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RELATÓRIO TÉCNICO DE PROJETO – PROJETO DE TERRAPLENAGEM

Cliente DIRECIONAL ENGENHARIA S.A.


Obra 427-09
Local MANAUS / AM

Tipo RELATÓRIO TÉCNICO DE PROJETO


Disciplina PROJETO EXECUTIVO – TERRAPLENAGEM
Documento 427-09-TRP-EX-F006-REL-GER-GR
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RELATÓRIO TÉCNICO DE PROJETO – PROJETO DE TERRAPLENAGEM

INDICE

1 – INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 3

2 - CRITÉRIOS DE PROJETO .............................................................................................. 4

2.1 CONDICIONANTES ....................................................................................... 5

2.2 VOLUMES ....................................................................................................................... 7

3. PRODUTOS ...................................................................................................................... 8

ANEXO I – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS .......................................................................... 9

1 SERVIÇOS PRELIMINARES ........................................................................... 10


2 CORTES.......................................................................................................... 12
3 ATERROS ....................................................................................................... 15
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1 – INTRODUÇÃO

Este projeto abrange os serviços de TERRAPLENAGEM para implantação do


empreendimento denominado 427-09, localizado na Av. Comendador José Cruz, 1.081,
Loteamento Total Ville, Bairro Lago Azul, Manaus / AM.

Os trabalhos foram desenvolvidos dentro da boa técnica da engenharia e da experiência da


equipe multidisciplinar em trabalhos desta natureza, observadas as normas brasileiras
pertinentes da ABNT, bem como as diretrizes do projeto urbanístico.

Para elaboração dos trabalhos foram utilizados os seguintes documentos de referência:

 Projeto de Arquitetura elaborado pela empresa CLIO ARQUITETURA LTDA,


fornecido pela DIRECIONAL ENGENHARIA.

 Levantamento Planialtimétrico elaborado pela empresa ALMEIDA TOPOGRAFIA &


PROJETOS fornecido pela DIRECIONAL ENGENHARIA.

 Relatório Técnico de Sondagens elaborado pela empresa E.B. GEOTECNIA E


CONSULTORIA, fornecido pela DIRECIONAL ENGENHARIA.
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2 - CRITÉRIOS DE PROJETO

O projeto de terraplenagem elaborado, em consonância com o projeto arquitetônico, teve


como premissa implantar os platôs bem como os greides das vias de maneira a ter-se a
menor intervenção possível no terreno existente, respeitando-se, em regra, as alturas
máximas de corte e aterro de 6,00m, bem como as rampas especificadas para o sistema
viário e as recomendações geotécnicas do projeto de contenções.

Conforme relatório de Sondagem fornecido, a área prospectada, contendo parcialmente


aterro (0,30 m / 4,60 m) é constituída por solos argilosos, argilo arenosos de consistência
muito mole a dura, arenosos e areno argilosos de compacidade fofa a compacta. Nos furos
localizados na parte mais baixa do terreno ocorrem acúmulos de águas pluviais nas
depressões naturais locais, o que podem causar diferenciações nos níveis d’água
relacionados ao nivelamento topográfico da área. Considerar também o efeito de sub-
pressão de 0,05 tƒm2 a 0,45 tƒm2. As sondagens SP-20 /SP-22 SP-28 /SP-29 /SP-31,
constataram o impenetrável ao SPT e a percussão manual à profundidade inferior a 8,80 m.

Os furos de sondagem realizados demonstraram a presença de lençol freático bem alto com
possibilidade de afloramento durante a execução da terraplenagem.

Durante a execução da terraplenagem, o nível do lençol freático deverá ser monitorado e em


caso de afloramento durante a execução da terrapleanagem, os serviços deverão ser
paralisados e a equipe de projetos deverá ser informada imediatamente para verificação de
procedimentos específicos. Para rebaixamento de lençol freático, camadas de bloqueio, ou
soluções geotécnicas de drenagem subterrânea, ver projetos específicos.

Recomenda-se durante a execução dos serviços de aterro, verificação cautelosa de


possíveis trechos com falha de suporte e compactação da base do aterro, sendo necessário
estudos geotécnicos específicos para estabilização, ou execução de camadas de reforço
caso recomendado pelo Engenheiro Geotécnico responsável pela obra.

