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O projeto Centro Aberto - que têm sede justamente no Centro de São Paulo - não
busca construir novos espaços, mas, sobretudo transformar as estruturas preexisten-
tes, permitindo atividades de celebração. Os projetos buscam a ativação do espaço
público através da renovação de suas formas de uso. Promover a diversificação das
atividades - envolvendo um número maior de grupos de usuários, em faixas de tempo
também ampliadas - constitui-se em um instrumento fundamental para a constru-
ção do domínio público sobre os espaços. Esse processo é capaz de promover, além
da melhoria na percepção de segurança, o reforço no sentido de pertencimento e
identificação da população com o Centro.
P.08 PESQUISA Os projetos piloto são uma forma de testar novas soluções em escala 1:1 antes
de fazer alterações permanentes. Ao mesmo tempo em que permitem o diálo-
go público e o envolvimento da comunidade, convidam usuários e potenciais
P.12 OPERAÇÃO, MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO usuários para o engajamento no processo de mudança da cidade com relação
as suas necessidades e demandas.
P.14 CAIXA DE FERRAMENTAS
O conteúdo, prazo e nível de temporalidade podem variar de projeto para projeto,
de acordo com os objetivos e critérios de sucesso definidos para o lugar. Essa
P.20 ESTRATÉGIAS PARA ATIVAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO forma de atuação se provou uma ferramenta política forte na tomada de deci-
são, uma vez que mostra diretamente como a vida da cidade será afetada pelas
P.28 PROJETOS IMPLANTADOS mudanças. Nesse contexto, o recolhimento de dados sublinhando os efeitos das
mudanças é, evidentemente, indispensável. A coleta de dados tem dois níveis:
1: Antes de realizar o projeto piloto, a coleta de dados e o levantamento no
P.30 LARGO PAISSANDU E AVENIDA SÃO JOÃO local, podem ajudar a identificar as mudanças necessárias e documentar por
que essas mudanças devem ser feitas.
P.48 LARGO SÃO FRANCISCO E PRAÇA OUVIDOR PACHECO E SILVA 2: Após a implantação do projeto piloto, acompanhar a coleta de dados e o
levantamento pode sublinhar os efeitos das mudanças, apontar para mudan-
ças adicionais e validar o sucesso e aprendizados do projeto, além de levar a
P.70 PRÓXIMAS AÇÕES mudanças permanentes.
P.72 CRÉDITOS
6 7
PESQUISA
Antes da Intervenção Pesquisa como ponto de partida para testar soluções Um processo participativo para mobilizar a sociedade
O uso de projetos pilotos temporários é uma maneira de testar soluções e ao Como parte do processo dos projetos Centro Aberto em São Paulo, foram
PROTEÇÃO
mesmo tempo ter um processo de engajamento e diálogo com os usuários realizadas oficinas-workshops com participantes da municipalidade e
e potenciais usuários dos espaços. convidados. Dados, informações e aprendizagens foram coletados em Trânsito motorizado Crime e violência
Experiências
sensoriais negativas
CONFORTO
Convidativo para Convidativo para Convidativo para
caminhar parar/ficar sentar
- Aumento de atividades públicos no centro da cidade identificando os problemas e as potenciais
- Número de pedestres soluções, utilizando os 12 Critérios de Qualidade - uma ferramenta de
- Menos travessia fora da faixa avaliação aplicada nessa metodologia.
- Entrevistas para entender quais os usos do local e a percepção de segurança Contato visual e
auditivo
Uso dia e noite /
variação durante o ano
Atividades lúdicas,
recreativas e interação
PRAZER
do processo de projeto piloto, uma vez que servem como base para avaliar levados em consideração para a primeira rodada de projetos no centro
e medir os efeitos das mudanças aplicadas. Também pode apontar para de São Paulo. Construído na escala Aspectos positivos
Estético e sensorial
humana do clima
alterações adicionais e levar a um processo, a longo prazo, de alterações
permanentes na área.
Praça da República
Vale do Anhangabaú
Terminal Bandeira
Praça da Sé
8 9
PESQUISA
A avaliação das intervenções tem duas perspectivas diferentes:
Durante a Intervenção
A perspectiva da cidade
A experiência serve como aprendizado, comprovando ações efetivas
e não efetivas, analisando quais são os problemas gerais e as questões
específicas do local. A partir dela, verificam-se as questões positivas e
negativas que surgem da implantação, os resultados do processo, e por
fim, a experiência permite a discussão entre o programa e o projeto,
observando oportunidades suscitadas que não foram previstas – como
possíveis parceiros, formas de usar o espaço, atividades espontâneas,
atividades físicas individuais ou em grupo, entre outros.
