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CIÊNCIA DA AURICULOTERAPIA
INTRODUÇÃO
A Auriculoterapia é uma técnica terapêutica que trata disfunções e promove
analgesia através de estímulos em pontos reflexos na orelha externa ou no pavilhão
auricular.
Visa também harmonizar as funções dos Zang/Fu (órgãos e vísceras) e das
enfermidades físicas e mentais promovendo um tratamento de saúde, aproveitando o
reflexo que a auricular exerce sobre o sistema nervoso central. (Souza M., 2001;
Yamamura Y., 2001; Reichmann B. T., 2002.)
A orelha externa é um dos vários microssistemas do corpo humano, assim como
as palmas das mãos, as plantas dos pés, o crânio, as regiões laterais da coluna
vertebral. Na escola chinesa o pavilhão auricular possui mais de 200 pontos para
tratamento, na escola francesa, possui cerca de 30 pontos. (Reichmann B. T., 2002)
Ao efetuar a sensibilização desses pontos por agulhas de acupuntura, o cérebro
recebe um impulso que relacionado com a área do corpo, produz o tratamento. (Souza
M., 2001)
Essa técnica é amplamente conhecida e praticada no ocidente principalmente na
França, estudos de acupuntura auricular ganharam grande impulso e vários pontos
novos, bem como técnicas de tratamento foram desenvolvidas nesta área. (Yamamura
Y., 2001).
Segundo Yasau Yamamura, 2001 a acupuntura auricular é um método
diagnóstico e terapêutico que tem valor reconhecido, mas que não deve ser utilizado
como terapêutica Isolda, uma vez que não reverte o processo de adoecimento, apenas
exerce efeitos sintomáticos, sendo sua aplicação ideal, como método auxiliar, nos
tratamentos sintomáticos, potencializando seus efeitos.
Já segundo Marcelo P. de Souza, 2001, quando se associa a técnica de terapia
auricular com a acupuntura, obtém-se a dinamização do processo de equilíbrio e a
cura. O uso da Auriculoterapia é compatível com todas as demais formas de
tratamento, diagnóstico sendo correto e os programas de tratamento estejam bem
dimensionados.
Na conceituação do Neiching, dos doze meridianos de acupuntura sistêmica,
seis tem relação direta com a orelha: Triplo Aquecedor, Intestino Delgado, Estômago,
Vesícula Biliar, Bexiga e Circulação e Sexo. Os demais, Intestino Grosso, Pulmão,
Coração, Rim, Fígado e Baço Pâncreas estão relacionados indiretamente com a
aurícula através dos meridianos de ligação e vasos maravilhosos sob este aspectos as
duas técnicas se completam (Souza M., 2001).
A energia que nutre a orelha pode penetrar nela diretamente por meio dos
pontos de acupuntura do canal unitário Shao Yang (Triplo Aquecedor) e Dan (Vesícula
Biliar), Bem como Canal principal Gan (Fígado), por outro lado à orelha representa a
“abertura”sensorial do Shen (Rins) e é fundamentalmente dependente do Qi desse
zang.

EXPLICAÇÃO SOBRE OS ZANG-FU – ÓRGÃOS E VÍSCERAS


Dentro da medicina chinesa existe o conceito de energia Yin (receptiva) e Yang
(expansiva), onde órgãos são considerados predominantemente Yin (peças maciças) e
as vísceras predominantemente Yang (por serem ocas). Zang se refere aos órgãos
internos superiores e Fu refere-se aos órgãos internos inferiores.
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CINCO ÓRGÃOS (ZANG):


CORAÇÃO (C):
Localização: Tórax
Funções fisiológicas: controlar o fluxo do sangue e os vasos sangüíneos
Funções Energéticas: controlar as atividades mentais (shen) e alegria
Ponto de reflexo: face
Abertura: língua

FÍGADO (F):
Localização: hipocôndrio direito
Funções fisiológicas: armazenar o sangue, sua dispersão e drenagem
Funções energéticas: controlar os músculos
Ponto de reflexo: unhas
Abertura: olhos (visão)

BAÇO (B/P):
Localização: aquecedor médio
Funções fisiológicas: transportar e transformação de nutrientes
Funções energéticas: controlar os tendões e ligamentos, os membros e o sangue
Ponto de reflexo: Lábios
Abertura: Boca

PULMÃO (P):
Localização: caixa torácica
Funções fisiológicas: aparelho respiratório e pele
Funções energéticas: controlar a entrada, purificação, difusão
E descida do Qi e comunicar e regular as vias das águas
Ponto de reflexo: pele e pêlos do corpo
Abertura: nariz

RINS (R):
Localização: aquecedor inferior
Funções fisiológicas: filtrar as impurezas
Funções energéticas: controlar os líquidos, ossos, gerar a medula, nutrir o cérebro;
receber o Qi dos pulmões; é a morada da essência (jing)
Ponto de reflexo: cabelos
Abertura: orelhas, ânus e órgãos urogenitais

PERICÁRDIO/CIRCULAÇÃO-SEXO (PC/CS):
Localização: tórax
Funções fisiológicas: envolver o coração
Funções energéticas: controlar o psiquismo (emoções), proteger o coração, produção
de hormônios
Ponto de reflexo: face
Seis Vísceras (FU)
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ESTÔMAGO (E):
Localização: aquecedor médio
Funções fisiológicas: digestão recebe os alimentos e líquidos
Funções energéticas: absorve o Qi dos nutrientes, mantém a vida após o nascimento,
junto com o BP (difusão do Qi)

VASÍCULA BLIAR (VB):


Localização: ligado ao fígado
Funções fisiológicas: armazenar bile auxilia na digestão dos Alimentos
Funções energéticas: controlar todas atividades emocionais
Obs: (terror, insônia, insegurança)

INTESTINO DELGADO (ID):


Localização: liga-se ao estômago em sua porção superior e ao Intestino grosso em sua
porção inferior
Funções fisiológicas: dirigir e absorver os nutrientes
Funções energéticas: produzir o sangue (xue), separar o puro do impuro
Obs: dor de cabeça, constipação e diarréia são disfunções deste elemento

INTESTINO GROSSO (IG):


Localização: liga-se em sua porção superior ao intestino delgado e em suas
extremidades ao ânus
Funções fisiológicas: transmitir os alimentos digeridos e excretá-los, absorver os
líquidos
Funções energéticas: transporte do Qi e eliminação

BEXIGA (B):
Localização: situada no aquecedor inferior
Funções fisiológicas: acumular urina e eliminá-la
Funções energéticas: transformação da urina e eliminação dela
Obs: problemas sexuais, frigidez, impotência, endometriose, etc

TRIPLO AQUECEDOR (TA):


Localização: é a composição de três aquecedores: aquecedor superior, na região
torácica formada pelos pulmões e coração, aquecedor médio, na região epigástrica,
formada pelo baço/pâncreas, estômago, fígado e o aquecedor inferior formado pelos
rins, bexiga, intestino grosso e delgado
Funções fisiológicas: equilibrar o metabolismo
Funções energéticas: controlar o transporte do Qi, líquidos e Substâncias essenciais
por todo o organismo

O CONCEITO DE AURICULOTERAPIA
“Aurículo” significa “orelha” e “terapia” quer dizer “tratamento”. Portanto,
podemos dizer que a Auriculoterapia é um tratamento através da orelha.
As orelhas possuem locais (pontos) estratégicos que correspondem aos nossos
órgãos e algumas funções do corpo. Quando estas áreas são estimuladas, o cérebro
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recebe um impulso e reage, gerando uma série de fenômenos físicos a fim de


promover a homeostase (equilíbrio do corpo).
Isto se dá, por haver uma grande irrigação sanguínea em nosso ouvido externo, e
estes pontos quando estimulados, conectam-se ao nosso Sistema Nervoso Central.
A Auriculoterapia serve para promover benefícios físicos e psicológicos
A Auriculoterapia serve para tratar até 200 sintomas do corpo através de vasos e
canais situados na orelha. Trata-se de uma técnica antiga que vem sendo utilizada até
os dias de hoje e serve para promover alívio das dores, enxaqueca, trata a insônia e
também problemas e disfunções de caráter psicológico. Ela desenvolveu-se a partir de
conhecimentos antigos relatados em livros encontrados pela arqueologia, onde eram
descritas as ligações dos órgãos do corpo, sistemas e membros, com os pontos
auriculares.
O estudo vem se desenvolvendo e se aprimorando desde então. Muitas das
descobertas foram descritas através de diversos livros sobre o assunto, até que, em
1982 o Grupo Nacional de Trabalho em Auriculoterapia foi criado na China, para dar
mais autenticidade e credibilidade às pesquisas realizadas na área.
A Auriculoterapia é um sistema independente da acupuntura e especialidade
dentro da Medicina Chinesa. A aplicação atual da Auriculoterapia não se restringe
apenas ao tratamento das enfermidades através dos pontos auriculares, este sistema
tem-se desenvolvido em relação ao diagnóstico em muitas patologias. Através da
Auriculoterapia podem ser tratadas cerca de 200 enfermidades, entre as quais estão:
enfermidades de caráter funcional, enfermidades de caráter neurótico e psicótico:
cefaleias, neurastenia, insônia e dor, etc. A Auriculoterapia é provavelmente um dos
mais antigos métodos terapêuticos praticados na china. Este micro sistema já era
referido nos textos antigos como o Huang Ti Nei Jing, onde se relata a estreita relação
do pavilhão auricular com o resto do corpo.
Em 1973, antropólogos chineses, encontraram nas escavações realizadas na
província de Hu Nan, um livro antigo do período Han, escrito em duas partes
intituladas “Os onze canais dos braços e das pernas na moxibustão e os onze canais
Yin e Yang na moxibustão”. Segundo os especialistas esta obra deve ser a mais antiga
sobre os canais no tratamento com moxibustão, na 2ª parte do livro menciona-se “Os
membros, os olhos, a face e a garganta, todas se reúnem, através de vasos e canais,
na orelha”. Outros livros antigos da Dinastia Tang e Ming, também mencionam o uso
de pontos na orelha para o tratamento de diversas enfermidades.
Mais recentemente em 1947, o Dr. P. Nogier (francês), publicou alguns trabalhos
nos quais expõe a relação existente entre o pavilhão auricular e o resto do organismo,
descrevendo inclusivamente, as experiências realizadas com clientes e os ótimos
resultados obtidos. Ao que se sabe, ele partiu da observação dos povos do
mediterrâneo, que tinham por hábito o uso de pequenas cauterizações na orelha para
o tratamento de várias moléstias, conseguindo descobrir uma série de pontos
curativos. Ao estudar esses pontos estabeleceu uma ligação entre a posição destes no
pavilhão auricular e aquela ocupada pelo feto pouco antes do nascimento. Estes
trabalhos do Dr. Nogier foram publicados em jornais de Xangai levando os chineses a
acelerarem as investigações sobre esta área, criando vários centros de investigação
por toda a China.
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Desde a década de 80 do século XX até á atualidade foram feitos progressos


