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PREFÁCIO
Este material didático tem por objetivo orientar os futuros técnicos em Óptica e
Optometria através da Farmacologia básica e aplicada, preparando-os para resolver
situações práticas importantes como saber distinguir uma droga de um fármaco,
medicamento de remédio; conhecer as principais vias de administração dos
medicamentos; relacionar a farmacocinética e os mecanismos de ação das principais
classes de fármacos com uso oftálmico, tais como antimicrobianos, anti-inflamatórios,
anestésicos locais, mióticos, midriáticos e cicloplégicos, antiglaucomatosos, dentre
outros, e aqueles utilizados para auxílio nos diagnósticos, como os corantes.
Sobretudo, trata-se de um material com enfoque na utilização dos fármacos no
tratamento das fisiopatologias da visão. Enfatiza os cuidados na administração de
medicamentos, os principais efeitos adversos relacionados a cada classe que possam
aparecer nos pacientes que fazem uso dos mesmos, além de destacar alguns fármacos
oftálmicos comercializados no Brasil.
Procuramos desenvolver esse material didático para mediar o conhecimento entre
os livros que usam uma linguagem recheada de teoria e a forma prática trabalhada em
sala de aula e a aplicação dessa no campo profissional, promovendo um fácil
entendimento do conteúdo abordado pelo professor durante as aulas e para estudo e
consulta individuais. Neste material trazemos alguns estudos dirigidos que auxiliaram na
condução e foco do aprendizado.
Sejam muito bem-vindos a explorar o universo da Farmacologia e transpor as
barreiras do conhecimento aplicando teoria à prática profissional em Óptica e Optometria.
Com este material, esperamos construir o conhecimento de forma simples, prática e
objetiva. Aproveitem!
Os Autores
TÓPICOS DE FARMACOLOGIA PARA OPTOMETRIA
Dra. Luciana da Silva Nunes Ramalho
Dr. Josué do Amaral Ramalho
SUMÁRIO
TÓPICO 4: FARMACOCINÉTICA
Absorção
Distribuição
Metabolismo/Biotransformação
Eliminação/ Excreção
TÓPICO 5: FARMACODINÂMICA
Estudo dirigido 4
TÓPICO 8: ANTIGLAUCOMATOSOS
Fármacos utilizados no tratamento do glaucoma
TÓPICO 9: ANTI-INFLAMATÓRIOS
Propriedades farmacológicas dos AINES
Características das enzimas ciclooxigenases
Anti-inflamatórios esteroidais
REFERÊNCIAS
TÓPICOS DE FARMACOLOGIA PARA OPTOMETRIA
Dra. Luciana da Silva Nunes Ramalho
Dr. Josué do Amaral Ramalho
https://ptmedbook.com/aspirina-e-realmente-uma-droga-maravilhoso
TÓPICOS DE FARMACOLOGIA PARA OPTOMETRIA
Dra. Luciana da Silva Nunes Ramalho
Dr. Josué do Amaral Ramalho
MEDICAMENTO
DEFINIÇÕES DE MEDICAMENTOS
(http://portal.anvisa.gov.br/medicamentos/conceitos-e-definicoes)
a) MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA
b) MEDICAMENTO SIMILAR
c) MEDICAMENTO GENÉRICO
EM RESUMO:
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Dra. Luciana da Silva Nunes Ramalho
Dr. Josué do Amaral Ramalho
EXEMPLO:
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Dra. Luciana da Silva Nunes Ramalho
Dr. Josué do Amaral Ramalho
FÁRMACO
O fármaco, é uma droga que tem uma estrutura química já definida e, devido a
imensos estudos, são conhecidos os seus efeitos no organismo. Tem como
finalidade o uso para um efeito benéfico no organismo, como alívio da dor ou
diminuição da inflamação. No entanto, a droga pode causar um efeito diferente,
como provocar efeitos tóxicos no corpo humano.
Farmacologicamente, pode-se dizer que corresponde a toda substância de
estrutura química definida, capaz de modificar ou explorar o sistema fisiológico ou
estado patológico, em benefício do organismo receptor (OGA, CAMARGO, &
BATISTUZZO, 2008).
Pensando assim, podemos chegar à conclusão de que todo fármaco é uma
droga, mas nem toda droga é um fármaco. Observe o esquema abaixo para que
isso fique mais claro.
