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1.1 - Introdução
Todos os produtos saídos da indústria consistem em pelo menos de um e, muitas vezes,
de muitos tipos de materiais como, por exemplo, o automóvel, que utiliza materiais
desde o vidro ao aço passando pela borracha e pelo plástico, para além de outros.
O número de materiais que estão hoje à nossa disposição na indústria é quase infinito.
As diferentes composições de aços ultrapassa muitas centenas, as variedades do vidro
são diversas havendo ainda um número razoável de plásticos.
Mas a estes números e a estes diferentes materiais teremos que juntar ainda a
capacidade de podermos modificar as suas propriedades, podendo-se obter como que
outros novos materiais.
Dado o elevado número de materiais disponíveis, cada um com as suas propriedades, e
ainda o facto de quase todos os meses aparecerem no mercado novos materiais, torna-
se praticamente impossível conhecer as propriedades de todos eles.
O processo de transformação utilizado na indústria tem por objectivo converter matérias-
primas num produto utilizável. É quase sempre impossível separar a escolha do material
dos processos de fabrico. Podemos então dizer que o processo consiste num ou muitos
passos separados que produzem variações na forma, nas propriedades ou em ambas.
Na maioria dos materiais, a variação da forma pode realizar-se com o material num dos
seus estados (liquido, sólido ou plástico) e as suas propriedades vão estar relacionadas
com a sua estrutura atómica.
Comecemos por abordar a constituição de um
átomo que é composto por um núcleo central,
1.2 Estrutura Atómica
protegido por uma nuvem de electrões que giram
à sua volta em órbitas (figura 1). O átomo é
composto por três tipos básicos de partículas: os
protões, os neutrões e os electrões.
As partículas que possuem carga eléctrica
negativa chamam-se electrões, as que possuem
carga eléctrica positiva são conhecidas por
protões e, por fim, os neutrões são as partículas
sem carga eléctrica. Todos os átomos têm a
mesma estrutura básica, ou seja, são constituídos
por estas três partículas, como mostra a figura 2.
a) b)
Figura 4 – Esquema de formação de uma molécula.
Podemos dizer que existem dois grupos de ligações entre átomos: as ligações primárias
ou fortes e as ligações secundárias ou fracas.
As ligações primárias ou fortes originam forças inter atómicas relativamente fortes e
podemos dividi-las em três classes:
A ligação metálica é um tipo de ligação atómica que ocorre nos metais sólidos. Os
átomos ligam-se uns aos outros por ligações metálicas de que resulta um estado de
menor energia (ou mais estável). Quando os átomos de um metal se ligam uns aos
outros por partilha dos electrões de valência formando um cristal sólido, há diminuição
da energia total dos átomos individuais, a qual resulta do processo de ligação (figura 5).
Verificamos que, nos metais, os átomos posicionam-se no espaço formando uma malha
que se repete ao longo de todo o material a que chamamos célula unitária.
A malha cristalina é uma rede periódica de pontos que define um espaço.
A célula unitária é uma subdivisão da malha que ainda mantém as características da
malha (figura 6).
Chegou-se à conclusão que são necessários sete tipos diferentes de células unitárias
para criar os catorze tipos de redes cristalinas, mostrados na figura 7.
1
Pode dizer-se condutibilidade ou condutividade.
Elevada Densidade
Dada a estrutura cristalina apresentados pelos metais verifica-se que, relativamente a
outros materiais, possuem uma maior concentração de átomos por unidade de volume,
traduzindo-se numa elevada densidade.
Opacidade e Reflectividade
A opacidade óptica dos metais é provocada pelos seus electrões livres, que oscilam no
campo eléctrico alternado de um feixe luminoso incidente, absorvendo energia e
tornando-o opaco à luminosidade. Por sua vez, a reflectividade ocorre quando os
electrões oscilantes emitem ondas luminosas originando o feixe reflectido.
1. Materiais Metálicos
2ª Etapa: Crescimento dos núcleos - Como atrás foi dito, depois da formação de
núcleos estáveis no metal a solidificar, estes crescem formando os cristais que, por sua
vez, têm orientações diferentes e que ao juntarem-se uns aos outros formam superfícies
entre eles.
Durante a solidificação obter-se-á uma estrutura grosseira ou de grão grosso se o local
de nucleação for relativamente pequeno. Se, pelo contrário, durante a solidificação
existirem muitos locais de nucleação, produzir-se-á uma estrutura de grão fino.
Se, ao solidificar, o metal contiver muitos cristais, diz-se que é policristalino. Se for
formado por um só cristal diz-se monocristal, como é o caso dos componentes
electrónicos (díodos, transístores, …).
Enquanto num cristal perfeito o empilhamento atómico se dispõe dum modo perfeito,
num cristal real existem anomalias no arranjo atómico que dão lugar a diversos tipos de
defeitos. As imperfeições e defeitos existentes na grelha cristalina irão afectar as suas
propriedades, nomeadamente as físicas e as mecânicas.
Dos defeitos que aparecem nas redes cristalinas salientamos três tipos:
a) Defeitos pontuais;
b) Defeitos lineares;
c) Defeitos Bidimensionais.
Os defeitos lineares mais importantes são as deslocações pois parecem ser as que
maior influência exercem sobre as propriedades mecânicas dos materiais cristalinos,
com destaque para a deformação plástica. A deslocação ou linha de deslocação
consiste numa imperfeição linear num cristal que delimita uma região que escorregou de
outra que não sofreu escorregamento (figura 12).
A linha de deslocação, ou parte dela, pode ser perpendicular ou paralela ao seu vector
de Burgers ou formar com ela um ângulo qualquer. A diferença de orientação da linha de
deslocação em relação ao seu vector de Burgers permite distinguir diferentes tipos de
deslocações: cunha, parafuso e mista.
a) b)
Figura 15 – Exemplo de uma deslocação a) perfeita e b) imperfeita.
3.3.2 Subjuntas
3.3.3 Maclas
São criadas quando os cristais são formados por duas partes contíguas de estruturas
idênticas mas com uma orientação relativa definida. A parte maclada é simétrica da
parte não maclada em relação ao plano de macla, figura 18.
a) b)
1 . Ligas Metálicas
O arranjo de átomos estranhos a uma rede cristalina depende da interacção entre esses
átomos e a rede, uma vez que são capazes de se deslocar, de se redistribuir e de alterar
a rede cristalina, até se estabelecer um equilíbrio entre eles. Temos que considerar três
aspectos fundamentais na relação existente entre os átomos para perceber como será a
estrutura final da liga:
Questões