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Universidade Pitágoras Unopar

ANA CAROLINE LIMA DAS CHAGAS


CLEIDE ROSA LIMA FERRAZ
GISELLE DE LIMA CARPENTER
JESSIKA FERREIRA BABORSA VIANA
MONIZA DUARTE LEÃO RIBEIRO
PRISCILA CORDEIRO PEREIRA DE LIMA
PRISCILLA OLIVEIRA DA COSTA MARTINS

TRABALHO ESCRAVO ATUAL NO BRASIL

Rio de Janeiro
2018
ANA CAROLINE LIMA DAS CHAGAS
CLEIDE ROSA LIMA FERRAZ
GISELLE DE LIMA CARPENTER
JESSIKA FERREIRA BABORSA VIANA
MONIZA DUARTE LEÃO RIBEIRO
PRISCILA CORDEIRO PEREIRA DE LIMA
PRISCILLA OLIVEIRA DA COSTA MARTINS

TRABALHO ESCRAVO ATUAL NO BRASIL

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Relatório técnico apresentado como requisito
parcial para obtenção de aprovação na
disciplina: Formação Social, Histórica e
Política do Brasil, Acumulação Capitalista e
Desigualdade Social, Fundamentos Histórico,
Teóricos e Metodológicos do Serviço Social I,
Estatística e Indicadores Sociais e Seminário
Temático, no Curso de Serviço Social, da
Universidade Norte do Paraná – UNOPAR.

Tutores: Juliana Lima Arruda, José Adir Lins


Machado, Rosane Ap. Belieiro Malvezzi,
Hallynnee Rosseto e Paulo Sergio Aragão;

Rio de Janeiro
2018
SUMÁRIO

1 – INTRODUÇÃO.......................................................................................................4

2 – TRABALHO ESCRAVO ATUAL NO BRASIL......................................................5

2.1 CONCEITOS DE TRABALHO E DE ESCRAVIDÃO..............................................5

2.2 O INÍCIO DO TRABALHO ESCRAVO NO BRASIL...............................................6

2.3 A ESCRAVIDÃO MODERNA NO BRASIL....................................................................8

2.4 O TRABALHO E O SERVIÇO SOCIAL................................................................14

3 – CONCLUSÃO......................................................................................................15

REFERÊNCIAS..........................................................................................................16

ANEXOS....................................................................................................................18
1 – INTRODUÇÃO

No Brasil, a escravidão deu início com a produção de açúcar no começo do


século XVI. Os lusitanos transportavam mulheres e homens negros africanos de
suas colônias na África para usar como mão de obra escrava nos engenhos de
açúcar do Nordeste. Os comerciantes de escravos portugueses vendiam estes
negros africanos como se fossem produtos aqui no Brasil. Os mais sadios chegavam
valer o dobro daqueles mais fracos ou velhos.
A escravidão contemporânea é definida por características como: distorcidas
promessas feitas pelo empregador, ausência de informações e a falta de
conhecimento dos direitos dos trabalhadores e a escassez de emprego e condições
mínimas para sustentar a família na região de origem, o que leva o trabalhador
consentir com prontidão a migração para outras regiões afastadas. O estudo das
diferentes formas modernas de escravidão é importante à medida que, para uma
erradicação imprescindível, é imprescindível conhecer as particularidades que
incentivam e contribuem para a ocorrência desta prática. Isso porque, o impacto
social causado pelo trabalho escravo é grande e, mesmo que indiretamente, atinge
toda a sociedade.
O presente trabalho refere-se e detalha como nasceu a escravidão no Brasil,
trazendo a história de uma forma clara e objetiva, determinando traços relevantes
desta época tão desumana para os escravos. Neste contexto, será abordado o
trabalho escravo no Brasil contemporâneo, as características e o histórico da
escravidão no Brasil, o conceito atual e as formas de escravidão contemporânea, a
escravidão contemporânea rural e urbana e os modelos de escravidão encontrados
no país, abrangendo, por fim, os resultados dessa escravidão contemporânea na
sociedade brasileira.
Até porque, se pensar em garantias constitucionais como dignidade,
igualdade perante a lei, seria um absurdo na época, considerando-se que escravos
não eram vistos como cidadãos, mas sim como um mero instrumento de trabalho.
Assim, com o passar dos anos, a sociedade foi se desenvolvendo e devido a esta
evolução a Constituição Federal protege todos os cidadãos sem distinção de raça,
cor e etnia, portanto, somos todos iguais perante a lei.

