Índice
Introdução............................................................................................................................................ 2
Âmbito do manual........................................................................................................................... 2
Objetivos .......................................................................................................................................... 2
Conteúdos programáticos .............................................................................................................. 2
Carga horária ................................................................................................................................... 3
1.Principais objetivos a trabalhar no idoso nos contextos ............................................................ 4
1.1.Apoio domiciliário ..................................................................................................................... 5
1.2.Centros de dia........................................................................................................................... 9
1.3.Residências autónomas ......................................................................................................... 11
2.Estratégias de intervenção e técnicas de apoio no domicílio.................................................. 15
3.Redes de apoio – Modelo ecológico de Bronfenbrenner ......................................................... 22
4.Prestadores de cuidados (resposta social informal) dos idosos ............................................. 27
4.1.Prestadores principais e secundários de cuidados ............................................................ 28
4.2.Diferenças nos apoios entre a família e os amigos ........................................................... 33
4.3.Papel do prestador de cuidados secundários..................................................................... 35
5.Resposta social formal vs resposta social informal .................................................................. 37
5.1.Idoso no seu domicílio e o idoso fora do seu domicílio.................................................... 38
5.2.Modelos de relação entre a rede social formal e informal ............................................... 43
Bibliografia ......................................................................................................................................... 50
Sites Consultados .............................................................................................................................. 51
Legislação........................................................................................................................................... 51
Termos e condições de utilização ................................................................................................... 53
1
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
Introdução
Âmbito do manual
Objetivos
Conteúdos programáticos
2
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
Carga horária
50 horas
3
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
4
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
1.1.Apoio domiciliário
Definição
O Serviço de Apoio Domiciliário constitui uma Resposta Social organizada a que as pessoas
em situação de dependência podem ter acesso para satisfação de necessidades básicas e
específicas, apoio nas atividades instrumentais da vida quotidiana e atividades
sociorrecreativas.
Os serviços que os clientes do Serviço de Apoio Domiciliário solicitam têm vindo a sofrer
alterações na medida em que as situações de dependência pela sua complexidade afetam,
na maioria dos casos, várias dimensões da pessoa, exigindo em muitas situações o
estabelecimento de parcerias que capacitem esta resposta social para a concretização da
sua missão.
Objetivos
5
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
Cuidados e serviços
Para a prossecução dos seus objetivos o SAD deve proporcionar um conjunto diversificado
de cuidados e serviços, em função das necessidades dos utentes.
O SAD deve reunir condições para prestar, pelo menos, quatro dos seguintes cuidados e
serviços:
6
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
Sem prejuízo de o SAD poder assegurar os serviços referidos nas alíneas a), b) e g) do
número anterior, deve ter-se em conta a existência na comunidade de serviços mais
apropriados à satisfação das necessidades dos utentes.
Princípios de atuação
7
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
8
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
1.2.Centros de dia
Definição
Ao instituir-se o Centro de Dia, no âmbito das Respostas Sociais, procurou-se que o mesmo
possibilitasse uma oferta de serviços de proximidade diversificada, permitindo que o
cidadão permanecesse, o maior tempo possível, no seu meio habitual de vida, retardando e
invertendo a lógica de integração em Lar, como a única resposta possível.
Objetivos
9
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
a) Refeições:
b) Convívio/ocupação;
c) Cuidados de higiene;
d) Tratamento de roupas;
e) Férias organizadas.
O Centro de Dia pode promover, além dos serviços referidos no número anterior, o
desenvolvimento de serviços de refeições ao domicílio, serviços de apoio domiciliário e
acolhimento temporário.
10
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
1.3.Residências autónomas
Definição
A realidade mostra porém, que há um número considerável de pessoas idosas que não
encontram uma resposta adequada nesse meio.
Torna-se, por isso, frequente a necessidade do recurso a essas respostas sociais, em que
se inclui o alojamento em Estrutura Residencial, a título temporário ou permanente.
