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MEIOS EDUCACIONAIS
da GERÊNCIA DE EDUCAÇÃO, da DIRETORIA TÉCNICA, do SENAI-SP.
Alameda Barão de Limeira, 539
Fone (11)3273-5072
meiosedu@sp.senai.br
Célio Torrecilha
Gilvan Lima Da Silva
INSPEÇÃO VEICULAR
INSPEÇÃO VEICULAR
2003
Inspeção Veicular
SENAI-SP, 2003
Trabalho elaborado e editorado pela Escola SENAI “Conde José Vicente de Azevedo”
S47i SENAI. SP. Inspeção Veicular. São Paulo, 2002. 54p. il.
Apostila técnica
CDU 629.063.6
E-mail senaiautomobilistica@sp.senai.br
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 5
LEGISLAÇÃO 18
• Itens do Código de Trânsito 18
• Resoluções do CONAMA 19
SEGURANÇA VEICULAR 40
• O trânsito 40
• Componentes da segurança ativa 41
• Componentes da segurança passiva 41
EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO 43
• Regloscópio 43
• Frenômetro 44
• Placa de desvio lateral 47
• Banco de provas de suspensão 47
• Detector de folgas 49
• Analisador de gases 50
• Opacímetro 51
• Medidor de pressão sonora 52
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 54
INTRODUÇÃO
O conteúdo aqui tratado refere- se à inspeção veicular a ser implantada por órgãos oficiais
. Para casos particulares de inspeção tais como : veículos recuperados de sinistro; alteração
das caraterísticas originais, etc. existem regulamentos técnicos e organismos de inspeção
credenciados pelo INMETRO específicos para cada caso.
DIRETRIZES
O Programa de Inspeção Técnica de Veículos - PIV é idealizado para atender aos interesses
e conveniência do Estado e dos usuários de veículos, tendo como objetivo último a melhoria
das condições de segurança dos veículos e o controle da poluição atmosférica e sonora. O
PIV consiste, basicamente, de uma sistemática de procedimentos obrigatórios periódicos,
pagos pelos usuários, envolvendo as inspeções de itens relativos às condições de segurança,
à emissão de gases/partículas, ruído e a identificação dos veículos.
O código de transito brasileiro em seu artigo 104 atribui a responsabilidade de definição dos
critérios de implantação do programa de inspeção ao CONTRAN e ao CONAMA. Algumas
resoluções foram editadas e revogadas. Atualmente (07/2002) podemos nos orientar pelas
seguintes: minuta resolução do CONTRAN que esteve disponível para consulta pública no
primeiro semestre de 2002, e as resoluções 07/93; 251/99; 252/99 do CONAMA. Estas
resoluções fazem referencia a algumas normas da ABNT que deverão ser adotadas na
prática da inspeção veicular
O PIV deve ser vinculado ao sistema de registro e licenciamento anual, de modo que os
veículos reprovados na inspeção não possam ser licenciados sem os devidos reparos.
As estações de inspeção devem ser localizadas em áreas que não impliquem em prejuízo
ao tráfego em suas imediações, mesmo durante picos de movimento. Devem possuir sistema
de múltiplas linhas, onde viável, de modo a otimizar seus custos de operação e supervisão
governamental. Todas as atividades de coleta de dados, registro de informações, execução
dos procedimentos de inspeção, fornecimento de relatórios e certificados e comunicação
da rede com o órgão governamental, devem ser feitas obrigatoriamente em sistemas
totalmente informatizados, permitindo o permanente acesso das unidades de supervisão
aos registros de inspeção.
Quanto à minimização das condições de insalubridade no interior das estações, estas devem
ser bem ventiladas, possuindo sensoreamento de monóxido de carbono para evitar
concentrações ambientes acima do nível permitido pela legislação trabalhista (35ppm), bem
como segregação obrigatória da área de inspeção de veículos pesados, devido às altas
emissões de ruído e fumaça durante as respectivas medições.
É essencial para evitar grande impacto social e conseqüente evasão em massa do programa,
que os procedimentos de aprovação/reprovação sejam introduzidos pelas Administrações
locais de forma gradual e calibrada, prevendo inicialmente os defeitos mais graves,
expandindo, ano a ano, até que sejam previstas reprovações para todos os defeitos
relacionados na regulamentação. Experiências demonstraram que o índice geral de veículos
reprovados não deve ultrapassar, a cada ano, os 40%. Essa medida foi implantada com
sucesso em alguns programas europeus, que, hoje em dia, apresentam índices consistentes
de reprovação entre 20 e 25%.