Vale ressaltar que os taludes apresentados neste projeto de terraplenagem devem ser
objeto de estudos de estabilidade.
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2.1 CONDICIONANTES

O projeto foi elaborado com as seguintes condicionantes:

> Execução de serviços preliminares, tais como limpeza e remoção da camada de solo
vegetal, na espessura média de 0,20 m de acordo com as especificações gerais ou a critério
da fiscalização.

> Os taludes terão inclinação máxima de 45º ou razão de um por um (vertical e horizontal)
para cortes e ± 34º ou razão de um por 1,5 (vertical e horizontal) para aterros e mistos,
conforme indicado em projeto.

> Em todos os taludes deverão ser executadas obras de proteção contra erosões, com
plantio de grama em toda a extensão e acrescido de 1,00 m além crista e do pé do referido
talude, nos casos onde não esteja previsto outro tipo de revestimento no projeto de
paisagismo.

> Todas as áreas de intervenção em terraplenagem deverão ser objeto de estudos


geotécnicos complementares quanto à estabilidade e fundação, inclusive taludes, encostas
e aterros adjacentes existentes.

Tal estudo também deverá confirmar as condições de utilização do material escavado para
utilização nos aterros projetados.

> O executor das obras deverá implantar dispositivos de retenção de sólidos a fim de
proteger as áreas adjacentes contra erosões e carreamento de materiais, tanto para as
áreas de proteção ambiental quanto para áreas particulares e vias públicas.

> O projeto parte do pressuposto que haverá uma drenagem superficial adequada, tanto
para o período de execução das obras quanto para a configuração definitiva.
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> A indicação de medidas de proteção para vegetação, recomposição de solo e cobertura


vegetal (inclusive para contenções de encostas e taludes) serão indicadas no projeto de
paisagismo.

> Durante e após a realização do movimento de terra, toda a vegetação à ser preservada,
será identificada e cercadas em campo.

> Os volumes de movimentação de terra apresentados no ítem a seguir (ítem 2.2 Volumes)
foram obtidos através da utilização de software específico onde devido a metodologia para
obtenção dos volumes não faz-se necessário a elaboração de mapa de cubação com
indicação das seções e áreas de corte e aterro. Através da modelagem 3D do terreno
natural bem como do piso acabado obtido com as cotas e inclinações de greides da
implantação do empreendimento, o software realiza a sobreposição das superfícies
modeladas determinando as alturas de corte e aterro e consequentemente os volumes. Esta
metodologia mostra-se muito precisa, pois as comparações de cotas entre as superfícies
modeladas, ocorrem de forma infinitesimal trazendo extrema precisão aos resultados finais.
A planta 002 do projeto de terraplenagem apresenta as alturas de corte e aterro para
diferentes áreas do projeto.
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2.2 VOLUMES

Os volumes de movimentação de terra apurados foram:

O volume resultante da limpeza do terreno, dependendo da avaliação geotécnica, poderá


ser utilizado, em parte, como camada vegetal nas áreas a serem ajardinadas. No caso de
rejeição para esta finalidade serão transportados para áreas de bota fora devidamente
licenciadas juntamente com o volume final restante de bota-fora.

Caso, por determinação geotécnica, os volumes de corte não possam ser utilizados nos
aterros, o mesmo deverá ser transportado para áreas de bota fora devidamente licenciadas
e o volume necessário para o aterro deverão ser obtidos em áreas de empréstimos
devidamente regularizadas e licenciadas.
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3. PRODUTOS

São apresentados como produto dos trabalhos os seguintes documentos:

 427-09-TRP-EX-F001-IMP-GER-GR – Planta Geral

 427-09-TRP-EX-F002-IMP-GER-GR – Planta de Manchas e Volumes

 427-09-TRP-EX-F003-SEC-GER-GR – Seções Transversais – Acesso 1, Ruas 1 e 2

 427-09-TRP-EX-F004-SEC-GER-GR – Seções Transversais – Ruas 3, 4 e 5

 427-09-TRP-EX-F005-SEC-GER-GR – Seções Transversais – Ruas 6, 7, 8, 9 e 10

 427-09-TRP-EX-F006-REL-GER-GR – Relatório Técnico

 427-09-GEO-EX-F001-PRF-GER-GR – Perfil longitudinal - Acesso 1, Ruas 1 e 2

 427-09-GEO-EX-F002-PRF-GER-GR – Perfil Longitudinal – Ruas 3, 4 e 5

 427-09-GEO-EX-F003-PRF-GER-GR – Perfil Longitudinal - Ruas 6, 7, 8, 9 e 10

 427-09-GEO-EX-F004-IMP-GER-GR – Planta de Coordenadas

 427-09-GEO-EX-F005-SEC-GER-GR – Seções Típicas

Eng. Gustavo Izidro CREA 5062204551/D ART:


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ANEXO I – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

Esta especificação tem por finalidade orientar o executor, de modo geral, quanto aos
serviços e materiais necessários, não substituindo em absoluto as prescrições contidas nas
Normas Técnicas, Especificações e Métodos de Ensaios da ABNT, bem como o projeto
geotécnico específico que deverá ser consultado para a execução de toda a terraplenagem.

Será obrigação do “CONSTRUTOR” responsável pela execução, manter na obra os


equipamentos, ferramentas, apetrechos, transporte e equipe de trabalho necessário e
suficiente, a fim de permitir o bom andamento dos serviços, dentro do prazo determinado
para a execução da obra.

Serão impugnados pela “FISCALIZAÇÃO” todos os trabalhos que não satisfaçam as


condições contratuais.

Ficará o “CONSTRUTOR” obrigado a demolir e refazer os trabalhos rejeitados pela


“FISCALIZAÇÃO”, após o recebimento da Ordem de Serviço, ficando por sua conta as
despesas decorrentes desses serviços.
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1 SERVIÇOS PRELIMINARES

São considerados serviços preliminares:

a) desmatamento

b) destocamento e limpeza

Os serviços de desmatamento, destocamento e limpeza objetivam a remoção, nas áreas


destinadas à implantação do empreendimento, das obstruções naturais ou artificiais,
porventura existentes, tais como: árvores, arbustos, tocos, raízes, entulhos, matações,
estruturas, etc.

EQUIPAMENTO

As operações de desmatamento, destocamento e limpeza serão executadas mediante a


utilização de equipamentos adequados, complementadas com o emprego de serviços
manuais e, eventualmente, de explosivos. O equipamento será utilizado em função da
densidade e tipo de vegetação local e dos prazos exigidos à execução da obra.

EXECUÇÃO

a) Após recebimento da Ordem de Serviço, a executante dará início às operações de


desmatamento, deslocamento e limpeza.

b) O desmatamento compreende o corte e a remoção de toda a vegetação, qualquer que


seja a sua densidade.

c) O destocamento e limpeza compreendem as operações de escavação e remoção total


dos tocos e a remoção da camada de solo orgânico, na profundidade indicada em projeto.

d) O material proveniente do desmatamento, destocamento e limpeza será removido e ou


estocado para reaproveitamento posterior no próprio local. A remoção ou a estocagem
dependerá de eventual utilização, a critério da Fiscalização, não sendo permitida a
permanência de entulhos nas adjacências do local do empreendimento.

e) As operações correspondentes aos serviços de desmatamento, deslocamento e limpeza,


para o caso de cortes e aterros, terão lugar no interior da área das obras.

f) A área mínima, na qual as referidas operações serão executadas em sua plenitude, será
compreendida entre as estacas de amarração “off sets”, com o acréscimo de 1 metro para
cada lado.

g) Nas áreas destinadas a cortes, no sistema viário, exigir-se-á que a camada de 60


(sessenta) centímetros abaixo do greide projetado fique isenta de tocos ou raízes.
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h) Nas áreas destinadas a aterros o desmatamento deverá ser executado ao nível da


remoção da capa do terreno contendo raízes e restos vegetais.

i) Deverão ser preservados os elementos de composição paisagística e legal, devidamente


assinalados no projeto.

j) Nenhum movimento de terra poderá ser iniciado enquanto as operações de


desmatamento, destocamento e limpeza nas áreas devidas não tenham sido totalmente
concluídas.

CONTROLE

O controle das operações de desmatamento, destocamento e limpeza serão feitos por


apreciação visual da qualidade dos serviços.
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2 CORTES

Cortes são áreas do projeto, cuja implantação requer escavação do material constituinte do
terreno existente, que definem o limite de terraplenagem.