enormes na Auriculoterapia quando em 1982 foi fundado na China o Grupo Nacional
de Trabalho em Auriculoterapia.
Em Outubro de 1989, celebrou-se em Pequim (Beijing) o primeiro congresso
Internacional de Auriculoterapia, o qual marcou uma nova etapa no desenvolvimento
tanto na China como no Mundo da Auriculoterapia.
Neste momento, a Auriculoterapia constitui uma especialidade Universitária,
motivo de estudo tanto de médicos formados em Medicina Chinesa como Ocidental.
Muitas têm sido as publicações que têm saído sobre a Auriculoterapia aumentando
cada vez mais o acumular de conhecimentos. O grupo de investigações sobre
Auriculoterapia da província de Yun Nan, editou um livro intitulado tratado de
Auriculoterapia Chinesa. Uma editora de Shangai publicou os livros “O tratamento com
Auriculoterapia” e “selecção de Auriculoterapia”. Na província da Nan Jing publicou-se
o livro “Aplicação clínica da Auriculoterapia”. O hospital de Medicina Tradicional da
província de Guang Zhou editou o livro “Experiência Clínica da Auriculoterapia”. Na
província de Tian Jing também se publicou o livro com o título “Experiências sobre o
uso e diagnostico dos pontos Auriculares”. Em Pequim (Beijing), editou-se o livro
“Manual sobre Aplicação Diagnostica e Terapêutica dos Pontos Auriculares”. Na
província de Au Hui, o livro “Tratado Aclaratório sobre Auriculo-puntura”. Em 1991 a
professora Huang Li Chun editou em Beijing um dos tratados mais importantes de
Auriculoterapia publicados na China, com o título “Tratado sobre o Diagnóstico e
Tratamento através dos Pontos Auriculares”. Estes títulos de livros são uma pálida
amostra do vertiginoso desenvolvimento que tem alcançado a Auriculoterapia nos
últimos 30 anos dentro da China.
A Auriculoterapia tem constituído a sua própria teoria, por ter na atualidade,
métodos independentes para o diagnóstico e tratamento das enfermidades. Os pontos
auriculares funcionam como uma memória do histórico patológico das pessoas, por
isso o diagnóstico através destes, fornece-nos o desenvolvimento cronológico das
enfermidades e a preparação para processos patológicos que ainda não se
manifestaram clinicamente. O diagnóstico da Auriculoterapia tem valor hoje
semiológico muito próximo do diagnóstico através do pulso e da observação da língua
na MTC.
O pavilhão auricular é considerado uma parte muito importante do corpo
humano, por constituir um micro sistema, capaz de funcionar como um receptor de
sinais de alta especificidade, podendo refletir todas as mudanças fisiológicas dos
órgãos e vísceras, dos quatro membros, do tronco, dos tecidos, etc. Quando se produz
uma desarmonia em qualquer parte do corpo humano, este é refletido na orelha com
reações de caráter e localidades diferentes, específicos a cada enfermidade em
particular, e deixando relações muito estreitas entre os locais reativos e as partes do
organismo implicadas na patologia. As reações podem ser de diferentes tipos, entre as
mais comuns são: mudanças na resistência elétrica das zonas reativas específicas,
mudanças de coloração, descamações, mudanças morfológicas nessas áreas,
eczemas, etc. Todas estas reações podem aparecer no pavilhão auricular, antes que a
enfermidade se manifeste e também, desaparecer depois da cura da enfermidade.
O método de tratamento em Auriculoterapia tem tido muito desenvolvimento
durante estes últimos anos, desde as tradicionais agulhas de acupuntura de
dimensões relativamente pequenas e muito finas, ás agulhas intradérmicas, á
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utilização do laser, passando pelas esferas magnéticas e moxabustão até á prática


mais utilizada na China que é a colocação de pequenas sementes com adesivo
demonstraram resultados excelentes, e são utilizados em conformidade com a
necessidade do paciente, pois cada organismo reage de uma forma determinada ao
estímulo, cada pessoa é um universo único, todo o tratamento pela Auriculoterapia tem
como objeto promover o equilíbrio do paciente e assim o seu bem-estar. A
Auriculoterapia é especialmente indicada quando se necessita que o paciente leve o
tratamento para casa, podendo o paciente pressionar as esferas ou semente
colocadas nos pontos auriculares, estimulando por pressão e efetivando
continuamente o tratamento.

AURICULOTERAPIA E A MEDICINA TRADICIONAL


Por ser uma técnica terapêutica, a Auriculoterapia é indicada somente como uma
alternativa complementar de tratamento, ou seja, ela auxilia o cliente com diagnóstico
comprovado pela medicina tradicional a tratar sintomas das dores, ansiedade e
depressão, além de outros sintomas passíveis de serem tratados através da técnica
chinesa.
Atualmente a técnica da Auriculoterapia também tem sido utilizada para tratar
problemas como, vícios e obesidade.

O TRATAMENTO DA AURICULOTERAPIA
A Auriculoterapia constitui da pressão de determinados pontos correspondentes
da região da orelha. Essa pressão pode ser realizada através de agulhas de
acupuntura, laser e esferas magnéticas.
O tratamento com Auriculoterapia trata-se da aplicação de sementes em pontos
específicos da orelha que ficam presas por adesivos, oferecem excelentes resultados,
são práticas, baratas e ainda favorecem as pessoas que sofrem por medo da
aplicação de agulhas na pele.
Antes de qualquer prática terapêutica, o terapeuta sempre aplica um questionário
(anamnese) para colher informações que serão essenciais para o sucesso do
atendimento.
Após esta avaliação, o terapeuta realiza uma análise visual e faz a palpação da
orelha para verificar sinais que possam confirmar sua investigação para este
atendimento.
Após as analises e criação de um plano de atendimento, o terapeuta colocará
algumas sementes de mostarda em alguns pontos da orelha e as fixará com um
esparadrapo. Assim que fixado estas sementes, o terapeuta faz um estímulo neste
local, pois como vimos anteriormente, é necessário este estímulo para que o cérebro
receba a informação.
Terminada a sessão, o cliente fica com as sementes na orelha por cerca de 3
dias e é orientado a fazer a própria estimulação dos pontos 3 vezes ao dia.
No 4º dia, o próprio cliente pode retirar as sementes sem nenhum risco.
Através da Auriculoterapia podemos avaliar e tratar desequilíbrios que podem
causar as mais variadas disfunções ou doenças, muitas vezes antes mesmo destas
surgirem.
As orelhas possuem pontos ou áreas de reflexo que correspondem a todos os
órgãos e funções do corpo, e quando estes são estimulados por sementes fixas por
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um pequeno esparadrapo, o cérebro recebe um impulso que desencadeia uma série


de fenômenos físicos, relacionados com a área do corpo, produzindo a cura.
Para a sua aplicação temos como base a avaliação clínica através da entrevista,
exames complementares e laboratoriais e também de uma avaliação auricular pela
observação da presença alguns sinais e a palpação direta e a pela condutividade
elétrica das áreas através de aparelhos específicos.
Também pode ser utilizado para analgesia em crises agudas em todos os tipos
de dores, especialmente das dores do aparelho locomotor, o que a torna uma
excelente técnica complementar para estes problemas.
Temos então uma modalidade terapêutica totalmente natural e com resultados
bastante rápidos, possibilitando em alguns casos, a diminuição significativa da
necessidade de terapêuticas medicamentosas.
Diagnóstico e tratamento através do microssistema da orelha teve sua origem na
China
Textos antigos do Huang Ti Nei Jing já relacionavam o pavilhão auricular ao
resto do corpo
Em 1888, durante dinastia Qin, 2 médicos chineses escreveram livro localizando
os 5 órgãos no dorso da orelha
Na década de 30, existiam alguns métodos que se tornaram populares na China:
Cauterizações com óleo no ápice da orelha para conjuntivite
Queimaduras na orelha com álcool para odontalgias
Molhar a orelha com álcool para bronquite
“O médico das orelhas de ouro”
Em 1958 é publicado na revista de Medicina Tradicional de Shangai os estudos
do médico francês Paul Nogie
Paul Nogie foi o primeiro a representar a orelha com um feto invertido
A partir daí os médicos chineses retomaram suas pesquisas unindo o
conhecimento tradicional dos antigos textos as novas descobertas de Nogie.

AURICULOTERAPIA FRANCESA
Dr. Paul Nogie, médico francês, é considerado o pai da Auriculoterapia pela
OMS, pois foi a partir de suas descobertas que os chineses retomaram seus estudos
em relação ao microssistema da orelha. Ele foi o primeiro a visualizar e mapear a
representação do "feto invertido" na orelha.
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PRINCÍPIOS BÁSICOS DA AURICULOTERAPIA


A Auriculoterapia parte do princípio de que todos os órgãos do corpo, incluindo
nervos, vísceras e músculos, estão relacionados a pontos específicos presentes na
orelha. Acredita-se que, através da pressão sobre esses pontos, seja possível aliviar
dores, tensões musculares, crises psicológicas e até vícios.
O pavilhão auricular funciona como um micro sistema capaz de refletir problemas
do organismo humano com alterações físicas. Essas alterações permitem que o cliente
seja diagnosticado e tratado adequadamente.
Há ainda, uma clara semelhança entre os pontos meridionais presentes na
orelha e, o corpo de um feto no ventre da mãe pouco antes de seu nascimento. Um
médico francês, conhecido como Dr. P. Nogier foi quem constatou essa semelhança e
a divulgou em seus estudos.

FERRAMENTAS UTILIZADAS PELA AURICULOTERAPIA


É possível praticar a Auriculoterapia com diversos tipos de ferramentas. Entre as
ferramentas mais comuns estão, agulhas, as mesmas utilizadas em sessões
de acupuntura, laser, pequenas sementes, objetos metálicos e até magnéticos.
As ferramentas utilizadas, além das agulhas, podem ser indicadas como uma
opção para pessoas sensíveis às picadas.
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QUEM DEVE SE TRATAR ATRAVÉS DA AURICULOTERAPIA


Jovens, crianças, adultos e idosos que sofrem de nervosismo, estresse,
ansiedade, enxaqueca, dores musculares, e problemas psicológicos, além de muitos
outros sintomas, podem se tratar através do método de Auriculoterapia.
A Auriculoterapia promove relaxamento e alívio da dor sem o uso de
medicamentos.
A ansiedade, por exemplo, pode causar distúrbios digestivos e alimentares,
nervosismo, dores lombares, enxaqueca, problemas cardíacos e muitos outros, como
a obesidade. Quando estamos ansiosos tendemos a procurar nos alimentos as
substâncias responsáveis pela sensação de bem estar e alegria, como doces,
chocolate e gordura.
Este hábito está diretamente relacionado ao aumento de peso e obesidade,
portanto, se a ansiedade for tratada através da Auriculoterapia, a tendência por
alimentos gordurosos poderá se apresentar reduzida, resultando em um consequente
emagrecimento do cliente.

COMO FUNCIONA A AURICULOTERAPIA


A medicina chinesa acredita que todos os órgãos e sistemas do corpo estejam
relacionados a pontos específicos da orelha. Esses pontos, quando ativados através
de pressão, calor ou agulhas, podem ser trazidos de volta a seu equilíbrio natural,
proporcionando a recuperação do cliente.

MECANISMO DE AÇÃO DA AURICULOTERPIA


O estímulo auricular, pela agulha, leva a uma ação de uma série de reflexos
condicionados. Os pontos auriculares integram um circuito com capacidade racional,
formando uma teia de ligações dentro do córtex cerebral. Isto explica os reflexos
longos hipodiencefálicos e corticoencefálicos que terminam por agir sobre a formação
reticulada do sistema nervoso central. Com isso ocorre uma melhora sensível do tônus
de sistema nervoso e da reatividade do sistema neurovegetativo.
Um estímulo auricular, mesmo sendo débil, acelera uma série de reflexos que
provocam reações imediatas ou demoradas, temporárias ou permanentes, passageiras
ou definitivas, todas elas de natureza terapêuticas.
O efeito é imediato. O estímulo leva o cérebro a agir sobre todos os órgãos,
membros e suas funções, equilibrando e harmonizando o organismo, provocando
assim a eliminação dos males que acometem o indivíduo.