REMÉDIO
a) MEDICAMENTO ALOPÁTICO
Exemplificando:
Um paciente com sintomas clássicos de febre tem a temperatura do corpo acima do
normal.Pensando pela alopatia, um medicamento produzido por essas técnicas agiria
diminuindo a temperatura do corpo humano, ou seja, agiria de forma contrária aos
sintomas,por meio de um antitérmico como a dipirona.
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Dr. Josué do Amaral Ramalho
Exemplos:
b) Medicamento fitoterápico
Os medicamentos fitoterápicos também são alopáticos. Mas o que diferencia
os dois? A matéria-prima.
A base da produção de fitoterápicos são as plantas medicinais. Esse tipo de
medicamento passa por um processo de industrialização e utiliza a planta ou parte dela
como princípio ativo. A partir do apresentado acima, é possível notar que um
medicamento fitoterápico é diferente de uma planta medicinal, que passa por um
processo rigoroso de padronização e industrialização para ser comercializado, e de
plantas medicinais usadas em preparações caseiras pela população. O uso do termo
industrialização não significa que o medicamento precisa passar por uma grande
indústria. A maioria da produção desses medicamentos ocorre dentro mesmo de
farmácias especializadas em sua manipulação. Os fitoterápicos são encontrados
principalmente em farmácias, mas existem também nas drogarias em meio aos tantos
outros medicamentos alopáticos existentes. Exemplos industrializados muito conhecidos
desses medicamentos são: maracugina, guaco (xarope produzido a partir desta planta
medicinal), abrilar. Todos esses medicamentos apresentam o indicativo de que são
fitoterápicos,ou seja, produzidos a partir de plantas medicinais, como apresentado na
figura abaixo.
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c) Medicamento homeopático
Insumo ativo Insumo ativo é a droga ou fármaco utilizado como o princípio ativo,
ou seja, é o “ponto de partida” utilizado para preparar o medicamento homeopático.
Sucussão É o movimento de agitar verticalmente de forma vigorosa e constante
de soluções de fármacos sólidos e líquidos diluídos e dissolvidos em insumo inerte
adequado, em anteparo semirrígido (ANVISA, 2011a; HOLANDINO et al., 2007). A
sucussão pode ser manual ou mecânica (ANVISA, 2011a; CÉSAR, 2008; HOLANDINO et
al., 2007). Para o processo de sucussão manual o manipulador deve realizar com uma
das mãos cem movimentos de agitação vertical (HOLANDINO et al., 2007). Na sucussão
mecânica utiliza-se o aparelho chamado de dinamizador no qual também é realizado cem
movimentos, simulando o movimento do braço humano (ANVISA, 2011a; CÉSAR, 2008).
EXEMPLO:
Devem-se seguir os seguintes procedimentos apresentados na Farmacopeia
Homeopática Brasileira (ANVISA, 2011a) exemplificada na figura abaixo:
TOXICIDADE DE MEDICAMENTOS
Exemplo:
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CONCEITOS FARMACOLÓGICOS IMPORTANTES:
Placebo:
(placeo = agradar)
Tudo o que é feito com intenção benéfica para aliviar o sofrimento:
fármaco/medicamento/droga/remédio (em concentração pequena ou mesmo na sua
ausência), a figura do médico (feiticeiro).
Posologia:
Está relacionada com o tempo de ação e a dose terapêutica do medicamento em
questão
Interação medicamentosa:
É uma resposta farmacológica ou clínica a administração de uma combinação de
medicamentos, diferente dos efeitos de dois agentes dados individualmente. O
resultado final pode aumentar ou diminuir os efeitos de um ou dos dois princípios
ativos, ou pode promover o aparecimento de um novo efeito que não ocorreu com um
dos princípios ativos sozinho. As interações medicamentosas podem ocorrer entre
fármaco-fármaco, fármaco-alimentos, fármaco-exames laboratoriais e fármaco-
substâncias químicas.
Exemplos de interações físico-químicas ou incompatibilidades farmacêuticas.
Forma farmacêutica:
É a forma final em que se apresenta o medicamento ao paciente, depois de uma
série de operações farmacêuticas realizadas com o princípio ativo e os excipientes
adequados, ou sem os excipientes também, com o objetivo de atingir o sucesso
terapêutico de acordo com a via de administração mais adequada.
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Fórmula ou formulação:
Representa o conjunto dos componentes de uma receita prescrita pelo médico ou
então a composição de uma especialidade farmacêutica. Podendo conter mais de um
fármaco.
Farmacoterapia
Uso e prescrição de medicamentos para pacientes.