Observação: Mesmo quando a sondagem local não apresenta indícios de existência de


materiais de segunda e terceira categoria (rochosos) serão apresentadas as especificações
para diferentes classificações de materiais. A possibilidade de existir “bolsões” rochosos ou
“matacões” não deve ser descartada pois os furos de sondagem são ensaios pontuais e não
representam a estratigrafia total do subsolo.

As operações de cortes compreendem:

a) escavação dos materiais constituintes do terreno natural até o greide de terraplenagem


indicado no projeto;

b) escavação, em alguns casos, dos materiais constituintes do terreno natural, em


espessuras abaixo do greide de terraplenagem, quando ocorrer rocha ou rocha em
decomposição, quando se tratar de solos de elevada expansão, baixa capacidade de
suporte ou solos orgânicos, por observações da Fiscalização durante a execução dos
serviços;

c) transporte dos materiais escavados para aterros ou bota-foras;

d) retirada das camadas de má qualidade visando ao preparo das fundações de aterros.


Esses materiais serão transportados para locais previamente indicados, de modo que não
causem transtorno à obra, em caráter temporário ou definitivo.

MATERIAIS

Os materiais ocorrentes nos cortes serão classificados em conformidade com as seguintes


definições:

MATERIAIS DE 1ª CATEGORIA

Compreendem solos em geral, residuais ou sedimentares, seixos rolados ou não, com


diâmetro máximo inferior a 0,15 metros, qualquer que seja o teor de umidade que
apresentem.
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MATERIAIS DE 2ª CATEGORIA

Compreendem os materiais com resistência ao desmonte mecânico, inferior à da rocha não


alterada, cuja extração se processe por combinação de métodos que obriguem a utilização
do maior equipamento de escarificação exigido contratualmente; a extração eventualmente
poderá envolver o uso de explosivos ou processos naturais adequados. Estão incluídos
nesta classificação os blocos de rocha, de volume inferior a dois m³ e os matacões ou
pedras de diâmetro médio compreendido entre 0,15 m e 1,00 m.

MATERIAIS DE 3ª CATEGORIA

Compreendem os materiais com resistência ao desmonte mecânico equivalente à da rocha


não alterada e, blocos de rocha com diâmetro médio superior a 1,00 m, ou de volume igual
ou superior a dois m³, cuja extração e redução, a fim de possibilitar o carregamento, se
processem somente com o emprego contínuo de explosivos.

EQUIPAMENTO

A escavação de cortes será executada mediante a utilização racional de equipamento


adequado, que possibilite a execução dos serviços sob as condições especificadas e
produtividade requerida.

A seleção do equipamento obedecerá às seguintes indicações:

a) corte do solo — serão empregados tratores equipados com lâminas, escavo-


transportadores, ou escavadores conjugados com transportadores diversos. A operação
incluirá completamente a utilização de tratores e moto niveladoras, para escarificação,
manutenção de caminhos de serviço e áreas de trabalho, além de tratores para a operação
de “pusher”.

b) corte em rocha — serão utilizadas perfuratrizes pneumáticas ou elétricas para o preparo


das minas, tratores equipados com lâmina para a operação de limpeza da praça de trabalho
e escavadores conjugados com transportadores, para a carga e transporte do material
extraído. Nesta operação serão utilizados explosivos e detonadores adequados à natureza
da rocha a escavar e às condições do canteiro de serviço.
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EXECUÇÃO

a) A escavação de cortes subordinar-se-á aos elementos técnicos fornecidos ao executante,


e constantes dos projetos.

b) A escavação será precedida da execução dos serviços de desmatamento, destocamento


e limpeza.

c) O desenvolvimento da escavação se processará mediante a previsão da utilização


adequada, ou rejeição dos materiais extraídos. Assim, apenas serão transportados, para
constituição dos aterros, os materiais que pela classificação e caracterização efetuadas nos
cortes, sejam compatíveis com as especificações de execução dos aterros, em
conformidade com o projeto.

d) Constatada a conveniência técnica e econômica de reserva de materiais escavados nos


cortes, para a confecção das camadas superficiais da plataforma, será procedido o depósito
dos referidos materiais, para sua oportuna utilização.

e) Atendido o projeto e, desde que técnica e economicamente, aconselhável, a juízo da


Fiscalização, as massas não utilizáveis para os aterros, que resultariam em bota-foras,
poderão ser integradas a área, constituindo áreas ajardinadas que não interfiram na
estabilidade dos terrenos adjacentes.

