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CRUZAMENTO EM BOVINOS DE CORTE

Profa Dra Ana Paula de Souza Fortaleza Pardo


IFRS – Campus Vacaria

O Brasil possui um rebanho de 208,7 milhões de cabeça, o maior rebanho


comercial do mundo. Em 2014 produziu aproximadamente 10 milhões de toneladas de
equivalente carcaça, exportando 21% desse total. Desde 2004 ocupa posição de maior
exportador mundial de carne.
Apesar desse cenário expressivo, os índices zootécnicos da pecuária de corte em
nosso país estão muito aquém do seu potencial. Entre outros fatores responsáveis por
estes índices, está o potencial genético dos animais.
Seleção e cruzamentos são ferramentas utilizadas para promover o melhoramento
genético dos rebanhos. A seleção, que consiste na escolha dos animais que serão os pais
das próximas gerações, se fundamenta no acúmulo de efeitos aditivos favoráveis ao longo
das gerações. Apesar de ser um método de melhoramento bastante utilizado, o progresso
genético obtido é lento.
O cruzamento apresenta-se como forma alternativa à seleção para realizar
melhoramento, embora não sejam estratégias que se excluam, que que os sistemas de
cruzamento requerem suporte de programas de seleção dentro de raças.
Embora se possa definir cruzamentos como acasalamento entre animais com
parentesco menor que o médio na população, seu sentido mais comum refere-se ao
acasalamento entre reprodutores de uma raça ou combinação delas com fêmeas de raça
ou combinação distinta. Outra definição bastante difundida é a de cruzamento industrial:
acasalamento entre reprodutores de duas ou mais raças adaptadas à produção de carne de
diferentes tipos biológicos, com o objetivo de melhorar a eficiência de produção.
O cruzamento baseia-se em arranjos favoráveis dos efeitos de dominância a cada
geração, de modo que esses efeitos muitas vezes ocorrem de imediato, mas não são
cumulativos de uma geração para outra. Isso significa que os cruzamentos são flexíveis,
permitindo acompanhar alterações no cenário de produção e mercado, além de promover,
em uma geração, progresso que poderia levar várias gerações para ser alcançado por
seleção.

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OBJETIVOS DO CRUZAMENTO
Na bovinocultura de corte os cruzamentos são realizados com o intuito de
aproveitar o mérito genético aditivo das raças; explorar a heterose e a
complementariedade. Além disso, por meio do cruzamento é possível introduzir um novo
gene em uma população, substituir uma raça ou ainda formar novos grupos genéticos.
De acordo com Fries, a combinação dos efeitos aditivos e de heterose permitem
reduzir em pelo menos um ano a idade ao primeiro parto e a idade ao abate.
Admitindo-se apenas o efeito aditivo em um cruzamento, espera-se que a progênie
F1 (primeira geração após o cruzamento) apresente desempenho médio para um caráter,
igual a média dos méritos das raças parentais. Esse efeito é importante quando dois
caracteres são correlacionados negativamente, como acontece no cruzamento entre Bos
taurus taurus, os taurinos (alta produção e baixa rusticidade) e B. taurus indicus, os
zebuínos (baixa produção e alta resistência) para produção de carne em ambientes
tropicais.
Uma das mais importantes razões para realização dos cruzamentos é explorar a
heterose ou vigor híbrido. A heterose refere-se a qualquer desvio da aditividade em
populações cruzadas e pode ser definida como a superioridade média da progênie cruzada
em relação à média das raças parentais.
Existem três tipos e heterose: 1) direta ou individual em que o melhor desempenho
dos animais é resultante do fato de serem cruzados em si; 2) materna: refere-se à heterose
em uma população atribuída ao uso de fêmeas cruzadas; 3) paterna: refere-se a qualquer
vantagem no desempenho da progênie oriundo do uso de reprodutores cruzados. Nos
sistemas de produção pode ocorrer efeito acumulado (direto, materno e paterno) da
heterose sobre as características.
O nível de heterose tende a ser inversamente proporcional a herdabilidade da
característic. Assim características reprodutivas (precocidade sexual, fertilidade,
repetição de prenhez) e aquelas relacionadas ao valor adaptativo dos indivíduos
apresentam maior nível de heterose em relação as características de crescimento pós-
desmame, eficiência alimentar e composição de carcaça.
O nível de heterose depende também da diferença genética existente entre as
raças, quanto maior a distância entre elas (diferença de frequência gênica), maior o nível
de heterose. Por isso a heterose é maior em cruzamento entre taurinos e zebuínos, que de
acordo com o tempo estimado de divergência se separaram há aproximadamente 2
milhões de anos atrás.