BENEFÍCIOS
• Proteção ao meio ambiente - é fato conhecido que a inspeção das emissões veiculares
traz resultados benéficos efetivos ao meio ambiente nas grandes cidades; podem-se
esperar reduções de 15 a 35% de monóxido de carbono, de 10 a 32% de hidrocarbonetos,
de 50% de material particulado e de 2 a 13% de óxidos de nitrogênio, além da redução
das emissões de ruídos; os benefícios econômicos e sociais em regiões metropolitanas
são estimados em mais de um bilhão de dólares;
• Prolongamento da vida útil dos veículos - estudos na Europa comprovaram que após
a estabilização do sistema ocorre um aumento da vida útil da frota, em face da melhor
manutenção;
É evidente a lógica implícita nesta questão: qual a credibilidade e isenção teria um certificado
de reprovação emitido por uma oficina interessada no reparo do veículo reprovado? Ou
ainda, qual a credibilidade e isenção teria um certificado de aprovação de uma concessionária
de marca ao inspecionar um veículo desta mesma marca recém reparado em sua própria
oficina?
Além disso, entende-se que o sistema deva ser concebido de tal forma, que não permita a
concorrência predatória entre as empresas operadoras das inspeções.
É, portanto, desejável a integração e vinculação das inspeções, desde o início dos programas,
de modo que os usuários, mediante pagamento de tarifa única, em uma só viagem e num
mesmo local, possam realizar a inspeção de segurança e a ambiental, bem como o
licenciamento do veículo, em um sistema simples, único, seguro e desburocratizado, não
estando sujeito a possíveis ônus e incômodos adicionais.
O artigo 104 da lei federal 9503 (código de trânsito brasileiro) atribui responsabilidade ao
CONTRAN e ao CONAMA, para definirem a forma e periodicidade da implantação dos
programas de inspeção veicular para os itens de segurança e emissões respectivamente.
LEGISLAÇÃO
Reunimos neste capítulo os principais tópicos das legislações referentes à Inspeção Veicular.
Art. 98. Nenhum proprietário ou responsável poderá, sem prévia autorização da autoridade
competente, fazer ou ordenar que sejam feitas no veículo modificações de suas características
de fábrica.
Art. 106. No caso de fabricação artesanal ou de modificação de veículo ou, ainda, quando
ocorrer substituição de equipamento de segurança especificado pelo fabricante, será exigido,
para licenciamento e registro, certificado de segurança expedido por instituição técnica
credenciada por órgão ou entidade de metrologia legal, conforme norma elaborada pelo
CONTRAN.
RESOLUÇÕES DO CONAMA
Republicação
O Conselho Nacional do Meio ambiente - CONAMA, no uso das atribuições previstas na Lei
nº 9.938, de 31 de agosto de 1981, alterada pelas Leis nºs 7.804, de 18 de julho de 1989, e
8.028, de 12 de abril de 1990, regulamentadas pelo Decreto nº 99.274, de 6 de junho de
1990, considerando o disposto na Lei nº 8.490, de 19 de novembro de 1992, alterada pela
Medida Provisória nº 350, de 14 de setembro de 1993, e no Regimento Interno aprovado
pela Resolução CONAMA nº 25, de 3 de dezembro de 1996.
Considerando que a emissão de poluentes por veículos automotores contribui para a contínua
deterioração da qualidade ambiental, especialmente nos centros urbanos;
Art. 3º - Todos os veículos automotores com motor de combustão interna estão sujeitos a
inspeção obrigatória, independentemente do tipo de combustível que utilizarem, observado
o disposto no artigo 4º desta Resolução.
Parágrafo Único - Os veículos concebidos exclusivamente para aplicações militares,
agrícolas, de competição, tratores, máquinas de terraplanagem e pavimentação e outros
de aplicação especial, poderão ser dispensados da inspeção obrigatória pelos órgãos
estaduais e municipais competentes.
Art. 15º - Ficará a critério dos órgãos competentes, nos termos da legislação vigente, o
estabelecimento dos valores a serem cobrados para a inspeção dos veículos.
Art. 16º - Atendidas as condições estabelecidas nesta Resolução, caberá aos órgãos
estaduais e municipais competentes, a elaboração dos critérios para implantação e execução
dos Programas de I/M e para a certificação de operadores de linha dos centros de inspeção,
bem como o estabelecimento de procedimentos de controle de qualidade, auditorias e normas
complementares, tendo em vista as peculiaridades locais.