f) as massas excedentes que não se destinarem ao fim indicado no parágrafo anterior serão
objeto de remoção, de modo a não constituírem ameaça à estabilidade a terraplenagem, e
nem prejudicarem o aspecto paisagístico da região.

g) Os taludes dos cortes deverão apresentar, após a operação de terraplenagem, a


inclinação indicada no projeto, para cuja definição serão aferidos pelos estudos geológico e
geotécnico. Qualquer alteração posterior da inclinação só será efetivada caso o controle
tecnológico, durante a execução, a fundamentar. Os taludes deverão apresentar
desempenada a superfície obtida pela normal utilização do equipamento de escavação. Não
será permitida a presença de blocos de rocha nos taludes, que possam colocar em risco a
segurança e estabilidade dos mesmos.

h) As valetas de proteção dos cortes serão obrigatoriamente executadas e revestidas,


independentes do projeto final de drenagem superficial.

i) As obras especiais de proteção dos taludes, objetivando sua estabilidade, serão


executadas em conformidade com os estudos geotécnicos específicos.
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CONTROLE

O acabamento da plataforma de corte será procedido mecanicamente, de forma a alcançar-


se a conformação da seção transversal do projeto, admitido as seguintes tolerâncias:

a) variação de altura máxima de ± 0,01 m;

b) variação máxima de largura de +0,10 m para a plataforma, não se admitindo variação


para menos.

3 ATERROS

Aterros são áreas do projeto cuja implantação requer o depósito de materiais, quer
provenientes de cortes, quer de empréstimos, no interior dos limites das seções de projeto
(“off sets”), que definem o limite de terraplenagem.

As operações de aterro compreendem:

a) descarga, espalhamento, conveniente umedecimento ou aeração, e compactação dos


materiais oriundos de cortes ou empréstimos, para a construção do corpo do aterro. As
condições a serem obedecidas para a compactação serão objeto do item Execução;

b) descarga, espalhamento, homogeneização, conveniente umedecimento ou aeração, e


compactação dos materiais selecionados oriundos de cortes ou empréstimos, para a
construção da camada final do aterro até a cota correspondente ao greide de
terraplenagem. As condições a serem obedecidas para a compactação serão objeto do item
Execução;

c) descarga, espalhamento, conveniente umedecimento ou aeração, e compactação dos


materiais oriundos de cortes ou empréstimos, destinados a substituir eventualmente os
materiais de qualidade inferior, previamente retirados, a fim de melhorar as fundações dos
aterros.

MATERIAIS

Os materiais deverão ser selecionados dentre os de 1ª, 2ª, atendendo à qualidade e à


destinação prevista no projeto.

Os solos para os aterros provirão dos cortes projetados e, eventualmente, de jazidas de


empréstimo, dependendo de sua avaliação geotécnica. A substituição desses materiais
selecionados por outros de qualidade nunca inferior, quer seja por necessidade de serviço
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ou interesse do executante, somente poderá ser processada após prévia autorização da


Fiscalização.

Os solos para os aterros deverão ser isentos de matérias orgânicas, micácea e diatomácea.
Turfas, argilas orgânicas e entulhos não devem ser empregados.

Na execução do corpo dos aterros não será permitido o uso de solos que tenham baixa
capacidade de suporte e expansão maior do que 4%.

A camada final dos aterros deverá ser constituída de solos selecionados dentre os melhores
disponíveis. Não será permitido uso de solos com expansão maior do que 2%.

EQUIPAMENTO

A execução dos aterros deverá prever a utilização racional de equipamento apropriado,


atendidas as condições locais e a produtividade exigida.

Na construção dos aterros poderão ser empregados tratores de lâmina, escavo-


transportadores, moto-escavo-transportadores, caminhões basculantes, moto-niveladoras,
rolos lisos, de pneus, pés de carneiro, estáticos ou vibratórios.

