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Curso de patologias das estruturas de concreto armado.

→Patologia das estruturas

Estuda os sistemas, os mecanismos, as causas e as origens dos problemas relacionados às


estruturas.

→O diagnóstico

Estuda as correções e as soluções dos problemas apresentados inclusive o devido ao


envelhecimento natural da estrutura.

→Durabilidade e vida útil

Durabilidade é a característica inerente a um determinado produto no que diz respeito à


capacidade de manter-se em condições de serviço, durante o período de tempo ao qual ele foi
especificado.

Segundo Paulo Helene, a durabilidade depende conjuntamente de todas as partes envolvidas


na execução da obra – proprietários do empreendimento (planejamento)- e responsável(is)
pelos projetos de arquitetura.

Proprietário Empreendedor
Satisfazer o usuário
Uso Planejamento

1) Construtor 2) Fabricação de materiais e 3) Projetista

Execução componentes industrializados Projeto

1+2+3= 2 anos , uso= 50 anos

→Desempenho de uma estrutura

Comportamento, em serviço, de um produto (estrutura ou material) ao longo de sua vida útil,


ou seja, é a propriedade que o produto apresenta que lhe dá condições de exercer sua função
quando solicitado.

→Recuperação estrutural

→Reparo estrutural

Consiste na restauração da segurança ou funcionamento da estrutura devolvendo à mesma


suas condições originais, o reparo só ocorre quando é detectado algum dano na estrutura.
*Os problemas patológicos só se manifestam após o início da execução , a última etapa da
fase de produção.

*Os problemas patológicos apresentam manifestações externas característica, podendo


deduzir qual a natureza, origem e os mecanismos dos fenômenos enolvidos.

→”Lei de Sitter”

Mostra os custos crescendo segundo uma progressão geométrica, dividindo a etapas


construtivas e de uso em 4 períodos correspondentes aos projetos, à execução, à manutenção
preventiva efetuada antes dos 3 primeiros anos e a manutenção corretiva efetuada após
surgimento dos problemas. A cada uma está relacionado um custo.

Segundo Sitter, adiar uma intervenção significa aumentar os custos diretos em progressão
aritmética de razão 5.

Cánovas diz que: a patologia na execução pode ser consequência da patologia de projeto.

Custo relativo da intervenção

125

100

50

25

T1 T2 T3 T4 Período de tempo
Origens das manifestações patológicas

40%-Projeto
28%-Erro de execução
18%-Materiais
10%-Uso
4%-Planejamento

→Concepção

1)Elementos de projeto inadequados,

2)Falta de compatibilização entre estrutura e arquitetura, bem como os demais projetos civis,

3)Especificação inadequada de materiais,

4)Detalhamento insuficiente ou errado,

5)Detalhes construtivos inexequíveis,

6)Falta de padronização das representações,

7)Erros de dimensionamento.

→Recalque de fundação

Fissura de 45° em direção à um dos pilares.

→Execução (Construção)

A etapa de execução deve ser iniciada apenas após o término da etapa de concepção, com a
conclusão de todos os estudos e projetos que lhe são inerentes.

*Prováveis causas das falhas na execução:

-Falta de condições locais de trabalho

-Não capacitação profissional

-Inexistência do controle de qualidade de execução

-Má qualidade de materiais e componentes

-Irresponsabilidade técnica

-Sabotagem
→Utilização (manutenção)

-Acabada a etapa de concepção e execução ,mesmo tendo sido de qualidade adequada, as


estruturas podem vir a apresentar problemas patológicos devido ao mal uso.

-Edificações em alvenaria estrutural, o usuário deve ser informado sobre quais são as paredes
importantes de forma que não venham a fazer obras de demolição ou abertura de vãos sem a
consulta ou assistência de um profissional.

→Pontes

-Alertar sobre a carga máxima

-Os problemas patológicos ocasionados por manutenção inadequada, ou pela sua ausência,
tem sua origem no desconhecimento técnico, na incompetência, desleixo e em problemas
econômicos.

-Segundo ARANHA e DAL MOLIN, os procedimentos inadequados durante a utilização podem


ser divididos em 2 grupos: ações previsíveis (carregamento excessivo. Ausência de informações
no projeto) e ações imprevisíveis (incêndios, abalos, choques acidentais)

→Vistoria

Estrutura → dividir em famílias de elementos típicos → para cada elemento da família ,


consultar caderno de inspeção → adota fator de ponderação de um dano-atribuir da inspeção
(fator de intensidade do dano) → calcular grau de deterioração

*Tipos de danos:

-Carbonatação

-Cobrimento insuficiente

-Contaminação por cloreto

-Corrosão de armaduras

*Categorias de inspeção: - Rotineira

-Extensiva

*Tipos de condições ambientais e de carregamento

Muito severa: ambiente agressivo, carregamento cíclico e possibilidade de fadiga

Severa: o ambiente é agressivo, com carregamento estático ou o ambiente é normal com


carregamento cíclico com possibilidade de fadiga

-Normal: o ambiente é normal, com carregamento estático

→Concreto de cimento Portland


Material convencional adicionado de aditivos especiais para:

-Alta resistência

-Ausência de retração de secagem

-Elevada aderência ao substrato

→Argamassas Poliméricas

Melhora o sistema de impermeabilização.

