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DE FÍSICA NUCLEAR
1ª ETAPA - ITEM 2
RADIOATIVIDADE
NATURAL e ARTIFICAL
As partículas Betas são os elétrons e pósitron, que são muito mais penetrantes que
as partículas Alfa. A radiação Beta ao passar por um meio material também perde energia
ionizando os átomos que encontra no caminho. Para blindar as partículas Betas pode-se
usar uma película de plástico ou alumínio.
As partículas betas provocam uma densidade de ionização muito menor que as
partículas Alfa e seus percursos são muito maiores que o das partículas Alfa, com a
mesma energia inicial. Uma ionização maior é produzida no final de seu percurso, quando
a velocidade já foi muito reduzida. A velocidade dessas partículas é próxima à da luz.
Devido à sua pequena massa, sua trajetória através de um meio material é tortuosa
devido a colisões. Essas colisões (excitação ou ionização) podem reduzir a energia da
partícula Beta a zero em uma curta distancia ou em uma distancia correspondente ao
máximo de penetração.
Assim o “Straggling” é mais acentuado e um tratamento estatístico do processo da
perda de energia se torna complexo.
O espalhamento também é mais acentuado para Beta do que para Alfa, o que torna
possível trajetórias completamente diferentes para elétron atravessando a mesma espessura
do absorvente. Também pode ocorrer o fenômeno de “Bremsstrahlung”, que aumenta com
a energia da beta e com o numero atômico do absorvente. No ar esse efeito é pouco
importante para Betas de energias inferiores a 10 Mev.
Partículas Betas de um mesmo núcleo são emitidas com energias variáveis de
espectro continuo, para cada radioelemento e, o restante da energia é dissipada pelos
neutrinos.
Notas de Aula – Física Nuclear 4
Carlos Roberto Appoloni
2016
Se fizermos uma analise da distribuição dos momentos das partículas Beta
procedentes de um dado emissor, veremos que existe um certo numero de linhas estreitas,
aparentemente homogêneas, superpostas a uma distribuição continua com um limite
superior dado. Essas linhas, são chamadas Linhas de Conversão Interna e estão associadas
com o processo de de-excitação do núcleo filho e não com o processo em si de emissão
Beta. Em geral estas linhas não aparecem se a fonte não emitir raios gama. A Conversão
Interna é um processo alternativo de de-excitação do núcleo.
A forma do espectro de energia das partículas beta implica que o processo do
decaimento beta é um processo de três corpos.
Fig. 1.1 Representação esquemática da distribuição do momento dos raios beta emitidos
por uma fonte radioativa
200
Contagens/s
40
K
150
228 214
Ac Bi
100 214
Pb 208
Tl 228
Ac
50
0
0 500 1000 1500
Energia (keV)
Rutherford estudava um certo gás ativo que podia ser separado da amostra de
oxido de Tório e levado a uma câmara de ionização. Assim observou pela primeira vez a
lei de desintegração. Após varias experiências do mesmo tipo com outros elementos
radioativos, demonstrou que a lei de desintegração era do tipo exponencial.
Vida Media ( τ ) = 1 / λ
W(n) = Nn e-N / n!
α: Χ(A,Z)→Υ(Α−4,Ζ−2) + α
_
β−: Χ(Α,Ζ) →Υ(Α,Ζ+1) + e- + ν
β+: Χ(Α,Ζ)→Υ(Α,Ζ-1) + e+ + ν
Au t = NPb
λu Nu t = NPb
N Pb
t=
λU NU
A partir dessa equação pode-se mostrar que a idade dos minerais pode ser calculada,
em primeira aproximação, pela seguinte fórmula:
Nas tabelas e figuras a seguir podemos ver as séries radioativas e suas formas de
decaimento.
Sua solução consiste em calcular a quantidade que existe de qualquer destes produtos
depois de transcorrido um certo tempo dado, a partir de condições iniciais dadas.
Para o caso A → B → C (estável), as equações que regem o processo são:
dN a
= − λa N a
dt
dN b
= λa Na − λbNb
dt
dN c
= λbNb
dt
A atividade ou velocidade de desintegração para essas desintegrações é:
−λ t
ATIVIDADE de A = λa Na = λa Na(0) e a
−λ t −λ t
ATIVIDADE DE B = λbNb = λbNb (0)e-λbt + λa λb Na(0)[ e a - e b ]
λb - λa
Se o elemento B não está presente no instante inicial, Nb(0), temos:
Notas de Aula – Física Nuclear 17
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2016
λb ⎡⎢1 − e − ( λ − λ )t ⎤⎥
b a
Atividade de B ⎣ ⎦
=
Atividade de A λb − λa
b) Equilíbrio Secular: (λb 〉〉 λa ) A meia-vida do filho é muito mais curta que a do pai. Se a
razão entre as atividades tender à unidade, nos encontraremos no caso do equilíbrio secular,
Notas de Aula – Física Nuclear 18
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2016
onde B cresce a uma velocidade determinada pela sua própria constante de desintegração
desde que alcance a atividade de seu pai.
Tratando-se de um pai de meia-vida grande, como o Urânio e o Tório, é evidente que uma
vez estabelecido o equilíbrio secular, as quantidades dos sucessivos produtos presentes na
série são dadas pelas equações:
λaNa(0) = λbNb = λcNc = ... = cte.
Na Fig. 10.8 vemos um exemplo de equilíbrio secular.
a) Emissão
1Curie (1Ci) = 3,7 1010 desintegrações/seg
1Becquerel (1Bq) = 1 desintegração/seg
b) Exposição (X): é uma grandeza física definida para raios X e gama, tendo o ar
como meio de interação. Essa grandeza é dada pelo quociente ΔQ/Δm onde ΔQ é a soma das
cargas elétricas de todos os íons de um mesmo sinal, produzidos no ar, quando todos os
elétrons e pósitrons liberados pelos fótons da radiação X ou gama, num elemento de volume
de ar cuja massa é Δm, são completamente freados no ar.
X = ΔQ/Δm
D=E/m
H=DQN