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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA


DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
DISCIPLINA: QUÍMICA ANALITICA QUANTITATIVA I - L
DOCENTE: Profº Dr. Benedito Batista Farias Filho

CALIBRAÇÃO DE VIDRARIAS VOLUMÉTRICAS

JOANA DARC RODRIGUES MOURA


LUCAS DAMIÃO ALMEIDA
VICTOR FERNANDO VISGUEIRA DA SILVA

TERESINA – PI
2019
RESUMO
A pratica tem por objetivo analisar a calibração dos instrumentos utilizados em
laboratório, visto que é um procedimento que garante um resultado analítico confiável
visando reduzir o erro sistemático ao máximo e sua ausência pode causar erros
caracterizados, que são causados pela repetição das falhas em análises realizadas
sob condições semelhantes. Desse modo primeiramente foi realizada a aferição do
balão volumétrico de 50 mL por meio da introdução de água destilada e pesagem do
mesmo obtendo medidas que difere 0,31 do valor teórico, devido a dilatação da
vidraria pela temperatura que se encontrava (27ºc), logo após aferição da pipeta de
10 mL e 15 mL ambas de forma semelhantes por meio da adição de água destilada e
contagem do tempo de escoamento e por meio dos cálculos de densidade, levando
medidas que naturalmente destoam dos valores de fabrica pelo fato do material não
possuir uma escala graduada com isso esse instrumento é aferido com um erro
relativo de 0,1%, por último foi realizado a aferição da bureta por meio da adição de
água de 5 em 5 mL e pesando a água de 5 a 40 mL utilizando a densidade a fim de
obter os valores dos quais se diferiram dos teóricos por 0,99 estando fora do intervalo,
devido a gotículas de água retidas na parede da bureta. Conclui-se que o experimento
foi conduzido de forma satisfatória e que todas as vidrarias apresentaram algum
desvio padrão e erros relativos. Alguns são aceitáveis como o do balão volumétrico e
a pipeta de 15 mL que apresentaram erros abaixo do tolerável, enquanto que os
demais apresentaram erros durante a calibração devido a diversos fatores, como
dilatação das vidrarias, despreparo do analista e erro de paralaxe.

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SUMARIO

RESUMO__________________________________________________________ 2
1 INTRODUÇÃO_____________________________________________________4
2 OBJETIVOS_______________________________________________________5
2.1 Objetivos Gerais
2.2 Objetivos Específicos
3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL____________________________________6
3.1 Materiais e reagentes
3.2 Parte experimental
3.2.1 Aferição do balão volumétrico
3.2.2 Aferição da pipeta volumétrica
3.2.2.1 Aferição pipeta volumétrica 10 mL
3.2.2.2 Aferição pipeta volumétrica 15 mL
3.2.3 Aferição da bureta
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO________________________________________9
4.1. Balão volumétrico
4.2 Pipeta volumétrica 10 e 15 mL
4.3 Bureta
5 CONCLUSÃO____________________________________________________14
REFERENCIAS____________________________________________________15
Anexo____________________________________________________________16
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1 INTRODUÇÃO