Polifarmácia:
ESTUDO DIRIGIDO 1
3. Você deve ser capaz de numerar os nomes abaixo.Insira 1 para medicamento e 2 para remédio que
não seja medicamento. Vamos testar!
( ) massagem
( ) feitiços de cura
( ) chá de ervas
( ) novalgina ( ) diclofenaco
( ) sal de frutas
8. Defina:
a) Placebo:
b) Posologia
c) Interação medicamentosa
d) Farmacoterapia
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Farmacêutica:
Estuda a liberação do fármaco a partir do produto farmacêutico. É constituída
pelo conjunto de fenômenos compreendidos entre a administração do medicamento e a
absorção propriamente dita, os quais determinam à intensidade e velocidade com que
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ocorre a entrada da substância ativa no organismo. Estes fenômenos compreendem
basicamente a liberação e a dissolução do fármaco contido no produto farmacêutico.
Farmacocinética:
Etapas de absorção, distribuição, metabolismo e excreção do fármaco. Como já
foi dito esta etapa corresponde ao estudo da evolução temporal do movimento do
fármaco in vivo, que esquematicamente pode resumir-se nos processos de absorção,
distribuição, biotransformação e excreção de fármacos. Esta fase consiste, portanto, na
identificação e quantificação da passagem do fármaco pelo organismo.
Farmacodinâmica:
Estuda a interação de um fármaco específico com seu receptor, ou seja, a ação
do fármaco em seu sítio receptor com as alterações moleculares e celulares
correspondentes (efeito farmacológico), o que culmina no aparecimento do efeito
terapêutico requerido.
RESUMINDO :
ESTUDO DIRIGIDO 2
01. Defina:
a) Agonista e antagonista.
b) Farmacocinética e Farmacodinâmica.
c) Dose letal mediana e dose eficaz mediana.
Qualquer substância que atue no organismo ser vivo pode ser absorvida
por este, distribução da pelos diferentes orgãos, sistemas ou espaços corporais,
modificada por processos químicos e finalmente eliminada, sem que
necessariamente seja obedecida essa hierarquia de eventos. A farmacologia estuda
estes processos e a interação dos farmacos com o homem e com os animais, os
quais se denominam:
Iremos abordar apenas os aspectos da absorção relacionados às vias de
administração dos fármacos.
A absorção do fármaco é determinada pelas propriedades físico-químicas, pela
formulação e pela via de administração do fármaco. As formas de dosagem (p. ex.,
comprimidos, cápsulas ou soluções), constituídas pelo fármaco e por outros
ingredientes, são formuladas para serem administradas mediante várias vias (p. ex.,
oral, bucal, sublingual, retal, parenteral, tópica e por inalação). Independentemente da
via de administração, os fármacos devem estar em solução para serem absorvidos.
Assim, as formas sólidas (p. ex., comprimidos) devem ser capazes de se desintegrarem
e se desagregarem.A não ser que se administre por via intravenosa, o fármaco deve
ultrapassar várias membranas celulares semipermeáveis antes de alcançar a circulação
sistêmica. As membranas celulares são barreiras biológicas que inibem, de modo
seletivo, a passagem de moléculas de fármacos. As membranas são compostas,
principalmente, de uma matriz lipídica bimolecular, que determina as características de
permeabilidade da membrana.
Enteral: Enteral vem do grego enteron (intestino): são as vias oral, sublingual e
retal. Ex: cápsula, comprimido, supositório.
Parenteral: Para administração de medicamentos pelas vias parenterais –
intravenosa, muscular e subcutânea – há uso de dispositivos que auxiliam a
administração dos medicamentos, como seringas e agulhas, que serão
específicas para cada via.
Tópica: Esta via geralmente é utilizada para tratamento de afecções da pele e
mucosas. Os medicamentos são apresentados em forma de pomadas, géis ou
cremes e devem ser administrados somente no local onde há a
lesão.(Epidérmica; intranasal; oftálmica).
Comprimidos
Mistura do princípio ativo em pó com substâncias que dão liga, como o amido ou a goma arábica. Eles são
compactados até ficarem uniformes.
Drágeas
Bem similares aos comprimidos. A diferença está numa película externa, que impede a degradação dos seus
compostos.
