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Preparacao Do Mercurio Filosofico PDF
Preparacao Do Mercurio Filosofico PDF
O presente tratado foi escrito por Eirenaeus Philalethes, cidadão Inglês e Cosmopolita e traduzido
da Collectanea Chemica por Rubellus Petrinus.
Experiências
Para a preparação do Mercúrio Filosófico, pela Lua e o Régulo Marcial Estrelado, para a Pedra
Filosofal
por
Ireneu Filaleto
Tomei uma parte do Dragão Ígneo e duas partes do Corpo Magnético; preparei-os juntos por meio
de um fogo forte, e na primeira fusão (1) foram feitas cerca de oito onças do verdadeiro arsénico.
Tomei uma parte de bom arsénico, e fiz o casamento com duas partes da Virgem Diana e uni-os
num só corpo: triturei finamente, e com isto preparei o meu Mercúrio, trabalhando todo o conjunto
no calor até que eles estivessem muito bem preparados; em seguida, purguei-os com o sal de
urina para separar as fezes que recolhi separadamente.
O Mercúrio assim preparado está ainda contaminado com alguma impureza externa, e por isso
destila-o três ou quatro vezes num alambique apropriado, com a sua cucúrbita de aço; depois lava-
o com sal de urina até que ele seja claro e brilhante, e que não deixe rasto ao escorrer.
Tomai dez onças de sal decrepitado, outro tanto de escórias de Marte e uma onça e meia de
Mercúrio preparado; triturai o sal e as escórias em partículas muito finas num almofariz de
mármore; então, introduzi o Mercúrio e triturai-o com vinagre, até que o Mercúrio desapareça.
Colocai-o dentro de um vaso de vidro, e destilai-o em banho de areia num alambique, até que todo
o Mercúrio ascenda puro, claro e resplandecente; reiterai isto três vezes, e tereis o Mercúrio muito
bem preparado para o Magistério.
Cada preparação do Mercúrio com o seu arsénico é uma Águia; Assim que as plumas da Águia
forem purgadas da negritude do corvo, fazei-o voar até sete vezes e da mesma maneira, até ao
décimo voo.
Tomei a quantidade de Mercúrio requerido, e mistureio-o com engenho com o seu verdadeiro
arsénico cerca de quatro onças de Mercúrio, e aligeirei a consistência da mistura; purguei-o depois
de maneira conveniente, destilei-o e obtive o corpo puro da Lua, o que me deu a conhecer que
tinha feito a preparação devidamente.
Em seguida juntei-lhe o seu peso de arsénico, e adicionei o seu peso anterior de Mercúrio, de
maneira que o Mercúrio possa prevalecer ligeiro e fluido e, então, purguei-o para o lavar da
negritude até quase à brancura da Lua.
Em seguida tomei meia onça de arsénico, do qual fiz o casamento devido; adicionei este ao
desposado Mercúrio, sendo feito à temperatura semelhante à argila de moldar, mas um pouco
mais leve.
Purguei-o outra vez na devida maneira. A purgação foi trabalhosa e longa. Fi-lo com o sal de urina
que achei ser a melhor neste trabalho.
A melhor maneira que encontrei para purgá-lo foi com vinagre e sal marinho puro, e assim no
espaço de meio dia pude preparar uma Águia; fiz voar a primeira Águia e Diana permaneceu com
um pouco de tintura de bronze (2).
Comecei a segunda Águia removendo as superfluidades, e depois fi-la voar, e de novo as Pombas
de Diana permaneceram com a tintura de bronze.
Conjuguei a terceira Águia, e purguei as superfluidades, removendo-as, até à brancura; então fi-la
voar, e uma grande parte de bronze permaneceu com as pombas de Diana.
Depois fi-la voar duas vezes por si mesma, para a extracção total de todo o corpo.
Então conjuguei a quarta Águia por partes, adicionando mais e mais do seu próprio humor
gradualmente, e foi feita uma consistência muito temperada, na qual não foi encontrada hidropisia
(ou supérflua humidade) como foi nas anteriores Águias.