Art. 17º - Os órgãos competentes responsáveis pelos Programas de I/M deverão monitorar
a qualidade dos combustíveis na região de interesse e relatar, periodicamente, os resultados
aos órgãos competentes pela fiscalização de suas especificações.
Art. 18º - Para os fins desta Resolução, são utilizadas as definições constantes do anexo IV
desta Resolução.
Observações: (*) Limites de CO opcionais, válidos somente para o estágio inicial do Programa de I/M.
álcool 1100
3. Velocidade angular em regime de Marcha Lenta = 600 a 1.200 (para todos os veículos)
2500 rpm = 2300 a 2700 (para todos os veículos)
6. As linhas de inspeção deverão ser operadas por pessoal devidamente treinado e certi-
ficado para o desenvolvimento das atividades de inspeção.
6.1. É de responsabilidade do órgão ou empresa responsável pela operação do Programa
a certificação de operadores de linhas dos centros de inspeção.
6.2. Os operadores de linha deverão ser certificados periodicamente, para atualização
em novas tecnologias empregadas para o controle das emissões de poluentes pelos
veículos.
7. Nenhum serviço ou ajuste ou reparação de veículos poderá ser realizada nos centros de
inspeção. Os operadores de linha e o pessoal de apoio e supervisão não poderão reco-
mendar empresas para realização dos serviços.
10. Os equipamentos utilizados para medição de CO, HC, CO , velocidade angular do motor
2
e nível de ruído, devem estar sempre calibrados, possuir funcionamento automático e
não devem permitir a interferência do operador no registro dos valores medidos.
13. O órgão ou empresa responsável pela operação do Programa deverá realizar verificações
periódicas da calibração e manutenção geral dos equipamentos utilizados nos centros
de inspeção, bem como desenvolver programas de auditoria de equipamentos e proce-
dimentos, conforme os critérios estabelecidos pelos órgãos competentes.
2. Os veículos equipados para operar, por opção do usuário, com mais de um tipo de com-
bustível, deverão ser testados com todos os tipos de combustíveis previstos.
4. No caso do veículo não ter sido rejeitado, será submetido a uma inspeção visual dos
itens de controle de emissão.
5. Após a inspeção visual deverá ser medido o nível de ruído na condição parado nas proxi-
midades do escapamento, conforme procedimentos estabelecidos na Norma NBR-9714
- Ruído Emitido por Veículos automotores na Condição Parado - Método de Ensaio.
ANEXO IV - DEFINIÇÕES
Alterações no sistema de escapamento: alterações visualmente perceptíveis no sistema
de escapamento (estado avançado de deterioração, componentes soltos, etc.) que
impossibilitem ou afetem a medição dos gases de escapamento.
Fumaça Visível: produtos de combustão, visíveis a olho nu, compostos por partículas de
carbono, óleo lubrificante e combustível parcialmente queimado, excetuando-se o vapor de
água.
HC: combustível não queimado contido nos gases de escapamento, formado pelo total de
substâncias orgânicas, incluindo frações de combustível e subprodutos resultantes da
combustão presentes no gás de escapamento.
I/M Integrado: Programa de I/M que além de itens relacionados com a emissão de poluentes
atmosféricos e ruído, inspeciona também aqueles relacionados com a segurança veicular.
Marcha Lenta: regime de trabalho em que a velocidade angular do motor especificada pelo
fabricante deve ser mantida durante a operação do motor sem carga e com os controles do
sistema de alimentação de combustível, acelerador e afogador, na posição de repouso.
Opacidade: absorção de luz sofrida por um feixe luminoso ao atravessar uma coluna de
gás de escapamento, expressa em porcentagem entre os fluxos de luz emergente e incidente.
Considerando que a emissão de poluentes por veículos automotores do ciclo Diesel contribui
para a contínua deterioração da qualidade ambiental, especialmente nos centros urbanos;
Considerando que uma grande parcela da frota de veículos automotores do ciclo Diesel
emite poluentes acima dos níveis aceitáveis;
Considerando que a manutenção adequada dos veículos automotores do ciclo Diesel contribui
significativamente para a redução das emissões de fumaça e outros poluentes;
Considerando o art. 104 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código
de Trânsito, resolve:
ANEXO I
Art. 4º - Os ensaios para medição de opacidade deverão ser feitos de acordo com a Norma
Brasileira NBR - 13037 - Gás de Escapamento Emitido por Motor Diesel em Aceleração
Livre - Determinação da Opacidade - Método de Ensaio, mediante a utilização de opacímetro
certificado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial-
INMETRO.
