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Aula teórica
2012-12-04
O que nos diz o artigo 830º nº5: nos contratos em que seja lícito invocar a acção de
não cumprimento (bilaterais sinalagmáticos), o juíz deve fixar um prazo para que o
requerente consigna em depósito a sua prestação, se o requerente não consignar em
depósito a sua prestação, a acção improcede. Estas afirmações devem ser
interpretadas com prudência.
Fixação do prazo » o autor pode pedir ao tribunal para que fixe um prazo para
que ele consigne em depósito a sua prestação, se o tribunal não lhe fixar tal
prazo, o réu pode defender-se invocando a excepção de não cumprimento do
contrato. A excepção de não cumprimento é uma excepção em sentido
material, tem de ser invocada pelo réu.
Acção improcede: não parece que a solução adequada seja a de julgar a acção
improcedente. A mais adequada parece ser uma solução diferente, temos A e
B, A é promitente vendedor e B promitente comprador, o preço é de 100.000€,
A não cumpriu, B não pediu o prazo para consignar em depósito e A invocou
excepção de não cumprimento do contrato, a lei diz que o tribunal deve
considerar improcedente, só que não faz sentido porque se B depositasse os
100.000€ a acção podia ser julgada procedente ou improcedente consoante o
mérito, caso não depositasse, a acção seria sempre julgada improcedente. O
tribunal em casos como este devia pronunciar-se fazendo os efeitos da acção
ficarem dependentes do depósito do preço. O texto da lei sugere que B propõe
acção de execução especifica, tribunal estipula prazo, B não consigna, acção
improcede, B ficaria sem o dinheiro desde que a acção foi proposta. Quero
propor acção de execução, devo ter de depositar o preço ou se só devo ter de
pagar se a acção for procedente - razoável só depois de ter sido julgada
procedente. Interpretado correctivamente para produzir resultados aceitáveis.
Improcedente – não vai pagar um preço quando não há preço a pagar. Ao
contrário do que diz o artigo, o professor acha que a acção não improcede.
Acção de Preferência
O código civil prevê a acção de preferência quando estão em causa pactos de
preferência, prevista no artigo 1410º para o qual remete o artigo 421º nº2.
Temos um pacto de preferência entre A e B e temos um 3º, B propõe acção de
preferência, pretende haver para si a coisa objecto da preferência nas condiçoes
acordadas entre A e o 3º.
Direito das Obrigações
qualquer forma sacramental, não tem que usar as palavras “eficácia real”, pode usar
palavras equivalentes.
Em quarto lugar, o artigo 413º nº2 consagra a forma, documento autêntico ou
documento particular autenticado. DL 250/96 de 24 de dezembro, artigo 2º.
Em quinto lugar, deve ser objecto de inscrição no registo. O registo não é condição de
validade, é simplesmente condição de eficácia em relação a terceiros.
Esta teoria parece ser inadequada, por se apoiar numa ficção de que o contrato
concluido entre A e 3º seja entre A e B, portanto deve entender-se que B adquire
direito por força de contrato diferente daquele que foi concluído com um 3º, ainda
que de conteúdo igual.
O efeito é por isso em tudo equivalente ao efeito da acção de execução específica. É o
cumprimento do pacto de preferência.
Construção análoga à que foi desenvolvida para o contrato de promessa.
É um direito de crédito com eficácia em relação a terceiro. Em primeiro, é um direito
de crédito, é direito ao cumprimento; em segundo, é um direito de crédito oponivel
em relação a terceiros, a alienação de A a 3º é inoponivel em relação a B, sendo o
direito de B oponivel ao 3º.
A questao teórica é saber se B proposer acção B adquire a coisa por contrato igual ao
de A e 3º ou contrato diferente com conteúdo igual? Deve-se preferir a segunda
hipótese.
Existindo simulação de preço, o ccv é nulo por vicio de forma, segundo professor
horster, sendo nulo não haveria lugar a preferencia, o direito de B seria so o direito a
pedir a nulidade e não haver para si a coisa alienada.
Não parece correcto, porque não é necessario que haja contrato, apenas é projecto de
contrato.
Para que haja lugar a dever de comunicação para preferencia apenas é necessario
projecto de contrato, artigo 416º.
B só pode preferir pelo preço real! Porque, se o preço declarado for mais alto do que o
real, a conclusão é logica, se o 3º so pagou 100000 pela coisa, a propria logica faz c q B
adquira so por 100.000€ - igualdade de condições reais.
quando, porém, o preço declarado seja mais baixo do que o preço real há um
problema, sobretudo por causa do artigo 243ºCC, simulador não pode dizer a 3º boa fé
que o negócio simulado é nulo, o 3º podia por isso preferir pelos 50.000€, o preço
mais baixo do que o real.
Deve ser interpretado restritivamente, distinguindo os 3º prejudicados e os 3º que
deixam de lucrar pela declaração de nulidade do negocio simulado.
O 243º deve aplicar-se apenas aos terceiros que são prejudicados pela declaração de
nulidade.
O 3º só poderá preferir pelo preço real.
Os simuladores portaram-se mal, venderam por 100 e declararam 50, este facto não
dá ao promissário o direito de também ele se portar mal.
A simulação não é fácil de provar e o preço tem de ser depositado nos 15 dias
seguintes à propositura da acção. Neste caso, o promissário deve propor duas acções:
Acçao de simples apreciação para que seja declarada a nulidade do negócio
simulado
Acção constitutiva para que haja lugar à preferência.
O PREÇO PELO QUE SE PODE PREFERIR É O PREÇO REAL
QUE PREÇO DEVE DEPOSITAR-SE? O preço devido deve ser depositado nos 15
subsequentes, que não da tempo, por isso regras diferentes, no caso de o preço
declarado superior, depositar o declarado, quando o declarado inferior, B deposita
preço declarado, porque é o mais fácil de provar.