11
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
Objetivos
Princípios de atuação
Destinatários
A estrutura residencial destina -se à habitação de pessoas com 65 ou mais anos que, por
razões familiares, dependência, isolamento, solidão ou insegurança, não podem
permanecer na sua residência.
12
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
Capacidade
A estrutura residencial organiza -se por unidades funcionais, entendendo -se por unidade
funcional o conjunto de áreas funcionais, fisicamente agrupadas e equipadas, para o
alojamento dos residentes em ambiente confortável e humanizado e para a prestação dos
serviços previstos.
Modalidades de alojamento
Serviços
13
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
A estrutura residencial pode, ainda, disponibilizar outro tipo de serviços, visando a melhoria
da qualidade de vida do residente, nomeadamente, fisioterapia, hidroterapia, cuidados de
imagem e transporte.
A estrutura residencial deve ainda permitir a assistência religiosa, sempre que o residente o
solicite, ou, na incapacidade deste, a pedido dos seus familiares ou representante legal.
14
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
15
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
Abandono dos campos e vinda das pessoas para as cidades, com a crescente
influência dos centros urbanos;
Crescimento do número de mulheres a trabalhar fora de casa, provocando a
elevação dos rendimentos das famílias e consequentemente a procura de níveis de
vida e de hábitos de consumo mais exigentes;
Alterações da estrutura familiar, com redução do número de filhos;
Habitações pouco espaçosas;
Aumento da esperança de vida das pessoas, logo o aumento da população idosa.
16
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
Por vezes estes serviços são assegurados por pessoas particulares, em nome individual,
trabalhando por conta própria.
Tem, essencialmente, como fim dar apoio à comunidade, mais concretamente, prestar
serviços de cuidados e apoio a públicos com algum tipo de dependência temporária ou
permanente que não têm o acompanhamento familiar necessário.
As pessoas que mais recorrem a estes profissionais são os doentes acamados e as pessoas
idosas.
17
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
Os serviços promovidos por este profissional passam, antes de mais, pelo apoio psicológico
de base (a companhia), pelo acompanhamento relativamente aos cuidados de saúde, pela
motivação e incentivo à vida do cliente/utilizador, de modo a que este não se sinta só e
tenha uma vida com qualidade e pela elaboração dos cuidados básicos (alimentação,
tratamento da roupa e da casa).
Por outro lado, o detentor deste emprego, mesmo exercendo a sua atividade fora da
instituição, i.e. ao domicílio do cliente/utilizador, trabalha integrado em equipas
pluridisciplinares, colaborando estreitamente com os técnicos de saúde, os assistentes
sociais e os psicólogos, uma vez que é a ele que cabe a sinalização de situações que
impliquem a necessidade de intervenção dos técnicos.
18
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
19
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
20
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
21
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
22
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
O modelo ecológico, proposto por Bronfenbrenner (1979), vai salientar a importância das
trocas do binómio organismo-meio, que constitui uma rede complexa de inter-relações
através das quais o desenvolvimento se processa, não podendo, portanto, ser
compreendido independentemente dos contextos em que ocorre.
Transmissão de informação
23
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
Universalidade da informação
Pela formação de laços afetivos entre os elementos do grupo, para criação de uma
identidade grupal;
Promoção de esperança
Fomento do altruísmo
Aprendizagem interpessoal
24
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
É necessário mudar de paradigma para com a velhice, encarando-a como uma «etapa de
vida que significa plenitude, e não declínio inevitável; marca de sucesso, e não de
fracasso»
25
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
Assim, é dever de todo o cidadão responsável fazer com que estes direitos sejam
implementados e respeitados, à semelhança de todos os demais direitos humanos, e agir
com justiça em relação ao idoso de hoje, por forma a garantirmos o futuro do idoso da
amanhã.