§ 1º - As medições da opacidade devem ser realizadas mediante a utilização de opacímetro
correlacionável com opacímetro de fluxo parcial, com tempo de resposta físico de no máximo
0,4s, tempo de resposta total de 0,9 a 1,1s e câmara de medição de 430 mm de comprimento
efetivo da trajetória da luz através do gás.
§ 2º - A partir do estabelecimento, pelo CONAMA, dos valores limites definitivos, poderão
ser adotados procedimentos alternativos à NBR - 13037, visando à otimização dos ensaios
de inspeção, mediante prévia aprovação do IBAMA, desde que seja tecnicamente
comprovada sua aplicabilidade e compatibilidade com os critérios utilizados nos processos
de certificação de veículos novos, estabelecidos na Resolução CONAMA no 16/95.
Art. 6º - O controle dos níveis de opacidade dos veículos automotores do ciclo Diesel em
uso é de responsabilidade dos órgãos ambientais dos Estados e Municípios e órgãos a eles
conveniados, sem prejuízo de suas respectivas competências, atendidas as demais
exigências estabelecidas pelo CONAMA, especialmente as das Resoluções CONAMA
nº 7/93, 18, de 13 de dezembro de 1995 e 227, de 20 de agosto de 1997.
Parágrafo único. As ações de controle a que se refere o caput deste artigo serão realizadas
de forma coordenada e harmonizada, devendo ser precedidas de articulações e definições
expressas no Plano de Controle da Poluição por Veículos em Uso-PCPV, conforme as
exigências da Resolução no 18/95 do CONAMA.
2. Antes de iniciar as medições, o operador deve certificar-se que o veículo está devidamente
freado e a alavanca de mudança na posição neutra. Todos os dispositivos que alteram a
aceleração do veículo, tais como ar condicionado, freio motor etc., devem ser desligados.
O motor do veículo deve estar na temperatura normal de funcionamento e em condições
estabilizadas de operação conforme especificado pelo fabricante.
4. Após a inspeção visual, deve-se registrar o valor da velocidade angular de marcha lenta
do veículo, que será acelerado em seguida, lentamente, até atingir a velocidade angular
de máxima livre do motor, certificando-se de sua estabilização. Deve-se registrar também
5. Executar os ensaios para medição de opacidade conforme Norma Brasileira NBR 13037
- Gás de Escapamento Emitido por Motor Diesel em Aceleração Livre - Determinação da
Opacidade - Método de Ensaio.
6. Se o resultado do ensaio for igual ou menor que os limites estabelecidos, o veículo será
aprovado, sendo então emitido o Certificado de Aprovação do Veículo. Caso contrário, o
veículo será reprovado e será emitido o relatório de Inspeção do Veículo, observados os
requisitos do art. 2º desta Resolução.
Considerando que o ruído excessivo causa prejuízo à saúde física e mental, afetando
particularmente a audição;
TABELA 1: Limites máximos de ruído emitidos por veículos automotores na condição parado
para fins de inspeção e fiscalização de veículos automotores em uso, relativos aos modelos
de veículos do ciclo Otto que não atendam aos limites máximos de ruídos emitidos por
veículos automotores em aceleração estabelecidos nas Resoluções CONAMA nº 2 e 8, de
1993, e aos modelos de veículos do ciclo Diesel produzidos até 31 de dezembro de 1998.
Traseiro e
204 CV 98
entre eixos
Potência máxima
Dianteiro 92
igual ou superior a
Veículo de passageiros ou de uso misto com
mais de 9 lugares e PBT acima de 3500kg Traseiro e
150kW (204 CV) 98
entre eixos
Potência máxima
abaixo de 75kW
(102 CV)
OBSERVAÇÕES
1. Designações de veículos conforme NBR 6067.
2. PBT: Peso Bruto Total.
3. Potência: Potência efetiva líquida máxima conforme NBR ISO 1585.
Art. 2º - Os valores limites estabelecidos nesta Resolução serão utilizados como referência
para fins de inspeção obrigatória e fiscalização de veículos em uso na fase inicial dos
programas, não estando, os veículos em desconformidade com estes limites máximos,
sujeitos à reprovação e às respectivas sanções durante esta fase dos programas.