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2. TRABALHO ESCRAVO ATUAL NO BRASIL

2.1 CONCEITOS DE TRABALHO E DE ESCRAVIDÃO

O trabalho é uma atividade social realizada pelo homem, que altera seu meio
social com um esforço afirmado e desejado para a realização de objetivos e vai além
do fato de que, através dele, temos nossas primordialidades atendidas. É premissa
crucial para o homem, não somente pelo intuito financeiro, mas pelo enobrecimento
de sua vida. Por si só, possibilita que sejamos livres financeiramente, além de
contribuir para a evolução contínua das ciências, da tecnologia e do conhecimento
próprio, ou seja, para a constante ascensão cultural e de honradez da sociedade.
Dessa forma, Engels (1985) diz conforme o homem coloca seu corpo, sua
consciência a serviço de algum objetivo, se é obtido uma conexão com a natureza e
com outros homens. Assim, o trabalho desenvolve do próprio homem e se torna algo
indispensável. A relação homem e natureza só existem em função do trabalho, pois
este transforma a matéria vinda da natureza em riquezas ao mesmo tempo em que
transforma a si mesmo, pois tem a ver com realização pessoal, com sentir-se útil e
encontrar sentido para os dias. Consequentemente, pode-se dizer que a expressão,
“O trabalho dignifica o homem” tão usualmente usada, encontra explicação na
psicologia, pois o trabalho é sim condição principal para a realização humana.
A escravidão, é o ato em que um ser humano conquista direitos sobre outro,
tendo sobre ele poder imposto por meio do uso da força.Antigamente, em diversos
lugares, os escravos eram reconhecidos como uma mera mercadoria. Os valores
alteravam-se segundo suas condições físicas, habilidades profissionais, sexo, a
idade, a procedência e o destino.
Muitas das antigas civilizações empregavam e necessitavam do trabalho
escravo para a execução de tarefas mais pesadas e básicas. Ao especificarmos
trabalho escravo, facilmente relacionamos o assunto aos europeus que enchiam os
porões de seus navios de homens trazidos da África obrigados e que foram
colocados à venda de forma cruel por toda a América. Contudo, a escravidão é mais
antiga do que o tráfico do povo africano.
A utilização do trabalho escravo é tão antiga quanto à própria história, como
exemplo os hebreus, que foram vendidos como escravos desde o começo da
História.
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2.2 O INÍCIO DO TRABALHO ESCRAVO NO BRASIL

A escravidão foi uma atividade que sucedeu em diversas épocas, e por vários
povos, na civilização grega, Império romano, na Mesopotâmia, antigos egípcios,
hebreus, na Índia, China, e em outros países. Entretanto, a que teve mais
importância, foi à escravidão dos negros, singularmente após o descobrimento da
América. A partir disso, teve início o comércio de homens, mulheres e crianças entre
as Américas e a África, o tráfico negreiro durante o período colonialista.
Com a vinda dos portugueses ao Brasil é que foi decretada, efetivamente, a
escravidão. O primeiro vínculo de trabalho entre os lusitanos e os índios foi através
do “escambo”, ou seja, em troca de materiais baratos, como colares, pulseiras e
espelhos, novidades aos olhos dos nativos, os aborígenes cortavam e carregavam
madeira (pau-brasil) para os colonizadores. De certa forma, a formação indígena
desconhecia a escravidão até a chegada dos colonizadores. Em 1530, com o
conhecimento no cultivo da cana de açúcar nas ilhas do Atlântico – Cabo Verde,
Madeira e Açores -, Portugal providenciou, no Brasil, o cultivo da cana de açúcar,
dando início ao processo de colonização.
Ocasionalmente, as primeiras expedições portuguesas ao Brasil trataram de
começar a escravizar a mão de obra indígena, normalmente recrutada de
assentamentos jesuíticos. A Coroa portuguesa, assim que se interessou pela
colonização regular, logo legalizou a escravidão dos aborígenes e o fez por meio
das Cartas de Doação das capitanias hereditárias, pois a mão de obra nativa, no
século XVI, era cerca de três vezes mais barata que a negra.
Muitos morreram de epidemias trazidas pelos brancos, sobretudo de sarampo
e rubéola. Grandes conhecedores da terra, eles fugiam para o interior da colônia em
busca de proteção. A mão de obra aborígene, aos poucos, foi sendo considerada
insuficiente e não especializada, pois índio não produzia excedente, não era
acostumado com o trabalho sistemático e com organização adequada para atender
ao mercantilismo. Portanto, Marquês de Pombal proibiu a escravização, porque dizia
que eles não eram capazes de realizar o trabalho. Mas a realidade mostra que os
índios tinham reações perigosas ao trabalho escravo, o que dificultava a
organização da economia colonial, comprometendo os interesses mercantilistas da
metrópole, que tinham como objetivo a acumulação de capital.