Cabe, portanto, à sociedade assumir a defesa dos concidadãos idosos, com base numa
solidariedade intergeracional consciente e sem reservas, deixando, assim, a terceira idade
de ser objeto de olhares pejorativos e passar a ser respeitada, pois, ao fazermo-lo, estamos
de certa forma a cuidar de nós próprios e de todos aqueles que um dia atingirão tal
condição.
26
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
27
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
No entanto, os cuidados prestados pelas redes informais são muitas vezes resultantes de
um sentimento de obrigação: a pressão social acentua o carácter negativo da
institucionalização.
O cuidador principal é definido como sendo a pessoa que proporciona a maior parte do
cuidado ao idoso, aquele sobre quem recai a maior responsabilidade, e que não é
remunerado pelos serviços que presta.
O cuidador informal será respeitado pelas concessões que fará perante as novas exigências
do seu papel, embora raramente o assuma voluntariamente: estudos demonstraram que
mais facilmente há ajuda quando não existe a perspetiva de encargo e dependência.
28
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
Embora todos tenham os seus contextos vivenciais, a dependência implica uma nova
perceção de si e do outro, para todos os elementos do grupo familiar, alterando-se os
poderes: para o idoso, esta é a sua incapacidade para realizar determinadas atividades
básicas enquanto que para o cuidador é o dever de o substituir nessas mesmas atividades.
Entrar no papel de cuidador informal pode ser lento e insidioso e em muitas circunstâncias,
tornar-se uma realidade antes da pessoa ter consciência disso.
Este é quem tem a última palavra relativamente a qualquer decisão a tomar, devendo ser
ouvido em todo o processo e mantido no seu meio sempre que possível, onde é mais
provável a conservação da sua autonomia e independência.
1. Diagnóstico de necessidades
Pretende-se clarificar o cenário de partida para a construção da rede. Para tal, deve-se:
29
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
Quando está clinicamente estável e pretende continuar em sua casa embora precise de
ajuda, é necessário recrutar e selecionar cuidadores.
As primeiras “fontes” a considerar deverão ser a família, os amigos ou algum vizinho mais
chegado, de acordo com a indicação do idoso, desde que reúnam as competências exigidas
para o apoio a prestar, e que sejam independentes e autónomos.
30
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
Se for possível incluir mais do que uma pessoa, partilha-se a responsabilidade, mas
dividem-se as tarefas, o que torna o seu envolvimento mais fácil.
Se for possível financeiramente e desejado pelo idoso, as tarefas que representam maior
intrusão a nível da intimidade podem ficar a cargo de um profissional de forma a manter
maior disponibilidade para o apoio emocional e social, tão importante.
31
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
Os cuidadores devem ter alguma formação (nem que seja ao nível da sensibilização) para o
que está envolvido na prestação de cuidados, numa perspetiva geral e em aspetos mais
particulares como adequar a alimentação ou realizar procedimentos técnicos (a nível da
higiene ou da saúde).
4. Avaliação e reajuste
É importante que o plano estabelecido seja flexível para facilitar a adesão dos cuidadores.
32
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
Cuidar um familiar dependente nem sempre é uma atividade consciente, dado que,
frequentemente, os cuidadores vêem na situação uma extensão das relações pessoais e
familiares, mais do que uma atividade como cuidador.
Quem cuida um familiar dependente vê a situação de ajuda como pouco importante, uma
extensão das relações pessoais e familiares, mais do que uma atividade como cuidador.
Cuidar de idosos não é distinto de outras situações de cuidados familiares, uma vez que é
frequentemente a continuação de uma relação anterior de cuidados, suporte e assistência.
33
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
por regras estabelecidas que ditam em que circunstâncias uma pessoa é obrigada a prestar
cuidados e em quais pode recusar esse papel.
Para além disso, dado o cuidado informal a idosos dependentes ser um imperativo
económico e social, deve ser fundamentado, que é funcionalmente benéfico para a seleção
das pessoas que entram para o papel que esta não seja feita ao azar/fortuita nem com
base na predisposição individual, o que pressupõe que, cuidar um familiar dependente, não
é apenas uma questão de afinidade emocional ou de conveniência.
