas contradições. Como você encaminharia um diag- reduzir às dimensões anteriores). Nisto a Homeopatia
nóstico (e terapêutica se possível) para avançar nas discussões? se aproxima das medicinas tradicionais, orientais ou não
MTL - O que caracteriza, a meu ver, a produção (medicina chinesa, ayurveda, medicinas tradicionais
discursiva atual na área da medicina e das terapêuticas, indígenas, etc). A racionalidade homeopática é híbrida
assim como na cultura geral, é o “hibridismo” e a também quanto a este aspecto, pois tem “um pé” na
“colagem” conceitual (conceitos de Mássimo Canevacci, modernidade (a busca de cientificidade para seu
autor italiano da área de sociologia da comunicação). paradigma) e outro na tradição (visão do sujeito doente
Isto leva ao fato de que terapêuticas ou medicinas ditas e do adoecimento em perspectiva holista, busca da cura
complementares não possam ter um discurso ou promoção da saúde como totalidade de dimensões
“coerente”, fechado em sua racionalidade. São discursos não isoláveis etc). Vejo isto como uma riqueza admirável
mesclados, culturalmente “mestiços”, em que a e acho que a Homeopatia segue ainda hoje como medicina
racionalidade original aparece hibridada com outra. Por do futuro. Seria pena reduzi-la a uma racionalidade
outro lado, a autoridade moral da ciência como tecnocientífica! Os homeopatas precisam aprender a
produtora única de verdades, força a que todo discurso conviver com a diversidade interna de seu campo, e ao
ou prática terapêutica, para legitimar-se, tenha que mesmo tempo a lidar com essa diversidade em seus três
“provar” que se insere nos marcos metodológico e níveis estratégicos, para tornar-se “pensamento científico”:
teórico da ciência, isto é, tem que provar: que é metodológico, conceitual, e terapêutico.
“científica”. Isto leva a esta posição ambígua ou
ambivalente das outras racionalidades médicas e práticas
terapêuticas em relação à ciência. A homeopatia não é
exceção, ao contrário, pois foi a primeira a iniciar esse
processo no fim do século XVIII. Pessoalmente, acho
que os homeopatas têm que levar essa discussão ao
campo estratégico, respeitando a diversidade conceitual
interna ao campo, mas encarando-a firmemente através
da produção discursiva. Em outras palavras: tem que se
debruçar de forma amadurecida sobre suas polêmicas,
tratando-as epistemológica e metodologicamente
também, não apenas politicamente, como vem fazendo
há um século e meio.

INVERNO 2003 • CULTURA HOMEOPÁTICA 7


artigo

Das formas do
cirurgião-dentista
ser também
homeopata
No Brasil, a possibilidade de atuação conjunta Estes três fatores - selamento labial, respiração
entre Homeopatia e Odontologia iniciou-se no fi- nasal e mastigação bilateral alternada - são
nal do século passado, comprovando que trocar primordiais ao desenvolvimento do crânio-facial e
informações e conhecimento é prática indispensável do organismo como um todo.
entre profissionais responsáveis e visionários. O estímulo sensorial para um bom vedamento
A Homeopatia oferece ao cirurgião-dentista labial inicia-se durante a amamentação. A possi-
uma filosofia que expande e aprofunda a observa- bilidade de o lábio envolver o mamilo e estabelecer
ção de seu paciente. Ao mesmo tempo, a Odonto- com ele uma relação de tônus muscular tal que
logia assessora a remoção de obstáculos mecânicos deflagre o movimento de sucção, compreendido pela
à cura, deixando ao observador homeopata apenas ordenha da mama, determina estímulos neurais que
o que é característico e peculiar ao paciente no desencadearão o desenvolvimento mandibular nos
ambiente estomatoglossognato-cranio-cervical. sentidos vertical, transversal e póstero-anterior bi-
Esclarecer e ampliar o significado de Sintoma e lateral, idênticos.
interrelacioná-lo aos Sinais privilegia o paciente de Conjuntamente ao desenvolvimento crânio-
melhor compreensão sobre seu desequilíbrio. Os facial, a amamentação é auxiliar indispensável no
sintomas como manifestações de alterações mais estabelecimento dos circuitos nervosos responsá-
profundas que incorporam não somente aspectos veis pela respiração nasal. O ar inalado pelo nariz
físicos, como órgãos e sistemas, mas também chega aos alvéolos pulmonares umedecido, termi-
aqueles psicológicos e energéticos que interferem camente equalizado, filtrado e com velocidade ótima
de maneira muitas vezes irreversível, provocando para ser bem absorvido e nutrir o cérebro para exe-
para-funções e lesões teciduais, podem chegar, no cutar suas funções.
panorama evolutivo, ao mascaramento total de sua No entanto, acidentes de percurso ocorrem e são
origem até a falência funcional. freqüentes em nossas comunidades civilizadas. O
Não será exagerado relatar que no consultório Sistema Estomatoglossognato, por exemplo, mesmo
odontológico deparamos com inúmeros sinais e em presença de aleitamento materno, começa a
sintomas passíveis de desaparecer com intervenções falecer quando deveria iniciar a mastigação de
cotidianas e não medicamentosas. alimentos sólidos. Toda a arquitetura dos elementos
Desde o aleitamento materno, completo em dentais e de todo o Sistema Oral foi projetada de
estímulos energéticos, psicológicos e físicos, até a forma a sofrer desgastes das facetas tanto de oclusão
reabilitação oral do paciente senil com próteses como interproximais. A ausência de moagem dental
equilibradas no que se refere à recuperação das dos alimentos duros e secos com seu atrito e desgaste
dimensões verticais dental e muscular, assim como característicos impede a evolução equilibrada do
da dinâmica dos movimentos látero-protrusivos sistema nas diferentes faixas etárias.
mandibulares, é possível o restabelecimento do Como resultado observamos em crianças
selamento labial, da respiração nasal e da mastigação cúspides dentais intocadas, atrofias transversais,
bilateral alternada. verticais e póstero-anteriores – determinantes de

