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DIREITO EMPRESARIAL

Atividade 1.
Considerando a legislação brasileira sobre Direito Societário, pesquise no Código Civil
Brasileiro e construa tabelas para diferenciar elementos, características e
peculiaridades conforme as orientações abaixo:

- 1a Tabela: Diferencie Empresário de Sociedade Simples, e Sociedade Empresária.

EMPRESARIO SOCIEDADE SIMPLES SOCIEDADE EMPRESÁRIA


O Código Civil de 2002, A sociedade simples remete Caracteriza-se pela união de
em seu artigo 966,
prescreve: “[...] considera-
a parcerias entre empresários que ao contrário
se empresário quem profissionais prestadores de da sociedade simples tem
exerce profissionalmente
serviços, constituindo casos como objetivo exercer uma
atividade econômica
organizada para a nos quais eles mesmos atividade econômica
produção ou a circulação exercem a atividade para a organizada, constituindo
de bens ou serviços”. A
qual a sociedade existe. elemento de empresa. Temos
partir da definição legal
identificamos elementos Exemplos são sociedades como exemplos de sociedade
constitutivos da noção de entre médicos, advogados e empresária as formas de como
empresário:
Profissionalmente:
outros profissionais cujas devem se constituir,
consiste em fazer do atividades, ou seja, sociedades anônimas e
exercício de determinada profissões, correspondem à sociedades limitadas, entre
atividade econômica sua
profissão habitual. própria finalidade da união outras.
Atividade econômica: A sociedade simples define-se A sociedade empresária
consiste numa atividade como forma de exclusão das adota, atualmente, duas das
exercida com o intuito de
outras características cinco formas admitidas na
lucro. Organização:
consiste na capacidade de societárias, o art. 982 do legislação em vigor: limitada
articular os fatores de código civil trata desta
produção (capital, mão de (Ltda.), cujo ato constitutivo é
obra, insumos e
maneira: “Considera-se o contrato social e sua
tecnologia). Produção e empresária a sociedade que participação societária
circulação de bens e
tem por objeto o exercício de denomina-se
serviços: consiste em “quota
abranger, a princípio, atividade própria de ” ”cota”, ou sociedade
todas as atividades que empresário sujeito a registro anônima (S. A), a qual tem
como documento básico
agreguem as disciplinador o estatuto e que
(art. 967)
características tem denominada “ação”
anteriormente citadas, sua participação na sociedade.
Sendo assim, a distribuição
diferentemente do que dos lucros e a
ocorria na Teoria dos Atos responsabilidade pelas perdas
de Comércio, que limitava atenderão à
proporcionalidade de
o âmbito de abrangência participação de cada sócio.
do regime jurídico
comercial a determinadas
atividades econômicas
elencadas na lei.
RODRIGUES, 2016)
-2a Tabela – Pesquise no Código Civil(CC) os artigos relacionados a Capacidade para os
atos da vida empresarial e preencha a tabela abaixo.Em todos os casos citar o artigo-
fonte pelo qual você se baseou do CC.

CAPACIDADE
Da concepção jurídica de personalidade flui a noção de capacidade que corresponde ao
poder de exercer os direitos inerentes à pessoa. Do estudo da capacidade jurídica
fluem duas modalidades, uma chamada capacidade de fato e de exercício, que é
aquela exercida pessoalmente pelo titular do direito ou do dever subjetivo; e outra
que é a capacidade de direito ou de gozo, que é aquela ínsita ao ente humano.
Rodrigues, 2016.
PARA SER EMPRESARIO INDIVIDUAL PARA SER SOCIO EM SOCIEDADE
EMPRESARIA
REGRA GERAL A caracterização do REGRA GERAL Fabio Ulhoa em seu
empresário está no trabalho conceitua
exercício da empresa que, “ sujeito de
(atividade econômica direito e pessoa não
eorganizada), são
habitualidade, conceitos sinônimos”
profissionalismo e são na verdade
finalidade lucrativa. conceitos distintos,
Empresário Individual aquele é gênero e esse
se caracteriza pela é espécie, pois quando
atividade que exerce, o
trata-se de uma ordenamento jurídico
atividade que é dá a um titular um
organizada, que apesar direito ou obrigação
de não ter sócios é este é chamado sujeito
exercida com de
habitualidade, pois não direito,
é esporádica e com estar-se-ia uma
profissionalismo, já que sociedade
o empresário faz disso despersonificada
um meio de vida, de , o que a
sobrevivência.

 define o Art. 966


do Código Civil,
considera-se distingue de uma
empresário sociedade
aquele que personificada, é
“ exerce justamente o
profissionalmente regime jurídico,
atividade pois na pratica de
econômica um ato
organizada para a jurídico as
produção ou a pessoas são
circulação de aptas a todos os
bens ou de atos que não
serviços”. estejam
expressamente
proibidos, já os
sujeitos, quais
sejam, as
sociedades
despersonificada s
só poderão os
praticar se
estiver
expressamente
autorizado.

INCAPAZES não possuir plena INCAPAZES “ Art. 1.030.


capacidade jurídica, ou Ressalvado o
se possuir mas for, por disposto no art.
determinação legal, 1.004 e seu
impedido de exercer parágrafo único,
atividade empresarial , pode o sócio ser
deverá nomear um ou excluído
mais gerentes, sempre judicialmente,
com autorização mediante iniciativa
judicial (art. 975 do da
Código Civil). E essa maioria dos
nomeação não isenta o demais sócios, por
representante ou falta grave no
assistente do cumprimento de
empresário incapaz da suas
responsabilidade pelos obrigações, ou,
atos do gerente ainda, por
nomeado ( § 2 º ). A incapacidade
propósito, a nomeação superveniente.”
de gerente é ato que o
juiz sempre poderá
praticar, deixando o § 1
º do art. 975 do Código
Civil a entender que o
magistrado poderá
tomar essa decisão até
mesmo de ofício.