BENEFÍCIOS DA AURICULOTERAPIA
A Auriculoterapia pode fornecer ao cliente conforto e bem estar psicológico sem
o uso de medicamentos químicos, dos quais muitos se tornam dependentes. Os
medicamentos comuns como, os analgésicos, são freqüentemente utilizados pela
maioria das pessoas, eles não tratam o problema e ainda podem piorar o seu estado
devido ao mascaramento da doença.
Uma das maiores vantagens da Auriculoterapia é que ela é eficaz e rápida!
Há vários depoimentos de pessoas que estavam com dores agudas (cabeça,
costas, musculares, etc) e após a sessão já apresentavam grande alívio.
A Aurículo, como também é conhecida, atua com grandes benefícios nos seguintes
casos:
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Ansiedade
Emagrecimento
Insônia e distúrbios do sono
Equilíbrio do organismo
Tratamento de vícios
A terapia auricular oferece diversos benefícios analgésicos, equilibrantes, e
relaxantes, mas o maior de todos eles é sem dúvida a forma natural como atua, sem a
adição de qualquer tipo de droga ou química capaz de tornar a pessoa dependente.
A Auriculoterapia serve tanto pra prevenir quanto para tratar distúrbios do corpo.
O especialista é capaz de diagnosticar, prever e cuidar de diversos problemas
aparentes em algumas sessões de tratamento terapêutico. Essa técnica ainda pode
ser utilizada por jovens adultos e crianças, sem distinção.
A busca por esse tipo de terapia tem aumentado devido a uma consciência mais
ampla das pessoas em relação à medicina oriental, além da procura por massagens,
shiatsu e outras formas de equilíbrio natural.
Como vimos, a Auriculoterapia é uma técnica que pode ser utilizada como uma
ferramenta no processo de emagrecimento, pois não atua somente nos sintomas e sim
na causa da obesidade. Portanto, podemos concluir que sim, a Auriculoterapia ajuda a
emagrecer, mas vale ressaltar que esta técnica é um complemento e que para sua
eficácia, o cliente precisa também ter um dieta saudável.

ANATOMIA AURICULOTERAPIA CHINESA


O pavilhão auricular é composto principalmente por um tecido de cartilagem
elástica, alguns tecidos como o adiposo e linfático e é recoberto externamente pela
cútis. Na região da hipoderme há uma rede rica de nervos, vasos sanguíneos e
linfáticos.
A orelha consta de três partes: a orelha externa, a orelha média e a orelha
interna. A orelha recebe ondas sonoras e a transmite através do meato acústico
externo para a membrana timpânica.
A orelha externa possui reentrâncias e saliências cartilaginosas. As partes
cartilaginosas mais profundas possuem pontos que estão relacionados aos órgãos
internos e as partes cartilaginosas protuberantes possuem pontos que estão
relacionados principalmente à estrutura óssea do corpo humano.

1- As partes da orelha externa são:


- Lóbulo
- Hélice
- Ramo da Hélice
- Antiélice
- Ramo superior da antélice
- Ramo inferior da antélice
- Escafa
- Fossa Triangular
- Concha (parte superior)
- Concha (parte inferior)
- Trago
- Antítrago
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- Incissura supratrágica
- Incissura intertrágica
- Incissura do antítrago
- Antélice
- Dorso

DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é uma indicação, em qualquer tipo de medicina, para tratamento
de qualquer parte do corpo através dos sintomas que o paciente apresenta. A
medicina chinesa, procura ver o indivíduo como um todo. Procura-se na medicina
chinesa, chegar a origem de um determinado sintoma e tratá-la para que o paciente
fique livre não apenas do sintoma mas, o mais importante à causa.
A Auriculoterapia usa tanto os diagnósticos clínicos como os alternativos para
seus programas de tratamento, faz uso, também de uma técnica denominada
“aurículo-diagnóstico”.
Aurículodiagnóstico: Quando um órgão ou suas funções apresenta algum
distúrbio, a área auricular correspondente sofre uma alteração pigmentar,
apresentando manchas, tubérculos, vascularizações, secura ou maior secreção
sebácea. São sinais característicos da existência de desequilíbrio. Os pontos
auriculares correspondentes se tornam extremamente sensíveis ao toque ou à
aplicação de agulhas.

1- Exame da Superfície Auricular


O exame da superfície da orelha é, o mais importante dentro da Auriculoterapia.
As duas orelhas deverão ser examinadas e o dedo polegar e indicador deverão ser
usados na manipulação das mesmas. De modo sucinto, podemos dizer que a orelha
presta-se ao diagnóstico através das marcas, da sensibilidade, da profundidade das
marcas, da sensibilidade, da profundidade da marca ao pressionar-se o apalpador e da
exploração elétrica.

Existem pelo menos dois métodos de se examinar a orelha:


A – através da inspeção, para se observar
- a posição e as alterações de cores
- os pontos de escamação
- as manchas
- as dilatações de vasos
- os pontos com exantema
- a oleosidade
B – através da pressão
- localizamos pontos de dor
- observamos alterações de cor

A orelha não deve ser lavada ou manipulada antes do exame, mas ser limpa só
após o mesmo, quando as áreas com alterações já tiverem sido marcadas pela
pressão. Deve-se distinguir a coloração que é provocada por afecção daquela que
apresenta diferença na pigmentação da pele. Através da pressão sobre as colorações
diferentes, sabem-se quando a “mancha” não indicativa de lesão ou de determinado
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órgão ou víscera, pois a cor não se altera. Caso a cor se altere, o ponto deve ser
considerado para tratamento.

2- As variações de cor:
A - Cor vermelha
- Tom claro: indicativo que a doença está no início ou que a doença já foi curada, mas
está retornando
- Tom médio: sintoma de doença crônica e/ou de dor
- Tom escuro: sintoma de doença mais grave

B - Cor branca ou brilho esbranquiçado


- Formato irregular, com elevação: doença crônica, tais como gastrite, doença
reumática
- Mancha branca circundada por borda vermelha sem nitidez: geralmente indicativo de
doença cardíaca, reumática
- Mancha branca com ponto vermelho no centro: indicativo de doença aguda, tal como
gastrite

C - Cor cinza, indicativo de tumor (quando aparece e desaparece sob pressão,


geralmente na região de tumor)

D - Cor marrom (provocada por estagnação da energia e do sangue): doença crônica


em andamento ou doença crônica, como tumor das glândulas mamárias, que já foi
curada, pois a cor marrom leva tempo a desaparecer da superfície da orelha

3- As alterações morfológicas mais frequentes


A- Ressecamento da pele indica enfermidade de natureza crônica, exigindo um
estímulo de tonificação.

B- Exsudação sebácea indica enfermidade de natureza subaguda: usam-se estímulos


de sedação.

C- Sudorese indica tendências à doença degenerativa: tonificam-se os pontos onde


houver esse sinal.

D- Quistos e tubérculos que são sinais indicativos de patologias aguda que está
ocorrendo ou irá ocorrer em órgãos a que esses pontos se referem. No caso da
existência da enfermidade deve-se neste caso fazer sedação nesses pontos. Não
havendo sintomas, tonificam-se os pontos.
E- Pêlos e escamações, que indicam, o primeiro caso, degeneração senil e o segundo,
enfermidade crônica. A conduta é a tonificação dos pontos existentes na área.

4- As modificações de sensibilidade são as seguintes


A- HIPERESTESIA, indicativa de enfermidade agudas ou subagudas. Conduta
recomendada neste caso é sedação.

B- HIPOESTESIA, que indica enfermidade crônica. Neste caso a conduta é a


tonificação.
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Caso haja resíduos no pavilhão auricular, ele deve ser removido para que um
diagnóstico possa ser realizado com maior precisão. Caso eles resistam à assepsia,
podem ser sinais de resposta positiva, ou seja, como nos casos de variações de cor e
variações na aparência, mencionadas acima.
A sondagem é feita com um aparelho parecido com uma lapiseira com uma
ponta arredondada que se retrai para dentro do êmbolo sob pressão, chamado
apalpador ou com aparelho detectores elétricos. Se o acupuntor não possuir tais
instrumentos, poderá usar a ponta de uma pinça ou de uma agulha bem grossa (do
lado que tem o orifício). A pressão, controlada pelo acupuntor, deverá ser firme, suave
e uniforme ao percorrer os pontos da orelha. Se não houver marcas ou pontos muito
sensíveis, o acupuntor deverá colocar as agulhas de acupuntura nos pontos da orelha
que estão associados às doenças vinculadas aos sintomas descritos pelo paciente.

5- Interpretação dos sinais mais comuns encontrados no pavilhão auricular


A- Pontos vermelhos: inflamação ou excesso de energia Yang nas regiões
correspondentes, torções, tendinites.

B- Pontos brancos: artrite crônica ou insuficiência nos órgãos correspondentes.

C- Manchas acinzentadas ou acastanhados que não mudam sob pressão: metástase


de tumor.

D- Manchas senis: envelhecimento ou grande desequilíbrio do elemento metal


(pulmão).

E- Rosto pálido e macilento e orelhas vermelhas: desequilíbrio energético envolvendo


o sistema nervoso central.

F- Rosto vermelho e orelhas esbranquiçadas: excesso de energia Yang no coração e


desequilíbrio.

G- Rosto e orelhas vermelhos: excesso de energia Yang

H- Orelha translúcidas ou extremamente flexíveis: falta de energia Qi, doença crônica


ou estado de convalescença de doença grave

I- Orelha pálida que não mudam de cor ao serem manipuladas: falta de energia

J- Orelhas com escamação de pele: envelhecimento, pele ressecada, decadência


física
K- Orelha com pele ressecada e enrugada: doença de pele

L- Orelha púrpuras: estase de fogo no coração

M- Orelha com abcesso com borda definida, móvel, indolor à pressão: tumor benigno

N- Orelha com protuberância cartilaginosa com borda definida, imóvel: tumor maligno
14

O- Fossa triangular
- região de constipação de cor escura e congestionada: constipação crônica

P- Antiélice
- capilares sangüíneos de shenmen à região de alergia: alergia agravada pelo sistema
nervoso
- capilares sangüíneos na antélice: desconforto na coluna, esforço que compromete a
coluna, vida sedentária.
- capilares sangüíneos no ramo superior da antélice: desconforto nas pernas, varizes,
excesso de exercícios (nos jovens).
- capilares sangüíneos no ramo inferior da antélice: inflamação no nervo ciático
- veia cortando o ramo inferior da antélice, passando pelo ponto da pelve na fossa
triangular e continuando na antélice em direção a escafa: desconforto ou dor no
quadril.