§ 1º - Os registros dos ensaios de ruído emitidos por veículos automotores na condição
parado, bem como aqueles relativos à inspeção visual dos itens que influenciam diretamente
nas emissões de ruído externo dos veículos, obtidos pelas operadoras de I/M e fornecidos
ao IBAMA onde serão centralizados durante a fase inicial dos programas de inspeção
obrigatória, comporão um banco de dados, que será utilizado pelo CONAMA no processo
de revisão da TABELA 1.
§ 2º - Entende-se por “fase inicial dos programas de Inspeção”, o período necessário à
realização de inspeções de ruído em pelo menos 200.000 veículos do ciclo Otto (exceto
motocicletas e assemelhados), 200.000 veículos do ciclo Diesel e 200.000 motocicletas e
assemelhados ou até quando julgado necessário pelo órgão ambiental competente, de
modo a garantir um dimensionamento estatístico da amostra de registros, compatível com
as necessidades de confiabilidade nos novos limites a serem estabelecidos.
Art. 3º - Não estão sujeitas aos requisitos desta Resolução as emissões sonoras de buzinas,
sirenes, alarmes e equipamentos similares utilizados por veículos nas vias urbanas.
Parágrafo único. As ações de inspeção e fiscalização do ruído emitido por veículos em uso
desenvolvidas pelos Estados e Municípios, serão realizadas de forma coordenada e
harmonizada, devendo ser precedidas de articulações e definições expressas no Plano de
Controle da Poluição por Veículos em Uso-PCPV, conforme as exigências da Resolução
CONAMA no 18/95.
3. Através da mira (5) procura-se, visualmente, o alinhamento correto do encosto (1) com o
fluxo dos gases.
6. O dispositivo deve ser usado, sempre, a uma altura do solo igual ou maior que 0,2m.
ANEXO B - DEFINIÇÕES
dB(A): unidade do nível de pressão sonora em decibel, ponderada pela curva de resposta
(A) para quantificação de nível de ruído.
Peso Bruto Total - PBT: peso indicado pelo fabricante para condições específicas de
operação, baseado em considerações sobre resistência dos materiais, capacidade de carga
dos pneus etc., conforme NBR 6070.
SEGURANÇA VEICULAR
O TRÂNSITO
O trânsito é definido no anexo 1 do novo código de trânsito brasileiro como sendo: a
movimentação de e imobilização de veículos, pessoas e animais nas vias terrestres. Ou
seja o trânsito Um acidente de trânsito pode ser causado pela falha em um destes três
elementos isoladamente ou pela conjugação de dois ou três fatores é uma interação entre
o homem, o veículo e o meio.
O HOMEM
Aqui se inclui além do condutor, os demais ocupantes do veículos e os pedestres. Deve
haver uma preocupação maior na educação para o trânsito, maior respeito às leis de trânsito,
prática da direção defensiva , e uso correto do veículo, pois na maioria dos acidentes observa
- se que a ação correta do homem poderia ter evitado ou reduzido as conseqüências.
O VEÍCULO
Um veículo pode oferecer diferentes condições de segurança dependendo do seu projeto e
do seu estado de conservação. Atualmente há um grande desenvolvimento no que diz
respeito à segurança ativa a passiva que um veículo pode oferecer. É evidente que a
manutenção preventiva tem papel importantíssimo para que se possa manter suas condições
de funcionamento adequadas.
O MEIO
Por meio se entende, além da via, tudo que está em volta do veículo que não seja pessoas
ou outro veículo. Alguns aspectos importantes que podem implicar na ocorrência de um
acidente são os seguintes: condições do pavimento, visibilidade, condições climáticas
condições de tráfego, sinalização horizontal e vertical.
• Sistema de iluminação
• Sistema de sinalização
• Geometria de direção
• Pneus
• Sistema de suspensão
• Sistemas de freios - ABS , etc.
• Espelhos retrovisores
• Coluna de direção ajustável
• Cinto de segurança
• Pré-tensionador do cinto
• Pára-brisa laminado
• Estrutura com deformação progressiva
• Célula de sobrevivência
• Coluna de direção colapsível
• Air-bag
• Pedaleira colapsível
• Barras de proteção laterais
• Encosto de cabeça
• Disposição do motor
• Interruptor inercial
• Revestimento anti chama
Existem outras inúmeras normas relacionadas aos veículos, e que de forma indireta estão
relacionadas com a inspeção veicular, por exemplo:
• Identificação de veículos
• Classificação de veículos
• Extintores
• Pneus reformados, etc.