A perspectiva do usuário
A experiência é analisada por seu impacto na rotina dos usuários quanto
a seu papel na relação entre as pessoas e o lugar e o que ela representa
como oportunidade para a população. O projeto piloto tem função de
informar sobre o que o setor público planeja para esse lugar, receber a
opinião dos usuários e convidá-los para colaborar com o projeto.
Zeladoria
Garantir que o espaço e os equipamentos estejam limpos e bem
cuidados ao longo do dia e da noite, pois a manutenção de um
espaço de qualidade incentiva os usuários a preservá-lo também.
Monitoria
O monitor contribui com informações sobre o projeto, podendo
sanar dúvidas dos usuários, receber críticas e sugestões e orientar
a utilização do espaço. A presença dessa pessoa no espaço é um
convite ao diálogo e ao engajamento dos usuários ao projeto.
Vasos
Iluminação e Projeção
• Ampliam a presença do verde na cidade
• Fornecem sombra e filtrar a luz solar • Garantem espaços públicos mais seguros
• Criam novos ambientes dentro do espaço • Convidam ao uso noturno
• Servem como elementos adicionais de descanso • Reanimam fachadas e muros sem janelas
• São uma alternativa aos balizadores para bloqueio do tráfego • Realçam detalhes das construções
• Criam padrões luminosos de piso
Balizadores
• Impedem a entrada de veículos sem interromper as linhas de
Painéis e Jardins Verticais
desejo dos pedestres • Ativam fachadas e muros sem janelas
• Servem como bancos informais • Criam identidade
• Conformam pequenas bordas secundárias • Ampliam a oferta de verde
14 15
CAIXA DE FERRAMENTAS
CENTRO ABERTO
Instalações Temporárias
• Ativam bordas e fachadas degradadas Paraciclos
• Adicionam novas funções e atividades ao local
• Criam unidades-satélite de atividades já presentes no entorno • Fornecem estacionamento seguro para as bicicletas, tanto na rua
• Servem como unidades de depósito como em áreas fechadas
• Garantem a presença de pessoas no local ao longo do dia, • Garantem instalação próxima aos destinos finais das pessoas,
fortalecendo a vigilância passiva pontos de ônibus e estações de trem e metrô
• Elementos adicionais: mapas da cidade, bomba de ar e oficina de
manutenção e lavagem
Comida de rua
• Assegura espaços visíveis para vans e carrinhos de comida
Banheiros Públicos
• Fornece áreas sombreadas para os clientes • Garantem ruas mais limpas
• Oferece outras possibilidades na hora de almoço • Permitem que os usuários, como pais com crianças pequenas,
• Ativa ruas e praças, aumentando a segurança passem mais tempo na área.
• Gera renda para trabalhadores locais • Introduzem WC fixos, banheiros removíveis/químicos e mictórios.
16 17
CAIXA DE FERRAMENTAS
CENTRO ABERTO
Atividades Lúdicas
• Convidam as pessoas a interagir no espaço público.
• Ressignificam espaços
• Criam espaços de encontro e convivência
• Transformam a percepção do espaço público
• Conferem maior segurança e vigilância passiva Alargamento da zona de espera para travessia
• Garante a segurança do pedestre em pontos de espera
• Amplia o passeio, equilibrando o uso do espaço viário
• Aumenta a visibilidade do pedestre
• Reduz a distância de travessia
Travessia em diagonal
Serviços digitais • Garante a travessia segura nas linhas de desejo
• Wi-Fi Livre SP • Reduz o tempo de travessia
• Pontos de recarga de celulares • Prioriza o pedestre
• Espaços de trabalho ao ar livre com tomadas públicas • Valoriza o percurso a pé
• Aumenta a visibilidade do pedestre na cidade
18 19
ESTRATÉGIAS PARA ATIVAÇÃO 1. PROTEÇÃO E PRIORIZAÇÃO DE PEDESTRES E CICLISTAS
DO ESPAÇO PÚBLICO
2. SUPORTE À PERMANÊNCIA
20 21
AÇÕES ESTRATÉGICAS
1. PROTEÇÃO E PRIORIZAÇÃO
DE PEDESTRES E CICLISTAS
Centro Aberto:
Praça junto à Morada São João. Setembro 2014.