IMPEDIDOS No Código Comercial IMPEDIDOS 1) - Os cônjuges


havia em entre seus casados em
artigos, o art. 2 º que regime de
especificava os que comunhão
estavam impedidos de universal de
ser empresários por bens ou de
serem funcionários separação
públicos e hoje, veda-se obrigatória, não
ainda, impedindo podem ser
senadores e deputados, sócios entre si, ou
presidentes, por com terceiros
exemplo, sendo que ( Pode ser sócio
para alguns não se trata com terceiro a
de total vedação. É pessoa casada
vedado também aos em regime de
cônsules, nos seus comunhão
distritos, exceto os não universal de
remunerados, de bens ou de
acordo com o decreto n separação
º 3.259 de 1889, os obrigatória, caso o
militares ativos das três cônjuge não
armas, vide Estatuto e integre a
Código Militar, aos sociedade ). A
Magistrados pela Lei proibição é para
Orgânica da que não conste na
Magistratura, aos sociedade
membro do Ministério cônjuges casados
Público, Lei Orgânica do nos
Ministério Público, aos regimes citados.
leiloeiros no decreto n º
21.981 de 1932 e aos
médicos para o 2) - Em empresa
exercício em conjunto jornalística e de
com o ramo radiodifusão
farmacêutico pelo sonora e de sons e
decreto n º 20.377 de imagens,
1931. Nos dias atuais, exceto partido
os impedimentos não político e
entram mais em sociedade cujo
questões comerciais e capital pertença
sim, relacionados ao exclusiva e
Direito Administrativo nominalmente a
(ROCHA FILHO, 2004) brasileiros e desde
que essa
participação se
efetue através de
capital sem direito
a voto e não
exceda a 30% do
capital social e
somente se dará
de forma indireta,
por
intermédio de
pessoa jurídica
constituída sob as
leis brasileiras e
que tenha sede no
País(Lei
10610/2002, art.
2 º ); ( Não pode
ultrapassar os 30%
do capital social
quando
estrangeiro ou
brasileiro nato a
menos de 10 anos
).
Português, no
gozo dos direitos e
obrigações
previstos no
Estatuto da
Igualdade,
comprovado
mediante
Portaria do
Ministério da
Justiça, pode
participar de
sociedade
limitada, exceto
na hipótese de
empresa
jornalística e de
radiodifusão
sonora e de sons e
imagens,
quando ultrapassar
os 30%).

3) Leiloeiros são
proibidosde
constituir
sociedades. Mas,
caso constitua, a
previsão é do art.
36 do
Decreto 21.891/32
e
Instrução
Normativa do
DNRC nº 113, de
28 de abril de
2010, pena de
destituição e
cancelamento de
sua matrícula.

EMPRESARIO CASADO:

De acordo com o artigo 978: "Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga
conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio
da empresa ou gravá-los de ônus real."

Perdurava a severidade legal de que um cônjuge apenas e tão-somente poderia


alienar ou gravar um imóvel seu, se possuísse a autorização conjugal. Em caso
contrário, deveria propor uma ação judicial de suprimento de consentimento. Isto
causava complicações no caso das empresas individuais, em que via de regra o
patrimônio do titular se confunde com o patrimônio da pessoa jurídica. Com o
advento do novo Código Civil, o empresário casado poderá alienar ou hipotecar os
imóveis que são próprios da empresa, sem necessidade da outorga de seu
cônjuge. É uma clara exceção à regra da impossibilidade de alienação de bens
imóveis sem a autorização do cônjuge.

SOCIEDADE ENTRE CONJUGES:

"Art. 977. Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, desde que
não tenham casado no regime da comunhão universal de bens, ou no da separação
obrigatória."

Como vemos, há a possibilidade de sociedade entre cônjuges, salvo se forem casados no regime da
comunhão universal de bens.

3a Tabela – Pesquise acerca do Nome Empresarial e cite suas diferenciações . Em


todos os casos citar o artigo-fonte pelo qual você se baseou do CC.

FIRMA DENOMINAÇÃO
A firma constitui-se a partir do nome de todos ou A denominação compõe-se de expressões vinculadas à
apenas de alguns dos sócios que integram a atividade desenvolvida pela sociedade, e pode ter por
base o nome civil ou qualquer outra expressão, sempre
sociedade e, neste último caso, é seguido da
[...] seguidas do vocábulo ‘Limitada’ (ou ‘Ltda.’), no
expressão & Cia., expressão esta representativa
caso da sociedade limitada, e antecedidas do vocábulo
dos sócios que não figuram na firma. Assim, tem
‘Companhia’ (ou ‘Cia.’) ou acompanhadas da expressão
por base o nome civil, e funciona como ‘Sociedade Anônima’ (ou ‘S.A.’), no caso da sociedade
assinatura da sociedade. Modificando-se os anônima.
sócios, deve-se modificar a firma, uma vez que (BORBA, 2003 Apud RODRIGUES, 2016).
esta depende do nome civil daqueles (BORBA,
2003 Apud RODRIGUES, 2016).

REFERÊNCIAS

Direito empresarial / Luiz Antônio Barroso Rodrigues. – 3. ed. rev. atual. –


Florianópolis : Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília] :
CAPES : UAB, 2016
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial, volume 1: direito de empresa.
18ª ed. São Paulo: Saraiva, 2014.

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