A NBR 14040 trata cada um destes grupos especificando os itens que devem ser
inspecionados, os equipamentos necessários para medições, bem como a classificação
dos defeitos em Defeito Leve (DL); Defeito grave (DG) e Defeito muito grave (DMG).
EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO
REGLOSCÓPIO
2
1
5
1. Coluna
2. Visor da banda larga com suporte e dispositivo de fixação à coluna
3
3. Caixa óptica com lente e espelho de diagnóstico
4. Dispositivo de ajuste de altura da caixa óptica
6 5. Controles de célula fotoelétrica e voltímetro
6. Cabos do voltímetro
7 7. Base com rodízios e trilho
O sistema óptico é concebido de tal forma, que reproduza sobre uma tela em escala reduzida
a imagem da projeção real do feixe luminoso sobre uma tela imaginária posicionada a uma
dada distância do veículo.
A tela do aparelho deve ser dotada de marcações dos eixos horizontal e vertical e de uma
linha de referência correspondente ao perfil do feixe luminoso assimétrico, constante da
regulamentação. A parte da esquerda desta linha corresponde ao limite claro-escuro e a
parte da direita deve ser inclinada de 15º em relação ao eixo horizontal. Além disto, o sistema
óptico deve ter uma série de marcações que permitam verificar se a inclinação do feixe
luminoso encontra-se dentro dos valores máximo e mínimo regulamentados.
Se o regloscópio indicar altura excessiva dos feixes luminosos, estes estarão ofuscando os
condutores que trafegam em sentido contrário. Se, ao contrário, a altura estiver abaixo do
mínimo recomendável, a iluminação dos faróis encontra-se deficiente, prejudicando as
condições de segurança do veículo.
FRENÔMETRO
O dispositivo de medida do peso em cada roda pode ou não estar integrado ao frenômetro.
Frenômetros ditos “universais” podem ser utilizados tanto para veículos leves, quanto para
pesados. Alguns modelos universais podem ainda ser utilizados para avaliação de
motocicletas, com o bloqueio do segundo conjunto de rolos.
aparelho indicador da
força de frenagem
força de frenagem
cilindro de teste
força de tração
rolo
força de frenagem
rolo
força de tração célula conduíte hidráulico
balancim dinamométrica
O banco de ensaio de frenagem (frenômetro) é constituído por dois conjuntos de rolos cilíndricos
justapostos ao nível do solo. As rodas dianteiras ou traseiras do veículo são posicionadas sobre
os rolos para o teste. Motores elétricos tracionam os rolos e conseqüentemente, as rodas do
veículo. Quando o freio é acionado, uma força de frenagem se opõe, através das rodas à força
de tração do motor elétrico. Este, por sua vez, vence a força de frenagem através do aumento
da potência absorvida, mantendo assim a velocidade angular praticamente inalterada.
A fixação do motor elétrico não é rígida; este pode realizar movimento torcional, transmitindo
a força de torção à célula de carga através do balancim. A força transmitida à célula de
carga é, portanto, proporcional à força de frenagem, sendo ainda transmitida pelo circuito
hidráulico ao aparelho indicador. O cilindro de teste tem a função de impedir o movimento
dos rolos em caso de não haver um veículo posicionado sobre o dinamômetro, evitando a
ocorrência de acidentes.
O frenômetro e o mecanismo de medição de forças verticais de apoio das rodas devem ser
equipados com sistema de verificação automático do zero, de modo que antes de cada
ensaio seja realizada uma aferição.
O registro completo dos valores medidos e calculados pelo frenômetro deve ser feito pelo
banco de dados do sistema da estação, podendo constar de forma completa ou parcial no
relatório de inspeção do veículo. Os parâmetros registrados usualmente são os seguintes:
• forças de apoio verticais de cada roda;
• força e eficiência de frenagem para cada roda relativamente ao freio de serviço;
• eficiência total de frenagem do veículo relativamente ao freio de serviço;
• desequilíbrio de frenagem em cada eixo relativamente ao freio de serviço;
• força e eficiência de frenagem para cada roda relativamente ao freio de estacionamento;
• eficiência total de frenagem do veículo relativamente ao freio de estacionamento.