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A escravidão africana, que deu no início da produção canavieira na primeira
metade do século XVI, substituiu a mão de obra aborígene, pois os senhores diziam
que havia a falta de braços para trabalhar na lavoura. Portanto, o real motivo era por
necessitarem uma mão de obra permanente e por não estarem dispostos a trazer
portugueses e pagar o devido salário.
Os escravos eram trazidos pelos portugueses em porões de navios, os
chamados navios negreiros, ficando assim em condições desumanas, amontoados
em lugares apertados, sem ventilação, escuros, passavam fome, e muitos morriam
antes mesmo de chegar ao Brasil, sendo jogados no mar. Os principais locais de
desembarque era no Rio de Janeiro, Recife, Bahia, e em São Luís do Maranhão. Os
comerciantes vendiam os escravos como mercadorias, os que eram mais saudáveis,
novos, e fortes valiam muito mais do que os mais velhos e fracos. O valor dependia
muito do sexo e da idade. As mulheres na maioria das vezes eram utilizadas para
fazer trabalho podiam também ser amas de leite e diversas vezes eram violentadas
e abusadas sexualmente. Muitas engravidavam dos seus senhores, dando origem à
população mestiça.
Além disso, o tráfico negreiro também era uma atividade conveniente que
possibilitava altos lucros à Coroa Portuguesa, e foi uma das principais fontes para
acumular capitais, sendo assim mais útil que escravizar índios.
Desta forma, o escravo negro foi trazido ao Brasil para trabalhar, essencialmente,
em canaviais e engenhos de açúcar e assim, o tráfico negreiro teve seu inicio oficial
no ano de 1559, quando a metrópole portuguesa permitiu o ingresso de escravos
africanos no Brasil. Entre 1576 e 1600, cerca de 40.000 escravos africanos
desembarcaram no Brasil, entre 1601 e 1625, esse número mais que triplicou, indo
para aproximadamente 150.000.
Por volta do século XVI foram descobertas as “minas gerais” na região central
do Brasil, provocando a migração da sociedade colonial do litoral para o interior. O
africano passou a ser mais explorado que nos canaviais, levando ao aumento das
fugas, formação de quilombos, matança dos senhores, rebeliões e suicídios. Entre
1720 e 1741, a quantidade de escravos trazidos ao Brasil superou a marca de
310.000.
No período da mineração, os escravos raramente conseguiam fugir e muitos
que conseguiam eram capturados pelos “capitães do mato”, profissionais

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contratados pelos proprietários para recapturá-los e quando eram trazidos de volta,
eram castigados ainda mais. Contudo, os que tinham sucesso na fuga, iam para os
quilombos, que, geralmente, ficavam em áreas de difícil acesso. Estes quilombos
eram comunidades de negros fugitivos, que viviam em liberdade, um local onde
podiam voltar às origens, praticar seus rituais religiosos, cultura e a falar a língua
materna. O maior e mais duradouro quilombo, foi o quilombo dos Palmares, que
crescer com o cultivo de milho, feijão, mandioca, banana, cana-de-açúcar, e
artesanato, e era liderado por Zumbi. A escravidão no Brasil foi oficialmente abolida
após a assinatura da Lei Áurea em 13 de maio de 1888 pela princesa Isabel, então
regente do Império em nome de seu pai, o imperador Dom Pedro II.

2.3 A ESCRAVIDÃO MODERNA NO BRASIL

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho, a circunstância


principal da escravidão é a exploração econômica. Os trabalhadores, vítimas de
trabalho escravo no mundo, totalizam quase oito milhões de pessoas. No Brasil,
segundo informações do governo brasileiro, conseguidas através de pesquisa da
Comissão Pastoral da Terra, encontram-se aproximadamente vinte e cinco mil
pessoas trabalhando em situações semelhantes às de escravo. Em relação a esses
dados, a maior ocorrência deste tipo de trabalho está situada nos estados do Norte e
do Centro-Oeste, do qual 90% do total são constituídos por analfabetos, 90%
começam com exploração do trabalho infantil, e 80% não possuem certidão de
nascimento (SIMÓN e CAMARGO DE MELO, 2007).
Após toda a história da escravidão no Brasil, é árduo imaginar que esse tipo
de pratica ainda exista em nosso país. Mas o fato é que ainda existe, no entanto de
forma indireta. Sem duvidas que a quantidade não se compara à escravidão do
século XVI ao XVIII, porem não é uma condição aceitável, essencialmente em pleno
século XXI. A expressão “escravidão moderna” pode designar as relações de
trabalho em que pessoas são obrigadas a exercer uma atividade contra a sua
vontade por intermédio de formas de intimidação, como ameaça, violência física ou
psicológica e até encarceramento.