Cápsulas
Revestidas de um material gelatinoso para proteger o conteúdo interno e facilitar a deglutição. Podem ser
sólidas ou líquidas.
https://panoramafarmaceutico.com.br/2017/12/20/qual-diferenca-entre-comprimidos-drageas-e-capsulas/
A via enteral retal pode ser utilizada para fármacos que devem produzir
um efeito local (Ex: supositório de glicerina que amolece as fezes, evitando a
constipação) ou mesmo efeitos sistêmicos. Este tipo de administração, entretanto,
não é muito confiável (pois depende muito dos movimentos peristálticos e da
posição do medicamento), mas é útil para pacientes em quadro emético ou incapazes
de tomar a medicação oral.
Pela via retal, há 50% de possibilidade de o fármaco sofrer efeito de
primeira passagem, dependendo de qual rota venosa o fármaco pode levar: uma que
vá ao sistema porta para sofrer metabolismo de primeira passagem ou outra rota que
o leve diretamente ao coração.
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http://enfermagemesucri2009.blogspot.com/2011/05/injecao-por-via-endovenosaev-ou.html
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https://slideplayer.com.br/slide/45903/
Essa é uma via muito restrita usada para pequenos volumes, sendo a solução
introduzida na camada superficial da pele, chamada derme. A via intradérmica é uma via
de absorção muito lenta, utilizada principalmente nas seguintes situações:
ADMINISTRAÇÃO TÓPICA
Via Epidérmica
Aplicação de substâncias ativas diretamente na pele, ou em áreas de
superfície de feridas, com efeito local, tais como, pomadas, cremes, sprays,
loções, colutórios, pastilhas para a garganta.
Intranasal
Que consiste na aplicação de fármacos dentro do nariz. Evita o
efeito de primeira passagem hepática.
Inalação
A via inalatória pode ser utilizada normalmente quando o agente terapêutico é
um gás, tendo, em medicina veterinária, utilização restrita à anestesia inalatória (SPINOSA
et al., 1999). Estes agentes anestésicos gasosos e líquidos voláteis, administrados por
inalação, são rapidamente absorvidos na circulação sistêmica através do epitélio alveolar
pulmonar (ADAMS, 2003).
https://crf-pr.org.br/noticia/visualizar/id/3433
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ESTUDO DIRIGIDO 3
01. Conceitue
b- Via oral
c- Via
intramuscular d-
Via subcutânea e-
Via oftálmica
03.As vias de administração de fármacos podem ser, de modo geral, divididas em:
Absorção: Para chegar na circulação sanguínea o fármaco deve passar por alguma
barreira dada pela via de administração, que pode ser: cutânea, subcutânea, respiratória,
oral, retal, muscular. Ou pode ser inoculada diretamente na circulação pela via
intravenosa, sendo que neste caso não ocorre absorção.
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Farmacodinâmica:
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Ele postulava que atividades específicas da célula poderiam ser intermediadas por
“cadeias laterais” ou “receptores” os quais o grupo haptofórico da droga ou toxina
iria atacar e que a droga ou toxina também possuía um grupo toxofílico.
MECANISMO DE AÇÃO
Podemos definir o termo mecanismo de ação como a atividade pela qual o fármaco
desencadeia eventos que culminam com um efeito biológico. Este pode ser classificado em
dois tipos:
Mecanismo de ação específico: o fármaco interage, de forma específica, com
macromoléculas, como por exemplo:
Proteínas transportadoras (Ex: carreadores de colina-
hemicolina: esta proteína é responsável por fazer a captação
da colina e do acetato na fenda sináptica, oriundos da quebra da
acetilcolina pela acetilcolinesterase, depois que a acetilcolina
realizou o seu efeito de neurotransmissor, sendo recaptada por
proteínas transportadoras de membrana da fibra pré-sináptica
para uma nova reutilização).
Ácidos nucleicos (Ex: antimicrobianos bacteriostáticos ou
bactericidas com ação de inibir o crescimento ou o
desenvolvimento das bactérias, respectivamente, interferindo no
DNA ou RNA desses microrganismos)
Enzimas (Ex: cicloxigenase: participa da cascata do ácido
araquidônico na formação das prostaglandinas) 46
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INTENSIDADE DO EFEITO
Depois de estabelecida a ligação do fármaco e seu receptor, a intensidade
do efeito é dada de maneira proporcional ao complexo fármaco- receptor
atendendo a certas exigências. Isto quer dizer que, quanto maior for o
número de moléculas ligadas aos seus receptores (atendendo a
propriedades como afinidade, efetividade e eficácia), mais intenso será o
efeito gerado por esta interação.