Normalmente, são realizadas aferições com cargas conhecidas (padrões) em quatro pontos
intermediários igualmente espaçados ao longo da faixa de medição, entre os valores zero e
90% do máximo permitido pelo aparelho.
O veículo passa com uma das rodas sobre a placa, em linha reta e baixa velocidade, com
as mãos do condutor fora do volante. Para uma correta verificação, é imprescindível que os
pneus estejam calibrados conforme as especificações do fabricante.
As leis da física nos ensinam que um sistema mal amortecido tem suas oscilações
extraordinariamente aumentadas quando a freqüência da fonte de excitação deste se
aproxima da freqüência natural de oscilação do sistema (freqüência de ressonância). O
banco de provas, deve, portanto, ter faixa de operação abrangendo necessariamente a
freqüência de ressonância dos sistemas de suspensão dos veículos a serem testados (maioria
dos modelos entre 12 e 18 Hz).
Previamente à realização do teste, deve-se cuidar para que a pressão dos pneumáticos
esteja calibrada conforme especificação do fabricante e que o condutor esteja no interior do
veículo até o final do ensaio.
Dois motores elétricos providos de mecanismo excêntrico de elevação das placas, acionam
as rodas esquerda e direita com movimentos de vai e vem com amplitude de 6mm e
freqüência de até cerca de 20 Hz.
unidade de
comando carroçaria
roda
mola de suspensão
sensor
eletrônico eixo mola de compensação
amortecedor
Peso
(Kg)
Peso estático
(Kg)
Peso mínimo
(Kg)
tempo (s)
DETECTOR DE FOLGAS
O equipamento para verificação de folgas é constituído por placas horizontais móveis, sobre
as quais se apoiam as rodas do veículo. O movimento das placas, de amplitude de cerca de
50 a 80mm, faz com que as rodas sejam forçadas em algumas direções no plano horizontal
(diagonal ou 4 direções), a partir do ponto de apoio dos pneus sobre as placas.
É essencial que os inspetores sejam muito bem treinados para identificar objetivamente o
nível de gravidade das folgas e defeitos encontrados na inspeção visual.
ANALISADOR DE GASES
As medições dos níveis de emissão de CO, HC e diluição (CO + CO ) nos veículos leves do
2
ciclo Otto são realizadas mediante a utilização de analisadores de gases do tipo infravermelho
não dispersivo.
Os analisadores devem ser sistematicamente aferidos e calibrados com gás padrão com
exatidão de 2%, conforme especificação do fabricante.
OPACÍMETRO
câmara de
medição
fonte
luminosa receptor
feixe de luz
cortina de ar cortina
de ar
aquecimento
da câmara
entrada do gás ventilador
de escapamento
conexão da mangueira flexível
Durante as inspeções e ações de fiscalização em campo dos veículos Diesel não são
realizadas medições dos outros poluentes, uma vez que a medição da opacidade é
considerada como suficiente para um razoável diagnóstico das condições de manutenção.
Além disso, a introdução de outros procedimentos de medição para CO, HC e NOx, tornariam
as inspeções mais caras, demoradas e complexas, em desacordo com os objetivos e
possibilidades atuais desses programas.
Alguns países adotam práticas subjetivas de inspeção e fiscalização das emissões excessivas
de ruído pelos veículos em circulação, pela simples observação do barulho apresentado
durante aceleração livre do motor. Entretanto, a fim de evitar controvérsias de ordem legal,
as autoridades policiais e ambientais vêm adotando norma internacional de medição do
nível de ruído na condição parado nas proximidades do orifício de descarga dos gases de
escapamento. No Brasil, a norma correspondente é a NBR 9714.
A partir das medições objetivas dos níveis de ruído, é possível estabelecer limites,
diferenciados para cada categoria e modelo de veículo, acima dos quais é mandatório realizar
manutenção corretiva no sistema de escapamento, pois este apresenta deterioração ou
alteração que resulta em emissões em níveis inaceitáveis.
É importante ressaltar que as medições devem ser realizadas em condições tais que não
haja interferências sonoras de outras fontes nas proximidades do veículo, o que geralmente
só é conseguido em áreas externas aos tradicionais galpões de inspeção, conforme as
exigências da norma.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
. Veículo rodoviário automotor - Ruído emitido na condição parado. NBR 9714. Rio de
Janeiro, ABNT.
INTERNET: www.mma.gov.br