8 CULTURA HOMEOPÁTICA • INVERNO 2003


por Ruth Barbosa (*) artigo
palato ogival e apinhamento dentário, impossi- neuronais envolvidos nas funções orais, que são:
bilidade de movimentos latero-protrusivos – perti- a) Funções Clássicas: sucção, deglutição,
nentes à mastigação, hipotonia muscular regional mascação, mastigação e sorção; respiração,
acentuada com compensações corporais descen- comunicação (fonemas) e postural.
dentes, ptose ou extrusão lingual entre outros fatores. b) Funções Não Clássicas: bocejar, sorrir, mímica,
Portanto, a inapetência, sede, dificuldades gas- beijar, chorar, morder.
trointestinais e gripes freqüentes, irritações nasais, c) Funções Anti-Aborais (= da boca para fora):
sons nos ouvidos, dese- cuspir, eructar, vomitar,
quilíbrios, quedas fre- ânsia, espirrar, tossir,
qüentes, distúrbios ocu- “A sua visão se regurgitar.
lares, lacrimejamentos e Esperamos ter se-
secreções, pouco desen- tornará clara apenas meado algumas dúvidas
volvimento geral para a quando você puder olhar e interesses na aproxi-
idade, ansiedade, inquie- mação entre diferentes
tude, alterações emocio-
dentro de seu coração. profissionais para trocar
nais, irritabilidade, falta de Quem olha para fora, informações, ampliar
concentração, dificuldade sonha, quem olha para nossos horizontes e nos
de contato e relaciona- unirmos para melhor
mento são alguns dos dentro, acorda.” acolher nossos pacientes,
sinais e sintomas que compreender-lhes o sofri-
podem ser referidos a C.G. Jung mento, respeitá-los e
falhas no desenvolvi- aceitá-los como são, usan-
mento do Sistema Esto- do nosso conhecimento
matognático e que, em para aliviar-lhes aquilo
qualquer faixa etária, podem ser tratados e recupe- que nos compete pois, assim como nós mesmos, eles
rados senão em sua totalidade, pelo menos de forma deverão trilhar seus próprios caminhos e fazer suas
a permitir ao paciente melhor qualidade de vida. escolhas, individualmente.
Os cirurgiões-dentistas podem trocar
informações concernentes ao desenvolvimento do (*) Cirurgiã-Dentista, Mestre em Fisiologia e
Sistema Orofacial, à respiração, às posturas e tônus Biociências (USP), Curso de Homeopatia para
musculares, ao interrelacionamento entre os 12 Cirurgiões-Dentistas, Curso de Homeopatia para
pares de nervos cranianos e ao papel da formação Médicos, Clínica Ortopedia Funcional dos
reticular como moduladora nos diversos circuitos Maxilares

INVERNO 2003 • CULTURA HOMEOPÁTICA 9


nova Sensitiva na
Vila Madalena
A filial da Sensitiva
na Vila Madalena, à
rua Luminárias, 211,
São Paulo, segue os
mesmos critérios de
qualidade e compro-
misso com o atendi-
mento e serviço.
Com estacionamento
e entrega em domicí-
lio, está aberta das 8
às 20 horas, durante
a semana, e das 8 às
17 horas aos sábados.

Vila Mariana • Rua Joaquim Távora, 1524 • Tel: (11) 5539-6736 • Fax: (11) 5575-5607
10 Vila Madalena
CULTURA H• Rua Luminárias, 211• Tel/fax: (11) 3031-0222 • www.sensitiva.com.br • sensitiva@sensitiva.com.br
OMEOPÁTICA • INVERNO 2003
24

sensitiva
horas
de homeopatia
Ponto de referência para médicos e pacien-
tes, a Sensitiva é a única farmácia homeo-
pática do país com atendimento 24 horas,
mostrando que a homeopatia está presente o
tempo todo na vida das pessoas.
Dia e noite, a farmácia Sensitiva mantém a
mesma estrutura operacional e plantonistas
aptos a prestar atenção farmacêutica e con-
duzir situações de emergência.