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Em regiões de clima tropical a heterose se expressa inteiramente quando o animal
cruzado for totalmente adaptado ao ambiente, portanto para maximizar os benefícios dos
cruzamentos, a escolha das raças deve priorizar não apenas a maximização da heterose,
mas também a adaptação dos animais. Isto é possível por meio da complementariedade
que se refere a otimização do mérito genético aditivo entre raças, de maneira a harmonizar
características de desempenho e adaptabilidade dos recursos genéticos aos recursos do
ambiente. Em alguns casos os cruzados resultantes podem não ser superiores para uma
característica isoladamente, mas sim no desempenho geral (heterose econômica).

SISTEMAS DE CRUZAMENTO
Embora existam divergências na literatura, os sistemas de cruzamento existentes
são: terminal ou específico, rotacionais ou alternados; contínuos ou absorventes e
compostos.
O cruzamento terminal envolve o acasalamento entre duas raças, sendo os
cruzados (F1) destinados ao abate. Este sistema produz animais com 100% de
heterozigose (probabilidade de que alelos em determinado locus originem-se de raças
diferentes), heterose individual máxima e, em função da composição racial constante
garante uniformidade da progênie.
Com o intuito de explorar a heterose materna, as fêmeas F1 podem ser acasalads
com macho de uma das raças parentais, o retrocruzamento ou com machos de uma terceira
raça, cruzamento terminal com três raças. Este último sistema aproveita inteiramente
tanto a heterose materna quanto a individual, no entanto a heterose individual das
retrocruzas é reduzida em 50%.
O cruzamento terminal com quatro raças (acasalamento dos descendentes F1
proveniente de dois cruzamentos terminais com duas raças) permite o inteiro
aproveitamento tanto da heterose individual, mas também da heterose paterna e materna.
Apesar dessas vantagens esse sistema é pouco empregado.
O principal ponto negativo dos cruzamentos estáticos são as fêmeas de reposição:
como não são produzidas no sistema é preciso repô-las a partir de um segundo rebanho
do mesmo criador (separando parte das fêmeas puras para acasalamento com machos da
mesma raça) ou compra-las de outro rebanho.
Nos sistemas de cruzamento rotacional a raça do macho é alternada. Podendo ser
utilizada duas ou mais raças simultaneamente (rotacional espacial) ou introduzidas em
determinada ordem (rotacional no tempo). Devido a necessidade de que as raças