Q- Escafa
- cor vermelha: excesso de movimento com os braços
- região da alergia de cor vermelha: alergia

R- Concha, parte superior:


- oleosidade excessiva ou gotículas de suor em vários pontos: órgãos correspondentes
em sofrimento
- elevado esbranquiçado ou escamação na região do intestino: flatulência abdominal,
mau funcionamento intestinal.
- excesso de gordura no ponto do intestino: inflamação no trato intestinal
- cor esbranquiçada no ponto dos rins: insuficiência renal
- má formação cartilaginosa no ponto dos rins: indício de alteração genética
- cor esbranquiçada na região do pâncreas: insuficiência pancreática
- vermelho intenso na região do fígado e vesícula biliar: congestionamento
- ponto do fígado com marcas brancas, pequenas, brilhantes com contorno
avermelhado: hepatite aguda
- ponto do fígado com protuberâncias esbranquiçadas: hepatomegalia

S- Concha, parte inferior:


- ponto do coração vermelho: excesso de calor no coração, ansiedade
- ponto do coração em depressão e com oleosidade: estresse
- ponto do coração com descamação branca: insônia, sonhos excessivos, arritmia
cardíaca
- ponto do coração branco circundado por auréola vermelha difusa: insuficiência
cardíaca
- ponto do coração branco circundado por auréola vermelha delineada: insuficiência
cardíaca grave
- ponto do pulmão com conjunto de marcas avermelhadas ou com contorno
avermelhado: congestão pulmonar
- pontos do pulmão com erupções vermelhas ou marcas brancas, brilhantes, com
contorno avermelhado: pneumonia
15

T- Porta da concha
- pontos esbranquiçados ou acinzentados com borda vermelha na região do duodeno
ou estômago: úlcera
- ponto do estômago vermelho brilhante ou com descamação: gastrite aguda
- ponto do estômago com pele grossa e descamação branca: gastrite crônica

U-Trago
- sensibilidade: pontos correspondentes
- marcas vermelhas: disfunção nos pontos correspondentes

V- Antítrago
- pontos do cérebro, frontal, temporal, subcórtex com marcas de vermelho intenso ou
branco brilhante com contorno avermelhado: cefaléia

X- Lóbulos
- linha partindo do ponto da orelha interna: problema auditivo
- marcas vermelhas: disfunção dos pontos correspondentes

FUNÇÕES DOS PONTOS AURICULARES (DE ACORDO COM A ESCOLA


CHINESA)
As funções dos pontos auriculares serão apresentadas segundo a sua
localização no pavilhão auricular. Com exceção dos pontos novos.

1- Funções dos pontos no lóbulo da orelha


- Dente 1 e 2: odontalgia, analgesia
- Palato superior e inferior: analgesia dentária, inchaço das gengivas, rigidez na
articulação temporomandibular, úlcera na boca, inchaço das glândulas linfáticas;
analgesia para extração
de dentes
- Língua: glossite, afazia nervosa
- Maxilar e mandíbula: igual ao anterior
- Olho: distúrbio dos olhos
- Orelha interna: vertigem, tinidos e surdez
- Amídala: amigdalite, faringite
- Região da face: paralisia facial, espasmos músculos faciais, neuralgia do trigêmeo,
parotidite
- Região de tumor 1: efeito analgésico para dor causada por tumor

2- Funções dos pontos na hélice


- Reto: disenteria, enterite, prolapso do ânus, fissura anal, hemorróidas, constipação
- Uretra: infecção urinária
- Genitália externa: disfunção sexual, inflamação escrotal, inflamação peniana,
lombalgia e ciatalgia
- Ânus: fissura anal, prolapso anal e prurido anal
- Hemorróidas: hemorróidas, fissura anal
- Âpice da hélice: ponto de sangria para casos febris, hipertensão, coma hepático,
inflamação, analgesia e sedativo
16

- Yang 1 e 2 do Fígado: hepatite crônica


- Hélice de 1-6: amigdalite, faringite, energia
- Região de tumor: efeito analgésico para dor decorrente ao tumor

3- Funções dos pontos na antélice


- Vértebras lombares, torácicas, cervicais e sacro: corresponde à dor ou disfunção da
região da
coluna vertebral correspondente a cada segmento citado.
- Tórax: opressão torácica ou irritabilidade e intercostalgia
- Pescoço: dor ou limitação de movimento do pescoço
- Abdome: dor no meio ou baixo ventre
- Ponto do calor: disfunções genitais
- Glândulas mamárias: mastite aguda
- Tireóide: disfunção da tireóide
- Lombalgia: lombalgia crônica ou torção aguda da região lombar

4- Funções dos pontos no ramo da hélice


- Orelha média: parte correspondente
- Diafragma: espasmos do diafragma, hemorróidas, prurido, distúrbios hematológicos e
desordens hemorrágicas

5- Funções dos pontos do ramo superior da antélice


- Quadril: dor ou limitação de movimentos na área correspondente, iniciativa
- Joelhos: dor ou limitação de movimentos na área correspondente
- Fossa poplítea: dor ou limitação de movimentos nas áreas correspondente
- Gastrocnêmio: dor ou limitação de movimentos na área correspondente
- Tornozelo: dor ou limitação de movimentos na área correspondente
- Calcanhar: dor ou limitação de movimentos na área correspondente
- Dedos dos pés: dor ou limitação de movimento na área correspondente

6- Funções dos pontos do ramo inferior da antélice


- Quadril: dor no quadril e nas articulações sacroílicas, hipotrofia dos músculos glúteos
- Nervo ciático: ciatalgia
- Simpático: para diversos distúrbios relacionados a alterações e disfunções do
sistema nervoso autônomo (tanto simpático e parassimpático) é um ponto importante
para analgesia, transpiração excessiva, ponto relaxante principalmente nos órgão
internos, inflamação, dilata vasos sangüíneos (regularisa funções), atua no alívio da
dor associadas às úlceras, calculo biliar e uretral

7- Funções dos pontos na escafa


- Dedo: dor ou limitação dos movimentos dos dedos
- Punho: dor ou limitação de movimentos dos punhos
- Cotovelo: dor na articulação do cotovelo (cúbito)
- Ombro: dor ou limitação de movimentos no ombro
- Articulação do ombro: dor ou limitação de movimentos do ombro
- Clavícula: ponto correspondente
- Tireóide: regula a função da tireóide, estado de choque (eleva a pressão arterial)
17

- Nefrite: nefrite, pielonefrite


- Região de alergia: distúrbios alérgicos

8- Funções dos pontos na fossa triangular


- Shenmen: regula a excitação e a inibição do córtex cerebral, efeitos sedativos,
analgésico, antialérgico, desordens neuropsiquiátricas, dor, ponto importante para
analgesia, hipertensão, todo sistema digestório e circulatório, antiinflamatório,
irritabilidade, nervosismo e ansiedade
- Hipertensão: cefaléia hipertensiva, hipertensão arterial
- dispnéia: ponto correspondente à dispnéia
- Útero: distúrbios ginecológicos e obstétricos, disfunção sexual feminino
- Pélvis: dismenorréia, inflamação da cavidade pélvica
- Hepatite: hepatite aguda e crônica
- Articulação do quadril: para dor nas articulações dos membros inferiores ou dor nos
glúteos
- Região de constipação: constipação, hemorragia decorrente a hemorróidas

9- Funções dos pontos na concha, parte superior


- Bexiga: micção freqüente e urgente, retenção urinária, enurese, cistite, lombalgia,
cervicalgia
- Uretra: cálculos renais
- Próstata: prostatite, micção dolorosa, infecção do trato urinário, hematúria, ejaculação
precoce e espermatorréia
- Rim: ponto benéfico ao cérebro, rins, sistema hematopoiético, amnésia, neurastenia,
vertigens, cefaléia, lassitude, surdez progressiva, queda de cabelo, distúrbios do
sistema urogenital e ginecológico, perda óssea e afrouxamento do dentes, anemia
aplástica, leucemia, edema, faringite crônica, desequilíbrio eletrolítico
- Pâncreas: indigestão, pancreatite, diabetes, colecistite, dor torácica no dorso
- Vesícula biliar: indigestão, cálculos biliares, nemalteminto no canal biliar, flanco
estufado, dor de cabeça temporal
- Fígado: hepatite aguda e crônica, distúrbios nos olhos, anemia ferropriva e outras
alterações no sangue, neuralgia, cefaléia, dor decorrente artrite, vertigem, gases, e
gastralgia, hemiplegia, convulsões, espasmos musculares, cãibras
- Região de flatulência abdominal: ponto correspondente
- Região de tumor no fígado: ponto correspondente

10-Funções dos pontos na porta da concha


- Pulmão: vários distúrbios e alterações no sistema respiratório e da pele, rinite,
mutismo, suor noturno, suor espontâneo
- Brônquios: bronquite aguda e crônica, asma
- Traquéia: distúrbios e alterações na traquéia
- Coração: regula a pressão sangüínea, tonifica o coração, distúrbios do coração, trata
estado de choque, usados nos distúrbios mentais, glossite, anemia
- Triplo aquecedor: função diurética, hepatite, desordens da traquéia, distúrbios
afetando o mesentério ou o peritônio
- Baço: indigestão, distúrbios sangüíneos, hipotrofia muscular, fraqueza muscular,
prolapso anal, prolapso da víscera, hemorragia uterina disfuncional
18

- Região de tumor no baço: ponto correspondente, problemas de tumor no baço

11-Funções dos pontos na porta da concha


- Boca: úlcera na boca, rigidez na articulação temporomandibular, casos de compulsão
alimentar
- Estômago: distúrbios no estômago, úlcera, distensão abdominal, gastrite aguda e
crônica, eructação, indigestão, insônia
- Esôfago: eructação, espasmo funcional da laringe, dificuldade de deglutir devido a
nervosismo
- Duodeno: úlcera duodenal, espasmo pilórico, baixa acidez estomacal
- Apêndice: apendicite aguda e crônica
- Intestino delgado: indigestão, enterite, distensão do intestino por gases, distúrbios do
coração
- Intestino grosso: disenteria, diarréia, constipação, enterite, hemorróidas, distúrbios do
sistema respiratório
- Cárdia: ponto correspondente

12-Funções dos pontos no trago


- Ápice do trago: inflamação, febre, hipertensão arterial, dor em geral (sangrar o ponto)
- Adrenal: estimula as funções da adrenalina e da adrenocorticol; usado nos casos de
inflamação, choque, alergia, reumatismo e sintomas sérios de intoxicação resultantes
de infecção bacteriana; afeta a dilatação e constrição de vasos sangüíneos,
hipertensão ou hipotensão arterial, hemorragia capilar, regula a excitação ou inibição
da função respiratória, usado nos quadros de febre e doenças crônicas
- Nariz externo: rinorréia, alergias
- Nariz interno: rinite, epistaxe, alergias
- Ponto da fome: alivia a fome, diabetes, compulsão por comida
- Ponto da sede: alivia a sede, diabetes, poliúria
- Ponto do coração: taquicardia, arritmia e outras desordens do coração
- Faringite e garganta: faringite e amigdalite

13- Funções dos pontos no antitrago


- Asma: ponto correspondente ao problema
- Parótida: obstrução dos ductos da parótida; eficaz no alívio dos sistemas do prurido
de vários distúrbios da pele
- Frontal: cefaléia da região frontal, rinite
- Temporal: cefaléia temporal, cefaléia vasculogênica, vertigem, lassitude
- Occipital: para desordens neuropsiquiátricas e sintomas devidos à irritação da
meninge, convulsões, trismo, rigidez da nuca, psicose, prevenção de enjôo marítimo,
para distúrbios de pele e dos olhos, dor, coma
- Ponto do cérebro: regula a excitação ou inibição do córtex cerebral, distúrbios do
sistema nervoso, digestório, endócrino e urogenital e hemoragias
- Subcórtex: regula a excitação e a inibição do córtex cerebral, para insônia, lassitude e
outras desordens neuropsíquicas, inflamação, transpiração excessiva e dor
- Região de tontura: ponto correspondente ao problema
- Região de depressão: ponto correspondente ao problema
- Epilepsia: para epilepsia ponto correspondente
- Ponto do ânimo: narcolepsia, depressão, timidez
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- Testículos: disfunção sexual, eczema de escroto e orquite