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RECEPTORES FARMACOLÓGICOS
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subunidades. Quando a subunidade alfa, sob estímulo da interação do receptor com o
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fármaco (primeiro mensageiro), se ativa (trocando GDP por GTP), ela adquire a
capacidade de se mobilizar na membrana plasmática, separando-se das demais
unidades, e alcançar a enzimas catalíticas como a fosfolipase-C (PLC) e/ou a adenilato
ciclase, alterando a capacidade catalítica dessas enzimas.
o Via da fosfolipase C: esta enzima catalisa, a partir dos lipídios de membrana, a
formação de dois mensageiros intracelulares: o trifosfato inositol (IP 3) e o
diacilglicerol (DAG):
O IP3, funcionando como segundo mensageiro, aumenta a concentração
intracelular de cálcio: este aumento intracelular de cálcio desencadeia
eventos como: contração, secreção, ativação enzimática e hiperpolarização
de membrana.
O DAG ativa proteína quinase C que controla muitas funções celulares, como
o aumento da atividade catalítica da fosfolipase-A2, enzima periférica da face
interna da membrana que cliva fosfolipídeios de membrana e dá início a
cascata do ácido araquidônico. O DAG pode interferir diretamente fosforilando
uma proteína quinase. Além disso, a PKC fosforila e ativa canais para a
passagem de Cálcio do meio externo.
o Via da adenil ciclase: converte ATP em AMPc, o qual ativa proteínas quinases
(responsáveis por fosforilar e ativar outras proteínas intracelulares).
OBS3: Quando um fármaco não entra na célula é chamado de primeiro mensageiro, sendo,
portanto, responsável indireto pela resposta celular ao seu efeito. Quando o fármaco estimula
o seu receptor e desencadeia uma cascata de reações, haverá a produção de um segundo
mensageiro endógeno que, de fato, irá produzir os efeitos biológicos que
OBS4: O papel dos nucleotídeos cíclicos AMPc e o GMPc, no músculo, são relaxantes, com a
exceção do AMPc no coração, onde seu o efeito é estimulante.
ESTUDO DIRIGIDO 4
1.Defina farmacocinética e farmacodinâmica:
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Dr. Josué
nervoso autonômico (SNA). Sãodoconhecidos
Amaral Ramalho
como agentes executores pois,
através deles, o SNC exerce o controle da maior parte dos sistemas corporais de
maneira interrompida.
Boa parte dos fármacos que atuam no sistema nervoso também funciona em
nível central (partindo-se do pressuposto que os sistemas nervosos autônomo e
somático apresentam importantes componentes dentro do SNC, alguns fármacos
podem atuar em nível central para obter resultados farmacológicos periféricos).
Entretanto, as principais classes farmacológicas que agem em nível central e tratam de
afecções que acometem, principalmente, o SNC (como a doença de Parkinson, a
depressão e a esquizofrenia, além de outras classes relacionadas ao SN, como os
opiáceos, os anticonvulsivantes e anestésicos gerais) serão vistas em capítulos
específicos.
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TÓPICOS DE FARMACOLOGIA PARA OPTOMETRIA
Dra. Luciana da Silva Nunes Ramalho
Dr. Josué do Amaral Ramalho
A organização estrutural do
ramo eferente do SNA difere
daquela do sistema nervoso
somático, visto que as fibras
eferentes somáticas se originam
dos corpos celulares localizados
no sistema nervoso central (SNC)
e inervam o músculo estriado
sem sinapses interpostas. Em
contraste, o componente eferente
do SNA é representado,
basicamente, por dois neurônios,
em que neurônios pré-
glanglionares, que surgem de
corpos celulares no eixo
cerebroespinhal, fazem sinapses
com neurônios pós-
gangloinares, que se originam
em gânglios autônomos fora do
SNC. Desta forma, podemos
resumir que a unidade funcional
do SNA se resume nos dois
neurônios principais de suas vias
eferentes:
O primeiro neurônio
(chamado de pré-
ganglionar) tem seu corpo
celular localizado no
cérebro ou na medula
espinal. Seu axônio deixa o
SNC para fazer sinapse
com o 2º neurônio
localizado em gânglios
nervosos autonômicos.
O segundo neurônio
(chamado de pós-
ganglionar) tem seu corpo
celular localizado em
gânglios fora do SNC. Seus
axônios alcançam o órgão
visceral.
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TÓPICOS DE FARMACOLOGIA PARA OPTOMETRIA
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DIFERENÇAS ANATÔMICAS.
Do ponto de vista anatômico, as duas divisões do sistema nervoso autônomo
podem ser diferenciadas observando-se a localização dos seus neurônios pré-
ganglionares, o tamanho de cada uma de suas fibras e a localização dos neurônios
pós-ganglionares.