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envolvidas apresentem características semelhantes há redução no apreveitamento do
efeito médio das raças e da complementariedade.
A principal vantagem dos cruzamentos rotacionais é a possibilidade de gerar as
fêmeas de reposição. Além disso a heterose retida nos cruzamentos é maior e permite boa
flexibilidade ao sistema de produção.
O cruzamento absorvente é utilizado para substituir uma raça por outra pelo uso
contínuo de reprodutores da raça que será implantada. Após quatro ou cinco gerações
produz animais conhecidos como puro por cruzas (PC). A perda de heterose e
heterozigose é uma desvantagem desse sistema de cruzamento.
O cruzamento absorvente foi muito utilizado no Brasil Central para substituir os
bovinos pé duro existentes por animais de raças zebuínas.
O cruzamento composto tem como objetivo a formação de um novo genótipo (os
copostos) a partir de raças já existentes. Busca-se indivíduos que sejam adaptados ao
ambiente de produção e que tenham níveis de desempenho melhores em relação aos
animais de raças locais. São exemplos de compostos os animais da raça Braford (5/8
Hereford + 3/8 Angus), Brangus (5/8 Angus + 3/8 Brahman), Canchim (5/8 Charolês +
3/8 Zebu) e Santa Gertrudis (5/8 Shorthorn + 3/8 Brahman).
Os aspectos determinantes para a escolha do sistema de cruzamento são: ambiente
físico (solo, clima, prevalência de doenças); ambiente socioeconômico (exigência do
mercado, disponibilidade e nível de qualificação da mão de obra); objetivos do sistema
de produção em relação as fases do ciclo de produção; tamanho do rebanho; nível
biológico e produtivo. Além disso, o sistema de acasalamento (monta a campo ou
inseminação artificial), sistema de terminação e a disponibilidade das raças têm grande
influência na escolha do sistema de cruzamento.
Uma das maiores dificuldades ao uso efetivo de cruzamentos em fazendas de gado
de corte é a ausência de um sistema de escrituração zootécnica de modo a orientar os
acasalamentos. Assim fazendas que não contam com um sistema de escrituração
zootécnica eficaz não devem adotar sistemas de cruzamentos mais complexos.
Variáveis como a taxa de desmame e de reposição do rebanho e a idade ao
primeiro parto devem ser conhecidas para que seja possível projetar a evolução e o
volume de produção de um sistema de cruzamento.

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POTENCIAL DOS CRUZAMENTOS COMO FERRAMENTA PARA MELHORAR A EFICIÊNCIA
PRODUTIVA

Buscando maior lucratividade e maior giro de capital, a tendência é que os


sistemas de produção se intensifiquem, permitindo reduzir o tempo de permanência dos
animais em cada uma das fases do ciclo de produção (cria, recria e terminação). Além
disso atributos qualitativos são exigidos em mercados específicos.
O rebanho brasileiro possui base zebuína, com destaque para a raça Nelore.
Animais zebuínos apresentam maior adaptabilidade ao clima tropical, no entanto, em
relação aos animais taurinos apesentam desempenho ponderal e qualidade de carne
inferior. O cruzamento entre zebuínos e taurinos é o meio mais efetivo de melhorar
geneticamente a eficiência de produção e a qualidade do produto final (carcaça e carne),
permitindo incrementos de até 25%.
As maiores limitações ao uso do cruzamento estão relacionadas ao manejo, como
por exemplo a utilização de touros de raças europeias em monta natural. Esses machos,
pouco adaptados a climas quentes apresentam menor vida útil e, dentro de uma mesma
estação de monta, necessitam ser submetidos à revezamentos. Além disso, o estresse
térmico pode diminuir a qualidade do sêmen.
Uma das formas de contornar este problema é por meio da utilização de
inseminação artificial. O uso dessa estratégia vem aumentando nos últimos anos com
destaque para a comercialização de sêmen de animais da raça Angus que representa 47%
do total comercializado.
Em sistemas de produção em que a utilização da inseminação artificial é difícil ou
inviável, a utilização de touros F1 europeu x zebu, touros de raças adaptadas (Caracu e
Senepol) ou de raças compostas (Canchim e Brangus) proveniente de cruzamentos de
raças taurinas e zebuínas constitui-se em alternativa, produzindo bezerros com bom
desempenho.
A utilização de touros cruzados permite aproveitar a heterose paterna,
principalmente quando a expressão da característica é categórica. Além disso, há o efeito
heterótico individual, o efeito aditivo das raças europeias e da complementariedade. No
entanto, para que touros cruzados produzam bezerros com elevado potencial genético
para as características de interesse econômico é preciso que sejam filhos de touros e vacas
com elevado potencial genético, uma vez que a superioridade resultante da heterose não
é transmitida aos descendentes, mas sim aquela resultante da média dos efeitos dos genes.