14-Funções dos pontos na incisura supra-trágica


- Orelha externa: ponto correspondente aos problemas da orelha externa

15- Funções dos pontos na incisura intertrágica


- Endócrino: regula distúrbios da função endócrina, ajuda na função metabólica de
absorção e excreção; função antialérgica e anti reumática; distúrbios ginecológicos e
urogenitais, para
disfunção do sistema digestório, distúrbios do sangue e pele
- Ovário: menstruação irregular, infertilidade, dismenorréia, desordens ginecológicas
evolutivas
- Hipotensão: regula a pressão arterial, desmaio, choque
- Vista 1: glaucoma, hipotrofia do nervo ótico, distúrbios abaixo dos olhos
- Vista 2: astigmatismo e outras desordens oftalmológicas

16- Funções dos pontos na incisura da antélice e do antítrago


- Tronco do cérebro: desordens dos vasos sangüíneos cerebrais e das meninges,
sequelas de coma, desenvolvimento incompleto do cérebro

17- Funções dos pontos localizados na parte posterior da orelha


- Hemiplegia: ponto correspondente
- Sulco hipotensor: hipertensão arterial (fazer sangria), dores de cabeça
- Cefaléia: cefaléia, entorse agudo da região lombar, lombalgia, prurido
- Ansiedade: ponto correspondente
- Região correspondente a póstero-superior: dor nas costas, lumbago, enfermidades
da pele
- Região médio-posterior: dor nas costas, enfermidades na pele, tosse, pigarro, falta de
ar
- Região ínfero-posterior: dores intercostais, enfermidades da pele, falta de ar
- Raiz do nervo vago auricular: dificuldade de engolir, dores de cabeça, hérnia de hiato
20

TRIÂNGULO CIBERNÉTICO OU AURICULOCIBERNÉTICA


Triângulo cibernético é uma expressão criada pelo Prof. Marcelo Pereira de
Souza como resultados de seus estudos dos antigos mestres da acupuntura. Segundo
Prof. Marcelo os pontos shenmen, rim e simpático, usados em conjunto nesta mesma
ordem e como pontos iniciais de um tratamento, dinamizam qualquer tratamento, quer
na acupuntura auricular, quer na acupuntura sistêmica. No ponto shenmem a
aplicação é profunda indo do ponto em direção a caixa craniana, passando pelo centro
da fossa triangular, os pontos rim e simpático têm aplicação superficial. Em um
tratamento é importante respeitar a seqüência de shenmem, rim e simpático.

A- Funções do ponto Shenmen;


- amplia a sensibilidade do tronco cerebral e o córtex a receber estímulos da
acupuntura, condicionar e decodificar os reflexos auriculares
- provoca uma abertura de todos os canais de ligação exterior (como pontos de
acupuntura sistêmica), aumentando a recepção ou a dispersão da energia na
acupuntura sistêmica
- ativa as glândulas localizadas no cérebro, produzindo encefalina, endorfina e outros
hormônios
- atua como analgésico em dores agudas, cefaléias, cólicas, labirintite, cólicas
- trata hipertensão, irritabilidade, ansiedade, alergias, asma, atuando também em todos
os sistemas (digestivos, circulatório, nervoso, etc)
21

B- Funções do ponto Rim;


- estimula as funções do aparelho respiratório e aumenta o metabolismo do oxigênio
pelo sangue
- estimula as funções das glândulas endócrinas, ativando a produção de hormônios
- estimula a filtragem do sangue pelos rins
- estimula as funções do aparelho excretor
- trata distúrbios no sistema ginecológico e urogenital
- trata distúrbios nos ossos, faringite crônica, dentes frouxos, anemia, leucemia,
distúrbios nos olhos
- ponto benéfico ao cérebro, usado em caso de desenvolvimento incompleto do
cérebro, amnésia, neurastenia, cefaléia, surdez, lassitude, queda de cabelo

C- Funções do ponto Simpático;


- regula as atividades do sistema neurovegetativo, equilibrando o simpático e o
parassimpático
- estimula as funções da medula óssea, o metabolismo do cálcio, age sobre o tecido
ósseo e o periósteo
- tem ação antiinflamatória sobre os músculos
- produz ação relaxante ou tonificante no sistema tendinomuscular
- regula os vasos sangüíneos
- controla a secreção das glândulas internas (hipertiroidismo)
- trata distúrbios no sistema neurovegetativo
- Tratamento para Vícios: Álcool, cocaína, nicotina e heroína
- Shenmen (a porta divina) ponto mestre da acupuntura auricular, que diminui o ritmo
cardíaco e elimina a ansiedade
- Sistema neurovegetativo, que relaxa os nervos, reduz a síndrome de pânico, melhora
a digestão e auxilia o sistema respiratório
- Rins, que auxilia a reduzir as toxinas através da urina e está relacionado à
restauração, ao rejuvenescimento e a um nível profundo de purificação e cura do
sangue
- Fígado, que limpa o corpo de toxinas e está vinculado ao equilíbrio e à estabilidade
emocional
- Pulmão, um órgão nutriente que fortifica o sistema imunológico e facilita a respiração

Fumo Escola Chinesa


- Shenmen
- Ponto da Asma
- Diafragma
- Laringe e faringe
- Pulmão
Fumo Escola Francesa
- Ponto “O”
- Ponto agressivo
- Hélice ponto de 2 à 7
Alcoolismo Escola Chinesa
- Shenmen
- Ponto alcoólatra
- Estômago
22

- Pulmão
- Occipital
Obesidade Escola Chinesa
- Shenmen
- S.N.V.
- Estômago
- Pulmão
- Ponto Fome
Obesidade Escola Chinesa
- Olho
- Boca
- Estômago
- ID
- S.N.V
Obesidade Escola Chinesa
- Fome bilateral
- Estômago
- Pulmão
- Shenmen lado D
- S.N.Simpático
- Sede ou Víscio
Diurético Escola Chinesa
- Rim
- BP
- Pulmão
- Endócrino
Laxante Escola Chinesa
- IG
- BP
- TA
- Centro concha simba
- Pulmão
23
24

PROTOCOLOS DE PONTOS AURICULARES


SUGESTÕES DE PONTOS PARA TRATAMENTO
MOLÉSTIA PONTOS
Abcesso de mama Seios , endócrinas , occipital , suprarenal , fígado .

Acne Pulmão , secreção glandular , testículos .

Afonia Laringe , coração , shenmen .

Aftas Boca , estômago, baço , shenmen , endócrinas , língua .

a) Occipital , frontal , subcórtex , alcoólatra , shenmen .


Alcoolismo
b) Shenmen , alcoólatra , estômago , pulmão , occipital .

Pulmão , secreção glandular , occipital , suprarenal , (extrair sangue do ponto


Alergia
correspondente).

Alopecia Rim , pulmão , endócrinas, occipital

Amenorréia Útero , secreção glandular , ovário

Amigdalite aguda Amígdalas , laringe , (extrair sangue), hélix 1 a 6 .

Anemia Fígado , baço , secreção glandular , diafragma , estômago , intestino delgado

Angina de peito S.N.V. , coração , tórax , pulmão , asma .

Ansiedade Rim , shenmen , occipital , coração , estômago .

Artrite de mão punho Punho , dedos , cotovelo , shenmen , suprarenal .

Artrite escápuloumeral Articulação do ombro , ombro , shenmen , clavícula , suprarenal .

Asma S.N.V. , shenmen , asma T , suprarenal , pulmão .

Bronquite Brônquios , shenmen , asma T , suprarenal

Bursite ombro Articulação do ombro , occipital , S.N.V. .

Cefaléia Occipital , frontal , cérebro , shenmen , S.N.V.

Cegueira noturna Fígado , olho 2 , olho , occipital

Ciática Ciática , rim , shenmen , suprarenal , vesícula biliar , S.N.V.

Cistite Bexiga , ureter , subcórtex , baço , fígado .

Colecistite crônica Vesícula biliar , fígado , S.N.V. , pulmão , secreção glandular .


25

Cólica menstrual Útero , S.N.V. , shenmen , endócrinas .

Colite
Intestino grosso e delgado , S.N.V. , pulmão .
Conjuntivite Olho , fígado , pulmão .

Constipação Intestino grosso , reto , cérebro , constipação

Dermatite alérgica Pontos de correspondência, pulmão , endócrinas , occipital , suprarenal .

Dermatose neurogênica Pulmão , shenmen , occipital , endócrinas , suprarenal .

Desmaios Suprarenal , occipital , coração , cérebro , occipital .

Diabetes Pâncreas , vesícula biliar , rim , baço , endócrinas , cérebro , shenmen , sede .

Diarréia Intestino grosso e delgado , S.N.V. , baço .

Dismenorréia
Útero , secreção glandular , cérebro , rim , S.N.V. , shenmen .
Dispnéia Shenmen , coração , tórax , pulmão .

Disritmia Cardíaca Coração , S.N.V. , intestino delgado , cérebro , coração .

Secreção glandular , suprarenal , cérebro , ponto de correspondência, área de


Dor de câncer
tumor .

Dor de dentes Maxilar inferior e superior , shenmen , dor de dentes e , faringe , dente .

Dor de fratura Ponto de correspondência, shenmen , rim , cérebro , suprarenal , S.N.V. .

Dor dos nervos intercostais Tórax , occipital , cérebro , baço .

Eczema úmido Pulmão , suprarenal , occipital , ponto de correspondência.

Ejaculação precoce Útero , genitais externos , testículos , secreção glandular , shenmen

Endometrite Útero , ovário , secreção glandular , pulmão , genitais externos .

Efermidades de Basedow Tireóide , endócrinas , S.N.V. , shenmen , rim , bexiga .

Enxaqueca Triplo aquecedor , shenmen , vesícula biliar .

Epididimite Testículos , secreção glandular , shenmen , suprarenal , genitais externos .

Epilepsia Shenmen , occipital , coração , estômago , cérebro , tronco cerebral .

Epistaxe Nariz interno , suprarenal , frontal . Erupção da pele (rush)

Esclerose lateral amiotrófica Rim , endócrinas , cérebro , occipital , triplo aquecedor .


26

Esquizofrenia Rim , shenmen , occipital , coração , estômago , cérebro .

Faringite Faringe , endócrinas , suprarenal , faringe .

Febre Sangrar o ápice da orelha e do trago, hélix 1 a 6

Gastrite Estômago , S.N.V., shenmen , baço .

Gripe Nariz interno , suprarenal , frontal , laringe , pulmão , brônquios .

Hemoptise Nariz interno , suprarenal , frontal , pulmão .

Hemorróidas Reto , intestino grosso , pulmão , baço , occipital , suprarenal , hemorróidas .

Hepatite Fígado , S.N.V. , baço , ponto de hepatite , fígado Yang 1 e 2 .

Hipertensão Hipotensor , S.N.V , shenmen , coração , hipertensão .

Hipertireoidismo Tireóide , endócrinas , shenmen .

Hipotensão S.N.V , coração , suprarenal , cérebro .

Hipotireoidismo Tireóide , endócrinas , fígado .

Histeria Coração , rim , shenmen , cérebro , occipital , estômago .

Impotência Útero , genitais externos , testículos , secreção glandular , rim .

Incontinência urinária Bexiga , rim , shenmen , uretra , occipital .

Indigestão Estômago , intestino delgado , baço .

Insolação Occipital , coração , cérebro , suprarenal .

Insônia Shenmen , rim , occipital , coração , frontal .

Intoxicação alcoólica Occipital , frontal , cérebro , occipital 2 .

Leucorréia Útero , secreção glandular , ovário .

Náuseas e vômitos Estômago , S.N.V. , shenmen , esôfago .

Neuralgia do trigêmeo Bochecha , maxilar inferior e superior , shenmen .

Neuralgia intercostal Tórax , occipital , shenmen .

Neurastenia Shenmen , neurastenia , frontal , subcórtex .

Neurite Ciática Ciática , rim , shenmen , occipital , suprarenal .