→Grautes base cimento

Material flúido e autoadensável.

-Alta fluidez, boa aderência, baixa retração e alta impermeabilidade, recomendado para
locais de difícil acesso.

→Argamassas e grautes orgânicos

Mais resistentes mecanicamente ao ataque químico e à óleos.

→Argamassa de base epóxi

Possuem excelente resistência à ácidos não oxidantes e álcalis.

-Aderência à várias superfícies

-Propriedade física e mecânica

-Boa resistência à alguns solventes orgânicos.

*Noções básicas de patologia e tecnologia do concreto

→Cimento Portland

-É um ligante hidráulico à base de clínquer Portland

-Matérias primas: Calcário, Argila, Gipsita, adições.

→Produções

-Via seca: sem adição de água na operação de mistura.

-Via úmida: com adição de água. As matérias primas ficam em forma de pasta em suspensão.

→Clínquer

-Alita 3CaO.SiO2 (C3S) 40 à 70%

-Belita 2CaO.SiO2 (C2S)10 à 40%


-Aluminato tricálcico 3CaO.Al2O3 (C3A)5 à 15%

-Ferro aluminato tetracálcico 4CaO.Al2O3Fe2O3 (C4AF)5 à 10%

-Impurezas – Cal livre CaO

- Magnésio

→Propriedades do cimento Portland

-Finura: o cimento é um material consumido na forma de pó, como tal, é importante que sua
finura seja mantida, pois esta está ligada com a sua superfície específica que determina a
reatividade do mesmo.

-Pega: o início da pega é a característica que indicará o começo da formação de produtos de


hidratação rígidos, ou seja, fase em que o cimento não é mais trabalhável. O fim da mesma
apresenta uma fase mais endurecida, na qual já se pode desformar caso as cargas incidentes
sejam desconsideráveis.

→Resistência à compressão

É a propriedade mais característica do cimento. O cimento capaz de prover maiores


resistências à compressão é capaz de gerar um produto final mais impermeável e durável.

-Classes de cimento: 25, 32, 40.

→Tipos de cimento

→Hidratação do cimento Portland.

Grãos em suspensão – reação com gesso e C3A – surgimento de etringita – precipitação de


CH e C-S-H

→Agregados Material fragmentado de rocha comumente chamado de pedra e areia.

-Classificação:

ABNT: construção civil em geral.

DNIT: estradas.

Tipo: Leve – abaixo de 900Kg/m3 – concretos isolantes, estruturais e blocos de alvenaria.

Normal – de 900 até 3000Kg/m3 – agregados comuns como areia, seixo ou brita, usados
para todas as aplicações usuais da construção.

Pesado – acima de 3000Kg/m3 – usados na blindagem de radiação nuclear.

→Índices físicos

-Granulometria: classificação do agregado quanto à dimensão dos grãos, também fornece o


módulo de finura.
-Material pulverulento- partículas menores que 75µm

-Teor de argila

-Teor de vazios – porosidade

-Forma: influencia na aderência à pasta e pode propiciar a formação de bolhas ou acúmulos de


água.

→Superfície específica

OBS: quanto maior o agregado, menor a quantidade de concreto, e quanto menor o agregado,
maior a quantidade de concreto.

→O material concreto.

Mistura de materiais como cimento, agregado, água e possivelmente adições, aditivos,


polímeros, fibras e outros.

→Estado fresco

É definido pelo período em que a água já foi misturada no concreto, porém, as reações de
hidratação ainda não causaram a pega do cimento.

→Trabalhabilidade

Determina o grau de facilidade de se manipular o concreto.

-Fatores: água, agregados e cimento.

-Pode ser alterada com a adição de aditivos químicos dispersantes.

→Tempo de pega

O manuseio tem que ser feito antes da pega.

→Reologia

É possível caracterizar o estado fresco a partir da reologia da pasta.

→Resistência à segregação

Ocorre quando os agregados graúdos, ou outro componente se separa da pasta e prejudica a


uniformidade do material.

-Causas: excesso de agregados graúdos, material de fluidez sem coesão e adensamento


inapropriados.

→Resistência à compressão

→Resistência à tração e flexão


O concreto é fraco na tração, logo, na flexão também. Isso se dá por causa da facilidade de
crescimento de microfissuras devido ao sentido do esforço.

→Módulo de elasticidade

→Retração e fluência

Retração remete à deformação no concreto e não ligadas a carregamentos, reações químicas


ou variações térmicas.

-Retração por secagem: perda de umidade para o meio ambiente.

-Retração por carbonatação: A carbonatação gera água quando esta evapora, aumenta a taxa
de retração por secagem.

-Retração plástica: perda de água no estado fresco.

→Resistência ao fogo

→Dosagem:

Proporção de materiais da maneira mais adequada ao projeto com o menor custo possível.

-Deve prever uma resistência à compressão e um abatimento para a mistura pretendida.

→Requisições

-Projetos comuns: resistência à compressão

-Projetos iniciais: resistência à tração, flexão. Abrasão, fogo, à fadiga à impactos.

→Ensaios não destrutivos

O controle tecnológico nem sempre é perfeito, caso o lote não receba controle, deve-se
testá-lo para verificar a segurança, mesmo assim, ainda pode acontecer situações inesperadas.

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