Na química analítica a manipulação dos matérias devem ser realizada de forma


bastante responsável, de forma que os erros sejam minimizados ao máximo e que os
resultados obtidos sejam os de maior confiabilidade por parte do químico responsável.
Toda analise está sujeita a erros e em especial a erros instrumentais que são
causadas pela mal calibragem dos instrumentos que serão utilizados (BACCAN et
al,1979).
A calibração é um procedimento que garante um resultado analítico confiável
visando reduzir o erro sistemático ao máximo. É uma técnica utilizada por
pesquisadores que pode ser feita no próprio laboratório, ou por um laboratório
especializado, que aplica o processo de comparação com padrões já impostos de
fabricas, seja nas vidrarias, balanças ou termômetros. A falta de calibração ou uma
calibração falha podem causar erros sistemáticos, caracterizados que são causados
pela repetição das falhas em análises realizadas sob condições semelhantes (SKOOG
et al, 2006)
Diversos aparelhos são utilizados durante uma análise, como balança, pipeta,
balão volumétrico, termômetros, béqueres, erlenmeyers e pipeta graduada, e para
cada um dos materiais é necessário um tipo de calibragem diferente. Entretanto a
limpeza de todos é realizada de forma igual, sempre evitando que sujeira permaneçam
nos materiais e causem interferência futuras na análise, o tratamento utilizado para a
limpeza é realizado com água, detergente, ácido clorídrico diluído e por fim alcoolato,
este último sendo utilizado apenas em casos extremos pois pode corromper a
estrutura da vidraria. (SKOOG et al, 2006)
A calibração da aparelhagem consiste na determinação de massa de água que
uma certa vidraria contêm. Ao saber a temperatura da água destilada e sua massa
especifica, pode-se calcular o volume aferido em dadas as condições. Conhecimento
prévios sobre temperatura, densidade, escoamento e volume são necessários para
que a partir deles o químico responsável possa aferir os valores e comparar com os
de fábrica, reduzindo os possíveis erros instrumentais na analise (BACCAN et al,1979)
As pipetas são utilizadas para transferir certos volumes de forma precisa, em
determinadas temperaturas. Na Figura 1 mostra como se deve manusear uma pipeta
corretamente.
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Figura 1: Manuseio de uma pipeta.

Este material não possui uma escala graduada, assim, não é possível prever
o erro como sendo “metade da menor divisão possível da escala”, com isso, este
instrumento deve ser aferido com um erro relativo de 0,1% entre as calibrações e
para uma pipeta de 10,00mL. Considerando que, naturalmente haverá uma
discrepância dos valores teóricos, pois a um desvio estabelecido para cada pipeta,
sendo que, a de 10 mL e 15 mL é de ±0,02. Além disso, deve-se aferir o tempo de
escoamento, se o tempo de escoamento for muito lento, deve-se aumentar o orifício
com uma lixa, pelo contrário, se for, muito rápido, deve-se diminuir a abertura da
ponta em uma chama do bico de Busen
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2.0 OBJETIVOS
2.1 Objetivos geral
 Realizar a calibração de vidrarias volumétricas, tais como, a pipeta de 10 e de
15 mL, o balão volumétrico e a buretta de 50 mL.
2.2 Objetivo especifico
 Apresentar conceitos prévio sobre volume, densidade, velocidade de
escoamento entre outros
 Observar a calibração dos aparelhos volumétricos e comparar com os valores
de fabrica
 Apresentar formas de realizar a limpeza e esterilização de vidrarias
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3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
3.1 Materiais e Reagentes

 Água destilada
 Alcoolato de sódio (NaOH 10% m/v, em etanol)
 Bureta (100mL)
 Balão Volumétrico (50,00 mL)
 Balança analítica
 Béquer (50,00 mL)
 Erlenmeyer (50 mL)
 Pera pipetadora
 Pipeta (15,00 mL)
 Pipeta (10,00 mL)
 Pisseta
 Suporte universal
 Termômetro de mercúrio

Iniciou-se a prática experimental fazendo-se a lavagem das vidrarias que foram


utilizadas na prática laboratorial. Inicialmente realizou-se tal procedimento com água
de torneira, detergente e escova. Posteriormente enxaguou-se com água destilada.
Para as vidrarias volumétricas adicionou-se alcoolato de sódio (solução de limpeza)
por 40s e em seguida enxaguou-se com água destilada.

3.2 Métodos
3.2.1 Aferição do balão volumétrico
Inicialmente houve o posicionamento de um balão volumétrico com volume de
50 mL sobre a balança analítica, e anotou-se sua massa. Retirou-se o balão
volumétrico da balança com o auxílio de um papel toalha e colocou-se sobre a
bancada, fazendo uso da pisseta, houve a introdução de uma quantidade de água
destilada no balão até o “gargalo” completou-se o volume do balão com auxílio da
pipeta de pasteur até observar que o nível do líquido havia atingido o ponto referencial
“menisco”. Posteriormente pesou-se o conjunto e anotou-se os resultados.