27

Obesidade Shenmen , estômago , pulmão , ponto fome , S.N.V.

Oligúria Bexiga , rim , shenmen .

Otite Rim , ouvido interno e orelha externa , secreção glandular , occipital .

Paralisia facial Bochecha , occipital , olho , boca , subcórtex .

Paralisia histérica Subcórtex , shenmen , coração .

Pneumonia Pulmão , tórax , suprarenal , secreção glandular .

Poliúria Bexiga , rim , shenmen , uretra .

Prolapso retal Reto , intestino grosso , cérebro , baço .

Prolapso uterino Útero , subcórtex , S.N.V. , genitais externos .

Prostatite Próstata , bexiga , rim , suprarenal .

Prurido Zona de correspondência, pulmão , endócrinas , occipital , suprarenal .

Prurido vulvar Genital externo , occipital , suprarenal , shenmen , pulmão .

Queimaduras de sol Shenmen , pulmão , secreção glandular , suprarenal .

Retenção urinária Bexiga , rim , shenmen .

Rinite Nariz interno , suprarenal , frontal .

Rinorréia Nariz interno , suprarenal , frontal .

Seborréia Pulmão , secreção glandular , baço , occipital , suprarenal , rim .

Sequela da meningite Rim , occipital , subcórtex .

Sequela de traumatismo
Rim , fígado , shenmen , frontal , cérebro .
craniano

Sinusite Nariz interno , suprarenal , frontal , pulmão .

Sudorese excessiva S.N.V. , pulmão , secreção glandular , occipital , suprarenal .

Surdez Ouvido interno , orelha externa , subcórtex .

Taquicardia Coração , S.N.V. , shenmen , intestino delgado , subcórtex .

Tiques faciais Bochecha , shenmen , cérebro , fígado .

Tosse Asma T , suprarenal , laringe , occipital , pulmão .


28

Trismo Maxilar superior e inferior , boca , faringe , rim .

Tuberculose Pulmão , tórax , suprarenal , , endócrinas .

Úlcera do duodeno
Duodeno , S.N.V. , shenmen , pulmão .
Úlcera de pele
Ponto de correspondência, shenmen , occipital , suprarenal .
Urticária Shenmen , occipital , secreção glandular , suprarenal , pulmão , área urticária
.
Vertigens, Tonturas
Occipital , estômago , orelha externa , shenmen , vertigens , vértex .
Zumbidos
Rim , occipital , orelha externa , ouvido interno , suprarenal .

AURICULOTERAPIA ESCOLA FRANCESA


A semelhança entre a orelha humana e o feto levou os sábios da antiqüíssima
civilização chinesa a estabelecer relações entre ambos. Assim a Auriculoterapia
tornou-se tão importante e surpreendente como a acupuntura.
Em 1951 o Dr. Paul Nogier , recebeu em seu consultório pacientes que
apresentavam uma cauterização na orelha feita por uma curandeira de Marseille,
Madame Barrin, a função desta cauterização era aliviar dores de uma ciatalgia rebelde.
O ponto cauterizado localiza-se no ramo inferior da antélice, no ponto hoje
denominado ciático. Apesar de usar em seus pacientes o mesmo procedimento e obter
um resultado favorável, só após três anos de estudos o Dr. Nogier associou este ponto
a pontos da coluna vertebral.
Prosseguindo o estudo das correlações das regiões corpo com auriculo que
associou a figura do feto invertido e inicia-se então o grande desenvolvimento da
Auriculoterapia, tanto na França como na China.
A Escola Francesa de Auriculoterapia não tem nenhuma relação com as teorias
da Medicina Chinesa. A Escola Francesa está associada ao desenvolvimento dos
folhetos embrionários na formação do ser humano. Os folhetos embrionários dão
origem aos diferentes tecidos, órgãos, sistemas, aparelhos do corpo humano. Através
de estudos e pesquisas, o Dr. Nogier associou o endoderma, o mesoderma e o
ectoderma a diferentes partes da orelha externa.
A endoderme, camada interna do folheto embrionário, dá origem às vias aéreas
superiores, pulmões, diafragma, estômago, vesícula biliar, pâncreas, fígado, intestino e
bexiga. Segundo Dr. Nogier estes pontos reflexos estão localizados ns concha da
orelha externa, sendo assim a concha cimba e a concha cava. Os rins e o coração por
terem origem na mesoderme, não teriam seus pontos incluídos, como na escola
chinesa.
A mesoderme, camada intermediária do folheto embrionário, dá origem à derme,
músculos incluindo o coração, esqueleto, crânio, órgãos genitais e rins. Segundo Dr.
Nogier, na raiz ou ramo da hélice, na antélice e no antítrago. O coração de acordo com
Nogier está localizado sobre a antélice, por ser um músculo e originário da
mesoderme.
A ectoderme, camada externa do folheto embrionário, dá origem ao sistema
nervoso central encéfalo, tronco cerebral e medula e periférico, a epiderme e seus
29

anexos pêlos, unhas, glândulas. Os pontos reflexos relacionados a estas partes do


corpo estão localizados, segundo Nogier, na parte inferior da hélice (do tubérculo de
Darwin até o final da hélice), no lóbulo e no trago.

PONTOS DA ESCOLA FRANCESA – DR. PAUL NOGIER


1- Ponto do olho
2- Ponto olfativo
3- Ponto dos maxilares
4- Ponto dos pulmões
5- Ponto auditivo
6- Ponto do estômago
7- Ponto da garganta
8- Ponto das gônadas
9- Ponto do pâncreas-baço
10- Ponto do coração
11- Ponto biliar
12- Ponto retal
13- Ponto do ciático
14- Ponto do Joelho
15- Ponto do rim
16- Ponto-guia do trigêmeo
17- Ponto-guia da agressividade
18- Ponto-guia do trago
19- Ponto-guia da pele
20- Ponto-guia do ombro
21- Ponto-guia zero
22- Ponto-guia do m. inferior
23- Ponto-guia do m. superior
24- Ponto-guia da alergia
25- Ponto-guia de Darwin
26- Ponto-guia de síntese
27- Ponto-guia cerebral
28- Ponto-guia occipital
29- Ponto-guia genital
30- Ponto-guia medular

FUNÇÕES DOS PONTOS


1- Ponto do olho
- Localização: no centro da curva inferior do lóbulo.
- Ação principal: olhos
Dor ocular: pontos olho, ombro, zero, alergia e Darwin
Glaucoma: olho, zero, alergia e genital
Inflamação e alergias: olho e alergia
- Ação secundária: equilíbrio vagossimpático, sono, tônus
Estado Depressivo: olho, olfativo, auditivo, garganta, gônadas, pâncreas baço, biliar,
agressividade, zero, Darwin e ponto carebral
Angústia: olho, estômago, pâncreas baço, zero e síntese
30

2- Ponto olfativo
- Localização: Na parte bem anterior do lóbulo.
- Ações principais: nariz e afetividade
Afecções nasais e coriza espasmódica: olfativo, olho, auditivo, garganta, gônadas e
pâncreas baço
Perturbações da afetividade: olfativo, olho, auditivo, garganta, gônadas e pâncreas
baço
- Ações secundárias: fígado e alergia
Alergia: olfativo, rim, trigêmeo, agressividade, ombro, alergia, Darwin, síntese, occipital
e medular
Perturbações hepáticas: olfativo, pâncreas baço e biliar

3- Ponto dos maxilares


- Localização: encontra-se um pouco atrás do antítrago.
- Ação principal: dentes
Perturbações nos dentes, afecções nos maxilares, mastigação e Trismo: maxilares,
olho, biliar, agressividade, pele e ombro
- Ação secundária: membro superior, bexiga, libido e extremidades
Nevralgia cervicobraquial, cervicalgia: maxilares, trigêmeo, ombro, zero, membro
superior,
Darwin, occipital e medular
Libido: maxilares e trigêmeo
Afecções das extremidades: maxilares, olho, trigêmeo, ombro, zero, alergia e occipital

4- Ponto dos pulmões


- Localização: Concha Cava, no centro, na parte mais deprimida.
- Ação principal: aparelho respiratório
Todas as afecções respiratórias e pulmonares: pulmões, olho, rim, pele, zero e síntese
- Ação secundária: controle nervoso
Controle e vontade: pulmões, auditivo e trago
Angústia, medo e ansiedade: pulmões, olho, estômago, rim, pele, ombro, alergia e
síntese.

5- Ponto auditivo
- Localização: Trago termina na parte posterior por uma crista que separa a face
esterna da interna, fica exatamente na espessura e na metade da altura.
- Ação principal: nervo auditivo
Audição: auditivo, maxilares, joelho, ombro, zero, alergia, Darwin e síntese
- Ação secundária: afetividade, metabolismo celular
Perturbações da organização tissular: auditivo, rim, pele e alergia

6-Ponto do estômago
- Localização: Encontra-se no centro da concha, na fronteira que separa a hemiconcha
inferior
da hemiconcha superior, sobre a raiz da hélice, eqüidistante do ponto zero.
- Ação principal: o estômago
Afecções do estômago: estômago, olho, pâncreas baço, rim, pele e zero
31

- Ação secundária: vísceras abdominais, a emotividade


Angústia: estômago, olho, pulmões, pâncreas baço, rim, pele, zero e alergia
Perturbações do metabolismo visceral: estômago e síntese
Visceralgia: estômago, pâncreas baço, rim, pele, zero, alergia e síntese

7- Ponto da garganta
- Localização: encontra-se no ângulo que forma o trago e o ramo ascendente da
hélice, o ponto fica escondido na região subtragiana superior, sua posição é
ligeiramente anterior à do ponto
zero.
- Ação principal: garganta
Garganta: garganta, olho, pâncreas baço, retal, zero, alergia e síntese
- Ação secundária: órgão genitais, energia, afetividade
Perturbações da atividade, dinamismo, fadiga: garganta, gônadas, joelho,
agressividade,
síntese e genital
Afecções dos órgãos genitais externo: garganta, olho, trigêmeo, trago,

8- Ponto das Gônadas


- Localização: Fica escondido sob o ramo ascendente da hélice, na junção do terço
inferior e do
terço médio de uma linha que parte o ponto zero.
- Ação principal: órgãos genitais
Testículos e ovários: gônadas, agressividade, síntese e genital
- Ação secundária: tônus e afetividade
Perturbações de afetividade: gônadas, olho, olfativo, auditivo, garganta, pâncreas
baço, pele,
síntese e genital
Fadiga, dinamismo: gônadas, garganta, joelho, agressividade, síntese e genital

9- Ponto do Pâncreas – Baço


- Localização: Na hemiconcha superior e no centro do terço posterior desta
hemiconcha.
- Ação principal: pâncreas e baço
Pontos complementares pâncreas exócrino e baço: estômago e rim
- Ação secundária: equilíbrio parassimpático, afetividade
Perturbações do equilíbrio vagossimpático, angústia: pâncreas baço, olho, pulmões,
estômago,
rim, pele, zero, alergia e síntese
Perturbações da afetividade, obsessão: pâncreas baço, olho, olfativo, auditivo,
garganta, gônadas, pele, alergia, síntese e genital

10- Ponto do coração


- Localização: A antélice representa a coluna vertebral e que podemos localizar cada
nível vertebral. Cada porção pode ser subdividida e o ponto do coração se encontra
um pouco atrás
da quarta dorsal.
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- Ação principal: coração


Perturbações sensitivas: coração, olho, trigêmeo, ombro, zero, alergia, síntese e
occipital
Perturbações motoras: coração, pele, alergia, síntese e occipital
- Ação secundária: pneumogástrico
Vagotonia: coração, olho e pulmões

