Imaginação

Nos momentos de
sossego onde não há um
único ruído humano, apenas o
som do vento a bater-nos na
face, a luz quente do Sol a
cobrir-nos pelo menos
metade da cara, entrámos
num mundo completamente
novo, pois é nesses momentos René Magritte, La page blanche
(litografia sobre papel, 52x43 cm)
que, ao fechar os olhos, a
nossa imaginação toma o lugar do real.
Ao entrarmos numa biblioteca escolar, depois de um dia de
aprendizagem intensa, não há nada melhor do que nos sentarmos no
banco mais perto de uma janela aberta, lendo, escrevendo ou só
mesmo escutando o mundo em redor. A biblioteca é, e sempre foi, um
refúgio para os grandes cracks da matemática, das línguas, da
economia e de outras disciplinas. É um lugar de descanso para o nosso
corpo e de descolagem para a imaginação, indo o mais além possível,
sentindo aquilo que não é real na pele e conjeturar o que é possível
mudar no real, para obter e oferecer novas experiências.
A biblioteca é um portal que se abre a todos, portal este que nos
oferece o além daquilo que ainda não imaginámos. Não deixemos que
este portal se feche, pois pode nunca mais abrir; isso significaria a
perda do local mais “sagrado” da escola.

João Pedro Fernandes Silva, 12º A2

Disciplina: Português
Outubro, Mês Internacional da Biblioteca Escolar, 2019
(Texto orientado pelo Professor Luís Gonçalves)