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Cabañas - 2019
Desenvolvimento
A atual Constituição da República Portuguesa foi escrita em 1976 após a Revolução dos Cravos,
é por causa disto que, no princípio, a sua redação tenha um forte pendor socializante. Embora, depois
de várias revisões teve que se adequar aos novos alinhamentos de acordo com a União Europeia.
Existem quatro órgãos de soberania (Art. 110° - CRP) que são: o Presidente da República, a
Assembleia da República, o Governo e os Tribunais.
Presidente
da República
Conselho de
Estado
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Presidente da República possui um órgão político de consulta que é o Conselho de Estado (Art. 141°
- CRP).
Do mesmo modo, o Governo é o órgão da condução política geral do país e o encarregado da
administração pública (Art. 182° - CRP). É constituído pelo Primeiro-Ministro, pelos Ministros e
pelos Secretários e Subsecretários de Estado. Além dessa composição o Governo é chefiado pelo
Primeiro-Ministro que é nomeado pelo Presidente da República, prévio a ser o líder do partido
político mais votado nas eleições legislativas (Art. 187° - CRP). Também contém um órgão colegial
onde tem assento todos os Ministros e é o Conselho de Ministros (Art. 184° - CRP).
Sob a decisão eleitoral do povo, também existem em Portugal as “Autarquias”, são elas os
órgãos executivos a nível local. No presente, existem categorias de autarquias locais: as regiões
administrativas (continental) e as regiões autónomas (ilhas) (Art. 255° - CRP), os municípios e
as freguesias (Art. 236° - CRP).
Primeiro-
Estado Central
Ministro
Governador
Civil Regiões Administrativas
Regional
Presidente de Autarquias
Câmara Municipal Municipios
Por outro lado, o Poder Judicial português, sob o nome de Tribunais, administra a justiça em
nome do povo, defendendo os direitos e interesses do mesmo (Art. 202° - CRP). Ganha destaque já
que é o único órgão de soberania que é independente dos outros e apenas está sujeito às leis (Art.
203° - CRP).
Atualmente, em Portugal existem 4 jurisdições principais:
A Jurisdição Constitucional que contém o Tribunal Constitucional que é o tribunal ao qual compete
especificamente administrar a justiça em matérias de natureza jurídico-constitucional em todos os
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processos sejam eles de qualquer jurisdição onde for evocada inconstitucionalidade (Art. 221° -
CRP).
A Jurisdição dos Tribunais Judiciais, que são os tribunais comuns em matéria cível e criminal
e exercem jurisdição em todas as áreas não atribuídas a outras ordens judiciais. Na primeira instância
pode haver tribunais com competência específica e tribunais especializados para o julgamento de
matérias determinadas (Art. 211° - CRP).
Supremo
Tribunal de Conselho da
Justiça Magistratura
Tribunais de
Relação
Tribunais de Comarca e
de Competência
Alargada
Propriedade Cível
Cível Intelectual
Criminal
Penal Marítimo
Familia e
Tribunais Social Tribunais Menores
Tribunais de
Execução de
de Relação (Laboral) Competência de Comarca
Penas Trabalho
Alargada
Familia e
Instrução Execução
Menores Criminal de Penas
Secções
Secções Secções
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Supremo
Tribunal
Administrativo
Tribunais Centrais
Tribunais Administrativos e
Fiscais de Comarca
Até o ano 2003 também existiam em Portugal os Tribunais Militares, que foram suprimidos e
agora são parte da Jurisdição Comum, embora podem ter validação em estado de guerra (Art. 213° -
CRP).
Por sua vez, o Conselho Superior da Magistratura é presidido pelo Presidente do Supremo
Tribunal de Justiça. A lei poderá prever que do Conselho Superior da Magistratura façam parte
funcionários de justiça, eleitos pelos seus pares, com intervenção restrita à discussão e votação das
matérias relativas à apreciação do mérito profissional e ao exercício da função disciplinar sobre os
funcionários de justiça, as regras sobre garantias dos juízes são aplicáveis a todos os vogais do
Conselho Superior da Magistratura (Art. 218°- CRP).
Os tribunais administrativos e o Ministério Público possuem seus Conselhos Superiores.
O Ministério Público de Portugal tem como competência representar o Estado e defender os
interesses que a lei determinar, bem como, participar na execução da política criminal definida pelos
órgãos de soberania, exercer a ação penal orientada pelo princípio da legalidade e defender a
legalidade democrática (Art. 219°- CRP) e é representado pelo Procurador Geral da República em
coordenação com o Supremo Tribunal de Justiça, o Tribunal Constitucional, o Supremo Tribunal
Administrativo, ao Tribunal de Contas.
Procuradoria
Geral da
República
Procuradoria
Gerais Distritais
Procuradorias da
República
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Bibliografia
- Constituição da República Portuguesa (7° revisão – 2005).
- https://tribunais.org.pt/Os-Tribunais/Judicial
- Lei 56/91 – Quadro das regiões administrativas.
- https://comarcas.tribunais.org.pt/comarcas/
- https://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI119223,21048-O+Judiciario+em+Portugal
- Wikipedia: sistema político português.
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