3.2.2 Aferição da pipeta volumétrica


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3.2.2.1 Pipeta volumétrica de 10 mL


Inicialmente houve o posicionamento de um béquer com volume de 50 mL
sobre a balança analítica, e tarado. Fazendo uso da pisseta, houve a introdução de
uma quantidade de água destilada no béquer posto sobre a bancada, através de uma
pipeta volumétrica de 10 mL conectado a pera foram mensurados 10 mL, logo após
observar que o nível do líquido havia atingido o ponto referencial “menisco” ocorreu a
transferência desta quantidade de líquido contido na pipeta volumétrica para o interior
do béquer localizado sobre a balança analítica. Assim, houve a obtenção da
quantidade de massa envolvida na amostra de água, anotou-se os resultados obtidos.
Após anotar o valor registrado para a massa da referida amostra, utilizou-se
um termômetro de mercúrio, para medir a temperatura da amostra de líquido, logo
após preencheu-se o interior da pipeta até o ponto referencial e desacoplou-se a pera,
iniciou-se imediatamente o cronometro e aferiu-se o tempo de escoamento, anotou-
se os resultados obtidos. Este procedimento foi realizado em duplicata, com o intuito
de aproximar cada vez mais o resultado final com o resultado teórico esperado para o
experimento e diminuir os possíveis erros.

3.2.2.1 Pipeta volumétrica de 15 mL


Inicialmente houve o posicionamento de um erlenmeyer com volume de 50 mL
sobre a balança analítica, e tarado. Fazendo uso da pisseta, houve a introdução de
uma quantidade de água destilada no béquer posto sobre a bancada, através de uma
pipeta volumétrica de 15 mL conectado a pera foram mensurados 15 mL, logo após
observar que o nível do líquido havia atingido o ponto referencial “menisco” ocorreu a
transferência desta quantidade de líquido contido na pipeta volumétrica para o interior
do béquer localizado sobre a balança analítica. Assim, houve a obtenção da
quantidade de massa envolvida na amostra de água, anotou-se os resultados obtidos.
Após anotar o valor registrado para a massa da referida amostra, utilizou-se
um termômetro de mercúrio, para medir a temperatura da amostra de líquido, logo
após preencheu-se o interior da pipeta até o ponto referencial e desacoplou-se a pera,
iniciou-se imediatamente o cronometro e aferiu-se o tempo de escoamento, anotou-
se os resultados obtidos. Este procedimento foi realizado em duplicata, com o intuito
de aproximar cada vez mais o resultado final com o resultado teórico esperado para o
experimento e diminuir os possíveis erros.
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3.2.3 Aferição da bureta


Inicialmente utilizou-se um termômetro de mercúrio, para medir a temperatura
ambiente, logo após houve o posicionamento de um béquer com volume de 50 mL
sobre a balança analítica, e tarado. Anotou-se os resultados.
Fazendo uso da pisseta, houve a introdução de uma quantidade de água
destilada na bureta, acoplada ao suporte universal, pera foram mensurados 100 mL,
logo após observar que o nível do líquido havia atingido o ponto referencial “menisco”
esperou-se 2 minutos para o descanso da vidraria.
Após o descanso escoou-se 5 mL no béquer, previamente pesado, pesou-se o
conjunto, observou-se e anotou-se os resultados. Este procedimento foi realizado para
10, 15, 20, 25, 30, 35, e 40 mL com o intuito de aproximar cada vez mais o resultado
final com o resultado teórico esperado para o experimento e diminuir os possíveis
erros.
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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Em um laboratório de química analítica é preciso saber usar corretamente cada
equipamento volumétrico, para evitar erros nas análises. No laboratório existem dois
tipos de frascos volumétricos disponíveis, que são, os calibrados para conter certo
volume e os calibrados para transferir determinados volume.

4.1 Balão volumétrico


Os balões volumétricos são usados para preparo de soluções com
concentrações conhecidas, são construídos para conter precisamente um
determinado volume de liquido, na Tabela 1 abaixo estão presentes alguns valores
encontrados a dadas temperaturas.

Tabela 1- Medias, desvio padrão e erro relativo.


Replicas Massa do Massa da Massa da Temperatura Densidade Volume
Balão (g) amostra água (g) (ºC) da água da água
(g) (mL)
1 62,05 161,62 99,58 21 0,997992 99,78
2 62,11 161,48 99,37 22 0,997770 99,59
Média 99,68
Desvio
0,13
padrão
Erro relativo 0,1%
Fonte: autores, 2019.