Posição dos neurônios pré-ganglionares: no sistema nervoso simpático, os
neurônios pré-ganglionares localizam-se no corno lateral da medula torácica e
lombar alta (entre T1 e L2). Diz-se, pois, que o sistema nervoso simpático é
tóraco-lombar. No sistema nervoso parassimpático, eles se localizam no tronco
encefálico (dentro do crânio, em núcleos eferentes viscerais gerais dos nervos
cranianos: oculomotor, facial, glossofaríngeo e vago) e na medula sacral (S2, S3 e
S4). Diz-se, pois, que o sistema nervoso parassimpático é crânio-sacral.
Posição dos neurônios pós-ganglionares: no sistema nervoso simpático, os
neurônios pós-ganglionares, ou seja, os gânglios, localizam-se longe das vísceras-
alvo e próximo da coluna vertebral, formando os gânglios paravertebrais e pré-
vertebrais. No sistema nervoso parassimpático, os neurônios pós-ganglionares
localizam- se próximo ou dentro das vísceras (como ocorre com o plexo de
Meissner e o de Auerbach, situados na própria parede do tubo digestivo).
Tamanho das fibras pré e pós-ganglionares: em consequência da posição dos
gânglios, o tamanho das fibras pré e pós-ganglionares dos dois sistemas são
diferentes: a pré-ganglionar do SN simpático é curta e a pós é longa; a pré-
ganglionar do SN parassimpático é longa e a pós é curta.
DIFERENÇAS BIOQUÍMICAS.
As diferenças bioquímicas são as mais importantes do ponto de vista
farmacológico, pois dizem respeito à ação das drogas em nível do SNA: as drogas que
imitam a ação do sistema nervoso simpático são denominadas simpatomiméticas, ao
passo em que as drogas que imitam ações do parassimpático são chamadas de
parassimpatomiméticas.
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TÓPICOS DE FARMACOLOGIA PARA OPTOMETRIA
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Podemos destacar as seguintes diferenças bioquímicas:
Neurotransmissores:
Os neurotransmissores do simpático são predominantemente representados
pela noradrenalina (com afinidade significativa pelos receptores α1, α2 e β1).
Note que não se tem fibras adrenérgicas no SNP, apenas no SNC. Porém,
as células cromafins da medula adrenal têm a capacidade de secretar
adrenalina diretamente na corrente sanguínea (e não em outras fibras
nervosas), isso devido a presença da enzima fenilalanina-metil-transferase.
Já o parassimpático apresenta como neurotransmissor predominante a
acetilcolina (tanto na transmissão ganglionar quanto na estimulação do órgão
efetor), apresentando então, ambas as fibras colinérgicas.
Fibras: a partir da natureza do neurotransmissor secretado, a fibra nervosa pode
ser classificada especificamente: as fibras nervosas que liberam acetilcolina são
chamadas colinérgicas e que liberam noradrenalina, adrenérgicas. As fibras pré-
ganglionares, tanto simpáticas como parassimpáticas, e as fibras pós-ganglionares
parassimpáticas são colinérgicas. Contudo, a maioria das fibras pós-ganglionares
do sistema simpático é adrenérgica. Fazem exceção as fibras que inervam as
glândulas sudoríparas e os vasos dos músculos estriados esqueléticos que,
apesar de simpáticas, são colinérgicas.
Receptores:
O SNA simpático apresenta, nas fibras pós-sinapticas, receptores nicotínicos
(classificados como colinérgicos, que receptam a Ach de fibras pré-
ganglionares e que também estão presentes nas células cromafins da medula
da glandula adrenal) e, na superfície dos órgãos efetores, apresentam
receptores noradrenérgicos (que receptam noradrenalinda secretada pelas
fibras pós-ganglionares do simpático): α1 e α2; β1, β2 e β3. Embora não haja
fibras adrenérgicas no SNP, há receptores com grande afinidade pela
adrenalina, sendo esta liberada pelas células cromafins da glândula supra-
renal.
Os receptores do parassimpático são do tipo colinérgicos: receptores
nicotínicos (presentes nos gânglios) e receptores muscarínicos (presentes
predominantemente na musculatura lisa de órgãos efetores e nos gânglios,
tendo estes uma função secundária), dos tipos M1, M2, M3, M4 e M5. Note
que também encontramos receptores nicotínicos em músculos estriados
esqueléticos, mas estes, representam órgãos efetores do sistema nervoso
somático.