22 23
AÇÕES ESTRATÉGICAS
2. SUPORTE À PERMANÊNCIA NOS ESPAÇOS
PÚBLICOS
PROJETOS IMPLANTADOS
Outubro a Dezembro de 2014
Largo São Francisco e
Praça Ouvidor Pacheco e Silva
29
Largo Paissandu e Av. São João
Priorização de pedestres, melhoria das condições de
permanência e da experiência de uso do transporte público
31
LARGO PAISSANDU
E AVENIDA SÃO JOÃO
ANTES DEPOIS
Centro Aberto Paissandu: imagens comparativas antes e
depois da intervenção. 2013 -2014.
34 35
LARGO PAISSANDU
E AVENIDA SÃO JOÃO
TRAVESSIAS
A média de travessias
fora da faixa teve
queda de 49,5%
comparados à situação
anterior à intervenção.
Av. Ipiranga x Av. São João R. Dom José de Barros
A zona de priorização
de pedestres e
extensão da faixa entre
o Largo do Paissandu
e a Rua Dom José de
Barros resultou em
queda de 33,3% de
travessias fora da faixa.
ANTES
Centro Aberto
Paissandu e Av. São
João
Zona de priorização
de pedestres como
extensão da praça
Morada São João.
Antes e depois
DEPOIS 2013-2014.
38 39
LARGO PAISSANDU
E AVENIDA SÃO JOÃO
REGISTRO DE ATIVIDADES
DE PERMANÊNCIA CENTRO ABERTO
11% 1%
ANTES - 2013 1% 18%
2%
4%
5%
3% 11%
MÉDIA DE
19% MÉDIA DE 34% 1% ATIVIDADES
ATIVIDADES 3% PERMANÊNCIA
16%
236
174 1%
12% 40% Aumento de 35,6%
35%
de permanência de
pessoas com o Centro
LEGENDA
Aberto Paissandu.
sentado locais improvisados
em pé deitado
esperando ônibus crianças brincando
sentado em assento adequado atividade comercial
sentado em banco atividade cultural
sentado cadeira de praia atividade física
sentado em cadeira dobrável comendo
sentado no deque outros
41
LARGO PAISSANDU
E AVENIDA SÃO JOÃO
100% dos
comerciantes
locais entrevistados
avaliaram a
intervenção como
O ambiente da cidade também afeta boa ou muito boa.
o período de permanência e a forma
como as pessoas usam a cidade. 18% deles
Áreas públicas bonitas e convidativas afirmaram ter
com ambiente confortável, baixo aumento nas vendas
nível de ruído e possibilidades de após a intervenção.
convivência criam condições ideais
para a vida urbana.
< Paraciclos no
Centro Aberto
Paissandu.
46 47
Largo São Francisco e Praça Ouvidor Pacheco e Silva
Áreas cercadas transformadas em espaços de convivência ao ar
livre com diversificação e ampliação do período de atividades
49
LARGO SÃO FRANCISCO
E PRAÇA OUVIDOR PACHECO E SILVA
ANTES DEPOIS
REGISTRO DE ATIVIDADES
DE PERMANÊNCIA
ANTES - 2013 CENTRO ABERTO
1% 1%1%
7% 1%
10% 19%
6% 2%
1%
MÉDIA DE
7%
ATIVIDADES 62%
MÉDIA DE
22%
58 ATIVIDADES
10%
129
25%
33%
6%
8%
9%
Centro Aberto
Paissandu e São
Francisco, 2014.
62 63
LARGO SÃO FRANCISCO
E PRAÇA OUVIDOR PACHECO E SILVA
150
129
100
50 58
0
10h 12h 14h 16h 18h 20h 21h
Finais de semana
200
Antes - 2013
Centro Aberto
150
81
100
50
41
0
10h 12h 14h 16h 18h 20h 21h
66 67
A sessão da Mostra
Internacional de Cinema
de São Paulo, promovida
pela Associação Cultural
Videobrasil, reuniu mais
de 250 pessoas no Centro
Aberto São Francisco em
outrubro.
PRÓXIMAS AÇÕES
SEGUNDA FASE DE IMPLANTAÇÃO
Implantação
permanente do
Início do projeto projeto
70 71
Prefeitura da Cidade de São Paulo Créditos das Imagens
As fotografias apresentadas neste caderno são de autoria
Fernando Haddad
Prefeito da SP Urbanismo e SMDU, salvas as seguintes exceções:
Secretarias municipais
72 73
Projeto gráfico: Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano - SMDU
Sp Urbanismo
Formato: 200x224 mm
Tipologia: Source Serif e Museo
Papel miolo: offset 90 g/m2
Papel capa: offset 150 g/m2
Número de páginas: 76
Tiragem: 500
Abril de 2015
74
http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br