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Podemos dizer que a escravidão moderna apresenta dessemelhanças
quando comparada com a escravidão antiga praticada no Brasil durante os períodos
colonial e imperial. A principal diferença é que, no período da escravidão antiga, a lei
permitia que uma pessoa fosse propriedade da outra, um objeto que poderia ser
negociado em troca de dinheiro. Hoje, o Código Penal Brasileiro proíbe que uma
pessoa seja tratada como mercadoria.
Atualmente a forma de se obter mão de obra escrava, é por meio do “gato”,
um método no qual o empregador, ou seja, o chefe faz propostas adulteras de
salário e promessas de mudanças no estilo de vida dos trabalhadores. Os chefes
agem de maneira agradável transmitindo confiança, mas, na verdade, colocam os
empregados em situações sem a possibilidade de se desvincular.
Ao compararmos atualmente com a mão de obra escrava nos tempos
coloniais e imperiais, podemos perceber foi determinada por características étnicas,
ou seja, os escravos eram negros ou indígenas. Hoje essa característica tem menor
importância, pois, em grande maioria, são escravizadas as pessoas em situação de
pobreza e miséria. De certa forma, a semelhança entre os dois períodos são as
medidas intimidadoras e punitivas aplicadas às pessoas em situação de escravidão.
De acordo com a Fundação Walk Free, a pobreza e a falta de oportunidades
geram o aumento da vulnerabilidade das pessoas à escravidão moderna. Outros
fatores contribuintes além das desigualdades sociais são a xenofobia, o patriarcado
e a discriminação de gênero.
Até então, o trabalho escravo definido por castigos físicos e mortes,
alojamentos sem redes de esgoto ou iluminação, sem armários ou camas, com
jornadas de trabalho superiores a 12 horas diárias, sem comida, sem água potável e
sem qualquer tipo de equipamentos de proteção.
Os estados brasileiros com maior taxa de trabalhadores em situação semelhante à
escravidão são: Pará, Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Paraná, Tocantins,
Maranhão, Ceará e Piauí.
Minas Gerais é o estado que lidera o cadastro: dos 131 empregadores
relacionados, quase um terço é mineiro. Segundo a coordenadora do projeto de
combate ao trabalho análogo ao escravo de Minas, Dolores Jardim, “não significa
que Minas tenham mais trabalhadores em situação de trabalho escravo que outros

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estados, mas que estamos atendendo a demanda de fiscalização por uma questão
de gestão”.
O Pará, em comparação, é o segundo estado com maior número de empregados na
lista, e o estado possui apenas um coordenador fixo para combater o trabalho
escravo.
A agricultura é o setor econômico que possui mais empregadores no cadastro
(31%), a grande maioria em lavouras de café (14% do total de empregadores),
seguida pelo setor de criação de animais (25%), com predominância do gado para
corte (19%). Em terceiro lugar, empatados, estão a construção civil (8%) e o setor
madeireiro (8%). De acordo com a ONG Repórter Brasil, trabalhadores que se
penhoram antes mesmo do primeiro salário, com jornadas exaustivas, sem
descanso semanal remunerado e, algumas vezes até mesmo sem banheiros, foram
os motivos que levaram dois gigantes da agroindústria, a JBS Aves e a Sucocítrico
Cutrale, a aparecerem na lista.
O trabalho escravo é algo generalizado no Brasil, pois está exposto em
74,07% do território nacional. Uma característica que chama a atenção é que os
locais de trabalho escravo, com exceção de São Paulo, são em fazendas,
madeireiras e locais de pecuárias localizadas em regiões não urbanas. Em São
Paulo, destaca-se particularmente um caráter urbano, referindo-se a produção têxtil.
De 2003 a 2010 foram registradas denúncias relacionando 7.400 pessoas com o
trabalho escravo em 12 municípios de diferentes regiões do estado, de acordo com
um estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O município Campos de Goytacazes, no norte fluminense, é o que
demonstrou maior número de denúncias de trabalho escravo e de libertação do
regime: 5.945 pessoas envolvidas (74% do total do estado) e 1.112 liberados.
Foram registradas denúncias de trabalho escravo nos últimos oito anos em Bom
Jardim, Resende, Cantagalo, Petrópolis, Araruama, Paracambi, Valença, São
Francisco de Itabapoana, Carapebus, Rio de Janeiro e Cabo Frio. Em Campos a
sociedade civil é muito mais vigilante, mais organizada. Por isso, os casos que
ocorrem em Campos têm mais chance de serem denunciados.
No ano de 2017, o Governo de Michel Temer publicou um anexo contendo
novas regras que, na prática, poderão complicar o combate ao trabalho escravo no
país. Uma das modificações consta que, segundo a norma, para integrar a lista suja

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é necessária que seja constatada e comprovada à existência de trabalho análogo ao
escravo. Pela definição do Código Penal, submeter alguém a atividade análoga ao
escravo é submeter a trabalho forçado ou jornada exaustiva, quer sujeitando o
trabalhador a condições degradantes, quer restringindo, por qualquer meio, sua
locomoção em razão de dívida contraída.
Segundo a alteração determinada pela nova portaria a condição análoga à de
escravo significa: obrigar o trabalhador a realizar tarefas, com o uso de coação e sob
ameaça de punição; impedir que o trabalhador deixe o local de trabalho em razão de
dívida contraída com o empregador ou preposto; manter segurança armada a fim de
reter o trabalhador em razão da dívida; retenção de documento pessoal do
trabalhador.
As demais variáveis – trabalho forçado, jornada exaustiva e condições
degradantes – presentes no Código Penal ganharam também um novo limitador.
Elas só podem ocorrer se tiver o cerceamento da liberdade de expressão ou de
mobilidade do trabalhador.
Só é trabalho forçado “aquele exercido sem o consentimento por parte do
trabalhador e que lhe retire a possibilidade de expressar sua vontade”. Já jornada
exaustiva se dá com a “submissão do trabalhador, contra a sua vontade e com
privação do direito de ir e vir”; e condição degradante é aquela caracterizada por
“violação dos direitos fundamentais da pessoa do trabalhador (...) no cerceamento
da liberdade de ir e vir, seja por meios morais ou físicos, e que impliquem na
privação da sua dignidade”.
Portanto, caso uma pessoa seja submetida a condições degradantes e jornadas
exaustivas, ela não poderá ser caracterizada mais como um trabalhador escravo.
Além disso, a partir de agora, todas as variáveis que determinam o que é
trabalho escravo tem que estar presentes no momento da fiscalização. Se, por
exemplo, não for identificada jornada exaustiva, segundo o atual critério, fica
invalidado o trabalho análogo à escravidão.
Além desse fato, há uma lista criteriosa com novos protocolos a serem
seguidos pelos fiscais: cópias de todos os documentos que demonstrem a
ocorrência do trabalho forçado; da jornada exaustiva; da condição degradante ou do
trabalho em condições análogas à de escravo; fotos que evidenciem as violações;
descrição detalhada da situação encontrada; existência de segurança armada