Ação Social
Comprometida com instituições que atendem
crianças, adolescentes e adultos carentes,
a Sensitiva fornece medicamentos gratuitos
a pacientes encaminhados pelo atendimento
social da Associação Paulista de Homeopatia
e da Escola Paulista de Homeopatia; doa
medicamentos e florais para a Fundação Ma-
ria Carolina; e frascos para preparo de
florais para o programa social Gotas de
Flor com Amor. No Rio, é sócia-mantenedora
da Ong Ação para o Semelhante.

reciclagem e meio ambiente


A fim de preservar o do lixo. Com
meio ambiente e ajudar isso, reduz a ex-
a gerar benefícios para tração de recur-
a economia nacional, sos naturais
a sociedade e a natu- e o volume de
reza, a Sensitiva op- resíduos em
tou pela reciclagem São Paulo.
INVERNO 2003 • CULTURA HOMEOPÁTICA 11
artigo

Comparação entre diferentes


Organons1

Resumo Um dos grandes problemas na Homeopatia


O principal instrumento de referência prática de atualmente é que, pelo fato de que o Dr.
um homeopata é o Organon da Arte Médica ou Or- Hahnemann era e escrevia em alemão2, os cuidado
ganon da Arte de Curar, livro escrito por Samuel necessários a serem tomados em sua tradução
Hahnemann, médico alemão, livro este que contém devem ser muito grandes, para que conceitos
as regras para se praticar a Homeopatia. Os principais errôneos não sejam difundidos para os homeopatas
conceitos usados em Homeopatia se baseiam em seus em geral.
parágrafos, além do fato de que a sexta edição deste Tendo isso em vista, fomos tomados por uma
livro foi o ultimo livro escrito por ele. Então, é de enorme grande curiosidade sobre o que resultaria se as
importância que se tenha ótimas traduções deste livro, traduções deste livro se fossem comparadas entre
já que o Dr. Hahnemann escrevia em alemão, para si. A idéia não era fazer uma verificação da
que conceitos errôneos não sejam difundidos para os qualidade das traduções, mas sim uma análise do
homeopatas em geral. resultado destas comparações.
Foram feitas análises em traduções aleatoriamente
The mainly references instrument of practical of escolhidas pela autora, de obras escritas em português,
the homeopatician is the Organon of Medical Art, espanhol e inglês3. Não foram analisadas obras em
books wrote for Samuel Hahnemann, German phy- alemão, pois a autora não domina este idioma.
sician and chemist, whom that contain the rules to Este fato, inclusive, será usado para se ter uma
use Homeopathy. The mainly concepts used in Home- idéia de que tipo de ferramenta um estudioso em
opathy go on its paragraphs, furthermore it is the Homeopatia que não fala o idioma alemão4 estará
latest book written by him. Then, it is very impor- utilizando.
tant that we are very good translations this book, Nossa principal preocupação é que, se as
since Hahnemann written in German, for wrong traduções não forem semelhantes em seu conteúdo,
concepts not to be sprayed for homeopaths in general. então definições e conceitos homeopáticos errôneos
ou equivocados estarão sendo usados como corretos.
Unitermos Para fazer esta análise foram escolhidos alguns
Homeopatia, Organon, Estudo, Traduções, parágrafos para serem comparados alguns parágra-
Hahnemann fos do Organon. O critério desta escolha foi baseado
em uma necessidade da autora, que os estava
Introdução usando em outro trabalho5. Além de listar as
O principal instrumento de um estudo teórico traduções escolhidas, também listaremos os
sobre Homeopatia é o Organon da Arte de Curar, parágrafos escolhidos e suas respectivas traduções
livro escrito por Samuel Hahnemann. Além de para o português6, quando forem necessárias, e
conter as regras básicas para se praticar a compararemos as traduções.
Homeopatia, os principais conceitos usados pelos Por fim, descreveremos e analisaremos as conse-
homeopatas se baseiam em seus parágrafos. A sua qüências das conclusões a que se chegará. Foram
importância também se deve ao fato de ter sido o utilizadas cinco traduções do Organon para análise
último livro escrito por Hahnemann. comparativa de alguns parágrafos. São eles:

12 CULTURA HOMEOPÁTICA • INVERNO 2003


por Maria Thereza Cera Galvão do Amaral artigo
1) Organon de la Medicina - tradução para o velmente falha de metodologia em sua tradução.
castelhano da 6ª edição do Organon por Willian A discussão acerca de sua tradução7 deveria
Boericke. Editorial Albatros, Buenos Aires, 1991. envolver grupos e não só indivíduos. Aliás, se poderia
2) Organon da Arte de Curar - tradução de Edméa ir além: deveriam ser grupos multidisciplinares.
Marturano Villela e Izao Carneiro Sores - IHFL - Lingüistas, sociólogos, historiadores e outros, além
Museu de Homeopatia Abrão Brickmann, 1996. de homeopatas, deveriam compor este grupo.
3) Organon of the Medical Art - edited and Não é possível que se deixe sem analisar o
annotated by Wenda B. O’Reilly . Bidcage Books; contexto histórico da época, as particularidades da
Redmond, Washington, 1997. Traduzido do língua e da história alemã na época de Hahnemann,
alemão para o inglês. a história do próprio Hahnemann, a história dos
4) Organon - 5ª edição do Organon traduzida Organons, e outras abordagens essenciais.
do alemão por Dudgeon e 6ª edição traduzida por A conclusão possível é que um trabalho
Willian Boericke (em inglês). Retirado do site http:/ qualitativo extenso neste sentido urge por ser feito,
/www.homeopathyhome.com/reference/organon. para que os homeopatas brasileiros possam ter mais
5) Exposição da Doutrina Homeopática ou Or- segurança em seus estudos do e com o Organon.
ganon da Arte de Curar - traduzido da 6ª edição E mesmo para que a parte teórica da Homeopatia
alemã. Grupo de Estudos Homeopáticos “Benoit dê um salto maior ainda do que já está sendo dado.
Mure”, São Paulo, 1980.
Todos parágrafos foram traduzidos para o
Referências
português quando estavam escritos em outra 1. Baseado em trabalho apresentado no Congresso
língua. A tabela com os comentários sobre a Brasileiro de Homeopatia, em setembro de 2001 no
comparação dos parágrafos, para complemento Rio de Janeiro.
deste artigo, pode ser encontrada no site da Escola 2. Alemão do século XVIII, em um período que a
de Homeopatia www.escoladehomeopatia.org Alemanha ainda não era unificada.
3. O único críterio para isso foi que a autora lê estas
Conclusões, comentários e sugestões três línguas.
4. Fato este que é comum à maior parte dos estudiosos
Nestes poucos parágrafos estudados, diferenças de Homeopatia do Brasil.
de escrita e tradução foram notadas, em uma análise 5. Trabalho esse também apresentado no Congresso
que poderia ser considerada não superficial, mas Brasileiro de Homeopatia, em setembro de 2001 no
que também não possui a profundidade de um Rio de Janeiro.
estudioso em Homeopatia. 6. As traduções estarão à disposição no site da Escola
Estas diferenças, ao contrário do que poderia Paulista de Homeopatia (www.escoladehomepatia.
indicar uma análise superficial demais, não denotam org.br) , pois seu tamanho foge ao padrão permitido
por esta publicação.
uma boa ou uma má qualidade na tradução dos
7. Não se faria a ‘mais correta’ e sim a ‘mais provável’.
Organons utilizados neste trabalho, e sim prova-

INVERNO 2003 • CULTURA HOMEOPÁTICA 13


edição especial

Cultura Homeopática
terá edição especial
A revista Cultura Homeopática completa um ano de existência com o lançamento de uma edição especial anual dedicada à
publicação de trabalhos de cunho científico. Com textos mais densos e conteúdo relacionado à pesquisa homeopática, a quinta
edição da Cultura Homeopática – a ser publicada em novembro próximo – terá cerca de 100 páginas. Para participar, é
preciso estar atento para as normas que publicamos a seguir. Os interessados devem enviar seus artigos digitados, por e-mail.
Todos os trabalhos serão submetidos ao comitê de redação da revista, cujo editor é o dr. Paulo Rosenbaum.