A afinidade pessoal não explica, por si só, porque motivo alguns familiares são mais
propensos a tornar-se cuidadores. A seleção para o papel depende também das histórias
pessoais e da estrutura das relações.
34
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
Sabe-se, que cuidar um familiar não é, geralmente, uma atividade partilhada. Dentro da
família, a prestação de cuidados não se reparte equitativamente entre os seus membros,
uma vez que existe um cuidador principal.
Podem ser cuidadores primários ou secundários, trabalhar ou não a tempo inteiro e viver
junto ou separadamente da pessoa cuidada.
Cuidador informal e família cuidadora são termos que se reportam a indivíduos não pagos,
tais como família, amigos e vizinhos que prestam cuidados.
Embora a maior parte do cuidado informal seja tipicamente prestado pelo cuidador
primário, pouca investigação dá conta do papel preponderante desempenhado pelos
cuidadores secundários.
A importância dos cuidadores secundários advém da ajuda adicional que pode aumentar o
tipo e/ou quantidade de cuidados prestados, contribuindo para que as necessidades dos
idosos sejam melhor satisfeitas, apesar de o seu grau de responsabilidade, de
envolvimento ativo e de capacidade de decisão ser significativamente menor do que nos
cuidadores primários.
35
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
Refere-se também que os amigos têm mais probabilidade de se virem a tornar cuidadores
secundários do que cuidadores primários.
Alguns idosos tinham mais do que um cuidador secundário dentro da sua rede de suporte e
que o número de horas de cuidados e a natureza dos mesmos era independente do
tamanho, âmbito e composição da rede de cuidadores secundários.
Em geral, o número de elementos que constituíam a rede de apoio não influenciava o uso
dos serviços formais.
Desta forma, a ajuda prestada pelos cuidadores secundários é mais uma ajuda assente nos
afetos pelo idoso e pelo cuidador primário do que propriamente uma ajuda direta nos
cuidados.
36
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
37
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
Esta resposta é considerada, por muitas pessoas em situação de dependência, como uma
forma de continuarem inseridas no seu meio habitual de vida, rodeadas dos seus afetos e
pertences, com possibilidade de novos relacionamentos facultados pelos colaboradores,
incluindo voluntários que se deslocam ao domicílio, podendo constituir para muitas dessas
pessoas o único elo de ligação com o exterior, pelo que a qualidade da intervenção deve
ser uma exigência a ter em conta permanentemente na gestão desta Resposta Social.
38
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
4.1. Pensar o cliente como um ser afetivo e ativo que gosta de ser
respeitado na sua maneira de ser e estar;
39
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
4.4. Criar condições para a continuidade das ações que forem escolhidas
pelo cliente ou proporcionar oportunidade de acesso a atividades
desenvolvidas por entidades externas;
Os motivos que levam esses idosos a serem admitidos em lares deve-se à ocorrência de
um acontecimento crítico, habitualmente após um internamento hospitalar por queda ou
por outra razão, por queda sem necessidade de recorrer ao hospital, por não querer mais
residir em casa, por doença ou morte do seu cuidador informal/formal e por súbita doença
sem admissão hospitalar.
Para muitos idosos e respetivas famílias existe a necessidade de decidir sobre que tipo de
ajuda e que instituições a poderão fornecer face às limitações de natureza funcional dos
primeiros e às limitações dos recursos sociais de ambos que se impõem.
É uma decisão que não é de fácil de tomar e por vezes sem unanimidade, por um lado
pesa a decisão dos familiares na necessidade de internar os seus idosos em lares dado a
indisponibilidade de estarem com estes a tempo inteiro.