A média obtida, difere 0,31 do valor teórico que é de 100 mL, visto isso, o balão
de 100 mL possui um desvio aceitável de ± 0,08, o fato de a média não está entre os
valores aceitos se deve a alguns fatores, como, na aferição do menisco, onde a
medida não estava tangenciada, ou seja, estava abaixo do menisco, como também, o
fato da temperatura está um pouco acima de 20ºC o grau de sua fabricação, esse
fator pode ter causado uma pequena dilatação na vidraria.
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4.2 Pipeta Volumétrica de 10 e de 15 mL


A aferição do tempo de escoamento de uma pipeta é uma etapa importante,
pois se o tempo se distanciar muito dos valores teóricos pode ter alguns problema,
como os citados na introdução. A Tabela 2, mostra os valores de tempo mínimo
obtidos para os volumes de 10 e 15 mL de pipetas volumétricas. Já a Tabela 3, mostra
os valores de referência.

Tabela 2: Tempo mínimo de escoamento obtidos.


Capacidade/mL Tempo/segundos
10 mL 14
15 mL 15
Fonte: autores, 2019.

Tabela 3 : Valores de referência do tempo de escoamento mínimo.

Capacidade/mL Tempo/segundos
10 mL 25
25 mL 20
Fonte: Ohlweiler, 1976.

Um tempo de escoamento muito lento pode levar a uma análise muito


demorada, já um tempo muito rápido pode levar a resultados não reprodutíveis. A
calibração de uma pipeta é feita pesando-se a massa da água que dela é escoada,
levando em conta a temperatura e a densidade da água. Na Tabela 4, estão presentes
os dados obtidos na aferição da pipeta de 10 mL. Logo em seguida, na Tabela 5, estão
presentes as massas, temperatura, densidade, média, desvio padrão e erro relativo,
obtidos da pipeta de 15 mL.

Tabela 4: Dados da pipeta de 10 mL.

Replicas Massa do Massa da Massa da Temperatura Densidade Volume da


béquer (g) amostra (g) água (g) da água (ºC) da água água (m/d)
(g/mL)
1 31,054 41,650 10,596 23 0,997538 10,622
2 31,054 41,672 10,618 23 0,997538 10,644

Média 10,633
12

Desvio
0,01
padrão
Erro relativo 0,2%
Fonte: autores, 2019.

Ao analisar a Tabela 4, percebe que a pipeta de 10 mL não está calibrada, pois


o seu erro relativo 0,2%, ultrapassou o valor tolerante que é de 0,1%, um dos fatores
que pode ter levado a esse erro é a temperatura, pois essa vidraria foi feita a uma
temperatura de 20ºC , com isso, deve ter ocorrido uma dilatação da vidraria, pois ela
estava exposta a uma temperatura de aproximadamente 23ºC, além disso, outro fator
relevante são as gotículas de água que podem ter ficado na parede da pipeta de 10
mL.

Tabela 5: Dados da pipeta de 15 mL.

Replicas Massa do Massa da Massa da Temperatura Densidade Volume da


erlenmeyer amostra (g) água (g) da água (ºC) da água água (m/d)
(g) (g/mL)
1 31,054 45,975 14,921 21 0,997992 14,951
2 31,054 45,973 14,919 21 0,997992 14,949
Média 14,950
Desvio
1,41
padrão
Erro relativo 0,01%
Fonte: autores, 2019.

A partir da tabela acima, percebe-se que, a pipeta está calibrada, pois, obteve-
se um erro relativo 0,01% menor que o de referência que é de 0,1%. A calibração de
uma pipeta volumétrica é feita afim de checar se o volume indicado é real, pois ela foi
feita a uma temperatura de 20ºC e por ela estar em temperaturas mais altas pode
ocorrer uma dilatação, ou ela pode adquirir interferentes, como sujeira, gordura e entre
outros, o que causa variações nas medidas.

4.3 Bureta
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As buretas são utilizadas para livrar volumes variáveis de líquidos. Para a calibração,
utilizou-se a pesagem da água de 5 a 40mL, sempre de 5 em 5 ml, usou-se a
densidade da água de acordo com a temperatura para calcular-se o volume, na Tabela
6 abaixo, estão os dados obtidos.

Tabela 6: Massas e fatores de correlação obtidos.

