A questão da formação de professores surgiu no século XIX quando, em resposta às
transformações ocorridas na sociedade após a Revolução Francesa, foi colocada em pauta a questão da instrução popular. Ao longo deste século foram sendo instituídas em vários países europeus as Escolas Normais, instituições encarregadas de preparar professores. No Brasil, essa preocupação com o preparo de professores surgiu após a Independência se intensificou com a proclamação da Republica, idealizado como parte do projeto de construção da Nação.
No entanto, a expansão das redes de ensino no Brasil está diretamente relacionada à
intensificação do processo de industrialização no país a partir da década de 1950. Ainda nos anos 1960 e 1970 o acesso à escolarização era limitado e havia uma enorme parcela de analfabetos na população, mas com o acelerado crescimento populacional e as demandas do mercado os investimentos começaram a crescer e com a expansão das redes públicas de ensino aumentou consideravelmente a demanda por professores. A solução encontrada para suprir esta demanda foi a expansão de escolas normais em nível médio, complementação de formações de origens diversas, autorizações especiais para o exercício da docência, etc.; porém, tanto os cursos normais como os diversos cursos de licenciatura surgidos nesse período seguiram os modelos instituídos entre o final do século XIX e o início do século XX, improvisações que ainda hoje afetam de maneira negativa a formação de professores no país.