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diversa da proteção ao imóvel; impedimento de deslocamento do trabalhador;
servidão por dívida; existência de trabalho forçado e involuntário pelo trabalhador.
Após a publicação do anexo, o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério
Público do Trabalho (MPT) recomendaram a anulação da decisão do Ministério do
Trabalho e declararam que a portaria é ilegal, ao condicionar a caracterização do
trabalho escravo contemporâneo à restrição de liberdade de locomoção da vítima.
Ainda hoje, diversas providências são aplicadas no combate ao trabalho escravo no
Brasil. A Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo, ou
CONAETE é o órgão fundamental criado para aplicar tais medidas. Foi criada em
2002, a Coordenadoria é vinculada ao Ministério Público do Trabalho e vem obtendo
resultados satisfatórios, reprimindo progressivamente a escravidão. As principais
áreas de atuação da Coordenadoria são as Procuradorias Regionais do Trabalho em
plano nacional para o combate ao trabalho escravo, fomentando a troca de
experiências e discussões sobre o tema, bem como a atuação ágil onde necessária
se faça a presença do Ministério Público do Trabalho.
Sendo assim, seu principal objetivo, o combate ao trabalho em condições
análogas às de escravo, investigações de situações nas quais os obreiros são
submetidos a trabalho forçado, servidão por dívidas, jornadas exaustivas e
condições degradantes de trabalho, alojamento precário, água não potável,
alimentação inadequada, desrespeito às normas de segurança e saúde do trabalho,
falta de registro, maus tratos e violência. Com o intuito de tornar efeito o combate ao
trabalho escravo, em 1995, o Ministério do Trabalho e Emprego criou o Grupo
Especial de Fiscalização Móvel (GEFM). Coordenado pela Secretaria de Inspeção
do Trabalho.
O GEFM é dispositivo efetivo do MTE, ou seja, um comando centralizado para
diagnosticar o problema, garantir a padronização dos procedimentos e supervisão
direta das operações pelo órgão central, assegurar o sigilo absoluto na apuração
das denúncias e, finalmente, reduzir as pressões ou ameaças sobre a fiscalização
local.
Com o objetivo de combater a prática da utilização de mão de obra escrava, o
MTE atua junto do GEFM. Contudo, são necessárias medidas de inclusão deste
trabalhador, que visem sua reintegração ao meio social, bem como sua capacitação
profissional, para que não se perpetue em um ciclo de exploração, resgate e

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exploração. Em outubro de 2004, por meio da Portaria nº 540, o Ministério do
Trabalho e Emprego criou o “Cadastro de Empregadores que tenham mantido
trabalhadores em condições análogas à de escravo”, que contém o nome de
pessoas físicas e jurídicas flagradas pela fiscalização, ou seja, a chamada "Lista
Suja".
A associação de diversos setores do Estado e de entidades da sociedade civil
em favor do combate a diversos crimes de desrespeito aos direitos humanos mostra
uma tentativa de vencer as inúmeras ações descivilizacionais que seguem querendo
permanecer no país. Há, portanto, a necessidade de destacar que o Plano Nacional
de Erradicação do Trabalho Escravo é parte do avanço de uma consciência pública
acerca da importância de um combate decidido às práticas similares às da
escravidão.
Por outro lado, persistem as atitudes escravagistas que se mostram renitentes
em aceitar a vigência de um Estado democrático de direito. Por isso, há necessidade
de mobilizar órgãos do Estado e da sociedade civil para tentar alcançar algumas
metas. Ao longo dos anos, segundos alguns relatórios, como o da Rede Social de
Justiça e Direitos Humanos, pode-se ver que existem muito obstáculos para a
execução de um processo de diminuição significativo do número de pessoas
escravizadas. E isso se deve a muitos problemas pendentes no que diz respeito às
denúncias, às apurações, à escassez de recursos, à lentidão das ações, à vagareza
dos trâmites, no Congresso, de Projetos de Leis que versam sobre os crimes
relacionados ao trabalho forçado.
Para que essa situação seja erradicada no Brasil é necessário que políticas
públicas eficientes e adequadas sejam adotadas e que as reincidências sejam
evitadas.