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Em sistemas de produção em que é realizada a monta natural, a eficiência
reprodutiva dos touros é importante. Touros cruzados apresentam melhor desempenho
em relação a características como comportamento sexual e biometria testicular, além de
maior perímetro escrotal e consistência testicular em relação a machos zebuínos.
A escolha das raças, bem como a composição genética dos cruzados é de grande
importância para o sucesso dos sistemas de cruzamento. Essa escolha deve ser baseada
no desempenho esperado para as características de importância econômica. Neste sentido,
pesquisadores norte americanos caracterizaram 26 raças bovinas quanto a características
bioeconomicamente importantes como taxa de crescimento e tamanho a maturidade;
relação músculo:gordura; idade à puberdade e produção de leite, agrupando-as em sete
tipos biológicos. Esta caracterização auxilia na escolha das raças de maneira que se
complementem para as características que causam maior impacto econômico e cujo
produto seja capaz de manter altos níveis de produção dentro do sistema empregado.
A disponibilidade de grande número de raças de bovinos de corte de diferentes
tipos biológicos possibilita produzir carcaças de acordo com as exigências do mercado
consumidor e adequar o animal ao ambiente de produção. Essa adequação é importante
pois deve-se considerar que a magnitude da diferença entre animais puros e cruzados
depende do ambiente que é fornecido aos animais, das raças utilizadas e do valor genético
dos indivíduos acasalados.
Animais taurinos de raças continentais apresentam maior tamanho corporal em
relação aos taurinos de origem britânica. Os animais pertencentes a essas raças foram
originalmente selecionados para realização de trabalho (tração), essa seleção com menor
ênfase em outras características de produção resultou em aumento da massa muscular e
do peso adulto. Assim animais das raças Charolês, Marchigiana, Limousin e Simental
apresentam elevado peso ao nascimento, grande potencial de crescimento e alto
rendimento de carcaça, no entanto apresentam maiores exigências nutricionais
(mantença), são mais tardios sexualmente e quanto a deposição de gordura subcutânea
(acabamento de carcaça). Ao contrário, animais de menor tamanho corporal, como
aqueles pertencentes as raças britânicas, são mais precoces, porém apresentam menor
ganho de peso.
Em sistemas de cruzamento onde os produtos são destinados ao abate a escolha
da raça terminal deve levar em conta o sistema de produção. Os produtos do cruzamento
entre animais de raças continentais com zebuínos pode ser utilizado com bons resultados
na produção de bovinos no modelo biológico superprecoce pois conciliam o alto ganho

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de peso dos animais de raças continentais com a melhor conversão alimentar dos
zebuínos. Essas características proporcionam diminuição do tempo de confinamento,
influenciando positivamente a margem de lucro. A maior exigência nutricional dos
cruzados (continentais x zebuínos) não é fator limitante nesse sistema, uma vez que
sistemas intensivos possibilitam a expressão do potencial genético dos animais.
Em sistemas de produção menos intensivos, dependente de recursos forrageiros e
sujeitos a limitações climáticas e nutricionais, a utilização de raças de menor porte como
raças terminais, produzindo animais mais precoces em termos de acabamento de carcaça
e com menores exigências nutricionais são mais indicados. Nesses sistemas, a utilização
de touros de raças adaptadas também é uma alternativa, uma vez que a recria impõe
desafios nutricionais, principalmente no período da seca.
Em sistemas de cruzamento em que são utilizadas fêmeas F1 o uso de raças de
menor porte para obtenção dessas fêmeas é a melhor alternativa. No Brasil os sistemas de
cria são realizados em regime exclusivo de pastagens e essas são formadas
predominantemente por gramíneas tropicais, os solos são mais pobres e há grande
flutuação sazonal na produção de forragens. Nesses sistemas o tamanho da vaca passa a
ser muito importante na determinação da eficiência biológica e econômica. Vacas de
maior tamanho corporal produzem bezerros mais pesados a desmama, porém apresentam
maiores exigências de mantença. Além disso, vacas de maior tamanho corporal produzem
mais leite, o que aumenta as exigências nutricionais. Sendo assim, o aumento do peso
adulto da vaca, além do suportável pelo programa nutricional adotado na propriedade,
leva a problemas reprodutivos e diminuição nos índices de produtividade da vaca.
A utilização de matrizes F1 possibilita, além de explorar a heterose materna, a
exploração da heterose individual por meio do cruzamento terminal com três raças. O
produto obtido apresenta alto valor agregado pois normalmente esses animais atendem os
requisitos exigidos em programas de produção de carne com qualidade, que pagam até
10% a mais pelo valor da arroba. Além disso, a utilização das matrizes F1 é uma boa
estratégia para produção de bovinos que serão confinados após o desmame para produção
de novilhos superprecoces. Isto porque a eficiência desse sistema é dependente do peso
dos animais ao início do confinamento.
Outra vantagem da utilização das fêmeas F1 é a menor idade ao primeiro parto em
relação as fêmeas Nelore, com o primeiro acasalamento ocorrendo aos 12-15 meses de
idade e a possibilidade de aumentar o número de matrizes do rebanho sem necessidade