Diferenças fisiológicas.
De um modo geral, agora do ponto de vista fisiológico, o sistema simpático tem
ação antagônica à do parassimpático em um determinado órgão: classicamente, diz-se
que o SNA simpático é responsável por preparar o corpo para a luta ou para fuga; ao
passo em que o SNA parassimpático faz o contrário, preparando o corpo para o
repouso. Esta afirmação, entretanto, não é válida em todos os casos. Assim, por
exemplo, nas glândulas salivares, os dois sistemas aumentam a secreção, embora a
secreção produzida por ação parassimpática seja mais fluida e muito mais
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TÓPICOS DE FARMACOLOGIA PARA OPTOMETRIA
Dra. Luciana da Silva Nunes Ramalho
abundante. Dr. Josué do Amaral Ramalho
De fato, a inervação autônoma é mista para a maioria dos órgãos, ou seja:
recebem tanto um componente simpático como um parassimpático que, no geral,
realizam funções antagonistas. Entretanto, alguns órgãos têm inervação puramente
simpática, como as glândulas sudoríparas, os músculos eretores do pêlo e o corpo pineal
de vários animais.
Em resumo, podemos destacar as seguintes diferenças funcionais:
O coração recebe inervação simpática via receptores β1, que determinam
cronotropismo e inotropismo positivo (aumento da velocidade e da força de
contração), enquanto que recebe inervação parassimpática via receptores M2,
a qual diminui ambos.
Os vasos sanguíneos recebem inervação simpática direta via receptores α1
(que determina vasoconstrição a partir de sua maior afinidade com a
noradrenalina) e β2 (que determina vasodilatação a partir de sua maior afinidade
com a adrenalina secretada pelas células cromafins da adrenal). Há ainda a
influência do fator de relaxamento endotélio dependente (FRED, representado
pelo próprio óxido nítrico).
Os brônquios só recebem inervação direta parassimpática (receptores M), cuja
ação realiza broncoespasmo (redução da luz da árvore respiratória); porém, os
bronquios apresentam receptores adrenérgicos (β2, com afinidade adrenérgica
maior que noradrenérgica) em sua musculatura lisa que, captando adrenalina via
corrente sanguínea, determina efeito broncodilatador.
Os rins recebem uma inervação única e simpática, através de estímulo por
receptores β3, importante na liberação da renina para a conversão do
angiotensinogênio em angiotensina I (no sistema renina-angiotensina).
Em nível do trato gastrintestinal, de um modo geral, o sistema nervoso simpático
inibe a motilidade (promovendo menor esvaziamento gástrico e menor
peristaltismo) por meio de receptores β (cuja estimulação exagerada pode
causar constipação). Já o SN parassimpático, por meio de receptores M1,
favorece a digestão,
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OBS1: A ação dos fármacos sobre os gânglios simpáticos, no intuito de se obter uma
resposta específica, quase sempre é acompanhada de efeitos adversos: isso
porque, como já vimos, a localização dos gânglios nervosos simpáticos faz com que a
resposta desse sistema seja mais difusa, de modo que, ao tentar se estimular o gânglio
relacionado com a inervação cardíaca, por exemplo, possa haver respostas indesejáveis
no estômago. É por esta razão que o estudo dos subtipos dos receptores torna-se cada
vez mais importante, no intuito de obter respostas mais específicas.
FARMACOLOGIA DO OLHO
Complementação!!!!!
São quatro as vias usadas para a introdução de medicações nos tecidos oculares:
tópica, subconjuntival, retrobulbar e sistêmica. A via tópica é a dos colírios oftálmicos.
Garante altas concentrações nos tecidos superficiais do olho, câmara anterior, íris e corpo
ciliar com instilações freqüentes no saco conjuntival. Permite, ainda, o uso de
medicamentos de alta toxicidade sistêmica como a neomicina e o nitrato de prata. A via
subconjuntival é usada em substituição à tópica, nos casos em que não haja possibilidade
ou interesse de se fazerem freqüentes instilações de colírio. A via retrobulbar é uma
alternativa à via sistêmica. É escolhida, quando se desejam altas concentrações de
medicações no pólo posterior do olho, inclusive no corpo vítreo. É muito usada nas
anestesias locais para cirurgias de catarata, transplantes e outras. A via sistêmica constitui
forma eficaz de terapêutica das doenças intra-oculares. A eficiência dessa via é limitada
pela toxicidade das medicações e pela barreira hematoaquosa. Essa barreira é
particularmente importante para os antibióticos.