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2.4 O TRABALHO E O SERVIÇO SOCIAL

A “questão social” relaciona-se a concepção de unir os problemas sociais que


afetam a humanidade num contexto do processo histórico. Certos acontecimentos
eram e são resultados de uma contradição que se fortalece com o crescimento da
sociedade capitalista. Ou seja, é referente à generalização do trabalho livre, numa
sociedade com marcas da escravidão. O destaque é o longo processo de mudança,
através do qual se forma um mercado de trabalho em padrões capitalistas, em
destaque na época em que a constituição desse mercado está em andamento nos
principais centros urbanos. Momento em que o capital já “se liberou” do custo de
reprodução da força de trabalho, limitando-se a procurar, no mercado, a força de
trabalho tornada mercadoria. A manutenção da força de trabalho é responsabilidade
do operário, através do salário, conseguido através da venda da força de trabalho à
classe capitalista e não a somente um único patrão.
Desta forma, o Serviço Social surge na Europa no final do século XIX e no
início do século XX relacionada ao desenvolvimento da questão social, e assim
torna-se uma profissão dentro de uma realidade da sociedade capitalista. A
ocupação se desenvolveu no início da época do capitalismo monopolista porque
esse cenário gerou o crescimento das desigualdades sociais. Logo foi nesse
momento que surgiram na questão social situações que eram a pobreza, a fome, a
falta de moradia e de saneamento básico, o desemprego, entre outras.
Portanto, pode-se afirmar que questão social aparece devido à luta de classes e a
exploração do trabalho pelo capital, interesses contrários compostos de problemas
políticos, sociais e econômicos.
De acordo com Karl Marx, o desemprego e a superpopulação incentivam o
crescimento da indústria contemporânea, pois devido à necessidade de emprego a
população aceita condições precárias de trabalho e à baixos salários, fazendo com
que os capitalistas se enriqueçam cada vez mais. A questão social se dá devido ao
trabalho geral, sendo assim criadora da desigualdade na sociedade capitalista e que
a burguesia contempla a oposição dos operários como uma ameaça ao padrão e a
ordem pública, usando, portanto o Estado como um regulamentador do trabalho,
visto que no início do século o trabalhador era escravizado a uma jornada de
trabalho de até 14 horas sem qualquer direito a sua favor.

14
O capitalismo se desenvolve devido às más condições de sobrevivência da
classe trabalhadora, tendo a participação de vários elementos como, pessoas,
cultura, empresas e Estados. Desde a década de 1990, em meio ao
desenvolvimento do capitalismo, as ideias neoliberais ganham força, influenciando
na forma como os Estados irão enfrentar a questão social, segundo Duarte (2007)
relatou. O Estado passa então a ter uma insignificante intervenção na área social
fazendo com que a sociedade tenha participação ativa na execução das políticas
sociais, e deixa de ter responsabilidade sobre as respostas às expressões da
questão social e defende os princípios ideológicos da solidariedade e da união entre
as classes. Essa proposta é defendida pelos governantes capitalistas com o objetivo
de recolocar em ordem o capitalismo, levantar o mercado e diminuir condições
salariais dos trabalhadores.
Segundo Guimarães (2005), especialistas constatam que o ‘Estado de Bem
Estar Social’ não se efetivou no Brasil, o que trouxe o país a um autêntico ‘Estado de
Mal Estar Social’ que serviu de base para interesses da elite. Dessa forma, os
direitos que adquiridos em 1998, subentendidos na Constituição Brasileira, foram se
distanciando no ato. Assim, os trabalhadores não tiveram seus direitos
concretizados, pois os seus direitos são um empecilho para o desenvolvimento do
capitalismo.
Diante disto, temos como reflexo o aumento do desemprego, pessoas se
subordinando a trabalhos suscetíveis em condições precárias, maior burocratização
no acesso aos direito dos cidadãos, diminuição da força sindical, entre outros. A
classe operária passou a sentir uma nova forma de pobreza, sendo excluída do
acesso aos bens e serviços que produz, e, além disso, é prejudicara devido às
mudanças que ocorrem no mundo, sendo-lhe assim indeferida uma vida mais digna.
A classe trabalhadora se opõe para reivindicar seus direitos e melhorias na
sociedade, porém são tratadas com violência e repressão pelo Estado. Isso
representa que não houve qualquer mudança na questão social do final do século
XIX, alterando apenas suas expressões, englobando problemas econômicos,
políticos, culturais e sociais. A classe dominante continua explorando a classe
trabalhadora, fazendo com que haja uma sociedade cheia de desigualdades e
exclusões.