Normas aos Colaboradores ser (a) página de rosto (b) resumo (em português e inglês)
A revista Cultura Homeopática - Archivos da Escola (c) palavras-chave (d) texto (e) referências bibliográficas
de Homeopatia publica artigos, ensaios, resenhas e notas (f ) legendas de figuras e tabelas (g) figuras (h) tabelas. O
de pesquisa inéditos; reproduz documentos de valor trabalho deverá ter até duas mil palavras.
histórico; edita debates e entrevistas; e veicula resumos Depoimentos: Entrevistas com pessoas cujas histórias
de dissertações e teses. de vida ou realizações profissionais sejam relevantes para
Normalmente não publicamos artigos que tenham o conhecimento da história das ciências ou da saúde. O
sido publicados anteriormente, mas poderemos fazer texto deverá ter até quinhentas palavras.
exceções sob circunstâncias especiais. O editor reserva-se Fontes: Esta seção destina-se à divulgação de acervos
o direito de efetuar alterações ou cortes nos trabalhos ou seus componentes que tenham relevância para a
recebidos para adequá-los às normas da revista, pesquisa sobre a Homeopatia. Documentos transcritos
respeitando o estilo e os conteúdos do autor. parcial ou integralmente, acompanhados de texto
Ao remeter o material para análise, o autor introdutório; obras raras, coleções científicas, bibliotecas
automaticamente estará aceitando as normas de e arquivos descritos, analisados e/ou parcialmente
publicação da revista e passando os direitos mundiais de reproduzidos em fac-símiles, em até duas mil palavras.
‘copyright’ sobre seu material para a mesma. Debate: Temas históricos ou da atualidade propostos
Qualquer material publicado nesta revista reflete a pelos editores ou por colaboradores e debatidos por
opinião de seus autores e não as do editor ou dos especialistas que expõem seus pontos de vista por escrito
publicadores. Os autores deverão obter permissão para ou ao vivo. No primeiro caso, os colaboradores podem
reproduzir material (mapas, diagramas, figuras e sugerir temas e participantes, responsabilizando-se a
fotografias) de outros autores. editoria pela interação deles e pela edição do texto final.
O debate ao vivo, quando não for organizado pela revista,
Seções pode ser submetido em forma de fita gravada já transcrita,
Análise: Textos analíticos ou ensaísticos resultantes de cabendo a edição final aos editores da revista. O texto
estudos e pesquisas concernentes a temas de interesse para deverá ter até duas mil palavras.
Homeopatia. O formato do trabalho deverá seguir o usual Nota de Pesquisa: Relato preliminar, mais curto e
- introdução, material e métodos, resultados, discussão, incipiente do que um artigo, enfatizando hipóteses,
conclusão, referências bibliográficas. Sua estrutura deverá progressos e dificuldades de pesquisas em andamento,
ser (a) página de rosto (b) resumo (em português e inglês) comentando fontes, métodos e técnicas utilizados e
(c) palavras-chave (d) texto (e) referências bibliográficas desdobramentos antevistos, em até mil palavras.
(f ) legendas de figuras e tabelas (g) figuras (h) tabelas. O Livros & Redes: Resenhas e análises críticas de obras
trabalho deverá ter até duas mil palavras. publicadas e assuntos concernentes ao fluxo de informação
Casos clínicos: Casos bem descritos, que visem via redes de computadores e bancos de dados
enriquecer o conhecimento e a experiência dos leitores. informatizados, em até mil palavras.
Devem ser descritos de maneira concisa. Devem ser Teses: Descrição sucinta de dissertações de mestrado
claros na terapêutica usada, manejo e ponto de doutrina e teses de doutorado e livre-docência em até quatrocentas
abordado. A discussão deve ser crítica e reflexiva, mais que palavras.
doutrinária. Análises de casos (seleção de sintomas, Cartas: Comentários e críticas a artigos ou a qualquer
estratégia de prescrição etc.) devem ser transparentes e texto publicado em números anteriores da revista ou
bem justificadas. Devem discutir a matéria médica opiniões sobre assuntos de interesse dos leitores em até
envolvida e o diagnóstico diferencial. Toda documentação duzentas palavras.
envolvendo o caso também será bem-vinda, incluindo exames
auxiliares. O formato do trabalho deverá seguir o usual - Apresentação dos Originais
introdução, material e métodos, resultados, discussão, A revista Cultura Homeopática - ArCHivos da Escola
conclusão, referências bibliográficas. Sua estrutura deverá de Homeopatia aceita colaborações em português, espanhol,