11- Ponto Biliar


- Localização: Encontra-se na hemiconcha superior, um pouco a frente de sua parte
média.
- Ações principais: fígado, vesícula
Problemas hepatobiliares: biliar, olfativo, pâncreas baço, pele, zero, alergia e síntese
- Ação secundária: estado psíquico
Perturbações do caráter: biliar, agressividade, ombro, zero, alergia, Darwin, síntese e
cerebral

12- Ponto retal


- Localização: Encontra-se na parte superior e anterior da hemiconcha superior, bem
no ângulo formado pela raiz inferior da antélice e o ramo ascendente da hélice.
- Ação principal: veias hemorroidárias
Veias hemorroidárias e cóccix: retal, maxilares, estômago, pâncreas baço, ciático, rim,
zero, alergia, Darwin e síntese
- Ações secundárias: garganta, intestino, bexiga, psiquismo
Perturbações da garganta: retal, olho, estômago, garganta, pâncreas baço, zero,
alergia e síntese
Bexiga e intestino: retal, olho, estômago, pâncreas baço, rim, pele e síntese
Complexos infantis, problemas psicanalíticos: retal, olho, garganta, rim e pele

13- Ponto do ciático


- Localização: Na borda da antélice, na raiz inferior, isto é no cume do pavilhão,
justamente no seu cruzamento com o ramo ascendente da hélice.
- Ações principais: nervo ciático, região lombar
Nevralgia ciática, ciática por balanço: ciático, olho, joelho, trigêmeo, ombro, zero,
membro
inferior, alergia, Darwin, síntese e occipital
Ciático problema motor, parestesia do membro inferior: ciático, joelho, pele, membro
inferior, occipital e medular
Lombalgia, coccigodinia: ciático, olho, trigêmeo, ombro, zero, membro inferior, alergia
e síntese
- Ação secundária: olhos
Afecções oculares: ciático, olho, olfativo e cerebral

14- Ponto do joelho


- Localização: Este ponto situa-se no centro da fosseta triangular.
- Ação principal: joelho
Algias do joelho: joelho, olho, trigêmeo, ombro, zero, membro inferior, alergia, Darwin,
síntese e occipital
33

- Ações secundárias: tônus, audição


Perturbações da atividade, dinamismo, crescimento: joelho, garganta, gônadas,
agressividade, síntese e genital
Perturbações da audição: joelho, maxilares, ombro, zero, alergia e Darwin

15- Ponto do rim


- Localização: Está situado no eixo da fosseta triangular, sob o rebordo da bainha.
- Ação principal: rim
Rim e funções renais: rim, olho, maxilares, gônadas, trigêmeo, ombro, zero, alergia,
Darwin, síntese e occipital
- Ações secundárias: sistema parassimpático, psiquismo, metabolismo
Desorganização tissular: rim, auditivo, pele e alergia

16- Ponto-guia do trigêmeo


- Localização: É linear, sobre a borda do lóbulo o ponto principal está sobre a linha que
liga os pontos 21 e 27.
- Ação: sistema nervoso, mesoderme, comportamento
Nevralgia do trigêmeo: trigêmeo, olho, ombro, Darwin e occipital
Acne: trigêmeo, ombro, alergia, síntese e cerebral
Perturbações circulatórias, sensibilidade muscular e articular e fadiga: trigêmeo, olho,
zero, alergia, Darwin e occipital
Impulsividade, apetência não controlada, desejos imperativos, sexuais, alimentares
(droga, álcool): trigêmeo, olho, agressividade, trago, ombro, zero, síntese e cerebral

17- Ponto-guia da agressividade


- Localização: Está situado no terço superior do lóbulo.
- Ação: comportamento, tônus, órgãos genitais, nervos da cauda eqüina
Agressividade, irritabilidade, nervosismo, ciúme, cólera: agressividade, olfativo, zero,
alergia, Darwin e síntese
Fadiga, sensibilidade ás infecções: agressividade, garganta, gônadas, joelho e rim
Perturbações dos órgãos genitais internos e externos: agressividade, olho, alergia e
genital

18- Ponto-guia do trago


- Localização: Sua localização está a 2,5 cm para frente do rebordo sobre uma linha
horizontal que atravessa o trago em seu meio.
- Ação: tônus e controle, órgãos genitais externos
Perturbações da vontade e desequilíbrio energético: trago, pulmões e auditivo
Perturbações dos órgãos genitais externos: trago, garganta e genital

19- Ponto-guia da pele


- Localização: Este ponto se encontra sob o trago, a aproximadamente ½ de seu
rebordo posterior.
- Ação: pele, sistema reticular, equilíbrio vagossimpático, comportamento
Pele: pele, auditivo, rim, alergia e síntese
Angústia: pele, olho, estômago, pâncreas-baço, rim, zero, alergia e síntese
Agitação: pele, joelho, síntese e medular
34

20- Ponto-guia do ombro


- Localização: Este ponto encontra-se no flanco posterior da antélice, um pouco acima
do antítrago. Acima e um pouco atrás do ponto 3.
- Ação: ombro
Perturbações da sensibilidade: ombro, olho, trigêmeo, zero, membro superior, alergia,
Darwin e occipital
Perturbações da motricidade: ombro, pele e occipital

21- Ponto-guia zero


- Localização: Está situado no ponto em que a raiz da hélice torna-se ascendente, no
local preciso em que o relevo da hélice se eleva fora da concha. Situa-se no centro
deste relevo, acima e atrás do ponto 7.
- Ação: o pavilhão
Controla a sensibilidade do pavilhão, exceto a do trago.
Influencia a sensibilidade do corpo, ação geral.

22- Ponto-guia do membro inferior


- Localização: Está situado a 1mm acima do ponto zero 21, sobre o eixo do ramo
ascendente da hélice.
- Ação: controla a sensibilidade e a motricidade do membro inferior e também
perturbações que afetam os artelhos e planta dos pés.
Perturbações da sensibilidade do membro inferior: membro inferior, olho, maxilares,
ciático, joelho, trigêmeo, ombro, zero, alergia, Darwin, síntese e occipital
Perturbações da motricidade do membro superior: membro inferior, ciático, joelho,
pele, síntese, occipital e medular

23- Ponto-guia do membro superior


- Localização: Situado a 2mm acima e á frente do ponto 22, ramo ascendente.
- Ação: controla a parte sensitiva do membro superior e não controla sua motricidade
Extremidade: membro superior, olho e maxilares
Radiculite: trigêmeo, pele, ombro, zero, membro superior, alergia, síntese e occipital

24- Ponto-guia da alergia


- Localização: Este ponto se encontra no cume do pavilhão, na junção de sua face
interna e de sua face externa, situado sob a borda da hélice.
- Ação: alergia, metabolismo celular, afetividade
Alergia: alergia, gônadas, rim, trigêmeo, agressividade, ombro, zero, Darwin, síntese e
medular
Desorganização celular: alergia, auditivo, rim, pele e síntese
Perturbações de afetividade: alergia, olho, olfativo, auditivo, garganta, gônadas,
pâncreas-baço e síntese

25- Ponto-guia de Darwin


- Localização: No ponto de junção do corpo e da cauda da hélice, no nível do tubérculo
de
Darwin. O ponto se encontra na parte mais posterior da borda
- Ação: sensitiva, afetando: a mesoderme e a ectoderme
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Todas as perturbações dolorosas dos membros: Darwin, trigêmeo, ombro e occipital

26- Ponto-guia de síntese


- Localização: Encontra-se na região posterior do pavilhão, abaixo da parte
retroauricular. Em um cruzamento cartilaginoso e ósseo.
- Ação: geral, sensitiva e motora (mas não afeta nem a região frontal nem o rinencéfalo
em seus receptores, diz respeito às reações psíquicas)
Audição e metabolismo celular: Darwin, maxilares, auditivo, joelho, ombro, zero e
alergia
Desorganização celular: Darwin, auditivo, rim, pele e ombro

27- Ponto-guia cerebral


- Localização: No antítrago parte linear, sobre a curvatura.
- Ação: caráter, psiquismo, tálamo
Perturbações nervosas: cerebral, agressividade e síntese
Complexos infantis e psicanalíticos: cerebral, olho, garganta, retal, rim e genital

28- Ponto-guia occipital


- Localização: Sobre o antítrago, parte póstero-superior.
- Ação: perturbações sensitivas e motoras (mesoderme)
Perturbações sensitivas: occipital, olho, trigêmeo, Darwin e síntese
Perturbações motoras: occipital, pele e síntese

29- Ponto-guia genital


- Localização: Está situado na extremidade anterior do antítrago, sobre sua face
externa.
- Ação: órgãos genitais externos, tônus, olhos
Perturbações dos órgãos genitais externos: genital, olho, garganta, trigêmeo, trago,
zero, alergia e síntese
Fadiga: genital, gônadas, joelho, agressividade, alergia e síntese
Perturbações do olho (glaucoma principalmente): genital, olho, zero e alergia

30- Ponto-guia medular


- Localização: Encontra-se sobre a cauda da hélice, sobre a crista posterior, tem um
raio que parte do ponto 21 (ponto-guia zero) e passa pelo ponto 20 (ponto-guia do
ombro).
- Ação: sistema nervoso periférico
Medula, cornos posteriores e anteriores: medular, pele e síntese
Simpático e parassimpático: medular, trigêmeo, ombro, zero, alergia, Darwin e síntese
Simpático somente: medular e maxilares
Parassimpático somente: medular, gônadas e rim.

AURICULOMEDICINA COMO DIAGNÓSTICO


Em 1996 Paul Nogier descobriu que ao tocar as orelhas de seus pacientes, eles
sofriam uma alteração no pulso, tal fenômeno foi descoberto por pura sorte, chamou a
este de “Reflexo Aurículo –Cardíaco” (R.A.C.), porém não se trata de um reflexo da
orelha para o coração.
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Após o aprofundamento desse estudo, observou que está alteração não se dava
somente ao palpar a orelha e sim em qualquer parte do corpo e com qualquer
estimulação, seja tátil, seja luminosa. Este fenômeno passou a se chamar pela sigla
inglesa V.A.S (“Vascular Autonomic Signal”).
Hoje sabemos que é uma reação vascular inconsciente e não um reflexo. É um
fenômeno geral e não cardíaco.
O corpo humano reage a qualquer estímulo, mesmo que seja pequeno. Os
estímulos pequenos, tanto agradáveis ou inagradáveis, benéficos ou prejudiciais,
provocam uma reação do sistema nervoso autônomo simpático, levando a
vasoconstrição cutânea, principalmente das extremidades, mãos e pés. O fluxo
sangüíneo da artéria radial diminui intensamente, as ondas do pulso são refletidas
pelas arteríolas e assim surge o fenômeno V.A.S..

1- Técnica
Na auriculomedicina devemos considerar três coisas fundamentais.
- Pele;
- Artérias;
- Sistema Nervoso;
Ao começar aumentar a intensidade da estimulação e passar as luzes de várias
cores, houve uma alteração na curva de dor, observou-se que a dor é mais importante
quando as cores são mais vivas, como o vermelho ou amarelo, tendo diminuído com o
azul. O amarelo aumentou em até três vezes a intensidade da dor já a luz fria próximo
ao ultravioleta diminuíram a dor e as cores quentes como o infravermelho
aumentaram-na.
Em conclusão a dor pode ser variada conforme a cor projetada, o que significa
que a pele tem capacidade de fotopercepção, influindo no sistema nervoso.
Este fenômeno pode ser observado em qualquer artéria porém a ideal é a artéria
radial por apresentar algumas vantagens:
- É uma artéria superficial e de fácil acesso e palpação;
- É uma artéria terminal, nutre apenas a mão constituída de pele, músculos, tendões,
nervos, ossos e uma grande quantidade de capilares e fistulas artério-venosas.