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A nova lei trabalhista 13.467/17 modificou mais de 200 dispositivos da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e traz algumas novidades. Algumas delas
são duas novas modalidades de contratação: trabalho intermitente (por jornada ou
hora de serviço) e o teletrabalho, conhecido como home office. A regulamentação
mudou a relação entre patrão e trabalhadores.
Segundo, Vólia Bomfim, professora da LFG, doutora em Direito e
desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região/RJ, as mudanças
contidas na reforma trabalhista beneficiam o empresário e reduzem os direitos dos
trabalhadores, permitem a flexibilização por norma coletiva e a terceirização.

1 - A cobrança sindical era obrigatória, mesmo que o trabalhador não fosse filiado a
nenhum sindicato. A partir de 2018, o desconto anual feito pelas empresas na folha
de pagamento do mês de março será efetuado apenas aos que quiserem dar a
contribuição.

2 - O contrato de trabalho intermitente é destinado ao trabalhador que faz mudanças


entre os períodos de desocupação e trabalho. Ou seja, nessa situação ele recebe
apenas quando trabalha e não fica à disposição do patrão.

3- O teletrabalhador é o funcionário que trabalha majoritariamente fora do


estabelecimento do empregador, por meio do computador. Sendo assim, foi
adicionado o inciso III ao artigo 62 da CLT que o empregado não terá direito às
horas extras, noturnas, aos intervalos intrajornadas ou interjornadas.
Mesmo que sejam vigiados, fiscalizados e trabalhem em jornadas exaustivas os
funcionários em regime de Home Office não receberão horas extras.

4 - Antes, os 30 dias de férias por ano podiam ser divididos em até duas vezes,
sendo que o menor período era de, no mínimo, dez dias. Agora, de acordo com a
reforma, a antiga regra foi alterada dando ao trabalhador o direito do dividir em até
três períodos das férias.

5 - A jornada diária de oito horas, limitadas a 44 horas semanais, continua a mesma,


conforme estabelece a Constituição Federal. A partir da novidade trazida pela lei

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13.467/17, será possível negociação entre patrão e empregado para o banco de
horas, desde que compensado no semestre.

6 - A nova lei mantém o direito do trabalhador às verbas de rescisão do contrato,


como a multa de 40% sobre o FGTS, além do seguro-desemprego, em caso de
demissão sem justa causa e criou a anulação de contrato de comum acordo. Pela
nova regra, o trabalhador pode sacar 80% do FGTS, somando a multa e receber
metade do aviso prévio se for indenizado. Porém, não tem direito ao seguro-
desemprego.

7 - Pela antiga lei, a autorização da revogação contratual do empregado com mais


de um ano no trabalho deveria ser feita em sindicatos. Agora, a rescisão poderá ser
na empresa, com os advogados do empregador e do empregado, que pode contar
com assistência do sindicato.

8 - Alguns pontos da nova lei é que o período que o empregado gasta no trajeto de
casa até o trabalho em transporte oferecido pela empresa, que não será mais
computado na jornada, podendo levar a redução do salário.

De acordo com a reforma, não haverá mudanças nos seguintes princípios: salário
mínimo, 13º salário, valores de depósitos e da indenização rescisória do FGTS,
benefícios da previdência, seguro-desemprego, quantidade de férias, repouso
semanal estipendiado, licença maternidade, licença paternidade e normas relativas à
segurança e saúde do trabalhador.

17
3 – CONCLUSÃO

Modos diferentes de trabalho escravo na sociedade atual, tanto urbana


quanto rural, dão-se por intermédio de fingimento, ou seja, o chefe propõe uma vaga
de trabalho regular e oculta o tratamento desumano, as condições humilhantes,
impedindo que os trabalhadores possuam um mínimo de dignidade, igualmente a
maneira na qual sobreviviam os escravos antigamente. A escravidão na
contemporaneidade, diferentemente da comumente conhecida, não se trata apenas
sobre a cor da pele das pessoas, ou de sua raça, muito menos da origem do
trabalhador, mas está relacionada a condições sociais como pobreza, precárias
condições de vida e falta de expectativa de melhoria no local onde vivem. A falta de
estudo dos trabalhadores, a inocência e a ignorância quanto aos seus direitos e a
falta de informações são razões que levam ao trabalho escravo.
A vista disso, conclui-se que, ainda que abolido há mais de um século, o
trabalho escravo mantem-se na sociedade infringindo os direitos humanos dos
brasileiros que estão sofrendo este crime. O parâmetro da escravidão
contemporânea não está ligado a posse legal do patrão sobre os escravos, ou no
negócio de compra e venda de trabalhadores, como no passado, mas encontra-se
no controle do empregador sobre o trabalhador usando ameaças, força, violência,
repressão e proibição pensando sempre em gerar mais riquezas para si mesmo.

18
REFERÊNCIAS

CAMARGO, Orson. "Trabalho escravo na atualidade"; Brasil Escola. Disponível


em <https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/escravidao-nos-dias-de-hoje.htm>.
Acesso em 22 de marco de 2018.