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RESUMO!!!!!
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ESTUDO DIRIGIDO 5
Agonistas Colinérgicos:
AGENTES ANTICOLINESTERÁSICOS:
pilocarpina
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TÓPICO 9: ANTIGLAUCOMATOSOS
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Tratamento farmacológico - nos casos mais leves, é provável que se consiga controlar
com uso de medicamentos hipotensores. Estes medicamentos devem ser aplicados uma
ou várias vezes por dia, dependendo da prescrição do oftalmologista e devem-se manter
indefinidamente; Os fármacos anti-glaucomatosos mais usados na redução da PIO são
tópicos, na forma de colírios e subdividem-se em grupos, de acordo com sua estrutura
química ou seu mecanismo de ação:
• Antagonistas beta-bloqueadores adrenérgicos;
• Parassimpaticomiméticos;
• Agonistas adrenérgicos;
• Inibidores da anidrase carbônica;
• Análogos das prostaglandinas;
• Derivados docosanóides;
• Agentes hiperosmóticos.
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Mais recentemente entraram no mercado duas novas drogas com efeito hipotensor
comparável ao latanoprosta e mecanismo de ação parecido o travoprosta e o
binatoprosta. O travoprosta é outro análogo das prostaglandinas lançados recentemente.
Possui pouca ou nenhuma afinidade com outros receptores prostanóides e apresenta
grande redução de pressão intraocular com pouca flutuação durante o dia, mostrando
efeito semelhante ao latanoprosta, com bom efeito em pacientes da raça negra, diminuindo
a pressão 2 mmHg a mais que nos indivíduos da raça branca, caso usado uma vez ao dia.
Como medicamento, é encontrado na forma de colírio, em solução aquosa estéril, a
0,004%, apresentado em frascos conta-gotas com 2,5 ml da solução. A posologia
recomendada é 1 gota, 1 vez ao dia por olho afetado, à noite O binatoprosta, outro análogo
das prostaglandinas lançados recentemente.possui efeito na redução da PIO semelhante
às outras duas drogas. Como medicamento, é encontrado na forma de colírio, em solução
aquosa estéril, a 0,3% apresentado em frascos conta-gotas com 3 ml da solução. A
posologia recomendada é 1 gota, 1 vez ao dia por olho afetado, preferencialmente à noite.
Derivados docosanóides
A unoprostona isopropílica foi lançada recentemente. O mecanismo de ação é semelhante
ao do latanoprost, aumentando o fluxo de humor aquoso sem alterar sua produção,
entretanto, seu efeito hipotensor ocular é inferior ao observado com essa outra medicação.
Seu efeito redutor de pressão intraocular inicia-se entre 1 e 5 dias e no máximo, pode ser
observado após 3 semanas de uso, devendo ser administrado duas vezes ao dia.
Agentes hiperosmóticos
Devido sua velocidade de ação e eficácia, os agentes hiperosmóticos são muito úteis
quando há uma elevação repentina na pressão intaocular. As drogas usadas
costumeiramente são o manitol, droga de uso endovenoso, o glicerol e a isossorbida, de
uso oral. O isossorbida pode ser usado em pacientes diabéticos, enquanto glicerol não,
pois sua metabolização final resulta em glicose. Esses medicamentos são utilizados para o
controle agudo da PIO, e raramente usados além de poucos dias. Isso porque seu efeito
osmótico não é duradouro e caso administrados por um período prolongado de tempo,
podem provocar uma elevação da PIO, como efeito rebote, já que os meios intra-oculares
podem apresentar uma reversão no seus gradientes osmóticos.
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EXEMPLOS DE MEDICAMENTOS:
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Descongestionantes oculares
Cloridrato de nafazolina é um vasoconstritor. Sendo agonista de receptor α1
adrenérgico. Empregado para diminuição do inchaço em membranas mucosas.
Geralmente utilizado para diminuir a congestão nasal.O Cloridrato de Nafazolina é
dotado de rápida e prolongada ação vasoconstritora.
Antialérgicos
Anti-histamínico
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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
- RANG, HP; DALE, MM; RITTER, JM; MORE, PK. Farmacologia. 5. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2004.
ARTIGOS CIENTÍFICOS
- DEL SANTO, AM; AUGE, RM; FERRAZ, CA. Analgesia preemptiva com dipirona
versus ibuprofeno na fotocoagulação a laser da retina. Rev. Bras. Oftalmo. 75 (1),
14-17, 2016.