14 CULTURA HOMEOPÁTICA • INVERNO 2003


edição especial
inglês e francês para todas as seções. Os originais devem ser quando estritamente necessário, devem ser digitadas ao
enviados com texto digitado em programas compatíveis final do texto, dispensando os autores o emprego dos
com o ambiente Windows. Podem ser enviados pelo correio, recursos para criação automática de notas de fim e de
em disquetes de 3 1/2" (salvar o texto em dois disquetes rodapé dos programas editores de texto.
diferentes, por precaução), ou via e-mail, pelo modo Títulos: Os títulos de livros, artigos, teses etc., em
anexado. Não serão aceitos textos digitados diretamente qualquer idioma, devem trazer em maiúscula somente a
no corpo do e-mail. inicial da primeira palavra, a não ser em caso de nomes
Na carta ou no e-mail devem constar os seguintes próprios. Se a obra tiver subtítulo, este é separado do
dados: título(s) dos artigos, nome(s) completo(s) do(s) título por dois pontos.
autor(es), instituição (ões) a que pertence(m), por ex- Citações: As menções a autores no correr do texto
tenso, endereço(s) completo(s) e até cinco linhas de devem subordinar-se à forma (sobrenome do autor, data)
informações profissionais, sobre cada autor, para uma ou (sobrenome do autor, data, página), como nos
pequena descrição do(s) mesmo(s). Pede-se que o(s) exemplos: (Rios, 1962) ou (Rios, 1962, p. 13). Diferentes
autor(es) destaque(m) termos ou expressões no texto por títulos do mesmo autor publicados no mesmo ano deverão
meio de aspas simples em lugar de itálico ou negrito. ser diferenciados - nas citações e nas referências
Apenas citações, transcrições ou epígrafes em língua bibliográficas - adicionando-se uma letra depois da data.
estrangeira devem constar em itálico. Ex.: (Sevcenko, 1964a), (Sevcenko, 1964b). No caso de
O texto deve ser digitado em corpo 12, com entrelinha citações com mais de um autor, somente o sobrenome do
de 1,5. A quantidade máxima de palavras está primeiro deverá aparecer, seguido de et al. quando houver
determinada acima, de acordo com as seções estipuladas. apenas mais um (Ferreira et al., 1985), ou et alii quando
No Word for Windows, a contagem de palavras do texto forem mais de dois autores (Ferreira et alii, 1985). As
digitado faz-se por consulta ao menu Ferramentas/Contar referências bibliográficas deverão ser listadas ao final do
Palavras. artigo, em ordem alfabética, de acordo com o sobrenome
Ilustrações: As imagens (fotografias, ilustrações, do primeiro autor e obedecendo à data de publicação, ou
gravuras) devem ser enviadas em arquivos próprios, de seja, do trabalho mais recente para o mais antigo. Não
imagem. Isso significa arquivos com as extensões .jpg, .tif devem ser abreviados nomes de autores, títulos de
ou .eps. Não serão aceitas, em hipótese alguma, imagens periódicos, livros, editoras, cidades etc.
aplicadas diretamente em arquivos de Word ou Power Só são aceitos textos inéditos em Homeopatia ou
Point. As imagens devem ter resolução de 300 dpi, em assuntos de interesse para a Homeopatia. Encaminhados
tamanho natural, e devem ser escaneadas em RGB quando a pareceristas, serão devolvidos ao(s) autor (es) caso estes
forem coloridas ou Grayscale quando forem em preto e sugiram mudanças ou correções. A publicação implica a
branco. Também podem ser enviados os originais em papel cessão integral dos direitos autorais à Escola Paulista de
ou cromo para que sejam escaneados pela revista. Todas Homeopatia (EPH).
as imagens devem vir acompanhadas de legendas, com a Nenhum original é devolvido.
devida numeração. Fora as instruções acima, utilizar as normas da ABNT.
Resumo: Os artigos devem vir acompanhados de
resumo na língua principal com, no mínimo, cem palavras Entre em contato conosco:
e, no máximo, 165. Cultura Homeopática - ArCHivos da Escola de
Palavras-chave: Os autores devem apresentar de três Homeopatia
a cinco palavras-chave, na língua original, expressando o Escola Paulista de Homeopatia (EPH)
conteúdo do trabalho. Rua Estado de Israel, 639
Nomenclatura: Devem ser observadas cuidadosa- CEP 21045-900
mente as regras de nomenclatura zoológica e botânica, São Paulo - SP
assim como abreviaturas e convenções adotadas em Tel/ Fax.: +55 11 5571 8583 / +55 11 5573 3946
disciplinas especializadas. culturahomeopatica@escoladehomeopatia.org.br
Notas de rodapé: Numeradas, sucintas, usadas só www.escoladehomeopatia.org.br

INVERNO 2003 • CULTURA HOMEOPÁTICA 15


breves Amarilys de Toledo Cesar

Jornada de Pesquisa em Homeopatia:


Faz sentido?
Nada como trabalhar com pra-
zer! Não, não se trata de trabalhar
em uma casa de diversões de qual-
quer tipo, mas sim de planejar e ver
acontecer um evento onde quali-
dade é sinônimo de conseguir reunir À esq., visão geral da
excelentes profissionais que reali- sala. Abaixo, o prof.
zam importantes trabalhos no meio Flavio Dantas
da pesquisa básica em Homeopatia. apresenta sua aula.
Afinal, contarmos com os conhecidos
drs. Flavio Dantas (Unifesp) e
Haydée M. Moreira (Universidade
de Marília - Unimar), além de Maria
Eugênia G. Porto e Marco Antonio Barboza, dicionais toma
orientandos do prof. José Fernando Gregori Faigle um aspecto
(ausente por motivo de saúde), e Cideli de P. Coelho, mais aceitável
orientanda de Leoni V. Bonamin (em viagem de pela comuni-
férias) é um privilégio para poucas ocasiões. Assim dade científica.
foi a II Jornada de Pesquisa em Homeopatia, No dia seguinte, Dantas começou sua apresen-
promovida pelo curso de Farmácia da EPH, e tação perguntando aos presentes sua opinião sobre
aberta a todos os professores e profissionais dispos- a possibilidade ou não da ocorrência de efeitos
tos a ouvir, refletir e questionar aspectos tão desco- colaterais a partir de medicamentos homeopáticos.
nhecidos da terapêutica proposta por Hahnemann. Primeira questão: o que se entende por efeitos cola-
O período inicial contou com a apresentação terais na terapêutica homeopática? A preocupação
da dissertação de mestrado do veterinário José sobre efetividade – comprovada não apenas por
Roberto Guedes, defendida poucos dias antes na casos clínicos individuais – e sobre segurança dos
Faculdade de Medicina da USP, que trabalhou medicamentos homeopáticos deveria ser funda-
sobre o experimento do austríaco Endler. Foi mental para todos, porém ainda nos surpreende.
estudado o efeito da tiroxina, em altas diluições, A veterinária Cideli apresentou seu trabalho de
sobre a velocidade de metamorfose de rãs. Sua mestrado na área de patogenesia realizada com
exposição foi clara, relatando as dificuldades encon- animais. A bióloga Haydée expôs o trabalho que visa
tradas em realizar um trabalho sem apoio financeiro tratar trabalhadores expostos a chumbo, aumentando
institucional, em uma escola médica de renome, a eliminação deste metal tóxico. Além dos resultados
porém não conhecida por sua flexibilidade. Guedes positivos, nos fez refletir quando relata as dificuldades
participou ativamente, desde a separação das encontradas ao lidar com as soluções dinamizadas,
glândulas tireóide dos girinos em metamorfose para como por exemplo quando abordou a possibilidade
trituração até a administração diária durante meses de “troca de informações” entre soluções altamente
da solução dinamizada, com a contagem e retirada diluídas e outras que deveriam ser inertes.
dos animais metamorfoseados dos aquários. A Jornada foi plenamente satisfatória em seu
Os pós-graduandos Maria Eugênia e Marco conteúdo. Porém fica a surpresa, motivo do título deste
Antonio são químicos pesquisadores da Unicamp, texto: por que a maioria dos professores da Escola, e
na área de solventes. Relataram experimentos e alunos de outras áreas, além da comunidade homeo-
resultados obtidos com água submetida a campos pática em geral não compareceu? Divulgação fraca,
eletromagnéticos, assim como a dinamização tradicio- temperatura excepcionalmente fria sem dúvida con-
nal, demonstrando seus efeitos tanto em plantações tribuíram, porém a reflexão sobre o interesse dos homeo-
quanto em seres vivos em geral. O que para nós é patas em tentar compreender e explicar os fenômenos
corriqueiro, quando realizado por pesquisadores tra- com os quais lidamos diariamente precisa ser feita.

16 CULTURA HOMEOPÁTICA • INVERNO 2003


breves
Congresso discute usos Ao Colega
A
veterinários da homeopatia
Dr. Paulo Rosenbaum,
Editor da Cultura Homeopática
carta
Caro Paulo,
Entre os dias 09 e 12 de outubro, a Associação
Médico Veterinária Homeopática Brasileira, a AMVHB, Gostaria de parabenizá-lo pela publicação “Cultura
vai realizar o I Congresso Brasileiro de Homeopatia Hoemopática”. O número 03, entretanto, merece uma
Veterinária. Painéis, mesas-redondas, debates e palestras retificação, pois a dissertação de Hahnemann “A
maravilhosa concepção da mão humana” (traduzida nesta
farão parte do evento, que enfocará temas como “Dose
edição) não é um artigo de graduação (como indica o
e farmacotécnica das diversas escalas”, “Aplicação Prática
sumário), mas apenas um trabalho de conclusão de
da Homeopatia na Pecuária de Corte” e “Homeopatia segundo grau, marcando o fim de sua brilhante atividade
em Animais Silvestres”, entre outros. escolar no Colégio de St. Afra, em Meissen.
O Congresso acontecerá na sede da Escola Paulista Tenho certeza que houve apenas um engano ao se
de Homeopatia, que fica na rua Estado de Israel, 639, confundir um simples trabalho escolar com a tese de
Vila Clementino, São Paulo. Mais informações com graduação em Medicina, apresentada e defendida por
Fernanda pelo telefone (11) 5093-7903, ou pelo e-mail Hahenmann em Erlangen, anos mais tarde.
zoby@uol.com.br.
Cordialmente,
Ubiratan
Porto Alegre e Minas Gerais
promovem encontros São Paulo, 03 de agosto de 2003

Prezado Colega,
A III Jornada Sul-Brasileira de Homeopatia,
promovida pela Sociedade Gaúcha de Homeopatia, Realmente a informação que consta no sumário ficou
acontecerá em Porto Alegre entre os dias 06 e 09 de truncada, pois como Pierre Schmidt coloca literalmente
novembro, no Centro de Eventos da AMRIGS. O este “foi seu texto de graduação do colegial”. Como
evento dirige-se a profissionais da área de medicina você bem deve saber, publicava-se monografias nas
humana e animal, bioquímicos, biólogos e farmacólogos conclusões do que hoje chamamos segundo grau. Se
e terá como tema central as “Substâncias que alteram a notar bem, isso praticamente se esclarece no chapéu
saúde do homem moderno”. Informações e inscrições do próprio artigo com as informações de sua idade e
na secretaria de eventos, pelo telefone (0XX51) 3311- data da publicação, bem antes portanto da sua formatura
em medicina. De qualquer forma vou avisar nossos leitores
7350 ou pelo e-mail lmgrings@terra.com.br.
desta pequena e sutil omissão.
Minas Gerais também promove evento na área.
Trata-se do X Encontro Mineiro de Homeopatia, que Sinceramente,
vai se realizar em Belo Horizonte nos dias 14, 15 e 16 de
novembro. Quem fizer as inscrições até o dia 15 de Paulo Rosenbaum
setembro terá desconto de 50%. Mais informações pelos
telefones (0XX31) 3287-6162 e 3227-6415.