40
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
1. Garantir o exercício da cidadania e o acesso aos direitos humanos dos clientes, p.e.
autonomia, privacidade, participação, confidencialidade, individualidade, dignidade,
oportunidades de igualdade e não discriminação;
41
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
3. Respeitar o projeto de vida definido por cada cliente, bem como os seus hábitos de
vida, interesses, necessidades e expectativas;
42
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
Neste sentido, estão definidos quatro modelos de articulação entre profissionais do apoio
formal e família:
1.Especialista
2.Transplante
43
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
Os técnicos partilham e transferem alguns dos seus saberes para os clientes, agindo
como instrutores e consultores que guiam a vida dos outros;
3.Negociação
4.Parceria
Esta falta de diálogo origina frustrações, conflitos e deceções mútuas, sendo o idoso
apanhado nesta ambiguidade e sofrendo.
44
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
1.Os profissionais criticam a família pela sua ausência e pouco interesse - além de
não trazer benefícios, o utente fica ressentido com ambos;
45
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
3.O afastamento da família - fonte de tensão para o idoso, por se sentir rejeitado, e
para a instituição que tem de tomar decisões que são da responsabilidade do núcleo
familiar.
A fim de evitar este tipo de situações, a entidade deve apostar em dois aspetos
importantes: a adequada formação da sua equipa e a adoção de uma comunicação direta
com a família, evitando o ruído adicionado por cada intermediário.
Por este motivo, é essencial o esforço para que as famílias continuem a acompanhar os
seus idosos.
O envolvimento nas atividades dinamizadas e os contributos que possam fazer para estas,
mediante o conhecimento privilegiado que têm da pessoa, permitem diminuir a
despersonalização dos serviços e aumentar o sentimento de integração e pertença.
A conjugação das duas redes de apoio - o sistema misto - apresenta mais benefícios: se o
profissional explicar as atividades e as executar, negociando e envolvendo o cuidador
informal, são atendidas também as suas necessidades, o nível de satisfação com esta
relação aumenta consideravelmente, e é constituída uma verdadeira parceria.
46
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
Quando o cuidado à pessoa idosa ocorre numa Estrutura residencial para Idosos
47
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
• Abandona a pessoa idosa, não mantendo contato nem realizando visitas por um
longo período;
• Não participa das reuniões e nem comparece quando chamada pelos profissionais
da instituição;
• Critica” a instituição, sem procurar participar na rotina da instituição ou mesmo
quando não valoriza e/ou incentiva a pessoa idosa a participar;
• Quando tem a conceção de que ao deixar a pessoa idosa numa instituição,
principalmente quando paga pela permanência, não tem deveres e
responsabilidades, apenas direitos, deixando a pessoa idosa numa situação de
“assistida”;
• Não respeita as regras da instituição, principalmente no que se refere às restrições
de dietas e incentiva a automedicação.
48
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
• Se recusa a levar a pessoa idosa para o domicílio, mesmo com alta médica;
• Se recusa a deixar a pessoa idosa na unidade, com receio de que ela morra
sozinha ou deixe de ser o provedor financeiro da família;
• Não transmite à equipa médica informações sobre mudanças na pessoa idosa ou
na família, que podem afetar a saúde da pessoa idosa;
• Dá informações incorretas ou omite dados sobre morada, estrutura familiar,
situação habitacional ou financeira.
Em síntese,
• A abandona ou a ignora;
49
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
• A menospreza;
• A protege demasiado, diminuindo seu nível de autonomia e independência.
Bibliografia
AA VV., Constituição de uma rede de cuidados: interação com a família e o meio social do
idoso, manual de formação, Ed. Santa Casa de Misericórdia de Mértola
AA VV., Manual de boas práticas – um guia para o acolhimento residencial de pessoas mais
velhas, Instituto da Segurança Social, 2005
50
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
Sites Consultados
Direcção-Geral de Saúde
http://www.dgs.pt/
Segurança Social
http://www.seg-social.pt
Legislação
51
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
52
ufcd 8900 – Contextos de prestação de cuidados ao idoso - domicílio, residências autónomas e
centros de dia
AVISO LEGAL
informanuais ® 2015
Reservados todos os direitos
53