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de compra de reprodutores. No entanto, é preciso levar em conta que essas matrizes são
mais exigentes nutricionalmente em relação as matrizes zebuínas.
Após a desmama de seus primeiros bezerros as fêmeas F1 podem ser mantidas no
rebanho de cria ou serem terminadas e comercializadas para abate. Quando a terminação
ocorre em confinamento é possível obter animais com peso de 18 @ aos 30-34 meses.
Esta estratégia permite aumentar o volume de abate da propriedade e o número de arrobas
produzidas.
A maciez da carne é um dos principais atributos considerados pelo consumidor.
Cerca de 85% da variabilidade da maciez da carne é decorrente de variações nas
alterações pos mortem. Animais de raças zebuínas apresentam maior concentração de
calpastatina (inibidor da ação da calpaína durante a proteólise) no músculo em relação
aqueles de raças taurinas.
Comparações entre a maciez da carne de zebuínos e animais cruzados (taurinos x
zebuínos) relatam que a carne dos cruzados é mais macia. Nesse sentido, animais de raças
taurinas britânicas, principalmente da raça Angus, têm sido utilizados em sistemas de
cruzamento com o objetivo de melhorar a qualidade da carne. Além da reconhecida
maciez da carne, animais pertencentes a essas raças apresentam maior precocidade de
terminação produzindo carcaças com maior espessura de gordura e maior marmoreio,
características que influenciam não só a maciez, mas também o sabor e a suculência da
carne.
Embora animais de raças britânicas sejam frequentemente utilizados em
cruzamentos com o objetivo de produzir carne com maior maciez, estudos têm
comprovado que o cruzamento Nelore x Simental e Nelore x Angus podem produzir carne
com características semelhantes quando o sistema de produção é intensivo. Além disso,
a utilização de animais de raças taurinas continental permite obter carcaças com cortes
cárneos maiores, atendendo a demanda do mercado internacional e proporcionando maior
rendimento operacional, uma exigência da indústria. No Rio Grande do Sul o cruzamento
entre animais Simental e Angus ou Hereford tem sido adotado como estratégia para
aumentar a produção de carne por animal, tornando o sistema mais eficiente e capaz de
competir com outras atividades como a agricultura.
Diversos estudos têm demonstrado que composição genética com até 25% de
genes zebuínos não influencia negativamente a maciez da carne e esses animais produzem
carcaças com maior rendimento em relação aquelas proveniente de animais taurinos.
Quando o objetivo for produzir animais cuja composição genética apresente maior

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proporção de genes taurinos o uso de raças adaptadas como Tuli, Bonsmara, Caracu,
Canchim e Montana deve ser considerado.
Embora o cruzamento entre animais zebuínos e taurinos possibilite a obtenção de
carcaças mais pesadas e com maior cobertura de gordura o que se tem observado é que
as carcaças dos animais cruzados, apesar de mais pesadas, independente do sistema de
terminação apresentam espessura de gordura inferior em relação a carcaça de zebuínos.
Isto indica que esses animais são abatidos com peso abaixo do ideal, insuficiente para que
ocorra satisfatória deposição de gordura subcutânea ou ainda que o manejo nutricional é
feito de maneira incorreta.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
(Manejo nutricional correto para permitir a expressão do potencial genético dos
animais.)

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