INVERNO 2003 • CULTURA HOMEOPÁTICA 17


guia de farmácias
Ananda Essentia Farmácia Homeopática
Unidade Otacílio R. Topázio, 131 . Aclimação . São Paulo
Rua Otacílio Tomanik, 1314 . Butantã . São Paulo 11 3277.9588 . 3277.9166
11 3768.8097 essentia@uol.com.br
Unidade Corifeu
Farmácia Artemísia
Av. Corifeu de Azevedo Marques, 971 . Butantã . São Paulo
11 3726.1124 R. Guaraú, 74 . Metrô Praça da Árvore . São Paulo
Unidade Praça 11 5583.2135
Praça Padroeira do Brasil, 19 . Osasco artemisi@uol.com.br . www.artemisia.com.br
11 3681.9557 Farmácia Homeopática Ilúmina
Unidade Plaza
R. Caputira, 108 . Mirandópolis . São Paulo
Osasco Plaza Shopping, lj. 231 . Osasco
11 5584.6094 . 5584.9372
11 3684.1587
ilumina@ilumina.com.br . www.ilumina.com.br
Unidade Alphaville
Centro de Apoio I, lj. 53/54 . Santana do Parnaíba Florallys
11 4153.9300 Unidade Moema
Unidade Cotia Av. Sabiá, 814 . Moema . São Paulo
R. Prof. Manoel José Pedroso, 238 . Cotia 11 5051.2577
11 4616.3020 Unidade Interlagos
Calêndula Farmácia Homeopática Av. Prof. Papini, 94 . Interlagos . São Paulo
11 5660.6448
Travessa Portugal, 19 . Bela Vista . Santo André
11 4438.6802 . 4438.2198 Homeotheca Farmácia Homeopática
homeopatia@calendula.com.br Al. Campinas, 1.171 . Jardim Paulista . São Paulo
Camomilla 11 3887.0804 . 3051.6004
homeotheca@bol.com.br
Av. Guapira, 1460 . Jaçanã . São Paulo
11 6951.1345 Magna Seiva
Clorophila R. Cap. Alberto Mendes Jr., 289 . Água Fria. São Paulo
11 6959.6693 (fonefax)
Unidade Trade Center
magnaseiva@uol.com.br
Rua dr. Luiz Migliano, 1110 . lj. 13 . Morumbi . São Paulo
11 3743.5262 . 3742.2659 (fax) Magna Vita Pharmacia de Homeopatia
Unidade Caxingui R. 24 de Maio, 77 . loja 10 . Centro . São Paulo
Rua Dos Três Irmãos, 605 . Caxingui . São Paulo 11 223.2788 . 223.9023
11 3721.9221 . 3722.2922 (fax) magna.vita@uol.com.br
Unidade Vila Mariana
Rua Joaquim Távora, 1524 . Vila Mariana . São Paulo Qualittas Homeopatia
11 5539.6736 . 5575.5607 (fax) R. Abílio Soares, 1027 . Paraíso . São Paulo
Daphyne 11 3884.1786 (fonefax)
aokura@uol.com.br
Unidade Tatuapé
Rua Serra de Juréia, 109 . Tatuapé . São Paulo Reino Vivo Farmácia Homeopática
11 6941.0337 . 295-2932 (fax) R. Loefgreen, 1.338 . V. Clementino . São Paulo
Unidade Penha 11 5579.1427 . 5084.6487 (fax)
Rua Antônio Lobo, 28 . Penha . São Paulo reinovivo@uol.com.br
11 6942.0977 . 6941.8704
Sensitiva Homeopatia
Equilíbrio
Unidade Vila Mariana
Unidade Alto de Pinheiros R. Joaquim Távora, 1.524 . V. Mariana . São Paulo
Rua Natingui, 449 . Alto de Pinheiros . São Paulo 11 5539.6736 . 5575.5607
11 3815.1386 Unidade Vila Madalena
Unidade Pompéia R. Luminárias, 211 . V. Madalena . São Paulo
Rua Desembargador do Vale, 248 . Pompéia . São Paulo 11 3031.0222
11 3675.1431 sensitiva@sensitiva.com.br . www.sensitiva.com.br
Unidade Vila Madalena
Rua Fidalga, 426 . Vila Madalena . São Paulo Vitalitas Farmácia e Laboratório Homeopático
11 3031.4882 Av. Bosque da Saúde, 2020 . Jd. da Saúde . São Paulo
11 5061-2766 . 5062-8188 (fax)
vitalitas@terra.com.br

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INVERNO 2003 • CULTURA HOMEOPÁTICA 19
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