A massa amalgamada, desposada ou junta intimamente pelo devido casamento, coloco-a num
cadinho e num forno em banho de areia por meia hora sem que haja sublimação; seguidamente,
retiro-a do cadinho e trituro-a fortemente; então coloco-a novamente num cadinho e no forno, e
depois de um quarto de hora aproximadamente, trituro-a outra vez num almofariz quente.
Por este meio o amálgama começa a ser limpo e expele uma grande quantidade de pó. Então
coloco-o novamente num cadinho e no fogo como antes por um tempo conveniente, de modo que
não sublime. Mas quanto maior é o fogo, melhor; assim, colocando-o continuamente no fogo e
triturando sempre, até quase todo o pó desaparecer completamente; depois lavo-o, as fezes saem
facilmente, e o amálgama se torna firme sem qualquer heterogeneidade. Então, lavo-o com sal,
aqueço-o novamente e trituro-o. Repito todo este processo limpando-o de toda a espécie de fezes.
Toma teu Mercúrio preparado com o seu arsénico de sete, oito, nove, ou dez Águias; coloca-o num
vaso, e luta-o com o Lutum Sapientiae (luto da sapiência). Coloca-o num forno em banho de areia
e deixa-o permanecer num calor de sublimação, até que ele possa ascender e descender dentro
do vaso, até ser coagulado um pouco mais espesso que a manteiga. Continua até uma perfeita
coagulação até que esteja tão branco como prata.
10. Outra Prova.
Se pela agitação num vaso de vidro com sal de urina, ele se tornar por si próprio num pó branco
impalpável de modo que não apareça como Mercúrio, e espontaneamente, num lugar quente e
seco, coagula-se novamente em a Mercúrio ligeiro, isto é o suficiente: mas ainda melhor, se sendo
agitado em agua da fonte, ele correr em pequenos glóbulos ou partículas; porque se o corpo está
em grãos ele não será deste modo convertido e separado em pequenas e diminutas partes.
Destilai-o num alambique de vidro, com uma cucúrbita de vidro; se ele passar e não deixar rastro, é
uma boa água mineral.
Toma a mistura corporal e espiritual do teu composto, o corpo do qual é coagulado do volátil pela
digestão, e separa o Mercúrio do seu Enxofre num alambique de vidro, e terás a Lua branca fixa e
resistente à Água forte e mais pesada que a lua vulgar.
A partir deste Enxofre branco, pelo fogo, terás um Enxofre amarelo por uma operação manual cujo
sol é o Chumbo vermelho do filósofos.
Tu podes tornar este Enxofre amarelo num óleo tão vermelho como sangue, pela circulação com o
Mênstruo filosófico mercurial volátil; assim terás uma admirável panaceia ou medicina universal.
15. A Conjugação Grosseira do Mênstruo com o seu Enxofre para a Formação do Filho do Fogo.
Toma do teu purgado, melhor, preparado e mais escolhido Mercúrio, de sete, oito, nove ou pelo
menos dez águias; mistura-o com o Latão preparado ou seu Enxofre Vermelho; isto é, duas partes
de água, ou pelo menos três, com uma do puro Enxofre, moído e purgado.
Esta tua mistura será muito bem moída sobre mármore; depois será lavada com vinagre e sal
amoníaco, até que dele saiam todas as suas fezes negras; então será lavado de toda a sua
salinidade e acrimónia com água clara da fonte; seguidamente será seco em cima de papel branco
limpo voltando-o de um lado para outro com a ponta de uma faca até à excelente secura.
Estando a mistura seca, põe-na dentro de um vaso oval, do melhor e mais transparente vidro, do
tamanho de um ovo de galinha; que neste vaso a matéria não exceda duas onças; sela-o
hermeticamente.
2.. Há edições que em vez de bronze se referem ao cobre, o que está mais de acordo com o texto
da Entrada Aberta ao Palácio Fechado do Rei.
FIM