2- Procedimentos para realizar o V.A.S. / Tomada do pulso


O paciente deve estar totalmente tranqüilo, em decúbito dorsal, ambiente
obscurecido ou pouco iluminado.
Deverá estar com a mão esquerda para trás, com o pulso fechado e a munheca
em hiperextensão, a mão esquerda do avaliador sustenta o pulso do enfermo com os
dedos anular, médio e mínimo, firmemente, colocando o polegar semiflexionado sobre
o flanco radial da artéria radial, sem exercer uma pressão demasiada, para evitar o
aplastamento da artéria.
Com a mão direita vão se realizando estimulações luminosas curtas, tipo flash,
sobre a pele. A luz deverá ser branca e com uma potência igual a 75W e se estimulará
entre as ondas do pulso, esperando o fenômeno rebote e repetindo 10 a 12 vezes. A
reação obtida é imediata.
37

O que se vai sentir no pulso do paciente?


Algo palpável, porém difícil de transmitir. A cada flash vai se sentir como que o
pulso aumenta ou se faz mais forte, mas só a prática do quotidiano irá demonstrar
melhor está técnica.

3- Obstáculos para a percepção do V.A.S.


1- Medicamentos (betabloqueadores exercem uma ação retardatária, bem como os
neurolípticos)
2- Marcapassos Cardíacos
3- Arritmias severas
4- Enfermidades (depressão profunda, onde altere a fotopercepção cutânea,
patologias cancerosas)
5- Aparelhos eletromagnéticos
O segredo para tomar o V.A.S. não é refletir ao palpar o pulso ou buscar algo em
nosso cérebro, mas sim faze-lo de maneira automática, a arte da percepção é muito
importante e um processo que necessita aprendizagem.

ATUALIDADES DENTRO DA ESCOLA FRANCESA


O Dr. Raphael Nogier, filho de Paul Nogier, seu mais dedicado seguidor, ao
desenvolver o método de tratamento criado pelo pai, o Dr. Raphael Nogier sofreu
algumas influências da escola Chinesa, que desenvolveu-se a partir da segunda
metade dos anos 50. E foi nesta época, que a medicina oriental conheceu à figura do
feto invertido e sua associação com a orelha, sendo assim os pontos inicialmente eram
30, hoje somam mais de 55 pontos, para Dr. Nogier, os pontos nem sempre estão
localizados exatamente no mesmo lugar. Para ele há uma diferença de milímetros e
outros às vezes não são encontrados. Portanto deve-se tratar usando os pontos
sensíveis e não a localização pré-fixadas dos pontos. Ele mantém a distinção,
proposta pelo pai, que os pontos da frente da orelha correspondem à sensibilidade,
enquanto os pontos do dorso da orelha correspondem à motricidade.
Dentro os 57 pontos atuais o que tem mais interesse para os estudiosos de
Auriculoterapia são:

- Ponto zero ou diafragma (na raiz da hélice – ponto 21 no mapa do Dr. Paul Nogier)
Funções: ponto básico da resistência elétrica da orelha é um apoio nas analgesias
auriculares, obesidade com presença de fome compulsiva (ponto zero posterior).

- Ponto O (na região pré-tragal)


Funções: problemas de lateralidade, sono, memória

- Ponto R (ou ponto da psicanálise)


Funções: problemas de lateralidade, reaparecimento da memória oculta

- Ponto das cicatrizes psíquicas


Funções: patologias de sociabilidade, desinteresse pelos estudos de origem
emocional, crianças com retardamento mental, falta de apetite, excesso de pudor,
rinite alérgica.
38

- Ponto multi-área (ou pontos, de epífise, total de 3) – estimulação de apenas um


segundo
Funções: distúrbios de lateralidade, perda total da fotopercepção.

MATERIAIS E TÉCNICAS UTILIZADAS


1- Materiais:
- Palpador;
- Algodão;
- Álcool 70%;
- Microporo;Tesoura;
- Agulha
- Sistêmica;
- Agulha semipermanente;
- Esferas de ouro, prata, aço e cristal;
- Sementes de mostarda;
- Lazer;
- Aparelho de eletro-estímulo e localizador de pontos.

2- Técnicas:
Devemos considerar três elementos fundamentais na Auriculoterapia antes de
iniciar o tratamento, um bom diagnóstico, localização dos pontos e a assepsia da
orelha a ser tratada. Sabe-se que cada pessoa tem um formato de orelha diferente,
sendo assim o terapeuta ou médico devem localizar os pontos através das marcas,
sensibilidade ou até mesmo utilizar aparelhos elétricos. Feito isso dar início com
assepsia do pavilhão auricular com algodão embebido em álcool de preferência 70%,
pois caso seja usado às agulhas semipermanente, será mais fácil mantê-las por mais
tempo fixas no pavilhão auricular e também para evitar infecções. Após a assepsia o
acupuntor deverá escolher entre os diversos materiais citados acima para o
tratamento. As agulhas são usadas para pacientes com mais de doze anos. Esferas e
sementes, usadas para crianças, mas nada impede da associação das agulhas
sistêmicas e esferas e sementes de mostarda em pacientes acima de doze anos.
Ao usar-se agulha de acupuntura sistêmica, a profundidade da inserção sedará
ou tonificará o ponto. Se o acupuntor desejar tonificar o ponto, deverá inserir apenas
1,5mm da agulha. Se desejar sedar o ponto deverá inserir a agulha mais
profundamente. É importante também se considerar o ângulo de inserção da agulha.
Segundo Professor Marcelo, ao tratar dores na coluna, insere a agulha
horizontalmente seguindo o contorno da antélice. Se houver dor articular e esta não
desaparecer após a inserção das agulhas, deve-se mudar o ângulo de inserção da
mesma.
Segundo o Dr. Eu Won Lee, a experiência prática permite que se conclua o
seguinte em relação ao ângulo de inserção da agulha. Na região da concha, parte
inferior, e da porta da concha, onde estão localizados os pontos do coração, pulmão,
baço, fígado, estômago, rim, bexiga, intestino grosso, duodeno, esôfago, o resultado
desejado é conseguido ao inserir-se as agulhas em ângulo de 90o S. Já os pontos que
correspondem ao braço, antebraço, articulação do punho, ciática, constipação devem
ser trabalhados em ângulos de 45o a 60o . A aplicação da agulha no ponto subcórtex a
45o produz um efeito tranqüilizante, se no entanto for inserida verticalmente ao ponto,
39

o paciente ficará eufórico. Nota-se por tanto que o ângulo de inserção da agulha pode
mudar completamente a resposta do paciente.

Em relação ao tempo de permanência, as agulhas não devem permanecer mais


de 20 ou 30 minutos em casos de doenças agudas, mas podem permanecer até 3
horas em casos de doenças crônicas, dependendo da tolerância do paciente e do
limiar de dor suportado pelo mesmo. Às vezes torna-se necessário retirar-se uma ou
duas agulhas antes de retirar todas elas para que o paciente possa ter sua dor
aliviada.
A aplicação correta das agulhas proporcionará ao paciente uma sensação de
calor, ardor e pressão. Ou pode ocorrer a sensação de frio local. Seja qual for a
reação, sabe-se que o tratamento está se processando. Se o paciente não apresentar
qualquer resposta ao estímulo da agulha, significa que ele está com uma deficiência
muito grande de Qi e que dificilmente o tratamento dará sucesso. Ao obter-se uma
resposta positiva do pavilhão auricular, o acupuntor deverá girar as agulhas em
ângulos de 120 a 180 graus e o órgão afetado deverá reagir, mostrando novamente
que o tratamento terá o resultado esperado.
As agulhas semipermanentes, hoje são mais usadas na Auriculoterapia do que
às agulhas sistêmica. As agulhas semipermanentes são descartáveis e oferecem uma
vantagem, elas poderão ficar com as agulhas no local até sete dias, usufruindo o
tratamento durante todo esse tempo. De acordo com o Prof. Marcelo, quando se fala
em agulhas semipermanente, que têm cerca de 2mm, é o tempo de permanência das
mesmas que trará o resultado desejado, não a profundidade ou o ângulo de inserção.
Faz-se necessário avisar ao paciente após colocar o microporo, que ele deverá
pressionar as agulhas pelo menos quatro vezes ao dia para estimular os pontos. Ele
deverá saber que o calor dos dedos e ou a energia dos mesmos, poderá ser passada
para o ponto que está sendo trabalhado, através do contato, estimulando o fluxo de
energia para a parte do corpo que possa deficiência de Qi.
Na Auriculoterapia pode ser utilizado como forma de tratamento o eletro
estímulo, tanto para tratamento quanto para diagnóstico em adultos ou crianças. O
lazer também uma das formas de tratamento e geralmente mais usados em crianças,
assim como as esferas e sementes de mostarda evitando possíveis dores e até
mesmo se machucar.

AURICULOTERAPIA E SUAS POSSÍVEIS REAÇÕES


Ao iniciar o tratamento manipulando o pavilhão auricular, o paciente pode vir a
sentir reações tanto na orelha como no corpo, podendo ser consideradas como
reações normais e esperadas ou sensações anormais e imprevisíveis.

Reações normais e esperadas:


1- calor: em pelo menos 80% dos casos (bom sintoma);

2- adormecimento: ocorre em percentagem menor (é um sinal de êxito no tratamento);

3- dor: ocorre em quase 100% dos pacientes, caracteriza-se como uma dor forte,
profunda, de dentro para fora, às vezes lacitante e em forma de pontada ou fisgada;
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4- dor na orelha oposta ao tratamento;

5- Contraturas: indicativo de afecções do sistema nervoso;

6- movimentos peristálticos: geralmente quando é usado pontos da área


gastrointestinal;

7- sensação de algo passando sobre a pele;

8- sangria expontânea: em pontos com excesso ou acúmulo de Qi quando estimulados


pela agulha; a sensação é geralmente de alívio imediato para o paciente.

Reações anormais ou inesperadas:


Uma minoria de pacientes apresenta essas sensações ou efeitos colaterais à
acupuntura auricular. Os efeitos mais comuns são.
1- tontura;
2- palidez;
3- hipotensão;
4- sudorese.
Quando tais sintomas ocorrerem, deve-se encostar o paciente, retirar-lhe as
agulhas, dar-lhe um pouco de água e conversar e acalma-lo. Caso os efeitos colaterais
sejam mais pronunciados, o acupuntor deverá retirar as agulhas imediatamente,
colocar o paciente em posição horizontal, com a cabeça mais baixa do que o corpo, e
aplicar-lhe agulhas nos pontos, occipital, adrenal, coração e subcórtex.
A utilização dos pontos rins e adrenal pode também causar efeitos colaterais,
tais como tontura, náuseas, dificuldade em abrir a boca e resfriamento dos membros
devido à secreção glandular profunda.
A Auriculoterapia é contra indicada para mulheres grávidas. Deve-se evitar
também a inserção das agulhas na concha, parte inferior, do pavilhão auricular que se
mostrar muito vermelha. Quando o paciente está com um problema pulmonar, usar
esferas ou sementes na concha, parte inferior, para evitar possíveis inflamações. Se a
orelha estiver inflamada, esperar-se que a inflamação cesse para que se inicie o
tratamento. Em pacientes que apresentam caquexia ou anemia, aconselha-se que os
mesmos sejam tratados ditados, evitando que poderão provocar reação muito forte.

Pesquisa realizada pelo Dr. Josué Campos Macedo

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