ENGELS, Friedrich. Quota-Parte do trabalho de hominização de macaco. In:


Marx/Engels: Obras Escolhidas. Lisboa Moscovo, 1985, p. 71-83.

FONSECA. No mapa, o trabalho escravo no Brasil. APUBLICA, 2017 [acessado


em 05 MAIO 2018]. Disponivel em : <https://apublica.org/2017/10/no-mapa-o-
trabalho-escravo-no-brasil/>

GUIMARÃES, Simoni de Jesus. Serviço Social, Questão Social e Globalização:


aportes para o debate. Disponível em:
<http://www.joinpp.ufma.br/jornadas/joinppIII/html/Trabalhos2/Simone_de_Jesus_
Guimar%C3%A3es.pdf%3E> Acesso em 10.Set.2016.

JORNAL DO BRASIL. Pesquisa traça perfil do trabalho escravo no rio. JB; 2010
[acessado 22 ABRIL 2018]. Disponível em :
<http://www.jb.com.br/rio/noticias/2010/12/15/pesquisa-traca-perfil-do-trabalho-
escravo-no-rio/>

MARTINS JS. A escravidão nos dias de hoje e as ciladas da interpretação. In:


Comissão Pastoral da Terra. Trabalho Escravo no Brasil Contemporâneo. São
Paulo: Ed. Loyola; 1999. p. 127-164.

MARX, K – “A Lei Geral da Acumulação Capitalista” (cap. XXIII), in: O Capital


(Livro Primeiro, vol. II) – Rio de Janeiro: Ed. Civilização Brasileira, 1979 (pg. 712-

827)

19
MARX, K. O capital - crítica da economia política. Livro 1. São Paulo: Nova

Cultural, 1996, p. 639, 645.

MENDONÇA, OLIVEIRA. Entenda as novas regras que reduzem o combate ao


trabalho escravo. EL PAÍS, 2017 [acessado 22 ABRIL 2018]. Disponível em :
<https://brasil.elpais.com/brasil/2017/10/19/politica/1508447540_501606.html>

PORTAL BRASIL. Evolução das relações trabalhistas. 26 abr. 2011. Disponível


em:<http://www.brasil.gov.br/sobre/economia/trabalho-carreira/evolucao-
dasrelacoes-trabalhistas> [Acesso em: 21 ABRIL. 2018].

REIS. Libertações por trabalho escravo na área urbana superam as do campo.


G1; 2014 [acessado 21 ABRIL 2018]. Disponível em:
<http://g1.globo.com/brasil/noticia/2014/02/libertacoes-por-trabalho-escravo-na-area-
urbana-superam-do-campo.html>

SIMÓN, Sandra Lia; CAMARGO DE MELO, Luis Antonio. “Direitos Humanos


Fundamentais e Trabalho Escravo no Brasil”. In: DA SILVA, Alessandro et al.
Direitos Humanos: Essência do Direito do Trabalho. São Paulo: LTr, 2007.

THÉRY, H. et. al. Atlas do trabalho escravo no Brasil. São Paulo: Amigos da
Terra, 2009. p.24. Disponível em: <http://amazonia.org.br/wp-
content/uploads/2012/05/Atlas-do-Trabalho-Escravo.pdf>

20
ANEXOS

Fig. 01

FONTE: Quem é o trabalhador escravo contemporâneo?


(https://jornalggn.com.br/noticia/quem-e-o-trabalhador-escravo-contemporaneo)

21
Fig. 02

FONTE: Auditores Fiscais do Trabalho resgatam nove trabalhadores em condição análoga à


escravidão no Acre.
(https://brasil.elpais.com/brasil/2017/10/19/politica/1508447540_501606.html).

Fig. 03

FONTE: THÉRY, H. et. al. Atlas do trabalho escravo no Brasil. São Paulo: Amigos da Terra, 2009.
p.24.
(http://amazonia.org.br/wp-content/uploads/2012/05/Atlas-do-Trabalho-Escravo.pdf)

22
Fig. 04

FONTE: A cada 10 denúncias de trabalho escravo, mpt só consegue investigar uma.


(http://metalrevista.com.br/2017/08/30/a-cada-10-denuncias-de-trabalho-escravo-mpt-so-consegue-
investigar-uma/)

Fig. 05

FONTE: Jean-Baptiste Debret (1768-1848) foi um dos principais pintores das condições dos escravos
no Brasil Imperial

(https://pt.wikipedia.org/wiki/Escravid%C3%A3o_no_Brasil0).

23
Fig. 06

FONTE: Carnaval Paraíso do Tuiuti pergunta se a escravidão acabou no Brasil e brilha na Sapucaí.

(https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/carnaval/2018/noticia/paraiso-do-tuiuti-fala-de-escravidao-em-
desfile-com-criticas-sociais.ghtml)

Fig. 07

FONTE: A baiana Luislinda Valois, 75 anos de idade, titular do Ministério dos Direitos Humanos.

(http://www.espacovital.com.br/publicacao-35524-desembargadoraministra-pede-para-acumular-
salario-de-r-61-mil)

24

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