Medida Massa do Massa da Massa Temperatura Densidade Volume Fatores


(mL) béquer (g) amostra (g) da água (ºC) da água da água de
(g) correção
5 31,000 35,846 4,846 22 0,997770 4,857 0,971
10 31,000 40,905 9,905 22 0,997770 9,927 0,998
15 31,000 46,713 15,713 22 0,997770 15,748 1,050
20 31,000 50,770 19,770 22 0,997770 19,814 0,998
25 31,000 55,999 24,999 22 0,997770 25,055 1,002
30 31,000 60,903 29,903 22 0,997770 29,970 0,999
35 31,000 65,711 34,711 22 0,997770 34,788 0,994
40 31,000 70,528 39,528 22 0,997770 39,616 0,990
Fonte: autores, 2019.
De acordo com esses dados, obteve-se um valor prático para cada intervalo de
volume teórico, a partir disso, formou-se uma curva de titulação, usando o valor teórico
pelo fator de correlação, como pode-se observar na Figura 2.

Figura 2- Curva de calibração.

Fonte: autores, 2019.

Após analisar a tabela e a figura acima, nota-se que a correlação foi calculada
até a marca de 40 mL, o valor obtido para a marca de 40 mL é 39,61 com o fator de
14

correlação 0,99, considerando que, o valor teórico para buretas de 50 mL é de ± 0,05,


com isso, o valor está fora do intervalo, posto que, esse resultado se deve ao fato de
alguns erros, com, a aferição do menisco, que por sua vez, pode estar abaixo ou acima
da marca, além disso, pode ter ficado gotículas de água retidas na parede da bureta,
ressaltando que, pode-se observar uma elevação no fator de correlação levando a um
pico na curva de calibração no volume de 15 mL.
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5 CONCLUSÃO

Analisando os resultados obtidos, conclui-se que o experimento foi conduzido


de forma satisfatória e que todas as vidrarias apresentaram algum desvio padrão e
erros relativos. Alguns são aceitáveis como o do balão volumétrico e a pipeta de 15
mL que apresentaram erros abaixo do tolerável, enquanto a bureta e a pipeta de 10
mL apresentaram erros grosseiros que não são toleráveis. Isso ocorre por vários
fatores que vão desde o despreparo do analista, dilatação das vidrarias, até as
vidrarias fora dos padrões. Todos os objetivos no que tange a calibração de
aparelhagem e concepções técnicas para tratamento estatístico de dados
experimentais foram realizados e concluídos.
REFERÊNCIAS

BACCAN, N.; de ANDRADE, J. C.; GODINHO, O. E. S.; BARONE, J. S.; Química


analítica quantitativa elementar, 2ª ed., Ed. da UNICAMP: Campinas & Ed. Edgar
Blücher Ltda: São Paulo, 1985.

SKOOG, D. A.; WEST, D. M.; HOLLER, F. J.; CROUCH, S. R. Fundamentos de


química analítica, São Paulo: Editora Thomson, 2006.

NETO, B. B.; PIMENTEL, M. F.; ARAUJO, M. C. U. Recomendações para calibração


em química analítica: parte i. fundamentos e calibração com um componente
(calibração univariada). São Paulo: Química Nova, n. 5, v. 25, 2002.
ANEXO
Questionário

1. Explique por que é importante calibrar dispositivos volumétricos. Como a


temperatura afeta a calibração de uma vidraria?
A temperatura de referência padrão, isto é, a temperatura na qual instrumentos
volumétricos vão conter ou verter seus volumes é de 20°C. Se o ajuste ou a
calibração for realizada em temperaturas diferentes da padrão, os valores de
medição correspondentes devem ser corrigidos. Na grande maioria dos
laboratórios, a temperatura ambiente é diferente de 20º C, então estamos
comentendo um erro nas medições volumétricas, porém devido ao pequeno valor
do coeficiente de expansão do vidro, a temperatura de referência tem pouca
influencia no uso prático já que desvios de medição resultantes da expansão de
volume do instrumento de medição são geralmente menores que o limite de erro.

2. Por que é necessário que as vidrarias e a água fiquem algum tempo próximas
à balança quando é realizada sua calibração?
Para a calibração das vidrarias e nescessario medir a temperatura da água que
será realizada a pesagem para poder realizar os calculos de acordo com a
dedensidade da agua em determinada temperatura, por isso deve-se deixar a agua
proxima da balança para que estejam na mesma temperatua ambiente.