EXECUÇÃO

a) A execução dos aterros subordinar-se-á aos elementos técnicos fornecidos ao executante


e constantes das notas de serviço elaboradas em conformidade com o projeto.

b) A operação será precedida da execução dos serviços de desmatamento, destocamento e


limpeza.

c) Preliminarmente à execução dos aterros, deverão estar concluídas as obras de arte


correntes necessárias à drenagem da bacia hidrográfica interceptada pelos mesmos.

d) É sempre aconselhável que, na construção de um aterro, seja lançada uma primeira


camada de material granular permeável, a qual atuará como dreno para as águas de
infiltração no aterro.

e) No caso de aterros assentes sobre encostas com inclinação transversal acentuada, de


acordo com o projeto, as encostas naturais deverão ser escarificadas com um trator de
lâmina, produzindo ranhuras, acompanhando as curvas de nível. Se a natureza do solo
condicionar a adoção de medidas especiais para a solidarização do aterro ao terreno
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natural, a Fiscalização poderá exigir a execução de degraus ao longo da área a ser


aterrada.

f) O lançamento do material para a construção dos aterros deve ser feito em camadas
sucessivas, em toda a largura da seção transversal, e em extensões tais que permitam seu
umedecimento e compactação. Para o corpo dos aterros, a espessura das camadas
lançadas não deverá ultrapassar de 0,30 m. Para as camadas finais essa espessura não
deverá ultrapassar de 0,20 m.

g) Todas as camadas deverão ser convenientemente compactadas. Para o corpo dos


aterros, deverão sê-lo na umidade ótima, mais ou menos 3%, até se obter a massa
específica aparente seca correspondente a 98% da massa específica aparente máxima
seca, do ensaio DNER-ME 47-64. Para as camadas finais, aquela massa específica
aparente seca deve corresponder a 100% da massa específica aparente máxima seca, do
referido ensaio. Os trechos que não atingirem as condições mínimas de compactação e
máxima de espessura deverão ser escarificados, homogeneizados, levados à umidade
adequada e novamente compactados, de acordo com a massa específica aparente seca
exigida.

h) A inclinação dos taludes de aterro deverá seguir rigorosamente o projeto e as


considerações geotécnicas.

i) Para a construção de aterros assentes sobre terreno de fundação de baixa capacidade de


carga, deverão ser executadas as soluções previstas em projeto geotécnico. No caso de
bolsões de materiais inadequados, não detalhados em projeto, a Executante deverá
comunicar à Fiscalização.

j) A fim de proteger os taludes contra os efeitos da erosão, deverá ser procedida a sua
conveniente drenagem e obras de proteção mediante o plantio de gramíneas, conformidade
com o estabelecido no projeto de drenagem.

l) Durante a construção, os serviços já executados deverão ser mantidos com boa


conformação e permanente drenagem superficial.

CONTROLE TECNOLÓGICO

a) Um ensaio para determinação da massa específica aparente seca, “in situ”, para cada
5.000 m² de área compactada no corpo de aterro, correspondente ao ensaio de
compactação segundo o método DNER-ME 47-64 e, no mínimo, duas determinações, por
camada, por dia;
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b) Um ensaio para determinação da massa específica aparente seca “in situ”, para cada 100
m de vias na camada final do aterro, alternadamente no eixo e bordos da via ou no centro
das áreas dos blocos, correspondente ao ensaio de compactação ensaio de compactação
segundo o método DNER-ME 47-64;

c) Um ensaio de granulometria (DNER-ME 80-64), do limite de liquidez (DNER-ME 44-64) e


do limite de plasticidade (DNER-ME 82-63), para o corpo do aterro, para todo grupo de dez
amostras submetidas ao ensaio de compactação, segundo a alínea a;

d) Um ensaio de granulometria (DNER-ME 80-64), do limite de liquidez (DNER-ME 44-64) e


do limite de plasticidade (DNER-ME 82-63) para as camadas finais do aterro, para todo o
grupo de quatro amostras submetidas ao ensaio de compactação, segundo a alínea b;

e) Um ensaio do índice de suporte Califórnia, com a energia do método DNER-ME 47-64,


para as camadas finais, para cada grupo de quatro amostras submetidas ao ensaio de
compactação, segundo a alínea b.

CONTROLE GEOMÉTRICO

O acabamento da plataforma de aterro será procedido mecanicamente, de forma a alcançar-


se a conformação da seção transversal do projeto, admitidas as seguintes tolerâncias:

variação da altura máxima de ± 0,01 m

variação máxima de largura de + 0,10 m para a plataforma, não se admitindo variação para
menos.

O controle será efetuado por nivelamento de eixo e bordos.

O acabamento, quanto à declividade transversal e à inclinação dos taludes, será verificado


pela Fiscalização, de acordo com o projeto.

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