3. Pesquise sobre precisão e exatidão de materiais volumétricos.


A precisão expõe uma comparação entre vários resultados, e serve para conferir
se o instrumento de medição utilizado realmente consegue reproduzir um resultado
e estabelecer padrões. Em outras palavras, a precisão acaba realizando uma
comparação entre diversos resultados obtidos — o que ajuda a fazer com que a
informação encontrada seja mais precisa e garante a verificação do instrumento
usado durante o processo.
A exatidão, por sua vez, diz respeito à determinação de um valor exato — ou seja,
de um dado que seja o mais próximo possível da realidade. Isso significa que,
quando um profissional trabalha na calibragem de um instrumento para que ele
forneça um dado exato, ele está trabalhando para buscar um resultado ainda mais
próximo do verdadeiro.
4. Como deve ser realizada a limpeza de vidraria utilizada em análise
quantitativa? Quais os erros que podem resultar de uma limpeza
inadequada?
Verifica-se o estado de limpeza de um aparelho volumetrico, observando o seu
escoamento quando o mesmo estiver com água. Se tiver algumas goticulas de
água no interior deve ser feita a lipeza usando inicialmente detergente e escovas
finas, mas se tiver alguma sujeira de dificil remoção deve-se utilizar HCl em baixa
concentração, se a sujeira persistir devee-se utilizar de um meio mais drastico
como o alcoolato de sodio por no maximo 1 minuto e em seguida enxaguar com
agua destilada, verificando a ausencia de goticulas presas em sua parede.

5. Quando é preferível usar um balão volumétrico de plástico em vez de um


balão de vidro?
No preparo de soluções de hidróxidos (NaOH, KOH, Ca(OH2), etc.) a sílica do
vidro reage com os hidróxidos, por isso é mais aconselhável trabalhar com balão
volumétrico de plástico quando for preparar essas soluções.

6. Um balão volumétrico de 10,0 mL vazio pesou 10,2634 g. Quando está cheio


com água destilada, até a marca de aferição, é pesado novamente no ar a
20°C, a massa é de 20,2144 g. Qual é o volume real do balão a 20°C.
Massa da água é: 20,2144 – 10,2634 = 9,951g
Para 20ºC D = 0,998203. D=m/v, logo:
0,998203 = 9,951/v
V = 9,968914 mL, logo o volume real do balão é de 9,969 mL

7. Calcular o volume médio de água contido na pipeta utilizada na prática, o


erro relativo entre os dois volumes de água medidos, e o tempo de
escoamento médio da pipeta utilizada.

8. Discutir quais as possíveis fontes de erro na calibração de vidrarias realizada


no laboratório.
Erros grosseiros (devem ser evitados). Exemplo: erros de leitura, de paralaxe.
Erros sistemáticos (podem ser compensados). Devido ao método, operação e ou
instrumentais. Erros acidentais (são imprevisíveis). Incerteza nas medidas /
limitações dos aparelhos. Erro absoluto (incerteza) é inerente ao instrumento. Erro
relativo leva em conta além do instrumento, a quantidade medida.

9. Defina menisco e erro de paralaxe. Diferencie uma pipeta graduada de uma


pipeta volumétrica.

O termo menisco descreve a curvatura na superfície do líquido. O menisco pode


se curvar para cima ou para baixo. A curvatura se desenvolve como função da
interação de forças de adesão e coesão. Erro de paralaxe é um erro que ocorre
pela observação errada na escala de graduação causada por um desvio optico
causado pelo ângulo de visão do observador. As pipetas classificadas como
graduadas possuem uma escala para medir volumes variáveis; as volumétricas
possuem apenas um traço final, para indicar um volume fixo e final, sendo suas
medições mais rigorosas.

10. O que representa os símbolos TD e TC nas vidrarias volumétricas?


As vidrarias volumétricas podem se classificar em dois tipos: TC (to-contain),
utilizada para contenção de liquido, em que se encontram, por exemplo, provetas
e balões volumétricos; e vidrarias TD (to-deliver) utilizada como transporte de
líquido, incluindo, por exemplo, pipetas graduadas e volumétricas, e buretas.

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